Saldo de propostas e protestos do Fórum Social Mundial


Por Agencia Estado

Depois de cinco dias de mobilização e a participação de cerca de 60 mil pessoas, o II Fórum Social Mundial encerrado ontem, em Porto Alegre, deixou um saldo de propostas e protestos. Grandes caminhadas marcaram a abertura e o penúltimo dia do evento, entremeadas por uma maratona de debates. Apenas entre as principais conferências, organizadas em torno dos quatro eixos do encontro, foram 108 horas de discussões. Dedicados ao tema da paz, que foi alvo de conferências e manifestos, os participantes do FSM realizaram a Assembléia Pública Mundial sobre os Gastos de Guerra e propuseram prioridades para substituir os recursos destinados à indústria bélica. Pela proposta, o orçamento de US$ 800 bilhões anuais da indústria bélica deveria ser destinado ao combate da fome, erradicação do analfabetismo, eliminação do trabalho infantil e geração de emprego e renda. A reivindicação de substituir os recursos destinados à indústria bélica foi resultado de uma eleição que teve 4.495 votantes. Os organizadores submeteram seis temas iniciais ao público, que apresentou outros 8. "É uma simbologia que o fórum tira das propostas", disse a coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias do Estado, Íria Charão. Outro ponto forte do encontro foi a leitura da mensagem da ONU, pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Ocampo, tida como um sinal da legitimidade do Fórum Social para o mundo. Em sua participação, Ocampo recebeu do prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel e do empresário Oded Grajew pedido para intervenção da ONU no Oriente Médio. Constrangido, sugeriu que a sociedade civil pressione seus governos para aprovar na ONU resoluções que interfiram nas ações da organização. Apesar da presença oficial do representante da ONU, a aproximação direta entre os participantes do evento em Porto Alegre (RS) e do Fórum Econômico Mundial, em Nova York, não se repetiu, como na primeira edição, quando uma teleconferência uniu os dois grupos. Em vez disso, houve um tímido encontro de oito minutos entre os dois representantes e a certeza de que o estreitamento entre os dois eventos está cada vez mais distante. Alternativos A instalação alternativa ficou à cargo dos jovens. Eles montaram a Cidade da Juventude Carlo Giuliani, dando ao acampamento, formado no Parque Harmonia, próximo à área central da cidade, o nome do ativista morto em Gênova, na Itália. O episódio aconteceu durante protesto do Fórum Social de Gênova em oposição a encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e Rússia). Fora do acampamento, os hotéis da cidade esgotaram sua capacidade de dez mil leitos antes do início do Fórum, que neste ano foi precedido por alguns eventos e assistiu a multiplicação de encontros paralelos como os de juízes e parlamentares, além de diversos seminários. O acampamento da juventude foi visitado por autoridades e líderes de Organizações Não-Governamentais (ONGs). No primeiro grupo estava a ministra da Juventude e do Esporte da França, Marie-George Buffet, que ironicamente um dia depois da visita foi atingida por tortas por dois jovens que falavam francês, após uma oficina. Outro francês presente ao acampamento foi o líder da Via Campesina, José Bové, que teve uma passagem discreta pelo FSM, ao contrário da primeira edição, quando participou da destruição de uma lavoura com experimento transgênico da Monsanto em Não-Me-Toque (RS). O combate aos transgênicos foi um dos alvos de protesto. A entidade ambientalista Greenpeace realizou uma manifestação com ativistas vestidos de "frutas transgênicas" na Pontifícia Universidade Católica. Apesar disso, o próprio Fórum acabou sendo motivo de críticas dos ecologistas. A falta de reciclagem do material e a dispersão de lixo pela área de evento foram questionadas pela coordenadora do Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Káthia Vasconcellos. Ativistas Na área de biotecnologia, uma campanha foi lançada no FSM. Ativistas de diversas entidades apresentaram o Tratado para Partilhar o Patrimônio Genético Comum, que pretende proibir todas as patentes da vida humana, de plantas, animais e microorganismos. Os promotores defenderam o cancelamento ou a extinção antecipada das patentes existentes. Os signatários do tratado, que já ganhou a adesão de 250 ONGs, reconhecem o direito das nações de vigiar os recursos biológicos dentro de suas fronteiras e de determinar como seriam manejados e compartilhados. O tratado foi discutido em uma oficina e será, agora, alvo de pressão das organizações sobre os delegados que participam da Conferência Rio + 10, em Johannesburgo, África do Sul, em agosto, onde esperam que seja endossado. O comércio internacional também foi alvo privilegiado de críticas. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) foi atacada duramente em várias atividades, incluindo a marcha realizada no dia 4, último grande ato de rua do FSM. O acordo será tema de um plebiscito, a ser realizado na Semana das Pátria. Além disso, o Fórum Parlamentar Mundial aprovou uma moção crítica ao processo. O destino dos manifestantes antiglobalização em 2003 já foi definido: Porto Alegre será novamente o local do FSM. Para 2004, a Índia já é candidata declarada a sede. A África demonstrou disposição em abrigar o FSM em 2005.

