SÃO PAULO - Apesar de mais de mil confirmações pelo Facebook, a manifestação de alunos da USP Leste em frente ao Templo de Salomão, no Brás, região central da cidade, reuniu cerca de 50 pessoas na noite desta terça-feira, 12. Os estudantes protestam contra a possível transferência de terras poluídas da área onde foi construído o templo para a USP Leste.
Os manifestantes portavam cartazes com dizeres como "Só vim devolver o que não é nosso", "O Boueri (ex-diretor da USP Leste) foi abençoado e eu, contaminado" e "Edir Macedo, não leve a mal, jogue essa terra no seu quintal". Usando máscaras, eles cantavam: "Ei, cidade, a USP Leste tem terra de Salomão". O Ministério Público investiga a possibilidade de que terras do templo tenham sido enviadas para a USP Leste, que está fechada por problemas ambientais desde o começo do ano. As aulas estão marcadas para retornarem ao local nesta segunda-feira, 18.
No protesto, eles jogaram terra na calçada diante do templo, que permaneceu com o portão fechado. Do outro lado da rua, cinco viaturas da PM acompanharam o ato.
"O importante é o apoio que nossa mobilização recebeu pelas redes sociais", afirmou o estudante Marcelo Carmo, de 18 anos, do 1º ano do curso de Ciências da Natureza, que foi um dos organizadores do ato. "Eu nunca vi a Each (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste). Essa situação é um absurdo."
Para a estudante Bia Michelle, da pós-graduação do curso de Sistemas da Informação, o ato tem o objetivo de chamar a atenção do governador para o problema. "Queremos que os responsáveis sejam apontados e punidos, entre eles o ex-reitor Rodas (João Grandino Rodas), o ex-diretor Jorge Boueri e o próprio governador Geraldo Alckmin."