Educadores criticam indicação para ministério por critério ideológico


A possibilidade de um ministro da Educação indicado pela bancada evangélica e sem experiência técnica na área preocupa a comunidade educacional. Depois que o presidente eleito Jair Bolsonaro desistiu da indicação do educador Mozart Neves, surgiram nomes como do procurador Guilherme Schelb e do deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), ambos conhecidos defensores do Escola sem Partido.

Por Renata Cafardo

Izalci é, inclusive, autor de um dos projetos sobre o tema. O nome de Schelb foi citado por Bolsonaro hoje e agradou à bancada evangélica.

"É errado usar doutrina ideológica como guia da política pública. Isso é mais perverso ainda na educação porque pode estragar gerações", diz a a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin. Ela ressalta que é preciso um quadro técnico para o ministério da Educação, que entenda por que o Brasil está na situação que está.

Claudia foi diretora de educação do Banco Mundial, ministra no governo Fernando Henrique Cardoso e secretária de Educação no Rio. "Não quero desqualificar ninguém, mas não se pode atribuir os problemas da educação a uma pretensa doutrinação. Se fosse isso era fácil de resolver. É muito mais complexo, passa pelo caráter pouco profissionalizante da formação do professor, pela condição de trabalho, pelos resultados que temos recebido de avaliações internacionais dos nossos alunos."

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Ela lamentou o recuo de Bolsonaro com relação a Mozart. "Não somos uma teocracia, um nome não pode ser vetado por uma bancada religiosa."

Um educador de uma das maiores escolas particulares de São Paulo, que fez campanha para Bolsonaro, e pediu para não ter seu nome divulgado, disse ao Estado que a indicação de Schelb seria um "erro gravíssimo". "Se ele nomear alguém ligado a esse movimento (Escola sem Partido), todos os educadores se unirão contra. Entregará ouro para o PT", completou.

A Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota também criticando a desistência da indicação de Mozart. O texto diz que considera "um enorme retrocesso se o novo titular do MEC for um nome estranho à área educacional, que resulte de uma escolha política e ideológica, marcada pela defesa de teses regressivas, ultrapassadas e questionáveis, como é o caso do projeto Escola sem Partido".

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Para os representantes de algumas das mais conceituadas escolas do setor privado, isso traria "um período de grave turbulência no meio acadêmico e educacional, com prejuízos para os alunos e os professoresdas redes públicas e particulares de ensino". A nota também diz que Mozart "desfruta de ampla aceitação no meio acadêmico e educacional" e que fez "excepcionais trabalhos" em sua vida pública, além de ter "capacidade de diálogo".

A presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, também falou da decepção com a desistência com relação a Mozart. "Ele tem todas as características de um bom ministro", afirma.  "Tem grande capacidade de articulação, de liderança e fez o embrião do ensino integral no ensino médio em Pernambuco, um sucesso no País hoje Ele foi o primeiro a dizer que era o caminho a seguir."

Para ela, o Escola sem Partido não pode ser o grande assunto da educação no País, trata-se de uma discussão lateral. "É uma agenda incompatível com as outras tarefas que temos que fazer porque o professor precisa ser um aliado na implementação de políticas e não um perseguido."

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O Semesp, maior entidade de universidades privadas do País, também divulgou carta em que "apela à sensibilidade do presidente eleito" para que "reavalie os seus critérios". A nota declara apoio ao nome de Mozart para assumir o MEC e manifesta "preocupação de que uma escolha não fundamentada em aspectos técnicos".

O nome de Schelb foi citado hoje pelo próprio Bolsonaro, que disse que teria uma conversa com o procurador. E fontes ligadas à equipe de transição informaram que a bancada evangélica também teria sugerido o deputado Izalci para o cargo.

Veja a íntegra da nota da Abepar:

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Izalci é, inclusive, autor de um dos projetos sobre o tema. O nome de Schelb foi citado por Bolsonaro hoje e agradou à bancada evangélica.

"É errado usar doutrina ideológica como guia da política pública. Isso é mais perverso ainda na educação porque pode estragar gerações", diz a a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin. Ela ressalta que é preciso um quadro técnico para o ministério da Educação, que entenda por que o Brasil está na situação que está.

Claudia foi diretora de educação do Banco Mundial, ministra no governo Fernando Henrique Cardoso e secretária de Educação no Rio. "Não quero desqualificar ninguém, mas não se pode atribuir os problemas da educação a uma pretensa doutrinação. Se fosse isso era fácil de resolver. É muito mais complexo, passa pelo caráter pouco profissionalizante da formação do professor, pela condição de trabalho, pelos resultados que temos recebido de avaliações internacionais dos nossos alunos."

