Reajuste é maior para profissional sem diploma


Segundo dados do IBGE, de 2003 a 2010 a remuneração do trabalhador com curso superior tem subido menos que a dos não diplomados

Por Sílvio Guedes Crespo

Enquanto empresas reclamam da falta de profissionais qualificados, pesquisas mostram que os maiores reajustes salariais têm sido destinados a quem não tem curso superior. Já a renda média de quem tem diploma universitário está praticamente estagnada. Em 2007, quem tinha curso superior ganhava 168% mais do que aqueles que pararam no ensino médio, segundo um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dois anos depois (dado mais recente), o número caiu para 156%. Isso ocorre porque a remuneração dos menos instruídos tem subido mais que a dos diplomados. De 2003 a 2010, a renda dos que têm curso superior aumentou apenas 0,3%, ante 19% a da população ocupada em geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para especialistas, um dos fatores que explicam esse movimento é a política de reajuste do salário mínimo, que leva em consideração não apenas a inflação, mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O salário mínimo vai aumentar 14% no ano que vem. Provavelmente vai ser o maior reajuste de todos", afirma o pesquisador Arnaldo Mazzei Nogueira, professor da FEA-USP e da PUC-SP.Com o aumento do mínimo, os sindicatos passam a pressionar também por elevações maiores nos pisos das categorias, explica o economista Sérgio Mendonça, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado é um reajuste maior para os cargos mais baixos e um pouco menor para as funções médias ocupadas por quem tem curso universitário. Mendonça observa, ainda, que a maior parte das vagas criadas nos últimos anos oferece remuneração de dois a três salários mínimos e não exige diploma. Entre 2006 e 2010, foram criados 2,1 milhões de empregos para quem tem superior completo e 6 milhões para quem tem nível médio. Diploma insuficiente. Outro fator que explica a estagnação salarial da população com curso superior é o fato de que cada vez mais pessoas entram nesse grupo - e nem todas obtêm aumento de remuneração assim que concluem o curso. "Ultimamente, ocorreu uma grande proliferação de cursos, alguns deles com qualidade contestável", afirma Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação. Apesar de a diferença entre os salários dos diplomados e dos não diplomados ser cada vez menor no Brasil, ela ainda é alta em comparação com países mais ricos e menos desiguais. Nos Estados Unidos, quem tem diploma universitário ganha 79% mais do que quem não tem; na Suécia, 26%. "Provavelmente está havendo uma distribuição de renda entre os assalariados, mas sem tocar nos ganhos de capital", avalia Nogueira.

Enquanto empresas reclamam da falta de profissionais qualificados, pesquisas mostram que os maiores reajustes salariais têm sido destinados a quem não tem curso superior. Já a renda média de quem tem diploma universitário está praticamente estagnada. Em 2007, quem tinha curso superior ganhava 168% mais do que aqueles que pararam no ensino médio, segundo um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dois anos depois (dado mais recente), o número caiu para 156%. Isso ocorre porque a remuneração dos menos instruídos tem subido mais que a dos diplomados. De 2003 a 2010, a renda dos que têm curso superior aumentou apenas 0,3%, ante 19% a da população ocupada em geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para especialistas, um dos fatores que explicam esse movimento é a política de reajuste do salário mínimo, que leva em consideração não apenas a inflação, mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O salário mínimo vai aumentar 14% no ano que vem. Provavelmente vai ser o maior reajuste de todos", afirma o pesquisador Arnaldo Mazzei Nogueira, professor da FEA-USP e da PUC-SP.Com o aumento do mínimo, os sindicatos passam a pressionar também por elevações maiores nos pisos das categorias, explica o economista Sérgio Mendonça, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado é um reajuste maior para os cargos mais baixos e um pouco menor para as funções médias ocupadas por quem tem curso universitário. Mendonça observa, ainda, que a maior parte das vagas criadas nos últimos anos oferece remuneração de dois a três salários mínimos e não exige diploma. Entre 2006 e 2010, foram criados 2,1 milhões de empregos para quem tem superior completo e 6 milhões para quem tem nível médio. Diploma insuficiente. Outro fator que explica a estagnação salarial da população com curso superior é o fato de que cada vez mais pessoas entram nesse grupo - e nem todas obtêm aumento de remuneração assim que concluem o curso. "Ultimamente, ocorreu uma grande proliferação de cursos, alguns deles com qualidade contestável", afirma Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação. Apesar de a diferença entre os salários dos diplomados e dos não diplomados ser cada vez menor no Brasil, ela ainda é alta em comparação com países mais ricos e menos desiguais. Nos Estados Unidos, quem tem diploma universitário ganha 79% mais do que quem não tem; na Suécia, 26%. "Provavelmente está havendo uma distribuição de renda entre os assalariados, mas sem tocar nos ganhos de capital", avalia Nogueira.

