Venda de negócios de varejo do BTG pode exigir novos aportes do banco


Para manter a BR Pharma em pé, banco anunciou capitalização de R$ 600 milhões, mas trabalharia com hipótese de fatiamento da empresa; já a rede Leader sofre com endividamento e também dependeria de novo investimento antes de atrair interessados

Por Fernando Scheller

Entre os principais ativos de private equity (participações em empresas) do BTG Pactual, pelo menos dois são considerados um desafio dentro da “temporada de vendas” que a instituição está promovendo para tentar conter sua crise de liquidez: a BR Pharma, que reúne redes de farmácias, e a varejista popular Leader, que tem 167 lojas concentradas em São Paulo e no Rio (a conta inclui também a bandeira Seller). Segundo fontes de mercado, a venda desses negócios só sairia caso o banco estivesse disposto a fazer aportes nas duas companhias nesse momento de dificuldade.

No caso da BR Pharma, a necessidade do aporte é reconhecida. No mês passado, o BTG anunciou uma capitalização de R$ 600 milhões (a participação da instituição ficaria em torno de R$ 400 milhões). Parte do mercado pôs a operação em xeque após a prisão de Andre Esteves, ex-presidente da instituição, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O banco, no entanto, disse na segunda-feira que a capitalização estaria em pé.

Rede paraense Big Ben é considerado melhor ativo da BR Pharma Foto: Divulgação
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No caso da Leader, o mercado trabalha com a hipótese de um eventual repasse da empresa a um novo dono, a custo zero. Os principais “candidatos” a ficar com o negócio seriam os antigos donos, a família Queiroz, que ainda mantêm fatia de 30% (o BTG controla o restante desde 2012). No entanto, o Estado apurou que a situação do negócio seria delicada e que um comprador só se disporia a ficar com a Leader caso o banco fizesse aporte na varejista.

Embora não tenha balanço divulgado ao mercado, segundo fontes os resultados da Leader pioraram em 2015, seguindo o restante do varejo. Porém, a situação da companhia seria especialmente delicada. As vendas por metro quadrado da varejista seriam equivalentes a um terço das registradas pela Marisa, rede que tem sido castigada pelo mercado financeiro.

Como a empresa não gera caixa – o Ebitda projetado pelo banco para o negócio em 2015 seria de R$ 37 milhões, segundo apurou o Estado – e sofre com endividamento, que superaria a marca de R$ 1 bilhão, uma fonte garante que um aporte considerável teria de ser feito para atrair interessados disposto a tocar o negócio adiante. O valor a ser aplicado seria semelhante ao da BR Pharma.

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Apesar de o aporte na BR Pharma ter sido confirmado, o banco ainda trabalharia com outra hipótese. Dona de várias bandeiras de farmácias e terceira colocada no ranking do setor, a empresa pode ser vendida “em fatias”. O problema é que o interesse se concentraria na paraense Big Ben.

Caso decida seguir adiante com a estratégia de fatiamento do negócio e se desfaça da Big Ben, uma fonte explica que o banco ficaria só com ativos de performance da BR Pharma, dificultando ainda mais a recuperação do negócio com um todo. No mês passado, já dentro da estratégia de reorganização do negócio, o BTG vendeu a rede gaúcha Mais Econômica ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

  Foto: Infográficos|Estadão
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Ações. Enquanto isso, o mercado continua a castigar as units (pacotes de ações) do BTG. Nesta quarta-feira, 9, o papel teve queda de 11,57%, fechando a R$ 13,22. Desde 25/11, data da prisão de André Esteves, o papel perdeu mais de 57% do valor. A BR Pharma, outro negócio que está na BM&F Bovespa, perdeu 23%.

Segundo fontes, o banco trabalha rápido para vender participações em empresas, negociando com vários interessados. Ativos como Estapar (estacionamentos) e Recovery (de recuperação de créditos) seriam os mais atraentes.

Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre a situação de BR Pharma e Leader.

Entre os principais ativos de private equity (participações em empresas) do BTG Pactual, pelo menos dois são considerados um desafio dentro da “temporada de vendas” que a instituição está promovendo para tentar conter sua crise de liquidez: a BR Pharma, que reúne redes de farmácias, e a varejista popular Leader, que tem 167 lojas concentradas em São Paulo e no Rio (a conta inclui também a bandeira Seller). Segundo fontes de mercado, a venda desses negócios só sairia caso o banco estivesse disposto a fazer aportes nas duas companhias nesse momento de dificuldade.

No caso da BR Pharma, a necessidade do aporte é reconhecida. No mês passado, o BTG anunciou uma capitalização de R$ 600 milhões (a participação da instituição ficaria em torno de R$ 400 milhões). Parte do mercado pôs a operação em xeque após a prisão de Andre Esteves, ex-presidente da instituição, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O banco, no entanto, disse na segunda-feira que a capitalização estaria em pé.

