Taxa de desemprego sobe em São Paulo


Greve de funcionários do IBGE impede divulgação do índice nacional; em São Paulo, a taxa subiu de 6,2% em maio para 6,5% em junho

Por Daniela Amorim e RIO

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afetou a divulgação dos resultados da taxa de desemprego no País em junho. Não foi possível calcular a desocupação média nacional, porque foram liberados os dados de apenas cinco das seis regiões metropolitanas que integram a Pesquisa Mensal de Emprego: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife. As informações do Rio de Janeiro foram coletadas, mas, por conta da paralisação dos servidores, não foram repassadas integralmente aos técnicos da Coordenação de Trabalho e Rendimento para análise. "Não é a primeira vez que isso acontece. Nos anos 80, quando tinha muita greve de servidores, muitas divulgações foram afetadas, inclusive do IBGE. É claro que gera ruídos. É péssimo. O problema é se virar algo permanente", alertou José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos.Segundo o IBGE, os dados parciais apontam para uma estabilidade no mercado de trabalho. Porém, em São Paulo, que tem peso de 40% na pesquisa, a taxa de desocupação aumentou de 6,2% em maio para o mesmo nível verificado em março e em abril: 6,5%. "O aumento do desemprego em São Paulo é mais ou menos esperado, porque a região concentra muito do setor industrial, que não está contratando", afirmou Camargo.A Opus calcula que, no Rio de Janeiro se a taxa de desemprego tiver se mantido a mesma que em maio (5,2%), a desocupação total do País subiu 0,2 ponto porcentual em junho, de 5,8% para 6,0%. Mas, na visão do economista-chefe da corretora PlannerProsper, Eduardo Velho, ainda há uma tendência de queda no desemprego brasileiro. A PlannerProsper prevê que a taxa de desemprego média no ano fique em 5,53%. Em 2011, a taxa foi de 5,96%. "O padrão de queda no desemprego está mais moderado do que no ano passado. É natural, porque a economia está crescendo menos também. Mas houve apenas desaceleração no ritmo de queda. A desocupação ainda está abaixo do ano passado", disse Velho.O IBGE avalia que o momento é de estabilidade, sem avanço na geração de vagas, mas também sem aumento na desocupação. "Havia expectativa de que esse dado fosse apresentar já aumento na ocupação e queda na desocupação em algumas áreas, mas isso não aconteceu", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.Emprego formal. A boa notícia seria a manutenção nas vagas com carteira assinada. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de trabalhadores formais no setor privado ficou estável em junho ante maio, mas manteve o saldo positivo em relação ao mesmo mês do ano passado (4,8%).O IBGE recebeu apenas 60% dos dados coletados em junho na região metropolitana do Rio, que tem o segundo maior peso na pesquisa (entre 17% e 18%). As paralisações de servidores em greve em várias praças do IBGE resultaram ainda em lentidão na transmissão das informações nas demais regiões. "Geralmente, a PME (Pequisa Mensal de Emprego) fica pronta duas semanas antes (da divulgação). Dessa vez, a PME ficou pronta dois ou três dias atrás", confirmou Azeredo.Os servidores em greve dizem que não contestam a qualidade dos dados já divulgados, mas alertam que as próximas divulgações serão prejudicadas caso a paralisação permaneça. A coleta vem sendo feita por trabalhadores temporários, que não têm a mesma capacitação dos técnicos concursados, de acordo com Susana Drumond, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE. A supervisão nas regiões pesquisadas também está comprometida, porque vem sendo feita à distância, pelo Rio de Janeiro. "O quadro técnico do IBGE tem formação e capacitação, que a cada dia melhora. O temporário não tem a mesma qualificação", declarou Susana.Os grevistas exigem reajuste salarial de 22%, retroativo a 1.º de maio.A paralisação teve início em 18 de junho. Mas, segundo a Coordenação de Comunicação Social do IBGE, as próximas divulgações de indicadores estão mantidas, sem prejuízo das informações coletadas por enquanto.

