87% dizem ter habilidades para manter o emprego no futuro, mas 50% nem sabem quais são elas


Levantamento da plataforma Futuros Possíveis indica contradição entre realidade e autoimagem; especialista diz que situação leva a risco de perda de emprego

Por Amanda Fuzita

A pesquisa “Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos” da plataforma de inteligência Futuros Possíveis, mostra que 87% dos entrevistados consideram ser capazes de garantir emprego no futuro, confiantes que possuem as competências técnicas e socioemocionais necessárias para enfrentar os desafios do mercado, mas apenas metade das pessoas ouvidas sabem quais são essas habilidades.

Essa é uma contradição entre autoimagem e realidade que põe em risco o emprego desses trabalhadores. Hugo Liguori, mentor de carreira, afirma que esse é um fenômeno irônico e preocupante. “Muita gente vai continuar se sentindo preparada para o futuro e útil até perder o emprego sem nem sequer se dar conta de como e por que isso aconteceu”, afirma.

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“O baixo nível de autoconsciência pode levar os indivíduos a superestimar suas habilidades sem reconhecer a necessidade de desenvolvimento contínuo.”

Soft skills são desconhecidas

O estudo mostra que 49% dos entrevistados não sabem dizer o que são as competências socioemocionais (soft skills) exigidas pelos empregadores, mesmo afirmando se sentirem preparadas para o futuro.

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Temos um cenário interessante, quase metade não sabe o que são as competências socioemocionais, que é justamente o que elas precisarão trazer no futuro. Nesse rol de competências, algumas coisas que ainda são nebulosas para as pessoas

Angelica Mari, CEO da Futuros Possíveis

Segundo pesquisa no Brasil, 87% dos entrevistados, afirmam possuir as competências necessárias para o trabalho do futuro. Foto: Frogella.stock - stock.adobe.com

A CEO atribui esse cenário de desconhecimento de habilidades fundamentais ao uso de estrangeirismos e à falta de clareza no meio corporativo.

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“Esse descompasso pode criar entraves em processos de seleção ou de desenvolvimento de carreira. E no geral as pessoas não conseguem se conectar com o que não entendem”, afirma.

Segundo ela, a constatação de que metade das pessoas desconhece o significado de competências socioemocionais destaca o desafio de comunicação, com a utilização de termos estrangeiros e complexos que dificultam a compreensão.

“Esse cenário evidencia a necessidade de clareza e uma abordagem mais acessível para que as pessoas compreendam e desenvolvam essas habilidades essenciais para o mercado de trabalho.”

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Como enfrentar esse cenário?

Para enfrentar esses dilemas sobre a preparação para o futuro, ler sobre o assunto para entender esses termos é um ponto importante, afirma Mari.

Por mais que sejam jargões, é importante estar por dentro e ter clareza sobre quais competências podem se aplicar à sua função atual ou a trabalhos futuros.

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Qual é o papel das empresas?

Segundo a CEO, as empresas precisam se envolver e contribuir para a capacitação e preparação para o futuro dos colaboradores, oferecendo tempo para poderem se qualificar.

“O fato é que as pessoas precisam de tempo para se qualificar para o futuro, e elas não têm isso”, afirma.

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Mari destaca a importância de uma revisão por parte das empresas de como elas operam, seja em termos de jornadas mais curtas ou de modelos de trabalho flexíveis. Além de serem transparentes e francos sobre o que elas esperam de seus colaboradores.

“É válido ter uma conversa franca sobre o que as pessoas estão realmente interessadas em fazer, e como elas podem contribuir e investir numa capacitação para que possam trabalhar de acordo com os talentos e interesses”, aconselha Mari.

A pesquisa

A pesquisa da Futuros Possíveis foi feita online em fevereiro de 2024, com 2.011 homens e mulheres acima de 16 anos, de todo o Brasil e de todas as classes sociais, que estavam trabalhando ou procurando emprego.

A confiança dos trabalhadores em suas habilidades técnicas e socioemocionais teve um recuo de seis pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando 93% consideravam estar para o trabalho do futuro.