Depois de cinco dias de mobilização e a participação de cerca de 60 mil pessoas, o II Fórum Social Mundial encerrado ontem, em Porto Alegre, deixou um saldo de propostas e protestos. Grandes caminhadas marcaram a abertura e o penúltimo dia do evento, entremeadas por uma maratona de debates. Apenas entre as principais conferências, organizadas em torno dos quatro eixos do encontro, foram 108 horas de discussões. Dedicados ao tema da paz, que foi alvo de conferências e manifestos, os participantes do FSM realizaram a Assembléia Pública Mundial sobre os Gastos de Guerra e propuseram prioridades para substituir os recursos destinados à indústria bélica. Pela proposta, o orçamento de US$ 800 bilhões anuais da indústria bélica deveria ser destinado ao combate da fome, erradicação do analfabetismo, eliminação do trabalho infantil e geração de emprego e renda. A reivindicação de substituir os recursos destinados à indústria bélica foi resultado de uma eleição que teve 4.495 votantes. Os organizadores submeteram seis temas iniciais ao público, que apresentou outros 8. "É uma simbologia que o fórum tira das propostas", disse a coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias do Estado, Íria Charão. Outro ponto forte do encontro foi a leitura da mensagem da ONU, pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Ocampo, tida como um sinal da legitimidade do Fórum Social para o mundo. Em sua participação, Ocampo recebeu do prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel e do empresário Oded Grajew pedido para intervenção da ONU no Oriente Médio. Constrangido, sugeriu que a sociedade civil pressione seus governos para aprovar na ONU resoluções que interfiram nas ações da organização. Apesar da presença oficial do representante da ONU, a aproximação direta entre os participantes do evento em Porto Alegre (RS) e do Fórum Econômico Mundial, em Nova York, não se repetiu, como na primeira edição, quando uma teleconferência uniu os dois grupos. Em vez disso, houve um tímido encontro de oito minutos entre os dois representantes e a certeza de que o estreitamento entre os dois eventos está cada vez mais distante. Alternativos A instalação alternativa ficou à cargo dos jovens. Eles montaram a Cidade da Juventude Carlo Giuliani, dando ao acampamento, formado no Parque Harmonia, próximo à área central da cidade, o nome do ativista morto em Gênova, na Itália. O episódio aconteceu durante protesto do Fórum Social de Gênova em oposição a encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e Rússia). Fora do acampamento, os hotéis da cidade esgotaram sua capacidade de dez mil leitos antes do início do Fórum, que neste ano foi precedido por alguns eventos e assistiu a multiplicação de encontros paralelos como os de juízes e parlamentares, além de diversos seminários. O acampamento da juventude foi visitado por autoridades e líderes de Organizações Não-Governamentais (ONGs). No primeiro grupo estava a ministra da Juventude e do Esporte da França, Marie-George Buffet, que ironicamente um dia depois da visita foi atingida por tortas por dois jovens que falavam francês, após uma oficina. Outro francês presente ao acampamento foi o líder da Via Campesina, José Bové, que teve uma passagem discreta pelo FSM, ao contrário da primeira edição, quando participou da destruição de uma lavoura com experimento transgênico da Monsanto em Não-Me-Toque (RS). O combate aos transgênicos foi um dos alvos de protesto. A entidade ambientalista Greenpeace realizou uma manifestação