Rede paraense Big Ben é considerado melhor ativo da BR Pharma Foto: Divulgação

No caso da Leader, o mercado trabalha com a hipótese de um eventual repasse da empresa a um novo dono, a custo zero. Os principais “candidatos” a ficar com o negócio seriam os antigos donos, a família Queiroz, que ainda mantêm fatia de 30% (o BTG controla o restante desde 2012). No entanto, o Estado apurou que a situação do negócio seria delicada e que um comprador só se disporia a ficar com a Leader caso o banco fizesse aporte na varejista.

Embora não tenha balanço divulgado ao mercado, segundo fontes os resultados da Leader pioraram em 2015, seguindo o restante do varejo. Porém, a situação da companhia seria especialmente delicada. As vendas por metro quadrado da varejista seriam equivalentes a um terço das registradas pela Marisa, rede que tem sido castigada pelo mercado financeiro.

Como a empresa não gera caixa – o Ebitda projetado pelo banco para o negócio em 2015 seria de R$ 37 milhões, segundo apurou o Estado – e sofre com endividamento, que superaria a marca de R$ 1 bilhão, uma fonte garante que um aporte considerável teria de ser feito para atrair interessados disposto a tocar o negócio adiante. O valor a ser aplicado seria semelhante ao da BR Pharma.

Apesar de o aporte na BR Pharma ter sido confirmado, o banco ainda trabalharia com outra hipótese. Dona de várias bandeiras de farmácias e terceira colocada no ranking do setor, a empresa pode ser vendida “em fatias”. O problema é que o interesse se concentraria na paraense Big Ben.

Caso decida seguir adiante com a estratégia de fatiamento do negócio e se desfaça da Big Ben, uma fonte explica que o banco ficaria só com ativos de performance da BR Pharma, dificultando ainda mais a recuperação do negócio com um todo. No mês passado, já dentro da estratégia de reorganização do negócio, o BTG vendeu a rede gaúcha Mais Econômica ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

  Foto: Infográficos|Estadão

Ações. Enquanto isso, o mercado continua a castigar as units (pacotes de ações) do BTG. Nesta quarta-feira, 9, o papel teve queda de 11,57%, fechando a R$ 13,22. Desde 25/11, data da prisão de André Esteves, o papel perdeu mais de 57% do valor. A BR Pharma, outro negócio que está na BM&F Bovespa, perdeu 23%.

Segundo fontes, o banco trabalha rápido para vender participações em empresas, negociando com vários interessados. Ativos como Estapar (estacionamentos) e Recovery (de recuperação de créditos) seriam os mais atraentes.

Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre a situação de BR Pharma e Leader.

Entre os principais ativos de private equity (participações em empresas) do BTG Pactual, pelo menos dois são considerados um desafio dentro da “temporada de vendas” que a instituição está promovendo para tentar conter sua crise de liquidez: a BR Pharma, que reúne redes de farmácias, e a varejista popular Leader, que tem 167 lojas concentradas em São Paulo e no Rio (a conta inclui também a bandeira Seller). Segundo fontes de mercado, a venda desses negócios só sairia caso o banco estivesse disposto a fazer aportes nas duas companhias nesse momento de dificuldade.

No caso da BR Pharma, a necessidade do aporte é reconhecida. No mês passado, o BTG anunciou uma capitalização de R$ 600 milhões (a participação da instituição ficaria em torno de R$ 400 milhões). Parte do mercado pôs a operação em xeque após a prisão de Andre Esteves, ex-presidente da instituição, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O banco, no entanto, disse na segunda-feira que a capitalização estaria em pé.

Rede paraense Big Ben é considerado melhor ativo da BR Pharma Foto: Divulgação

No caso da Leader, o mercado trabalha com a hipótese de um eventual repasse da empresa a um novo dono, a custo zero. Os principais “candidatos” a ficar com o negócio seriam os antigos donos, a família Queiroz, que ainda mantêm fatia de 30% (o BTG controla o restante desde 2012). No entanto, o Estado apurou que a situação do negócio seria delicada e que um comprador só se disporia a ficar com a Leader caso o banco fizesse aporte na varejista.

Embora não tenha balanço divulgado ao mercado, segundo fontes os resultados da Leader pioraram em 2015, seguindo o restante do varejo. Porém, a situação da companhia seria especialmente delicada. As vendas por metro quadrado da varejista seriam equivalentes a um terço das registradas pela Marisa, rede que tem sido castigada pelo mercado financeiro.

Como a empresa não gera caixa – o Ebitda projetado pelo banco para o negócio em 2015 seria de R$ 37 milhões, segundo apurou o Estado – e sofre com endividamento, que superaria a marca de R$ 1 bilhão, uma fonte garante que um aporte considerável teria de ser feito para atrair interessados disposto a tocar o negócio adiante. O valor a ser aplicado seria semelhante ao da BR Pharma.