Veja alguns destaques da pesquisa:

- Consideram ter as habilidades técnicas e socioemocionais para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 87% (2023: 93%)
  • Não -13% (2023: 7%)

- Sabem o que são competências socioemocionais ou soft skills relacionadas ao trabalho:

  • Sim - 51%
  • Não - 49%

- Sabem quais são as habilidades técnicas previstas pelas empresas para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 50%
  • Não - 50%

A pesquisa “Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos” da plataforma de inteligência Futuros Possíveis, mostra que 87% dos entrevistados consideram ser capazes de garantir emprego no futuro, confiantes que possuem as competências técnicas e socioemocionais necessárias para enfrentar os desafios do mercado, mas apenas metade das pessoas ouvidas sabem quais são essas habilidades.

Essa é uma contradição entre autoimagem e realidade que põe em risco o emprego desses trabalhadores. Hugo Liguori, mentor de carreira, afirma que esse é um fenômeno irônico e preocupante. “Muita gente vai continuar se sentindo preparada para o futuro e útil até perder o emprego sem nem sequer se dar conta de como e por que isso aconteceu”, afirma.

“O baixo nível de autoconsciência pode levar os indivíduos a superestimar suas habilidades sem reconhecer a necessidade de desenvolvimento contínuo.”

Soft skills são desconhecidas

O estudo mostra que 49% dos entrevistados não sabem dizer o que são as competências socioemocionais (soft skills) exigidas pelos empregadores, mesmo afirmando se sentirem preparadas para o futuro.

Temos um cenário interessante, quase metade não sabe o que são as competências socioemocionais, que é justamente o que elas precisarão trazer no futuro. Nesse rol de competências, algumas coisas que ainda são nebulosas para as pessoas

Angelica Mari, CEO da Futuros Possíveis

Segundo pesquisa no Brasil, 87% dos entrevistados, afirmam possuir as competências necessárias para o trabalho do futuro. Foto: Frogella.stock - stock.adobe.com

A CEO atribui esse cenário de desconhecimento de habilidades fundamentais ao uso de estrangeirismos e à falta de clareza no meio corporativo.

“Esse descompasso pode criar entraves em processos de seleção ou de desenvolvimento de carreira. E no geral as pessoas não conseguem se conectar com o que não entendem”, afirma.

Segundo ela, a constatação de que metade das pessoas desconhece o significado de competências socioemocionais destaca o desafio de comunicação, com a utilização de termos estrangeiros e complexos que dificultam a compreensão.

“Esse cenário evidencia a necessidade de clareza e uma abordagem mais acessível para que as pessoas compreendam e desenvolvam essas habilidades essenciais para o mercado de trabalho.”

Como enfrentar esse cenário?

Para enfrentar esses dilemas sobre a preparação para o futuro, ler sobre o assunto para entender esses termos é um ponto importante, afirma Mari.

Por mais que sejam jargões, é importante estar por dentro e ter clareza sobre quais competências podem se aplicar à sua função atual ou a trabalhos futuros.

Qual é o papel das empresas?

Segundo a CEO, as empresas precisam se envolver e contribuir para a capacitação e preparação para o futuro dos colaboradores, oferecendo tempo para poderem se qualificar.

“O fato é que as pessoas precisam de tempo para se qualificar para o futuro, e elas não têm isso”, afirma.

Mari destaca a importância de uma revisão por parte das empresas de como elas operam, seja em termos de jornadas mais curtas ou de modelos de trabalho flexíveis. Além de serem transparentes e francos sobre o que elas esperam de seus colaboradores.

“É válido ter uma conversa franca sobre o que as pessoas estão realmente interessadas em fazer, e como elas podem contribuir e investir numa capacitação para que possam trabalhar de acordo com os talentos e interesses”, aconselha Mari.

A pesquisa

A pesquisa da Futuros Possíveis foi feita online em fevereiro de 2024, com 2.011 homens e mulheres acima de 16 anos, de todo o Brasil e de todas as classes sociais, que estavam trabalhando ou procurando emprego.

A confiança dos trabalhadores em suas habilidades técnicas e socioemocionais teve um recuo de seis pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando 93% consideravam estar para o trabalho do futuro.