com ativistas vestidos de "frutas transgênicas" na Pontifícia Universidade Católica. Apesar disso, o próprio Fórum acabou sendo motivo de críticas dos ecologistas. A falta de reciclagem do material e a dispersão de lixo pela área de evento foram questionadas pela coordenadora do Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Káthia Vasconcellos. Ativistas Na área de biotecnologia, uma campanha foi lançada no FSM. Ativistas de diversas entidades apresentaram o Tratado para Partilhar o Patrimônio Genético Comum, que pretende proibir todas as patentes da vida humana, de plantas, animais e microorganismos. Os promotores defenderam o cancelamento ou a extinção antecipada das patentes existentes. Os signatários do tratado, que já ganhou a adesão de 250 ONGs, reconhecem o direito das nações de vigiar os recursos biológicos dentro de suas fronteiras e de determinar como seriam manejados e compartilhados. O tratado foi discutido em uma oficina e será, agora, alvo de pressão das organizações sobre os delegados que participam da Conferência Rio + 10, em Johannesburgo, África do Sul, em agosto, onde esperam que seja endossado. O comércio internacional também foi alvo privilegiado de críticas. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) foi atacada duramente em várias atividades, incluindo a marcha realizada no dia 4, último grande ato de rua do FSM. O acordo será tema de um plebiscito, a ser realizado na Semana das Pátria. Além disso, o Fórum Parlamentar Mundial aprovou uma moção crítica ao processo. O destino dos manifestantes antiglobalização em 2003 já foi definido: Porto Alegre será novamente o local do FSM. Para 2004, a Índia já é candidata declarada a sede. A África demonstrou disposição em abrigar o FSM em 2005.

Depois de cinco dias de mobilização e a participação de cerca de 60 mil pessoas, o II Fórum Social Mundial encerrado ontem, em Porto Alegre, deixou um saldo de propostas e protestos. Grandes caminhadas marcaram a abertura e o penúltimo dia do evento, entremeadas por uma maratona de debates. Apenas entre as principais conferências, organizadas em torno dos quatro eixos do encontro, foram 108 horas de discussões. Dedicados ao tema da paz, que foi alvo de conferências e manifestos, os participantes do FSM realizaram a Assembléia Pública Mundial sobre os Gastos de Guerra e propuseram prioridades para substituir os recursos destinados à indústria bélica. Pela proposta, o orçamento de US$ 800 bilhões anuais da indústria bélica deveria ser destinado ao combate da fome, erradicação do analfabetismo, eliminação do trabalho infantil e geração de emprego e renda. A reivindicação de substituir os recursos destinados à indústria bélica foi resultado de uma eleição que teve 4.495 votantes. Os organizadores submeteram seis temas iniciais ao público, que apresentou outros 8. "É uma simbologia que o fórum tira das propostas", disse a coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias do Estado, Íria Charão. Outro ponto forte do encontro foi a leitura da mensagem da ONU, pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Ocampo, tida como um sinal da legitimidade do Fórum Social para o mundo. Em sua participação, Ocampo recebeu do prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel e do empresário Oded Grajew pedido para intervenção da ONU no Oriente Médio. Constrangido, sugeriu que a sociedade civil pressione seus governos para aprovar na ONU resoluções que interfiram nas ações da organização. Apesar da presença oficial do