Reforma da Previdência não é uma escolha, diz Meirelles


Segundo o ministro da Fazenda, sem as mudanças na aposentadoria, despesas do governo chegariam a 25% do PIB em dez anos; substitutivo do relatório deve ser apresentado no final da próxima semana

Por Idiana Tomazelli

PORTO ALEGRE - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez forte defesa da agenda de reformas econômicas com o argumento de que, se o ajuste for feito, o Brasil poderá "ter crescimento estupendo" da economia. Em meio ao esforço do governo para tentar manter a agenda de reforma da Previdência, o ministro defendeu que a mudança de regras para a aposentadoria "não é uma escolha".

"A consequência da reforma da Previdência será sustentabilidade fiscal. A reforma da Previdência não é escolha, é questão de sustentabilidade", disse em evento na capital gaúcha. "Não há dúvida de que, para sustentar o crescimento, é fundamental a reforma da Previdência. No ritmo atual, as despesas do governo chegariam a 25% do PIB em dez anos", disse, ao comentar o peso dos gastos previdenciários para o Estado.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO
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O ministro defendeu que "não é possível financiar isso com aumento da tributação". "Se fôssemos elevar a tributação, teria que ter aumento equivalente a 5 pontos do PIB", comentou, ao citar o aumento de gastos. 

Além disso, ele também afirmou que a nova versão do texto da reforma, com propostas mais enxutas, deve ser apresentada até o fim da próxima semana. Meirelles destacou, porém, que é importante que essa nova emenda aglutinativa garanta pontos suficientes para se ter uma economia "substancialmente superior a 50% da proposta original".

A primeira versão da reforma da Previdência garantia uma economia de aproximadamente R$ 800 bilhões em 10 anos. Já o substitutivo aprovado na comissão especial garante 75% disso, ou R$ 600 bilhões no período.

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++ Em meio à discussão sobre Previdência, deputados têm 'superfolga' de 10 dias

O ministro ressaltou que os 50% mencionados não são um mínimo aceitável pelo governo. "Eu disse substancialmente maior que isso. Por que eu não disse que é 65%, 67%? Porque a decisão final é do Congresso. Se cravar um número, digamos 64% (da economia original), e sair 62%, aí vão dizer que governo perdeu. Não, não perdeu. O importante é que seja reforma substancial", afirmou.

Meirelles afirmou também que a área econômica defende a aprovação do relatório da comissão especial, mas admitiu que é preciso observar as sugestões de lideranças políticas para se chegar a um texto que pode ser de fato aprovado. As flexibilizações são consideradas o caminho para obter o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência.

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Diante dessas novas articulações, Meirelles afirmou que o governo tem sim apoio político para aprovar a reforma e lembrou que a atual gestão já aprovou outras medidas estruturais. "Ritmo de aprovação de reformas é um dos mais altos da história", disse o ministro. "A chance de aprovação da reforma da Previdência é elevada", acrescentou.

++ Reforma é responsabilidade principalmente dos parlamentares, diz Padilha

Diante desse quadro, Meirelles fez forte defesa da reforma da Previdência e disse que, com a mudança, a economia voltará a crescer com mais força. "Com tamanho menor do Estado e reformas, teremos crescimento potencial acima de 3,5% ou 4%", disse. "As reformas são fundamentais e podem influenciar nas próximas décadas".

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+ Estratégia é aprovar reforma fatiada

Além da Previdência, Meirelles exaltou outras iniciativas para ajustar a economia, com a reforma trabalhista que começa a vigorar amanhã, a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e a reforma do ensino médio.

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Veja distorções existentes na Previdência brasileira

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Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
2 | 4

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
3 | 4

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
4 | 4

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE

Meirelles defendeu que a política econômica centrada no equilíbrio fiscal é "o caminho para o País". Com o argumento de que a recente recessão brasileiras foi gerada pela deterioração da situação fiscal, o ministro defendeu que a criação do teto de gastos públicos é uma "medida central e fundamental na recuperação da economia". O teto de gastos foi a primeira grande mudança adotada pela equipe de Meirelles. Para o ministro, a questão fiscal nunca havia sido de fato enfrentada pelos governantes brasileiros. Por isso, o problema das contas públicas voltou a aparecer nos últimos anos. Com a agenda de ajustes defendida pelo ministro, a situação começa a melhorar e o Meirelles citou como exemplo a recente tendência de queda do desemprego.

