A Tele Nordeste Celular e Tele Celular Sul avisaram que estão reduzindo os valores que bancavam ao consumidor na compra de aparelhos. O corte dos subsídios sobre os aparelhos celulares deve elevar o ganho das empresas do setor, segundo analistas de mercado. Para o consumidor, a conseqüência é o aumento nos preços dos aparelhos O fim dos subsídios reflete a mudança de estratégia das empresas do setor. De acordo com os analistas, a partir de agora as companhias devem priorizar o crescimento, sem sacrificar tanto a rentabilidade, como ocorreu no ano passado. Em 99, os subsídios foram utilizados para aumentar a base de clientes, principalmente com os aparelhos pré-pagos. Na opinião do analista de telecomunicações do Banco Brascan, Jair Santiago, as companhias estavam com os lucros reduzidos, em função dessa estratégia. Santiago citou como exemplo a Tele Celular Sul, onde os custos com subsídios chegaram a representar 8,5% da receita líquida, em 99. Para ele, o corte desses custos deve melhorar a rentabilidade das companhias. Analistas esperam resultados melhores Luiz Mann, analista de telecomunicações do Fleming Graphus, disse que a medida trará melhores resultados para as empresas. Mann lembrou, entretanto, que ainda existe muito espaço para crescimento e que as companhias devem continuar investindo. A diretora de Relações com Investidores da Tele Celular Sul, Joana Serafim, afirmou que a meta neste ano é expandir tanto a base de clientes quanto a rentabilidade. Ela disse que os subsídios ainda podem ser utilizados em alguns casos, mas a empresa quase não trabalha com eles. Esse ano, a companhia deve investir cerca de R$ 198 milhões em novos serviços e tecnologia. Na opinião de Jacqueline Lison, analista da Fator Doria Atherino Corretora, o corte nos subsídios vai dar mais flexibilidade às operadoras. Ela também acredita numa recuperação gradual do lucro. Já o incremento da receita deve ficar por conta de serviços com maior valor agregado, que atraiam clientes que utilizem mais minutos por mês.
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