representante da ONU, a aproximação direta entre os participantes do evento em Porto Alegre (RS) e do Fórum Econômico Mundial, em Nova York, não se repetiu, como na primeira edição, quando uma teleconferência uniu os dois grupos. Em vez disso, houve um tímido encontro de oito minutos entre os dois representantes e a certeza de que o estreitamento entre os dois eventos está cada vez mais distante. Alternativos A instalação alternativa ficou à cargo dos jovens. Eles montaram a Cidade da Juventude Carlo Giuliani, dando ao acampamento, formado no Parque Harmonia, próximo à área central da cidade, o nome do ativista morto em Gênova, na Itália. O episódio aconteceu durante protesto do Fórum Social de Gênova em oposição a encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e Rússia). Fora do acampamento, os hotéis da cidade esgotaram sua capacidade de dez mil leitos antes do início do Fórum, que neste ano foi precedido por alguns eventos e assistiu a multiplicação de encontros paralelos como os de juízes e parlamentares, além de diversos seminários. O acampamento da juventude foi visitado por autoridades e líderes de Organizações Não-Governamentais (ONGs). No primeiro grupo estava a ministra da Juventude e do Esporte da França, Marie-George Buffet, que ironicamente um dia depois da visita foi atingida por tortas por dois jovens que falavam francês, após uma oficina. Outro francês presente ao acampamento foi o líder da Via Campesina, José Bové, que teve uma passagem discreta pelo FSM, ao contrário da primeira edição, quando participou da destruição de uma lavoura com experimento transgênico da Monsanto em Não-Me-Toque (RS). O combate aos transgênicos foi um dos alvos de protesto. A entidade ambientalista Greenpeace realizou uma manifestação com ativistas vestidos de "frutas transgênicas" na Pontifícia Universidade Católica. Apesar disso, o próprio Fórum acabou sendo motivo de críticas dos ecologistas. A falta de reciclagem do material e a dispersão de lixo pela área de evento foram questionadas pela coordenadora do Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Káthia Vasconcellos. Ativistas Na área de biotecnologia, uma campanha foi lançada no FSM. Ativistas de diversas entidades apresentaram o Tratado para Partilhar o Patrimônio Genético Comum, que pretende proibir todas as patentes da vida humana, de plantas, animais e microorganismos. Os promotores defenderam o cancelamento ou a extinção antecipada das patentes existentes. Os signatários do tratado, que já ganhou a adesão de 250 ONGs, reconhecem o direito das nações de vigiar os recursos biológicos dentro de suas fronteiras e de determinar como seriam manejados e compartilhados. O tratado foi discutido em uma oficina e será, agora, alvo de pressão das organizações sobre os delegados que participam da Conferência Rio + 10, em Johannesburgo, África do Sul, em agosto, onde esperam que seja endossado. O comércio internacional também foi alvo privilegiado de críticas. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) foi atacada duramente em várias atividades, incluindo a marcha realizada no dia 4, último grande ato de rua do FSM. O acordo será tema de um plebiscito, a ser realizado na Semana das Pátria. Além disso, o Fórum Parlamentar Mundial aprovou uma moção crítica ao processo. O destino dos manifestantes antiglobalização em 2003 já foi definido: Porto Alegre será novamente o local do FSM. Para 2004, a Índia já é candidata declarada a sede. A África demonstrou disposição em abrigar o FSM em 2005.