PORTO ALEGRE - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez forte defesa da agenda de reformas econômicas com o argumento de que, se o ajuste for feito, o Brasil poderá "ter crescimento estupendo" da economia. Em meio ao esforço do governo para tentar manter a agenda de reforma da Previdência, o ministro defendeu que a mudança de regras para a aposentadoria "não é uma escolha".

"A consequência da reforma da Previdência será sustentabilidade fiscal. A reforma da Previdência não é escolha, é questão de sustentabilidade", disse em evento na capital gaúcha. "Não há dúvida de que, para sustentar o crescimento, é fundamental a reforma da Previdência. No ritmo atual, as despesas do governo chegariam a 25% do PIB em dez anos", disse, ao comentar o peso dos gastos previdenciários para o Estado.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

O ministro defendeu que "não é possível financiar isso com aumento da tributação". "Se fôssemos elevar a tributação, teria que ter aumento equivalente a 5 pontos do PIB", comentou, ao citar o aumento de gastos. 

Além disso, ele também afirmou que a nova versão do texto da reforma, com propostas mais enxutas, deve ser apresentada até o fim da próxima semana. Meirelles destacou, porém, que é importante que essa nova emenda aglutinativa garanta pontos suficientes para se ter uma economia "substancialmente superior a 50% da proposta original".

A primeira versão da reforma da Previdência garantia uma economia de aproximadamente R$ 800 bilhões em 10 anos. Já o substitutivo aprovado na comissão especial garante 75% disso, ou R$ 600 bilhões no período.

++ Em meio à discussão sobre Previdência, deputados têm 'superfolga' de 10 dias

O ministro ressaltou que os 50% mencionados não são um mínimo aceitável pelo governo. "Eu disse substancialmente maior que isso. Por que eu não disse que é 65%, 67%? Porque a decisão final é do Congresso. Se cravar um número, digamos 64% (da economia original), e sair 62%, aí vão dizer que governo perdeu. Não, não perdeu. O importante é que seja reforma substancial", afirmou.

Meirelles afirmou também que a área econômica defende a aprovação do relatório da comissão especial, mas admitiu que é preciso observar as sugestões de lideranças políticas para se chegar a um texto que pode ser de fato aprovado. As flexibilizações são consideradas o caminho para obter o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência.

Diante dessas novas articulações, Meirelles afirmou que o governo tem sim apoio político para aprovar a reforma e lembrou que a atual gestão já aprovou outras medidas estruturais. "Ritmo de aprovação de reformas é um dos mais altos da história", disse o ministro. "A chance de aprovação da reforma da Previdência é elevada", acrescentou.

++ Reforma é responsabilidade principalmente dos parlamentares, diz Padilha

Diante desse quadro, Meirelles fez forte defesa da reforma da Previdência e disse que, com a mudança, a economia voltará a crescer com mais força. "Com tamanho menor do Estado e reformas, teremos crescimento potencial acima de 3,5% ou 4%", disse. "As reformas são fundamentais e podem influenciar nas próximas décadas".

+ Estratégia é aprovar reforma fatiada

Além da Previdência, Meirelles exaltou outras iniciativas para ajustar a economia, com a reforma trabalhista que começa a vigorar amanhã, a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e a reforma do ensino médio.

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Meirelles defendeu que a política econômica centrada no equilíbrio fiscal é "o caminho para o País". Com o argumento de que a recente recessão brasileiras foi gerada pela deterioração da situação fiscal, o ministro defendeu que a criação do teto de gastos públicos é uma "medida central e fundamental na recuperação da economia". O teto de gastos foi a primeira grande mudança adotada pela equipe de Meirelles. Para o ministro, a questão fiscal nunca havia sido de fato enfrentada pelos governantes brasileiros. Por isso, o problema das contas públicas voltou a aparecer nos últimos anos. Com a agenda de ajustes defendida pelo ministro, a situação começa a melhorar e o Meirelles citou como exemplo a recente tendência de queda do desemprego.