Enquanto empresas reclamam da falta de profissionais qualificados, pesquisas mostram que os maiores reajustes salariais têm sido destinados a quem não tem curso superior. Já a renda média de quem tem diploma universitário está praticamente estagnada. Em 2007, quem tinha curso superior ganhava 168% mais do que aqueles que pararam no ensino médio, segundo um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dois anos depois (dado mais recente), o número caiu para 156%. Isso ocorre porque a remuneração dos menos instruídos tem subido mais que a dos diplomados. De 2003 a 2010, a renda dos que têm curso superior aumentou apenas 0,3%, ante 19% a da população ocupada em geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para especialistas, um dos fatores que explicam esse movimento é a política de reajuste do salário mínimo, que leva em consideração não apenas a inflação, mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O salário mínimo vai aumentar 14% no ano que vem. Provavelmente vai ser o maior reajuste de todos", afirma o pesquisador Arnaldo Mazzei Nogueira, professor da FEA-USP e da PUC-SP.Com o aumento do mínimo, os sindicatos passam a pressionar também por elevações maiores nos pisos das categorias, explica o economista Sérgio Mendonça, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado é um reajuste maior para os cargos mais baixos e um pouco menor para as funções médias ocupadas por quem tem curso universitário. Mendonça observa, ainda, que a maior parte das vagas criadas nos últimos anos oferece remuneração de dois a três salários mínimos e não exige diploma. Entre 2006 e 2010, foram criados 2,1 milhões de empregos para quem tem superior completo e 6 milhões para quem tem nível médio. Diploma insuficiente. Outro fator que explica a estagnação salarial da população com curso superior é o fato de que cada vez mais pessoas entram nesse grupo - e nem todas obtêm aumento de remuneração assim que concluem o curso. "Ultimamente, ocorreu uma grande proliferação de cursos, alguns deles com qualidade contestável", afirma Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação. Apesar de a diferença entre os salários dos diplomados e dos não diplomados ser cada vez menor no Brasil, ela ainda é alta em comparação com países mais ricos e menos desiguais. Nos Estados Unidos, quem tem diploma universitário ganha 79% mais do que quem não tem; na Suécia, 26%. "Provavelmente está havendo uma distribuição de renda entre os assalariados, mas sem tocar nos ganhos de capital", avalia Nogueira.

Enquanto empresas reclamam da falta de profissionais qualificados, pesquisas mostram que os maiores reajustes salariais têm sido destinados a quem não tem curso superior. Já a renda média de quem tem diploma universitário está praticamente estagnada. Em 2007, quem tinha curso superior ganhava 168% mais do que aqueles que pararam no ensino médio, segundo um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dois anos depois (dado mais recente), o número caiu para 156%. Isso ocorre porque a remuneração dos menos instruídos tem subido mais que a dos diplomados. De 2003 a 2010, a renda dos que têm curso superior aumentou apenas 0,3%, ante 19% a da população ocupada em geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para especialistas, um dos fatores que explicam esse movimento é a política de reajuste do salário mínimo, que leva em consideração não apenas a inflação, mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O salário mínimo vai aumentar 14% no ano que vem. Provavelmente vai ser o maior reajuste de todos", afirma o pesquisador Arnaldo Mazzei Nogueira, professor da FEA-USP e da PUC-SP.Com o aumento do mínimo, os sindicatos passam a pressionar também por elevações maiores nos pisos das categorias, explica o economista Sérgio Mendonça, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado é um reajuste maior para os cargos mais baixos e um pouco menor para as funções médias ocupadas por quem tem curso universitário. Mendonça observa, ainda, que a maior parte das vagas criadas nos últimos anos oferece remuneração de dois a três salários mínimos e não exige diploma. Entre 2006 e 2010, foram criados 2,1 milhões de empregos para quem tem superior completo e 6 milhões para quem tem nível médio. Diploma insuficiente. Outro fator que explica a estagnação salarial da população com curso superior é o fato de que cada vez mais pessoas entram nesse grupo - e nem todas obtêm aumento de remuneração assim que concluem o curso. "Ultimamente, ocorreu uma grande proliferação de cursos, alguns deles com qualidade contestável", afirma Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação. Apesar de a diferença entre os salários dos diplomados e dos não diplomados ser cada vez menor no Brasil, ela ainda é alta em comparação com países mais ricos e menos desiguais. Nos Estados Unidos, quem tem diploma universitário ganha 79% mais do que quem não tem; na Suécia, 26%. "Provavelmente está havendo uma distribuição de renda entre os assalariados, mas sem tocar nos ganhos de capital", avalia Nogueira.

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