Ela lamentou o recuo de Bolsonaro com relação a Mozart. "Não somos uma teocracia, um nome não pode ser vetado por uma bancada religiosa."

Um educador de uma das maiores escolas particulares de São Paulo, que fez campanha para Bolsonaro, e pediu para não ter seu nome divulgado, disse ao Estado que a indicação de Schelb seria um "erro gravíssimo". "Se ele nomear alguém ligado a esse movimento (Escola sem Partido), todos os educadores se unirão contra. Entregará ouro para o PT", completou.

A Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota também criticando a desistência da indicação de Mozart. O texto diz que considera "um enorme retrocesso se o novo titular do MEC for um nome estranho à área educacional, que resulte de uma escolha política e ideológica, marcada pela defesa de teses regressivas, ultrapassadas e questionáveis, como é o caso do projeto Escola sem Partido".

Para os representantes de algumas das mais conceituadas escolas do setor privado, isso traria "um período de grave turbulência no meio acadêmico e educacional, com prejuízos para os alunos e os professoresdas redes públicas e particulares de ensino". A nota também diz que Mozart "desfruta de ampla aceitação no meio acadêmico e educacional" e que fez "excepcionais trabalhos" em sua vida pública, além de ter "capacidade de diálogo".

A presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, também falou da decepção com a desistência com relação a Mozart. "Ele tem todas as características de um bom ministro", afirma.  "Tem grande capacidade de articulação, de liderança e fez o embrião do ensino integral no ensino médio em Pernambuco, um sucesso no País hoje Ele foi o primeiro a dizer que era o caminho a seguir."

Para ela, o Escola sem Partido não pode ser o grande assunto da educação no País, trata-se de uma discussão lateral. "É uma agenda incompatível com as outras tarefas que temos que fazer porque o professor precisa ser um aliado na implementação de políticas e não um perseguido."

O Semesp, maior entidade de universidades privadas do País, também divulgou carta em que "apela à sensibilidade do presidente eleito" para que "reavalie os seus critérios". A nota declara apoio ao nome de Mozart para assumir o MEC e manifesta "preocupação de que uma escolha não fundamentada em aspectos técnicos".

O nome de Schelb foi citado hoje pelo próprio Bolsonaro, que disse que teria uma conversa com o procurador. E fontes ligadas à equipe de transição informaram que a bancada evangélica também teria sugerido o deputado Izalci para o cargo.

Veja a íntegra da nota da Abepar:

Izalci é, inclusive, autor de um dos projetos sobre o tema. O nome de Schelb foi citado por Bolsonaro hoje e agradou à bancada evangélica.

"É errado usar doutrina ideológica como guia da política pública. Isso é mais perverso ainda na educação porque pode estragar gerações", diz a a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin. Ela ressalta que é preciso um quadro técnico para o ministério da Educação, que entenda por que o Brasil está na situação que está.

Claudia foi diretora de educação do Banco Mundial, ministra no governo Fernando Henrique Cardoso e secretária de Educação no Rio. "Não quero desqualificar ninguém, mas não se pode atribuir os problemas da educação a uma pretensa doutrinação. Se fosse isso era fácil de resolver. É muito mais complexo, passa pelo caráter pouco profissionalizante da formação do professor, pela condição de trabalho, pelos resultados que temos recebido de avaliações internacionais dos nossos alunos."

Ela lamentou o recuo de Bolsonaro com relação a Mozart. "Não somos uma teocracia, um nome não pode ser vetado por uma bancada religiosa."

Um educador de uma das maiores escolas particulares de São Paulo, que fez campanha para Bolsonaro, e pediu para não ter seu nome divulgado, disse ao Estado que a indicação de Schelb seria um "erro gravíssimo". "Se ele nomear alguém ligado a esse movimento (Escola sem Partido), todos os educadores se unirão contra. Entregará ouro para o PT", completou.

A Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota também criticando a desistência da indicação de Mozart. O texto diz que considera "um enorme retrocesso se o novo titular do MEC for um nome estranho à área educacional, que resulte de uma escolha política e ideológica, marcada pela defesa de teses regressivas, ultrapassadas e questionáveis, como é o caso do projeto Escola sem Partido".

Para os representantes de algumas das mais conceituadas escolas do setor privado, isso traria "um período de grave turbulência no meio acadêmico e educacional, com prejuízos para os alunos e os professoresdas redes públicas e particulares de ensino". A nota também diz que Mozart "desfruta de ampla aceitação no meio acadêmico e educacional" e que fez "excepcionais trabalhos" em sua vida pública, além de ter "capacidade de diálogo".

A presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, também falou da decepção com a desistência com relação a Mozart. "Ele tem todas as características de um bom ministro", afirma.  "Tem grande capacidade de articulação, de liderança e fez o embrião do ensino integral no ensino médio em Pernambuco, um sucesso no País hoje Ele foi o primeiro a dizer que era o caminho a seguir."

Para ela, o Escola sem Partido não pode ser o grande assunto da educação no País, trata-se de uma discussão lateral. "É uma agenda incompatível com as outras tarefas que temos que fazer porque o professor precisa ser um aliado na implementação de políticas e não um perseguido."

O Semesp, maior entidade de universidades privadas do País, também divulgou carta em que "apela à sensibilidade do presidente eleito" para que "reavalie os seus critérios". A nota declara apoio ao nome de Mozart para assumir o MEC e manifesta "preocupação de que uma escolha não fundamentada em aspectos técnicos".

O nome de Schelb foi citado hoje pelo próprio Bolsonaro, que disse que teria uma conversa com o procurador. E fontes ligadas à equipe de transição informaram que a bancada evangélica também teria sugerido o deputado Izalci para o cargo.

Veja a íntegra da nota da Abepar:

Izalci é, inclusive, autor de um dos projetos sobre o tema. O nome de Schelb foi citado por Bolsonaro hoje e agradou à bancada evangélica.

"É errado usar doutrina ideológica como guia da política pública. Isso é mais perverso ainda na educação porque pode estragar gerações", diz a a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin. Ela ressalta que é preciso um quadro técnico para o ministério da Educação, que entenda por que o Brasil está na situação que está.

Claudia foi diretora de educação do Banco Mundial, ministra no governo Fernando Henrique Cardoso e secretária de Educação no Rio. "Não quero desqualificar ninguém, mas não se pode atribuir os problemas da educação a uma pretensa doutrinação. Se fosse isso era fácil de resolver. É muito mais complexo, passa pelo caráter pouco profissionalizante da formação do professor, pela condição de trabalho, pelos resultados que temos recebido de avaliações internacionais dos nossos alunos."

Ela lamentou o recuo de Bolsonaro com relação a Mozart. "Não somos uma teocracia, um nome não pode ser vetado por uma bancada religiosa."

Um educador de uma das maiores escolas particulares de São Paulo, que fez campanha para Bolsonaro, e pediu para não ter seu nome divulgado, disse ao Estado que a indicação de Schelb seria um "erro gravíssimo". "Se ele nomear alguém ligado a esse movimento (Escola sem Partido), todos os educadores se unirão contra. Entregará ouro para o PT", completou.

A Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota também criticando a desistência da indicação de Mozart. O texto diz que considera "um enorme retrocesso se o novo titular do MEC for um nome estranho à área educacional, que resulte de uma escolha política e ideológica, marcada pela defesa de teses regressivas, ultrapassadas e questionáveis, como é o caso do projeto Escola sem Partido".

Para os representantes de algumas das mais conceituadas escolas do setor privado, isso traria "um período de grave turbulência no meio acadêmico e educacional, com prejuízos para os alunos e os professoresdas redes públicas e particulares de ensino". A nota também diz que Mozart "desfruta de ampla aceitação no meio acadêmico e educacional" e que fez "excepcionais trabalhos" em sua vida pública, além de ter "capacidade de diálogo".

A presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, também falou da decepção com a desistência com relação a Mozart. "Ele tem todas as características de um bom ministro", afirma.  "Tem grande capacidade de articulação, de liderança e fez o embrião do ensino integral no ensino médio em Pernambuco, um sucesso no País hoje Ele foi o primeiro a dizer que era o caminho a seguir."

Para ela, o Escola sem Partido não pode ser o grande assunto da educação no País, trata-se de uma discussão lateral. "É uma agenda incompatível com as outras tarefas que temos que fazer porque o professor precisa ser um aliado na implementação de políticas e não um perseguido."

O Semesp, maior entidade de universidades privadas do País, também divulgou carta em que "apela à sensibilidade do presidente eleito" para que "reavalie os seus critérios". A nota declara apoio ao nome de Mozart para assumir o MEC e manifesta "preocupação de que uma escolha não fundamentada em aspectos técnicos".

O nome de Schelb foi citado hoje pelo próprio Bolsonaro, que disse que teria uma conversa com o procurador. E fontes ligadas à equipe de transição informaram que a bancada evangélica também teria sugerido o deputado Izalci para o cargo.

Veja a íntegra da nota da Abepar:

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