Depois de cinco dias de mobilização e a participação de cerca de 60 mil pessoas, o II Fórum Social Mundial encerrado ontem, em Porto Alegre, deixou um saldo de propostas e protestos. Grandes caminhadas marcaram a abertura e o penúltimo dia do evento, entremeadas por uma maratona de debates. Apenas entre as principais conferências, organizadas em torno dos quatro eixos do encontro, foram 108 horas de discussões. Dedicados ao tema da paz, que foi alvo de conferências e manifestos, os participantes do FSM realizaram a Assembléia Pública Mundial sobre os Gastos de Guerra e propuseram prioridades para substituir os recursos destinados à indústria bélica. Pela proposta, o orçamento de US$ 800 bilhões anuais da indústria bélica deveria ser destinado ao combate da fome, erradicação do analfabetismo, eliminação do trabalho infantil e geração de emprego e renda. A reivindicação de substituir os recursos destinados à indústria bélica foi resultado de uma eleição que teve 4.495 votantes. Os organizadores submeteram seis temas iniciais ao público, que apresentou outros 8. "É uma simbologia que o fórum tira das propostas", disse a coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias do Estado, Íria Charão. Outro ponto forte do encontro foi a leitura da mensagem da ONU, pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Ocampo, tida como um sinal da legitimidade do Fórum Social para o mundo. Em sua participação, Ocampo recebeu do prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel e do empresário Oded Grajew pedido para intervenção da ONU no Oriente Médio. Constrangido, sugeriu que a sociedade civil pressione seus governos para aprovar na ONU resoluções que interfiram nas ações da organização. Apesar da presença oficial do representante da ONU, a aproximação direta entre os participantes do evento em Porto Alegre (RS) e do Fórum Econômico Mundial, em Nova York, não se repetiu, como na primeira edição, quando uma teleconferência uniu os dois grupos. Em vez disso, houve um tímido encontro de oito minutos entre os dois representantes e a certeza de que o estreitamento entre os dois eventos está cada vez mais distante. Alternativos A instalação alternativa ficou à cargo dos jovens. Eles montaram a Cidade da Juventude Carlo Giuliani, dando ao acampamento, formado no Parque Harmonia, próximo à área central da cidade, o nome do ativista morto em Gênova, na Itália. O episódio aconteceu durante protesto do Fórum Social de Gênova em oposição a encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e Rússia). Fora do acampamento, os hotéis da cidade esgotaram sua capacidade de dez mil leitos antes do início do Fórum, que neste ano foi precedido por alguns eventos e assistiu a multiplicação de encontros paralelos como os de juízes e parlamentares, além de diversos seminários. O acampamento da juventude foi visitado por autoridades e líderes de Organizações Não-Governamentais (ONGs). No primeiro grupo estava a ministra da Juventude e do Esporte da França, Marie-George Buffet, que ironicamente um dia depois da visita foi atingida por tortas por dois jovens que falavam francês, após uma oficina. Outro francês presente ao acampamento foi o líder da Via Campesina, José Bové, que teve uma passagem discreta pelo FSM, ao contrário da primeira edição, quando participou da destruição de uma lavoura com experimento transgênico da Monsanto em Não-Me-Toque (RS). O combate aos transgênicos foi um dos alvos de protesto. A entidade ambientalista Greenpeace realizou uma manifestação com ativistas vestidos de "frutas transgênicas" na Pontifícia Universidade Católica. Apesar disso, o próprio Fórum acabou sendo motivo de críticas dos ecologistas. A falta de reciclagem do material e a dispersão de lixo pela área de evento foram questionadas pela coordenadora do Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Káthia Vasconcellos. Ativistas Na área de biotecnologia, uma campanha foi lançada no FSM. Ativistas de diversas entidades apresentaram o Tratado para Partilhar o Patrimônio Genético Comum, que pretende proibir todas as patentes da vida humana, de plantas, animais e microorganismos. Os promotores defenderam o cancelamento ou a extinção antecipada das patentes existentes. Os signatários do tratado, que já ganhou a adesão de 250 ONGs, reconhecem o direito das nações de vigiar os recursos biológicos dentro de suas fronteiras e de determinar como seriam manejados e compartilhados. O tratado foi discutido em uma oficina e será, agora, alvo de pressão das organizações sobre os delegados que participam da Conferência Rio + 10, em Johannesburgo, África do Sul, em agosto, onde esperam que seja endossado. O comércio internacional também foi alvo privilegiado de críticas. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) foi atacada duramente em várias atividades, incluindo a marcha realizada no dia 4, último grande ato de rua do FSM. O acordo será tema de um plebiscito, a ser realizado na Semana das Pátria. Além disso, o Fórum Parlamentar Mundial aprovou uma moção crítica ao processo. O destino dos manifestantes antiglobalização em 2003 já foi definido: Porto Alegre será novamente o local do FSM. Para 2004, a Índia já é candidata declarada a sede. A África demonstrou disposição em abrigar o FSM em 2005.

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