Apesar de o aporte na BR Pharma ter sido confirmado, o banco ainda trabalharia com outra hipótese. Dona de várias bandeiras de farmácias e terceira colocada no ranking do setor, a empresa pode ser vendida “em fatias”. O problema é que o interesse se concentraria na paraense Big Ben.

Caso decida seguir adiante com a estratégia de fatiamento do negócio e se desfaça da Big Ben, uma fonte explica que o banco ficaria só com ativos de performance da BR Pharma, dificultando ainda mais a recuperação do negócio com um todo. No mês passado, já dentro da estratégia de reorganização do negócio, o BTG vendeu a rede gaúcha Mais Econômica ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

  Foto: Infográficos|Estadão

Ações. Enquanto isso, o mercado continua a castigar as units (pacotes de ações) do BTG. Nesta quarta-feira, 9, o papel teve queda de 11,57%, fechando a R$ 13,22. Desde 25/11, data da prisão de André Esteves, o papel perdeu mais de 57% do valor. A BR Pharma, outro negócio que está na BM&F Bovespa, perdeu 23%.

Segundo fontes, o banco trabalha rápido para vender participações em empresas, negociando com vários interessados. Ativos como Estapar (estacionamentos) e Recovery (de recuperação de créditos) seriam os mais atraentes.

Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre a situação de BR Pharma e Leader.

Entre os principais ativos de private equity (participações em empresas) do BTG Pactual, pelo menos dois são considerados um desafio dentro da “temporada de vendas” que a instituição está promovendo para tentar conter sua crise de liquidez: a BR Pharma, que reúne redes de farmácias, e a varejista popular Leader, que tem 167 lojas concentradas em São Paulo e no Rio (a conta inclui também a bandeira Seller). Segundo fontes de mercado, a venda desses negócios só sairia caso o banco estivesse disposto a fazer aportes nas duas companhias nesse momento de dificuldade.

No caso da BR Pharma, a necessidade do aporte é reconhecida. No mês passado, o BTG anunciou uma capitalização de R$ 600 milhões (a participação da instituição ficaria em torno de R$ 400 milhões). Parte do mercado pôs a operação em xeque após a prisão de Andre Esteves, ex-presidente da instituição, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O banco, no entanto, disse na segunda-feira que a capitalização estaria em pé.

Rede paraense Big Ben é considerado melhor ativo da BR Pharma Foto: Divulgação

No caso da Leader, o mercado trabalha com a hipótese de um eventual repasse da empresa a um novo dono, a custo zero. Os principais “candidatos” a ficar com o negócio seriam os antigos donos, a família Queiroz, que ainda mantêm fatia de 30% (o BTG controla o restante desde 2012). No entanto, o Estado apurou que a situação do negócio seria delicada e que um comprador só se disporia a ficar com a Leader caso o banco fizesse aporte na varejista.

Embora não tenha balanço divulgado ao mercado, segundo fontes os resultados da Leader pioraram em 2015, seguindo o restante do varejo. Porém, a situação da companhia seria especialmente delicada. As vendas por metro quadrado da varejista seriam equivalentes a um terço das registradas pela Marisa, rede que tem sido castigada pelo mercado financeiro.

Como a empresa não gera caixa – o Ebitda projetado pelo banco para o negócio em 2015 seria de R$ 37 milhões, segundo apurou o Estado – e sofre com endividamento, que superaria a marca de R$ 1 bilhão, uma fonte garante que um aporte considerável teria de ser feito para atrair interessados disposto a tocar o negócio adiante. O valor a ser aplicado seria semelhante ao da BR Pharma.

Apesar de o aporte na BR Pharma ter sido confirmado, o banco ainda trabalharia com outra hipótese. Dona de várias bandeiras de farmácias e terceira colocada no ranking do setor, a empresa pode ser vendida “em fatias”. O problema é que o interesse se concentraria na paraense Big Ben.

Caso decida seguir adiante com a estratégia de fatiamento do negócio e se desfaça da Big Ben, uma fonte explica que o banco ficaria só com ativos de performance da BR Pharma, dificultando ainda mais a recuperação do negócio com um todo. No mês passado, já dentro da estratégia de reorganização do negócio, o BTG vendeu a rede gaúcha Mais Econômica ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

  Foto: Infográficos|Estadão

Ações. Enquanto isso, o mercado continua a castigar as units (pacotes de ações) do BTG. Nesta quarta-feira, 9, o papel teve queda de 11,57%, fechando a R$ 13,22. Desde 25/11, data da prisão de André Esteves, o papel perdeu mais de 57% do valor. A BR Pharma, outro negócio que está na BM&F Bovespa, perdeu 23%.

Segundo fontes, o banco trabalha rápido para vender participações em empresas, negociando com vários interessados. Ativos como Estapar (estacionamentos) e Recovery (de recuperação de créditos) seriam os mais atraentes.

Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre a situação de BR Pharma e Leader.

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