PORTO ALEGRE - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez forte defesa da agenda de reformas econômicas com o argumento de que, se o ajuste for feito, o Brasil poderá "ter crescimento estupendo" da economia. Em meio ao esforço do governo para tentar manter a agenda de reforma da Previdência, o ministro defendeu que a mudança de regras para a aposentadoria "não é uma escolha".

"A consequência da reforma da Previdência será sustentabilidade fiscal. A reforma da Previdência não é escolha, é questão de sustentabilidade", disse em evento na capital gaúcha. "Não há dúvida de que, para sustentar o crescimento, é fundamental a reforma da Previdência. No ritmo atual, as despesas do governo chegariam a 25% do PIB em dez anos", disse, ao comentar o peso dos gastos previdenciários para o Estado.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

O ministro defendeu que "não é possível financiar isso com aumento da tributação". "Se fôssemos elevar a tributação, teria que ter aumento equivalente a 5 pontos do PIB", comentou, ao citar o aumento de gastos. 

Além disso, ele também afirmou que a nova versão do texto da reforma, com propostas mais enxutas, deve ser apresentada até o fim da próxima semana. Meirelles destacou, porém, que é importante que essa nova emenda aglutinativa garanta pontos suficientes para se ter uma economia "substancialmente superior a 50% da proposta original".

A primeira versão da reforma da Previdência garantia uma economia de aproximadamente R$ 800 bilhões em 10 anos. Já o substitutivo aprovado na comissão especial garante 75% disso, ou R$ 600 bilhões no período.

++ Em meio à discussão sobre Previdência, deputados têm 'superfolga' de 10 dias

O ministro ressaltou que os 50% mencionados não são um mínimo aceitável pelo governo. "Eu disse substancialmente maior que isso. Por que eu não disse que é 65%, 67%? Porque a decisão final é do Congresso. Se cravar um número, digamos 64% (da economia original), e sair 62%, aí vão dizer que governo perdeu. Não, não perdeu. O importante é que seja reforma substancial", afirmou.

Meirelles afirmou também que a área econômica defende a aprovação do relatório da comissão especial, mas admitiu que é preciso observar as sugestões de lideranças políticas para se chegar a um texto que pode ser de fato aprovado. As flexibilizações são consideradas o caminho para obter o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência.

Diante dessas novas articulações, Meirelles afirmou que o governo tem sim apoio político para aprovar a reforma e lembrou que a atual gestão já aprovou outras medidas estruturais. "Ritmo de aprovação de reformas é um dos mais altos da história", disse o ministro. "A chance de aprovação da reforma da Previdência é elevada", acrescentou.

++ Reforma é responsabilidade principalmente dos parlamentares, diz Padilha

Diante desse quadro, Meirelles fez forte defesa da reforma da Previdência e disse que, com a mudança, a economia voltará a crescer com mais força. "Com tamanho menor do Estado e reformas, teremos crescimento potencial acima de 3,5% ou 4%", disse. "As reformas são fundamentais e podem influenciar nas próximas décadas".

+ Estratégia é aprovar reforma fatiada

Além da Previdência, Meirelles exaltou outras iniciativas para ajustar a economia, com a reforma trabalhista que começa a vigorar amanhã, a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e a reforma do ensino médio.

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Veja distorções existentes na Previdência brasileira

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Meirelles defendeu que a política econômica centrada no equilíbrio fiscal é "o caminho para o País". Com o argumento de que a recente recessão brasileiras foi gerada pela deterioração da situação fiscal, o ministro defendeu que a criação do teto de gastos públicos é uma "medida central e fundamental na recuperação da economia". O teto de gastos foi a primeira grande mudança adotada pela equipe de Meirelles. Para o ministro, a questão fiscal nunca havia sido de fato enfrentada pelos governantes brasileiros. Por isso, o problema das contas públicas voltou a aparecer nos últimos anos. Com a agenda de ajustes defendida pelo ministro, a situação começa a melhorar e o Meirelles citou como exemplo a recente tendência de queda do desemprego.