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afetou a divulgação dos resultados da taxa de desemprego no País em junho. Não foi possível calcular a desocupação média nacional, porque foram liberados os dados de apenas cinco das seis regiões metropolitanas que integram a Pesquisa Mensal de Emprego: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife. As informações do Rio de Janeiro foram coletadas, mas, por conta da paralisação dos servidores, não foram repassadas integralmente aos técnicos da Coordenação de Trabalho e Rendimento para análise. "Não é a primeira vez que isso acontece. Nos anos 80, quando tinha muita greve de servidores, muitas divulgações foram afetadas, inclusive do IBGE. É claro que gera ruídos. É péssimo. O problema é se virar algo permanente", alertou José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos.Segundo o IBGE, os dados parciais apontam para uma estabilidade no mercado de trabalho. Porém, em São Paulo, que tem peso de 40% na pesquisa, a taxa de desocupação aumentou de 6,2% em maio para o mesmo nível verificado em março e em abril: 6,5%. "O aumento do desemprego em São Paulo é mais ou menos esperado, porque a região concentra muito do setor industrial, que não está contratando", afirmou Camargo.A Opus calcula que, no Rio de Janeiro se a taxa de desemprego tiver se mantido a mesma que em maio (5,2%), a desocupação total do País subiu 0,2 ponto porcentual em junho, de 5,8% para 6,0%. Mas, na visão do economista-chefe da corretora PlannerProsper, Eduardo Velho, ainda há uma tendência de queda no desemprego brasileiro. A PlannerProsper prevê que a taxa de desemprego média no ano fique em 5,53%. Em 2011, a taxa foi de 5,96%. "O padrão de queda no desemprego está mais moderado do que no ano passado. É natural, porque a economia está crescendo menos também. Mas houve apenas desaceleração no ritmo de queda. A desocupação ainda está abaixo do ano passado", disse Velho.O IBGE avalia que o momento é de estabilidade, sem avanço na geração de vagas, mas também sem aumento na desocupação. "Havia expectativa de que esse dado fosse apresentar já aumento na ocupação e queda na desocupação em algumas áreas, mas isso não aconteceu", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.Emprego formal. A boa notícia seria a manutenção nas vagas com carteira assinada. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de trabalhadores formais no setor privado ficou estável em junho ante maio, mas manteve o saldo positivo em relação ao mesmo mês do ano passado (4,8%).O IBGE recebeu apenas 60% dos dados coletados em junho na região metropolitana do Rio, que tem o segundo maior peso na pesquisa (entre 17% e 18%). As paralisações de servidores em greve em várias praças do IBGE resultaram ainda em lentidão na transmissão das informações nas demais regiões. "Geralmente, a PME (Pequisa Mensal de Emprego) fica pronta duas semanas antes (da divulgação). Dessa vez, a PME ficou pronta dois ou três dias atrás", confirmou Azeredo.Os servidores em greve dizem que não contestam a qualidade dos dados já divulgados, mas alertam que as próximas divulgações serão prejudicadas caso a paralisação permaneça. A coleta vem sendo feita por trabalhadores temporários, que não têm a mesma capacitação dos técnicos concursados, de acordo com Susana Drumond, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE. A supervisão nas regiões pesquisadas também está comprometida, porque vem sendo feita à distância, pelo Rio de Janeiro. "O quadro técnico do IBGE tem formação e capacitação, que a cada dia melhora. O temporário não tem a mesma qualificação", declarou Susana.Os grevistas exigem reajuste salarial de 22%, retroativo a 1.º de maio.A paralisação teve início em 18 de junho. Mas, segundo a Coordenação de Comunicação Social do IBGE, as próximas divulgações de indicadores estão mantidas, sem prejuízo das informações coletadas por enquanto.

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afetou a divulgação dos resultados da taxa de desemprego no País em junho. Não foi possível calcular a desocupação média nacional, porque foram liberados os dados de apenas cinco das seis regiões metropolitanas que integram a Pesquisa Mensal de Emprego: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife. As informações do Rio de Janeiro foram coletadas, mas, por conta da paralisação dos servidores, não foram repassadas integralmente aos técnicos da Coordenação de Trabalho e Rendimento para análise. "Não é a primeira vez que isso acontece. Nos anos 80, quando tinha muita greve de servidores, muitas divulgações foram afetadas, inclusive do IBGE. É claro que gera ruídos. É péssimo. O problema é se virar algo permanente", alertou José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos.Segundo o IBGE, os dados parciais apontam para uma estabilidade no mercado de trabalho. Porém, em São Paulo, que tem peso de 40% na pesquisa, a taxa de desocupação aumentou de 6,2% em maio para o mesmo nível verificado em março e em abril: 6,5%. "O aumento do desemprego em São Paulo é mais ou menos esperado, porque a região concentra muito do setor industrial, que não está contratando", afirmou Camargo.A Opus calcula que, no Rio de Janeiro se a taxa de desemprego tiver se mantido a mesma que em maio (5,2%), a desocupação total do País subiu 0,2 ponto porcentual em junho, de 5,8% para 6,0%. Mas, na visão do economista-chefe da corretora PlannerProsper, Eduardo Velho, ainda há uma tendência de queda no desemprego brasileiro. A PlannerProsper prevê que a taxa de desemprego média no ano fique em 5,53%. Em 2011, a taxa foi de 5,96%. "O padrão de queda no desemprego está mais moderado do que no ano passado. É natural, porque a economia está crescendo menos também. Mas houve apenas desaceleração no ritmo de queda. A desocupação ainda está abaixo do ano passado", disse Velho.O IBGE avalia que o momento é de estabilidade, sem avanço na geração de vagas, mas também sem aumento na desocupação. "Havia expectativa de que esse dado fosse apresentar já aumento na ocupação e queda na desocupação em algumas áreas, mas isso não aconteceu", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.Emprego formal. A boa notícia seria a manutenção nas vagas com carteira assinada. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de trabalhadores formais no setor privado ficou estável em junho ante maio, mas manteve o saldo positivo em relação ao mesmo mês do ano passado (4,8%).O IBGE recebeu apenas 60% dos dados coletados em junho na região metropolitana do Rio, que tem o segundo maior peso na pesquisa (entre 17% e 18%). As paralisações de servidores em greve em várias praças do IBGE resultaram ainda em lentidão na transmissão das informações nas demais regiões. "Geralmente, a PME (Pequisa Mensal de Emprego) fica pronta duas semanas antes (da divulgação). Dessa vez, a PME ficou pronta dois ou três dias atrás", confirmou Azeredo.Os servidores em greve dizem que não contestam a qualidade dos dados já divulgados, mas alertam que as próximas divulgações serão prejudicadas caso a paralisação permaneça. A coleta vem sendo feita por trabalhadores temporários, que não têm a mesma capacitação dos técnicos concursados, de acordo com Susana Drumond, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE. A supervisão nas regiões pesquisadas também está comprometida, porque vem sendo feita à distância, pelo Rio de Janeiro. "O quadro técnico do IBGE tem formação e capacitação, que a cada dia melhora. O temporário não tem a mesma qualificação", declarou Susana.Os grevistas exigem reajuste salarial de 22%, retroativo a 1.º de maio.A paralisação teve início em 18 de junho. Mas, segundo a Coordenação de Comunicação Social do IBGE, as próximas divulgações de indicadores estão mantidas, sem prejuízo das informações coletadas por enquanto.

