Real forte dificulta retomada da indústria, avalia CNI


Para entidade, recuperação lenta das exportações atrasa investimentos

Por Lu Aiko Otta e BRASÍLIA

O dólar barato é o fator que mais coloca em risco o processo de recuperação da atividade industrial este ano, alertou o economista Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dos sinais de recuperação colhidos pela indústria ao longo dos últimos meses, a demanda externa ainda mostra pouca reação. As vendas ao exterior foram uma das alavancas do bom desempenho da indústria em 2006 e 2007. Mas, devido à crise, as vendas de empresas brasileiras no exterior ainda amargam quedas da ordem de 30%. Os setores mais afetados são siderurgia e papel e celulose, além da exportação de automóveis. "O câmbio desvalorizado diante de um mercado internacional já encolhido é um problema adicional", disse o economista. "Essa questão deveria entrar na lista de preocupações do governo." As exportações inibidas, por sua vez, dificultam a reação da outra alavanca: a dos investimentos internos. Diversos projetos de expansão da produção continuam engavetados, aguardando uma recuperação do mercado externo. Por essa razão, apesar de sinais cada vez mais fortes de que a economia está saindo da crise, 2009 ainda será um ano de retração na produção industrial, avalia a CNI. Por melhor que seja o desempenho ao longo do segundo semestre, não será o suficiente para recuperar o "tombo" sofrido na primeira metade do ano. De acordo com a entidade, o faturamento da indústria de transformação cresceu 2,5% entre dezembro de 2008 e junho de 2009. No mesmo período, a produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aumentou 5,8%. Hoje (segunda-feira), o instituto divulga os dados da produção industrial no mês de junho. "A indústria, que foi um dos setores mais afetados pela crise por causa da sua interação com o mercado externo, dá sinais claros de recuperação", disse Castelo Branco. "Mas há uma diferença entre recuperação e superação dos efeitos da crise." Em comparação com setembro de 2008, antes de o agravamento da crise atingir a indústria, o faturamento apresenta queda de 6,6% e a produção industrial, de 14,2%. A estimativa da CNI é que, para superar a retração registrada ao longo do primeiro semestre, a indústria teria de crescer 11,8% na segunda metade do ano. É um índice de crescimento que não se viu na última década. Em 2003, um ano considerado muito bom para a indústria, o crescimento foi de 8,7%. Ainda assim, o clima para a indústria no segundo semestre será bem melhor. Espera-se que, já no terceiro trimestre, elas consigam se livrar dos estoques acima do nível desejado. Dessa forma, a perspectiva da CNI é de retomada mais acelerada da produção nos três últimos meses do ano. EMPREGO De todos os indicadores da indústria, o que mais tempo levará para recuperar-se dos efeitos da crise é o do emprego. "No segundo semestre, podemos esperar a abertura de novas vagas na indústria, mas o problema é que houve perda expressiva nos primeiros meses do ano", afirmou Castelo Branco. Enquanto o faturamento e a produção mostraram algum vigor de janeiro a junho, o emprego industrial registrou queda de 4,1% no período.