PORTO ALEGRE - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez forte defesa da agenda de reformas econômicas com o argumento de que, se o ajuste for feito, o Brasil poderá "ter crescimento estupendo" da economia. Em meio ao esforço do governo para tentar manter a agenda de reforma da Previdência, o ministro defendeu que a mudança de regras para a aposentadoria "não é uma escolha".

"A consequência da reforma da Previdência será sustentabilidade fiscal. A reforma da Previdência não é escolha, é questão de sustentabilidade", disse em evento na capital gaúcha. "Não há dúvida de que, para sustentar o crescimento, é fundamental a reforma da Previdência. No ritmo atual, as despesas do governo chegariam a 25% do PIB em dez anos", disse, ao comentar o peso dos gastos previdenciários para o Estado.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

O ministro defendeu que "não é possível financiar isso com aumento da tributação". "Se fôssemos elevar a tributação, teria que ter aumento equivalente a 5 pontos do PIB", comentou, ao citar o aumento de gastos. 

Além disso, ele também afirmou que a nova versão do texto da reforma, com propostas mais enxutas, deve ser apresentada até o fim da próxima semana. Meirelles destacou, porém, que é importante que essa nova emenda aglutinativa garanta pontos suficientes para se ter uma economia "substancialmente superior a 50% da proposta original".

A primeira versão da reforma da Previdência garantia uma economia de aproximadamente R$ 800 bilhões em 10 anos. Já o substitutivo aprovado na comissão especial garante 75% disso, ou R$ 600 bilhões no período.

++ Em meio à discussão sobre Previdência, deputados têm 'superfolga' de 10 dias

O ministro ressaltou que os 50% mencionados não são um mínimo aceitável pelo governo. "Eu disse substancialmente maior que isso. Por que eu não disse que é 65%, 67%? Porque a decisão final é do Congresso. Se cravar um número, digamos 64% (da economia original), e sair 62%, aí vão dizer que governo perdeu. Não, não perdeu. O importante é que seja reforma substancial", afirmou.

Meirelles afirmou também que a área econômica defende a aprovação do relatório da comissão especial, mas admitiu que é preciso observar as sugestões de lideranças políticas para se chegar a um texto que pode ser de fato aprovado. As flexibilizações são consideradas o caminho para obter o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência.

Diante dessas novas articulações, Meirelles afirmou que o governo tem sim apoio político para aprovar a reforma e lembrou que a atual gestão já aprovou outras medidas estruturais. "Ritmo de aprovação de reformas é um dos mais altos da história", disse o ministro. "A chance de aprovação da reforma da Previdência é elevada", acrescentou.

++ Reforma é responsabilidade principalmente dos parlamentares, diz Padilha

Diante desse quadro, Meirelles fez forte defesa da reforma da Previdência e disse que, com a mudança, a economia voltará a crescer com mais força. "Com tamanho menor do Estado e reformas, teremos crescimento potencial acima de 3,5% ou 4%", disse. "As reformas são fundamentais e podem influenciar nas próximas décadas".

+ Estratégia é aprovar reforma fatiada

Além da Previdência, Meirelles exaltou outras iniciativas para ajustar a economia, com a reforma trabalhista que começa a vigorar amanhã, a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e a reforma do ensino médio.

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Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
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Meirelles defendeu que a política econômica centrada no equilíbrio fiscal é "o caminho para o País". Com o argumento de que a recente recessão brasileiras foi gerada pela deterioração da situação fiscal, o ministro defendeu que a criação do teto de gastos públicos é uma "medida central e fundamental na recuperação da economia". O teto de gastos foi a primeira grande mudança adotada pela equipe de Meirelles. Para o ministro, a questão fiscal nunca havia sido de fato enfrentada pelos governantes brasileiros. Por isso, o problema das contas públicas voltou a aparecer nos últimos anos. Com a agenda de ajustes defendida pelo ministro, a situação começa a melhorar e o Meirelles citou como exemplo a recente tendência de queda do desemprego.

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