O governo de São Paulo vai lançar amanhã um aplicativo de celular para aulas on line, que será usado durante o fechamento das escolas por causa da pandemia do novo coronavírus. O Estado teve acesso ao app, que vai se chamar Centro de Mídias São Paulo (CMSP), e terá tanto formação para professores quanto aulas e provas remotas para os estudantes que estão em casa.
O app vai começar em fase de teste, com grandes aulas de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), matemática para alunos do fundamental 2 e um vídeo com um professor youtuber. Haverá também formação para os docentes sobre fake news e cultura maker.
Segundo o Estado apurou, São Paulo deve ter ainda uma parceria com operadoras de celular para que os dados usados pelos alunos não sejam cobrados.
As aulas para os 3,5 milhões de alunos da rede estadual, por meio de chat, começarão depois do dia 20 de abril. Isso porque até lá o Estado decretou férias aos professores. O app será fechado a estudantes e profissionais da rede, que entrarão na ferramenta por meio de senha.
O chat deve ser acionado pelo professor, com câmera, e ele vai também controlar o momento em que cada aluno poderá falar durante a aula. A ferramenta inclui um controle para impedir palavrões em mensagens escritas. Haverá ainda a possibilidade de fazer avaliações e quiz para os estudantes. O aplicativo pode ser baixado também em computador.
São Paulo é um dos primeiros a finalizar uma plataforma para educação a distância durante a pandemia. A modalidade está muito mais adiantada em escolas particulares. Como mostra pesquisa do Instituto Península, mais de 60% Professores das instituições privadas dizem que seu papel nesse momento é interagir com alunos, enquanto uma minoria dos que dão aulas nas públicas pensam da mesma maneira.
São Paulo fará também uma parceria com o Amazonas, que já tem um centro de mídias desde 2007, para oferecer aulas ao vivo elaborados pelo Estado. O atual secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, foi o titular da pasta no Amazonas e estimulou projetos voltados para ensino a distância no Estado, que tem muitas crianças vivendo fora das cidades. O projeto em São Paulo estava em desenvolvimento e foi adiantado por causa da pandemia do coronavírus.