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afetou a divulgação dos resultados da taxa de desemprego no País em junho. Não foi possível calcular a desocupação média nacional, porque foram liberados os dados de apenas cinco das seis regiões metropolitanas que integram a Pesquisa Mensal de Emprego: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife. As informações do Rio de Janeiro foram coletadas, mas, por conta da paralisação dos servidores, não foram repassadas integralmente aos técnicos da Coordenação de Trabalho e Rendimento para análise. "Não é a primeira vez que isso acontece. Nos anos 80, quando tinha muita greve de servidores, muitas divulgações foram afetadas, inclusive do IBGE. É claro que gera ruídos. É péssimo. O problema é se virar algo permanente", alertou José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos.Segundo o IBGE, os dados parciais apontam para uma estabilidade no mercado de trabalho. Porém, em São Paulo, que tem peso de 40% na pesquisa, a taxa de desocupação aumentou de 6,2% em maio para o mesmo nível verificado em março e em abril: 6,5%. "O aumento do desemprego em São Paulo é mais ou menos esperado, porque a região concentra muito do setor industrial, que não está contratando", afirmou Camargo.A Opus calcula que, no Rio de Janeiro se a taxa de desemprego tiver se mantido a mesma que em maio (5,2%), a desocupação total do País subiu 0,2 ponto porcentual em junho, de 5,8% para 6,0%. Mas, na visão do economista-chefe da corretora PlannerProsper, Eduardo Velho, ainda há uma tendência de queda no desemprego brasileiro. A PlannerProsper prevê que a taxa de desemprego média no ano fique em 5,53%. Em 2011, a taxa foi de 5,96%. "O padrão de queda no desemprego está mais moderado do que no ano passado. É natural, porque a economia está crescendo menos também. Mas houve apenas desaceleração no ritmo de queda. A desocupação ainda está abaixo do ano passado", disse Velho.O IBGE avalia que o momento é de estabilidade, sem avanço na geração de vagas, mas também sem aumento na desocupação. "Havia expectativa de que esse dado fosse apresentar já aumento na ocupação e queda na desocupação em algumas áreas, mas isso não aconteceu", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.Emprego formal. A boa notícia seria a manutenção nas vagas com carteira assinada. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de trabalhadores formais no setor privado ficou estável em junho ante maio, mas manteve o saldo positivo em relação ao mesmo mês do ano passado (4,8%).O IBGE recebeu apenas 60% dos dados coletados em junho na região metropolitana do Rio, que tem o segundo maior peso na pesquisa (entre 17% e 18%). As paralisações de servidores em greve em várias praças do IBGE resultaram ainda em lentidão na transmissão das informações nas demais regiões. "Geralmente, a PME (Pequisa Mensal de Emprego) fica pronta duas semanas antes (da divulgação). Dessa vez, a PME ficou pronta dois ou três dias atrás", confirmou Azeredo.Os servidores em greve dizem que não contestam a qualidade dos dados já divulgados, mas alertam que as próximas divulgações serão prejudicadas caso a paralisação permaneça. A coleta vem sendo feita por trabalhadores temporários, que não têm a mesma capacitação dos técnicos concursados, de acordo com Susana Drumond, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE. A supervisão nas regiões pesquisadas também está comprometida, porque vem sendo feita à distância, pelo Rio de Janeiro. "O quadro técnico do IBGE tem formação e capacitação, que a cada dia melhora. O temporário não tem a mesma qualificação", declarou Susana.Os grevistas exigem reajuste salarial de 22%, retroativo a 1.º de maio.A paralisação teve início em 18 de junho. Mas, segundo a Coordenação de Comunicação Social do IBGE, as próximas divulgações de indicadores estão mantidas, sem prejuízo das informações coletadas por enquanto.

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