Veja alguns destaques da pesquisa:

- Consideram ter as habilidades técnicas e socioemocionais para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 87% (2023: 93%)
  • Não -13% (2023: 7%)

- Sabem o que são competências socioemocionais ou soft skills relacionadas ao trabalho:

  • Sim - 51%
  • Não - 49%

- Sabem quais são as habilidades técnicas previstas pelas empresas para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 50%
  • Não - 50%

A pesquisa “Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos” da plataforma de inteligência Futuros Possíveis, mostra que 87% dos entrevistados consideram ser capazes de garantir emprego no futuro, confiantes que possuem as competências técnicas e socioemocionais necessárias para enfrentar os desafios do mercado, mas apenas metade das pessoas ouvidas sabem quais são essas habilidades.

Essa é uma contradição entre autoimagem e realidade que põe em risco o emprego desses trabalhadores. Hugo Liguori, mentor de carreira, afirma que esse é um fenômeno irônico e preocupante. “Muita gente vai continuar se sentindo preparada para o futuro e útil até perder o emprego sem nem sequer se dar conta de como e por que isso aconteceu”, afirma.

“O baixo nível de autoconsciência pode levar os indivíduos a superestimar suas habilidades sem reconhecer a necessidade de desenvolvimento contínuo.”

Soft skills são desconhecidas

O estudo mostra que 49% dos entrevistados não sabem dizer o que são as competências socioemocionais (soft skills) exigidas pelos empregadores, mesmo afirmando se sentirem preparadas para o futuro.

Temos um cenário interessante, quase metade não sabe o que são as competências socioemocionais, que é justamente o que elas precisarão trazer no futuro. Nesse rol de competências, algumas coisas que ainda são nebulosas para as pessoas

Angelica Mari, CEO da Futuros Possíveis

Segundo pesquisa no Brasil, 87% dos entrevistados, afirmam possuir as competências necessárias para o trabalho do futuro. Foto: Frogella.stock - stock.adobe.com

A CEO atribui esse cenário de desconhecimento de habilidades fundamentais ao uso de estrangeirismos e à falta de clareza no meio corporativo.

“Esse descompasso pode criar entraves em processos de seleção ou de desenvolvimento de carreira. E no geral as pessoas não conseguem se conectar com o que não entendem”, afirma.

Segundo ela, a constatação de que metade das pessoas desconhece o significado de competências socioemocionais destaca o desafio de comunicação, com a utilização de termos estrangeiros e complexos que dificultam a compreensão.

“Esse cenário evidencia a necessidade de clareza e uma abordagem mais acessível para que as pessoas compreendam e desenvolvam essas habilidades essenciais para o mercado de trabalho.”

Como enfrentar esse cenário?

Para enfrentar esses dilemas sobre a preparação para o futuro, ler sobre o assunto para entender esses termos é um ponto importante, afirma Mari.

Por mais que sejam jargões, é importante estar por dentro e ter clareza sobre quais competências podem se aplicar à sua função atual ou a trabalhos futuros.

Qual é o papel das empresas?

Segundo a CEO, as empresas precisam se envolver e contribuir para a capacitação e preparação para o futuro dos colaboradores, oferecendo tempo para poderem se qualificar.

“O fato é que as pessoas precisam de tempo para se qualificar para o futuro, e elas não têm isso”, afirma.

Mari destaca a importância de uma revisão por parte das empresas de como elas operam, seja em termos de jornadas mais curtas ou de modelos de trabalho flexíveis. Além de serem transparentes e francos sobre o que elas esperam de seus colaboradores.

“É válido ter uma conversa franca sobre o que as pessoas estão realmente interessadas em fazer, e como elas podem contribuir e investir numa capacitação para que possam trabalhar de acordo com os talentos e interesses”, aconselha Mari.

A pesquisa

A pesquisa da Futuros Possíveis foi feita online em fevereiro de 2024, com 2.011 homens e mulheres acima de 16 anos, de todo o Brasil e de todas as classes sociais, que estavam trabalhando ou procurando emprego.

A confiança dos trabalhadores em suas habilidades técnicas e socioemocionais teve um recuo de seis pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando 93% consideravam estar para o trabalho do futuro.

