Reforma trabalhista ainda carece de discussão mais profunda, dizem empresários


Na visão do presidente da Fibria, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório

Por Dayanne Sousa

SÃO PAULO - Apesar de considerarem que há consenso no setor privado sobre a necessidade de modernização da legislação trabalhista, presidentes de grandes companhias brasileiras avaliam que ainda existem pontos relevantes a serem discutidos e sem uma solução clara. Durante debate do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas.

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante. "Saindo dos grandes centros, isso ainda é algo encontrado, o que significa que precisamos de algum nível de atuação governamental", ponderou. Para ele, o modelo de baixa intervenção estatal da economia dos Estados Unidos funciona melhor em situações de pleno emprego.

O que pode mudar no seu emprego com a reforma trabalhista

1 | 14

5. Hora extra e banco de horas

Foto: Pixabay
2 | 14

GOVERNO APOSTA NA REFORMA PARA RETOMAR EMPREGOS

Foto: Dida Sampaio/Estadão
3 | 14

1.Contratos fixos, intermitentes e parciais

Foto: Sergio Castro/Estadão
4 | 14

2. Jornada de trabalho

Foto: Pixabay
5 | 14

3. Troca de roupa e banheiro

Foto: Pixabay
6 | 14

4. Transporte

Foto: Felipe Rau/Estadão
7 | 14

6. Férias

Foto: Pixabay
8 | 14

7. Contribuição sindical

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
9 | 14

8. Trabalho insalubre

Foto: AP Photo / Felipe Dana
10 | 14

9. Home office

Foto: Pixabay
11 | 14

10. Multa por discriminação

Foto: Pixabay
12 | 14

11. Acordos coletivos, individuais e saídas amigáveis

Foto: Pixabay
13 | 14

12. Demissão

14 | 14

14. Processo judicial e honorários da Justiça

Foto: Pixabay
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Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório. "Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos", declarou.

O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.

O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. "O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar", avaliou.

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Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. "Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial", comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.

SÃO PAULO - Apesar de considerarem que há consenso no setor privado sobre a necessidade de modernização da legislação trabalhista, presidentes de grandes companhias brasileiras avaliam que ainda existem pontos relevantes a serem discutidos e sem uma solução clara. Durante debate do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas.

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante. "Saindo dos grandes centros, isso ainda é algo encontrado, o que significa que precisamos de algum nível de atuação governamental", ponderou. Para ele, o modelo de baixa intervenção estatal da economia dos Estados Unidos funciona melhor em situações de pleno emprego.

O que pode mudar no seu emprego com a reforma trabalhista

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GOVERNO APOSTA NA REFORMA PARA RETOMAR EMPREGOS

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1.Contratos fixos, intermitentes e parciais

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2. Jornada de trabalho

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3. Troca de roupa e banheiro

Foto: Pixabay
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4. Transporte

Foto: Felipe Rau/Estadão
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6. Férias

Foto: Pixabay
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7. Contribuição sindical

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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8. Trabalho insalubre

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9. Home office

Foto: Pixabay
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10. Multa por discriminação

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11. Acordos coletivos, individuais e saídas amigáveis

Foto: Pixabay
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12. Demissão

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14. Processo judicial e honorários da Justiça

Foto: Pixabay

Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório. "Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos", declarou.

O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.

O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. "O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar", avaliou.

Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. "Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial", comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.

SÃO PAULO - Apesar de considerarem que há consenso no setor privado sobre a necessidade de modernização da legislação trabalhista, presidentes de grandes companhias brasileiras avaliam que ainda existem pontos relevantes a serem discutidos e sem uma solução clara. Durante debate do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas.

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante. "Saindo dos grandes centros, isso ainda é algo encontrado, o que significa que precisamos de algum nível de atuação governamental", ponderou. Para ele, o modelo de baixa intervenção estatal da economia dos Estados Unidos funciona melhor em situações de pleno emprego.

O que pode mudar no seu emprego com a reforma trabalhista

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GOVERNO APOSTA NA REFORMA PARA RETOMAR EMPREGOS

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12. Demissão

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Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório. "Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos", declarou.

O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.

O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. "O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar", avaliou.

Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. "Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial", comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.

SÃO PAULO - Apesar de considerarem que há consenso no setor privado sobre a necessidade de modernização da legislação trabalhista, presidentes de grandes companhias brasileiras avaliam que ainda existem pontos relevantes a serem discutidos e sem uma solução clara. Durante debate do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas.

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante. "Saindo dos grandes centros, isso ainda é algo encontrado, o que significa que precisamos de algum nível de atuação governamental", ponderou. Para ele, o modelo de baixa intervenção estatal da economia dos Estados Unidos funciona melhor em situações de pleno emprego.

O que pode mudar no seu emprego com a reforma trabalhista

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GOVERNO APOSTA NA REFORMA PARA RETOMAR EMPREGOS

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11. Acordos coletivos, individuais e saídas amigáveis

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Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório. "Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos", declarou.

O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.

O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. "O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar", avaliou.

Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. "Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial", comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.

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