O dólar barato é o fator que mais coloca em risco o processo de recuperação da atividade industrial este ano, alertou o economista Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dos sinais de recuperação colhidos pela indústria ao longo dos últimos meses, a demanda externa ainda mostra pouca reação. As vendas ao exterior foram uma das alavancas do bom desempenho da indústria em 2006 e 2007. Mas, devido à crise, as vendas de empresas brasileiras no exterior ainda amargam quedas da ordem de 30%. Os setores mais afetados são siderurgia e papel e celulose, além da exportação de automóveis. "O câmbio desvalorizado diante de um mercado internacional já encolhido é um problema adicional", disse o economista. "Essa questão deveria entrar na lista de preocupações do governo." As exportações inibidas, por sua vez, dificultam a reação da outra alavanca: a dos investimentos internos. Diversos projetos de expansão da produção continuam engavetados, aguardando uma recuperação do mercado externo. Por essa razão, apesar de sinais cada vez mais fortes de que a economia está saindo da crise, 2009 ainda será um ano de retração na produção industrial, avalia a CNI. Por melhor que seja o desempenho ao longo do segundo semestre, não será o suficiente para recuperar o "tombo" sofrido na primeira metade do ano. De acordo com a entidade, o faturamento da indústria de transformação cresceu 2,5% entre dezembro de 2008 e junho de 2009. No mesmo período, a produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aumentou 5,8%. Hoje (segunda-feira), o instituto divulga os dados da produção industrial no mês de junho. "A indústria, que foi um dos setores mais afetados pela crise por causa da sua interação com o mercado externo, dá sinais claros de recuperação", disse Castelo Branco. "Mas há uma diferença entre recuperação e superação dos efeitos da crise." Em comparação com setembro de 2008, antes de o agravamento da crise atingir a indústria, o faturamento apresenta queda de 6,6% e a produção industrial, de 14,2%. A estimativa da CNI é que, para superar a retração registrada ao longo do primeiro semestre, a indústria teria de crescer 11,8% na segunda metade do ano. É um índice de crescimento que não se viu na última década. Em 2003, um ano considerado muito bom para a indústria, o crescimento foi de 8,7%. Ainda assim, o clima para a indústria no segundo semestre será bem melhor. Espera-se que, já no terceiro trimestre, elas consigam se livrar dos estoques acima do nível desejado. Dessa forma, a perspectiva da CNI é de retomada mais acelerada da produção nos três últimos meses do ano. EMPREGO De todos os indicadores da indústria, o que mais tempo levará para recuperar-se dos efeitos da crise é o do emprego. "No segundo semestre, podemos esperar a abertura de novas vagas na indústria, mas o problema é que houve perda expressiva nos primeiros meses do ano", afirmou Castelo Branco. Enquanto o faturamento e a produção mostraram algum vigor de janeiro a junho, o emprego industrial registrou queda de 4,1% no período.

O dólar barato é o fator que mais coloca em risco o processo de recuperação da atividade industrial este ano, alertou o economista Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dos sinais de recuperação colhidos pela indústria ao longo dos últimos meses, a demanda externa ainda mostra pouca reação. As vendas ao exterior foram uma das alavancas do bom desempenho da indústria em 2006 e 2007. Mas, devido à crise, as vendas de empresas brasileiras no exterior ainda amargam quedas da ordem de 30%. Os setores mais afetados são siderurgia e papel e celulose, além da exportação de automóveis. "O câmbio desvalorizado diante de um mercado internacional já encolhido é um problema adicional", disse o economista. "Essa questão deveria entrar na lista de preocupações do governo." As exportações inibidas, por sua vez, dificultam a reação da outra alavanca: a dos investimentos internos. Diversos projetos de expansão da produção continuam engavetados, aguardando uma recuperação do mercado externo. Por essa razão, apesar de sinais cada vez mais fortes de que a economia está saindo da crise, 2009 ainda será um ano de retração na produção industrial, avalia a CNI. Por melhor que seja o desempenho ao longo do segundo semestre, não será o suficiente para recuperar o "tombo" sofrido na primeira metade do ano. De acordo com a entidade, o faturamento da indústria de transformação cresceu 2,5% entre dezembro de 2008 e junho de 2009. No mesmo período, a produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aumentou 5,8%. Hoje (segunda-feira), o instituto divulga os dados da produção industrial no mês de junho. "A indústria, que foi um dos setores mais afetados pela crise por causa da sua interação com o mercado externo, dá sinais claros de recuperação", disse Castelo Branco. "Mas há uma diferença entre recuperação e superação dos efeitos da crise." Em comparação com setembro de 2008, antes de o agravamento da crise atingir a indústria, o faturamento apresenta queda de 6,6% e a produção industrial, de 14,2%. A estimativa da CNI é que, para superar a retração registrada ao longo do primeiro semestre, a indústria teria de crescer 11,8% na segunda metade do ano. É um índice de crescimento que não se viu na última década. Em 2003, um ano considerado muito bom para a indústria, o crescimento foi de 8,7%. Ainda assim, o clima para a indústria no segundo semestre será bem melhor. Espera-se que, já no terceiro trimestre, elas consigam se livrar dos estoques acima do nível desejado. Dessa forma, a perspectiva da CNI é de retomada mais acelerada da produção nos três últimos meses do ano. EMPREGO De todos os indicadores da indústria, o que mais tempo levará para recuperar-se dos efeitos da crise é o do emprego. "No segundo semestre, podemos esperar a abertura de novas vagas na indústria, mas o problema é que houve perda expressiva nos primeiros meses do ano", afirmou Castelo Branco. Enquanto o faturamento e a produção mostraram algum vigor de janeiro a junho, o emprego industrial registrou queda de 4,1% no período.

