O blog do Caderno de Oportunidades

Contra crise, Jandaia mira em produtos populares


Anos após optar por produtos licenciados e mais caros, empresa volta aos mais baratos

Duckur (à esq.) e seus irmãos Beatriz e Ricardo, ao lado do pai, José, o fundador. Foto: Villa Comunicação/Jandaia/Divulgação

Bianca Soares ESPECIAL PARA O ESTADO A youtuber Kéfera Buchmann, de 24 anos, ao lado da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) pode parecer uma combinação insólita. Mas figuras pop entre adolescentes e jovens, ambas estamparam capas de cadernos da fabricante Jandaia, neste ano.

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A presença delas no catálogo é um exemplo da entrada da empresa no mercado de licenciamentos, há cerca de dez anos. A estratégia marcou uma mudança no rumo da tradicional empresa fabricante de cadernos, agendas e artigos de papelaria, que trocou a produção em larga escala de artigos baratos pela de materiais personalizados de marcas como Disney, Warner e Coca-Cola - até hoje os carros-chefe da companhia. Apesar dos custos com royalties e uso de imagem - não declarados pela empresa -, o segmento representa 50% de sua receita.

A mudança de posicionamento foi o que deu fôlego para que a Jandaia chegasse aos 61 anos como o segundo maior player do mercado, avalia Ivan Duckur, filho de José Bignardi Neto, fundador e atual presidente da empresa.

Quando começou a imprimir seus primeiros cadernos e agendas telefônicas, em 1956, a companhia se limitava a uma pequena gráfica localizada no centro de São Paulo. Naquela época, a gestão era dividida por duas gerações da família Bignardi: José Filho, pai, e José Neto, então um jovem de 25 anos.

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Mais de meio século depois, se deslocou para Caieiras e continua sendo um negócio de família. Os três filhos de José Neto, hoje com 86 anos, e dois de seus netos estão envolvidos com as atividades da organização, um dos braços do Grupo Bignardi, que também atua no atacado e na produção de papéis.

"A minha formação, em engenharia de produção, e a do meu irmão Ricardo, que é contador, foram direcionadas para empreendimento. Só minha irmã Beatriz, engenheira química, que tentou fugir, trabalhando para a indústria, mas mesmo ela acabou conosco aqui", conta Duckur.

Prestes a assumir o cargo do pai, ele diz pretender elevar em 15% o faturamento de 2016, fechado em R$ 300 milhões. As causas do otimismo? Apesar de o País ainda estar ensaiando uma retomada da economia, a empresa entrou em 2017 com capacidade produtiva de 32 toneladas ao ano, seu recorde.

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Esse cenário favoreceu o desenho de um plano para enfrentar a recessão. "Nós mantivemos os artigos licenciados, mas já que podíamos operar em máxima, aumentamos a produção daqueles mais simples, porque em época de crise o consumidor prioriza o mais barato", afirma Duckur.

Desse modo, a Jandaia conseguiu abraçar parte da demanda que tradicionalmente era absorvida por concorrentes menores. Pode parecer um contrassenso com a postura adotada pela marca em 2007, de tornar os produtos mais atrativos e bem acabados, mas foi a saída para enfrentar o mercado desaquecido.

Segundo o empresário, a procura por artigos licenciados caiu 6%, frente ao aumento de 24% da busca pelos produtos mais baratos. "Para outros players, a queda desses itens personalizados foi de cerca de 25%, ou seja, nos saímos bem."

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A dinâmica de funcionamento do setor de cadernos, altamente sazonal, obrigou a Jandaia a pensar maneiras de lidar com a baixa nas vendas durante os meses que se sucedem à volta às aulas, em janeiro. Por isso, passou a se preparar para exportar para o Hemisfério Norte, onde ano letivo começa em setembro. Atualmente, 25% do que é confeccionado se destina a consumidores estrangeiros; desse total, 90% vão para os Estados Unidos.

Um dos maiores desafios da área, alerta Duckur, é enfrentar a produção asiática, favorecida por políticas de desvalorização cambial que tornam seus artigos altamente competitivos. "Além dos subsídios que esses países recebem, temos de e lidar com o chamado custo Brasil. As despesas tributárias e de logística aqui são crescentes, assim como o preço da mão de obra."