Veja alguns destaques da pesquisa:

- Consideram ter as habilidades técnicas e socioemocionais para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 87% (2023: 93%)
  • Não -13% (2023: 7%)

- Sabem o que são competências socioemocionais ou soft skills relacionadas ao trabalho:

  • Sim - 51%
  • Não - 49%

- Sabem quais são as habilidades técnicas previstas pelas empresas para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 50%
  • Não - 50%

A pesquisa “Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos” da plataforma de inteligência Futuros Possíveis, mostra que 87% dos entrevistados consideram ser capazes de garantir emprego no futuro, confiantes que possuem as competências técnicas e socioemocionais necessárias para enfrentar os desafios do mercado, mas apenas metade das pessoas ouvidas sabem quais são essas habilidades.

Essa é uma contradição entre autoimagem e realidade que põe em risco o emprego desses trabalhadores. Hugo Liguori, mentor de carreira, afirma que esse é um fenômeno irônico e preocupante. “Muita gente vai continuar se sentindo preparada para o futuro e útil até perder o emprego sem nem sequer se dar conta de como e por que isso aconteceu”, afirma.

“O baixo nível de autoconsciência pode levar os indivíduos a superestimar suas habilidades sem reconhecer a necessidade de desenvolvimento contínuo.”

Soft skills são desconhecidas

O estudo mostra que 49% dos entrevistados não sabem dizer o que são as competências socioemocionais (soft skills) exigidas pelos empregadores, mesmo afirmando se sentirem preparadas para o futuro.

Temos um cenário interessante, quase metade não sabe o que são as competências socioemocionais, que é justamente o que elas precisarão trazer no futuro. Nesse rol de competências, algumas coisas que ainda são nebulosas para as pessoas

Angelica Mari, CEO da Futuros Possíveis

Segundo pesquisa no Brasil, 87% dos entrevistados, afirmam possuir as competências necessárias para o trabalho do futuro. Foto: Frogella.stock - stock.adobe.com

A CEO atribui esse cenário de desconhecimento de habilidades fundamentais ao uso de estrangeirismos e à falta de clareza no meio corporativo.

“Esse descompasso pode criar entraves em processos de seleção ou de desenvolvimento de carreira. E no geral as pessoas não conseguem se conectar com o que não entendem”, afirma.

Segundo ela, a constatação de que metade das pessoas desconhece o significado de competências socioemocionais destaca o desafio de comunicação, com a utilização de termos estrangeiros e complexos que dificultam a compreensão.

“Esse cenário evidencia a necessidade de clareza e uma abordagem mais acessível para que as pessoas compreendam e desenvolvam essas habilidades essenciais para o mercado de trabalho.”

Como enfrentar esse cenário?

Para enfrentar esses dilemas sobre a preparação para o futuro, ler sobre o assunto para entender esses termos é um ponto importante, afirma Mari.

Por mais que sejam jargões, é importante estar por dentro e ter clareza sobre quais competências podem se aplicar à sua função atual ou a trabalhos futuros.

Qual é o papel das empresas?

Segundo a CEO, as empresas precisam se envolver e contribuir para a capacitação e preparação para o futuro dos colaboradores, oferecendo tempo para poderem se qualificar.

“O fato é que as pessoas precisam de tempo para se qualificar para o futuro, e elas não têm isso”, afirma.

Mari destaca a importância de uma revisão por parte das empresas de como elas operam, seja em termos de jornadas mais curtas ou de modelos de trabalho flexíveis. Além de serem transparentes e francos sobre o que elas esperam de seus colaboradores.

“É válido ter uma conversa franca sobre o que as pessoas estão realmente interessadas em fazer, e como elas podem contribuir e investir numa capacitação para que possam trabalhar de acordo com os talentos e interesses”, aconselha Mari.

A pesquisa

A pesquisa da Futuros Possíveis foi feita online em fevereiro de 2024, com 2.011 homens e mulheres acima de 16 anos, de todo o Brasil e de todas as classes sociais, que estavam trabalhando ou procurando emprego.

A confiança dos trabalhadores em suas habilidades técnicas e socioemocionais teve um recuo de seis pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando 93% consideravam estar para o trabalho do futuro.

Veja alguns destaques da pesquisa:

- Consideram ter as habilidades técnicas e socioemocionais para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 87% (2023: 93%)
  • Não -13% (2023: 7%)

- Sabem o que são competências socioemocionais ou soft skills relacionadas ao trabalho:

  • Sim - 51%
  • Não - 49%

- Sabem quais são as habilidades técnicas previstas pelas empresas para se manter empregados no futuro:

  • Sim - 50%
  • Não - 50%

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