O dólar barato é o fator que mais coloca em risco o processo de recuperação da atividade industrial este ano, alertou o economista Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dos sinais de recuperação colhidos pela indústria ao longo dos últimos meses, a demanda externa ainda mostra pouca reação. As vendas ao exterior foram uma das alavancas do bom desempenho da indústria em 2006 e 2007. Mas, devido à crise, as vendas de empresas brasileiras no exterior ainda amargam quedas da ordem de 30%. Os setores mais afetados são siderurgia e papel e celulose, além da exportação de automóveis. "O câmbio desvalorizado diante de um mercado internacional já encolhido é um problema adicional", disse o economista. "Essa questão deveria entrar na lista de preocupações do governo." As exportações inibidas, por sua vez, dificultam a reação da outra alavanca: a dos investimentos internos. Diversos projetos de expansão da produção continuam engavetados, aguardando uma recuperação do mercado externo. Por essa razão, apesar de sinais cada vez mais fortes de que a economia está saindo da crise, 2009 ainda será um ano de retração na produção industrial, avalia a CNI. Por melhor que seja o desempenho ao longo do segundo semestre, não será o suficiente para recuperar o "tombo" sofrido na primeira metade do ano. De acordo com a entidade, o faturamento da indústria de transformação cresceu 2,5% entre dezembro de 2008 e junho de 2009. No mesmo período, a produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aumentou 5,8%. Hoje (segunda-feira), o instituto divulga os dados da produção industrial no mês de junho. "A indústria, que foi um dos setores mais afetados pela crise por causa da sua interação com o mercado externo, dá sinais claros de recuperação", disse Castelo Branco. "Mas há uma diferença entre recuperação e superação dos efeitos da crise." Em comparação com setembro de 2008, antes de o agravamento da crise atingir a indústria, o faturamento apresenta queda de 6,6% e a produção industrial, de 14,2%. A estimativa da CNI é que, para superar a retração registrada ao longo do primeiro semestre, a indústria teria de crescer 11,8% na segunda metade do ano. É um índice de crescimento que não se viu na última década. Em 2003, um ano considerado muito bom para a indústria, o crescimento foi de 8,7%. Ainda assim, o clima para a indústria no segundo semestre será bem melhor. Espera-se que, já no terceiro trimestre, elas consigam se livrar dos estoques acima do nível desejado. Dessa forma, a perspectiva da CNI é de retomada mais acelerada da produção nos três últimos meses do ano. EMPREGO De todos os indicadores da indústria, o que mais tempo levará para recuperar-se dos efeitos da crise é o do emprego. "No segundo semestre, podemos esperar a abertura de novas vagas na indústria, mas o problema é que houve perda expressiva nos primeiros meses do ano", afirmou Castelo Branco. Enquanto o faturamento e a produção mostraram algum vigor de janeiro a junho, o emprego industrial registrou queda de 4,1% no período.

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