Duckur (à esq.) e seus irmãos Beatriz e Ricardo, ao lado do pai, José, o fundador. Foto: Villa Comunicação/Jandaia/Divulgação

Bianca Soares ESPECIAL PARA O ESTADO A youtuber Kéfera Buchmann, de 24 anos, ao lado da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) pode parecer uma combinação insólita. Mas figuras pop entre adolescentes e jovens, ambas estamparam capas de cadernos da fabricante Jandaia, neste ano.

A presença delas no catálogo é um exemplo da entrada da empresa no mercado de licenciamentos, há cerca de dez anos. A estratégia marcou uma mudança no rumo da tradicional empresa fabricante de cadernos, agendas e artigos de papelaria, que trocou a produção em larga escala de artigos baratos pela de materiais personalizados de marcas como Disney, Warner e Coca-Cola - até hoje os carros-chefe da companhia. Apesar dos custos com royalties e uso de imagem - não declarados pela empresa -, o segmento representa 50% de sua receita.

A mudança de posicionamento foi o que deu fôlego para que a Jandaia chegasse aos 61 anos como o segundo maior player do mercado, avalia Ivan Duckur, filho de José Bignardi Neto, fundador e atual presidente da empresa.

Quando começou a imprimir seus primeiros cadernos e agendas telefônicas, em 1956, a companhia se limitava a uma pequena gráfica localizada no centro de São Paulo. Naquela época, a gestão era dividida por duas gerações da família Bignardi: José Filho, pai, e José Neto, então um jovem de 25 anos.

Mais de meio século depois, se deslocou para Caieiras e continua sendo um negócio de família. Os três filhos de José Neto, hoje com 86 anos, e dois de seus netos estão envolvidos com as atividades da organização, um dos braços do Grupo Bignardi, que também atua no atacado e na produção de papéis.

"A minha formação, em engenharia de produção, e a do meu irmão Ricardo, que é contador, foram direcionadas para empreendimento. Só minha irmã Beatriz, engenheira química, que tentou fugir, trabalhando para a indústria, mas mesmo ela acabou conosco aqui", conta Duckur.

Prestes a assumir o cargo do pai, ele diz pretender elevar em 15% o faturamento de 2016, fechado em R$ 300 milhões. As causas do otimismo? Apesar de o País ainda estar ensaiando uma retomada da economia, a empresa entrou em 2017 com capacidade produtiva de 32 toneladas ao ano, seu recorde.

Esse cenário favoreceu o desenho de um plano para enfrentar a recessão. "Nós mantivemos os artigos licenciados, mas já que podíamos operar em máxima, aumentamos a produção daqueles mais simples, porque em época de crise o consumidor prioriza o mais barato", afirma Duckur.

Desse modo, a Jandaia conseguiu abraçar parte da demanda que tradicionalmente era absorvida por concorrentes menores. Pode parecer um contrassenso com a postura adotada pela marca em 2007, de tornar os produtos mais atrativos e bem acabados, mas foi a saída para enfrentar o mercado desaquecido.

Segundo o empresário, a procura por artigos licenciados caiu 6%, frente ao aumento de 24% da busca pelos produtos mais baratos. "Para outros players, a queda desses itens personalizados foi de cerca de 25%, ou seja, nos saímos bem."

A dinâmica de funcionamento do setor de cadernos, altamente sazonal, obrigou a Jandaia a pensar maneiras de lidar com a baixa nas vendas durante os meses que se sucedem à volta às aulas, em janeiro. Por isso, passou a se preparar para exportar para o Hemisfério Norte, onde ano letivo começa em setembro. Atualmente, 25% do que é confeccionado se destina a consumidores estrangeiros; desse total, 90% vão para os Estados Unidos.

Um dos maiores desafios da área, alerta Duckur, é enfrentar a produção asiática, favorecida por políticas de desvalorização cambial que tornam seus artigos altamente competitivos. "Além dos subsídios que esses países recebem, temos de e lidar com o chamado custo Brasil. As despesas tributárias e de logística aqui são crescentes, assim como o preço da mão de obra."

