Ou seja, saber discernir o que são textos de opinião, reportagens, conteúdos patrocinados, sátiras etc. Saber navegar e se expressar na internet com segurança e responsabilidade. E não acreditar facilmente e nem passar para frente as notícias falsas.
Pesquisa da Universidade de Stanford mostra que 82% dos adolescentes nos Estados Unidos não conseguem, por exemplo, identificar a diferença entre um anúncio marcado como "conteúdo patrocinado" e uma notícia real em um site. Outro estudo do MIT mostrou que as notícias falsas se espalham seis vezes mais rápido no Twitter do que as verdadeiras.
"Sempre dizemos que proibir não resolve, o que resolve é educar", disse Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, entidade que criou o Educamídia. Entre as iniciativas do programa, que tem o apoio do Google e o Estadão como parceiro, estão cursos para professores, que vão levar a educação midiática para as escolas públicas e particulares do País. Uma das parcerias será com a secretaria estadual de Educação de São Paulo.
O campo jornalístico midiático faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2017, na disciplina de Português do ensino fundamental. Isso quer dizer que as escolas precisam se preparar justamente para ensinar o estudante a analisar as informações que vêm de todas as mídias, além de guiá-lo com práticas éticas e seguras no ambiente digital. "As crianças precisam saber pesquisar de maneira crítica e não só na posição de consumidores", completa a educadora Mariana Ochs, coordenadora do Educamídia.
Clique aqui para saber mais sobre o programa.