Duckur (à esq.) e seus irmãos Beatriz e Ricardo, ao lado do pai, José, o fundador. Foto: Villa Comunicação/Jandaia/Divulgação

Bianca Soares ESPECIAL PARA O ESTADO A youtuber Kéfera Buchmann, de 24 anos, ao lado da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) pode parecer uma combinação insólita. Mas figuras pop entre adolescentes e jovens, ambas estamparam capas de cadernos da fabricante Jandaia, neste ano.

A presença delas no catálogo é um exemplo da entrada da empresa no mercado de licenciamentos, há cerca de dez anos. A estratégia marcou uma mudança no rumo da tradicional empresa fabricante de cadernos, agendas e artigos de papelaria, que trocou a produção em larga escala de artigos baratos pela de materiais personalizados de marcas como Disney, Warner e Coca-Cola - até hoje os carros-chefe da companhia. Apesar dos custos com royalties e uso de imagem - não declarados pela empresa -, o segmento representa 50% de sua receita.

A mudança de posicionamento foi o que deu fôlego para que a Jandaia chegasse aos 61 anos como o segundo maior player do mercado, avalia Ivan Duckur, filho de José Bignardi Neto, fundador e atual presidente da empresa.

Quando começou a imprimir seus primeiros cadernos e agendas telefônicas, em 1956, a companhia se limitava a uma pequena gráfica localizada no centro de São Paulo. Naquela época, a gestão era dividida por duas gerações da família Bignardi: José Filho, pai, e José Neto, então um jovem de 25 anos.

Mais de meio século depois, se deslocou para Caieiras e continua sendo um negócio de família. Os três filhos de José Neto, hoje com 86 anos, e dois de seus netos estão envolvidos com as atividades da organização, um dos braços do Grupo Bignardi, que também atua no atacado e na produção de papéis.

"A minha formação, em engenharia de produção, e a do meu irmão Ricardo, que é contador, foram direcionadas para empreendimento. Só minha irmã Beatriz, engenheira química, que tentou fugir, trabalhando para a indústria, mas mesmo ela acabou conosco aqui", conta Duckur.

Prestes a assumir o cargo do pai, ele diz pretender elevar em 15% o faturamento de 2016, fechado em R$ 300 milhões. As causas do otimismo? Apesar de o País ainda estar ensaiando uma retomada da economia, a empresa entrou em 2017 com capacidade produtiva de 32 toneladas ao ano, seu recorde.

Esse cenário favoreceu o desenho de um plano para enfrentar a recessão. "Nós mantivemos os artigos licenciados, mas já que podíamos operar em máxima, aumentamos a produção daqueles mais simples, porque em época de crise o consumidor prioriza o mais barato", afirma Duckur.

Desse modo, a Jandaia conseguiu abraçar parte da demanda que tradicionalmente era absorvida por concorrentes menores. Pode parecer um contrassenso com a postura adotada pela marca em 2007, de tornar os produtos mais atrativos e bem acabados, mas foi a saída para enfrentar o mercado desaquecido.

Segundo o empresário, a procura por artigos licenciados caiu 6%, frente ao aumento de 24% da busca pelos produtos mais baratos. "Para outros players, a queda desses itens personalizados foi de cerca de 25%, ou seja, nos saímos bem."

A dinâmica de funcionamento do setor de cadernos, altamente sazonal, obrigou a Jandaia a pensar maneiras de lidar com a baixa nas vendas durante os meses que se sucedem à volta às aulas, em janeiro. Por isso, passou a se preparar para exportar para o Hemisfério Norte, onde ano letivo começa em setembro. Atualmente, 25% do que é confeccionado se destina a consumidores estrangeiros; desse total, 90% vão para os Estados Unidos.

Um dos maiores desafios da área, alerta Duckur, é enfrentar a produção asiática, favorecida por políticas de desvalorização cambial que tornam seus artigos altamente competitivos. "Além dos subsídios que esses países recebem, temos de e lidar com o chamado custo Brasil. As despesas tributárias e de logística aqui são crescentes, assim como o preço da mão de obra."

Duckur (à esq.) e seus irmãos Beatriz e Ricardo, ao lado do pai, José, o fundador. Foto: Villa Comunicação/Jandaia/Divulgação

Bianca Soares ESPECIAL PARA O ESTADO A youtuber Kéfera Buchmann, de 24 anos, ao lado da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) pode parecer uma combinação insólita. Mas figuras pop entre adolescentes e jovens, ambas estamparam capas de cadernos da fabricante Jandaia, neste ano.

A presença delas no catálogo é um exemplo da entrada da empresa no mercado de licenciamentos, há cerca de dez anos. A estratégia marcou uma mudança no rumo da tradicional empresa fabricante de cadernos, agendas e artigos de papelaria, que trocou a produção em larga escala de artigos baratos pela de materiais personalizados de marcas como Disney, Warner e Coca-Cola - até hoje os carros-chefe da companhia. Apesar dos custos com royalties e uso de imagem - não declarados pela empresa -, o segmento representa 50% de sua receita.

A mudança de posicionamento foi o que deu fôlego para que a Jandaia chegasse aos 61 anos como o segundo maior player do mercado, avalia Ivan Duckur, filho de José Bignardi Neto, fundador e atual presidente da empresa.

Quando começou a imprimir seus primeiros cadernos e agendas telefônicas, em 1956, a companhia se limitava a uma pequena gráfica localizada no centro de São Paulo. Naquela época, a gestão era dividida por duas gerações da família Bignardi: José Filho, pai, e José Neto, então um jovem de 25 anos.

Mais de meio século depois, se deslocou para Caieiras e continua sendo um negócio de família. Os três filhos de José Neto, hoje com 86 anos, e dois de seus netos estão envolvidos com as atividades da organização, um dos braços do Grupo Bignardi, que também atua no atacado e na produção de papéis.

"A minha formação, em engenharia de produção, e a do meu irmão Ricardo, que é contador, foram direcionadas para empreendimento. Só minha irmã Beatriz, engenheira química, que tentou fugir, trabalhando para a indústria, mas mesmo ela acabou conosco aqui", conta Duckur.

Prestes a assumir o cargo do pai, ele diz pretender elevar em 15% o faturamento de 2016, fechado em R$ 300 milhões. As causas do otimismo? Apesar de o País ainda estar ensaiando uma retomada da economia, a empresa entrou em 2017 com capacidade produtiva de 32 toneladas ao ano, seu recorde.

Esse cenário favoreceu o desenho de um plano para enfrentar a recessão. "Nós mantivemos os artigos licenciados, mas já que podíamos operar em máxima, aumentamos a produção daqueles mais simples, porque em época de crise o consumidor prioriza o mais barato", afirma Duckur.

Desse modo, a Jandaia conseguiu abraçar parte da demanda que tradicionalmente era absorvida por concorrentes menores. Pode parecer um contrassenso com a postura adotada pela marca em 2007, de tornar os produtos mais atrativos e bem acabados, mas foi a saída para enfrentar o mercado desaquecido.

Segundo o empresário, a procura por artigos licenciados caiu 6%, frente ao aumento de 24% da busca pelos produtos mais baratos. "Para outros players, a queda desses itens personalizados foi de cerca de 25%, ou seja, nos saímos bem."

A dinâmica de funcionamento do setor de cadernos, altamente sazonal, obrigou a Jandaia a pensar maneiras de lidar com a baixa nas vendas durante os meses que se sucedem à volta às aulas, em janeiro. Por isso, passou a se preparar para exportar para o Hemisfério Norte, onde ano letivo começa em setembro. Atualmente, 25% do que é confeccionado se destina a consumidores estrangeiros; desse total, 90% vão para os Estados Unidos.

Um dos maiores desafios da área, alerta Duckur, é enfrentar a produção asiática, favorecida por políticas de desvalorização cambial que tornam seus artigos altamente competitivos. "Além dos subsídios que esses países recebem, temos de e lidar com o chamado custo Brasil. As despesas tributárias e de logística aqui são crescentes, assim como o preço da mão de obra."

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