Blog dos Colégios

ENEM: o panorama visto das carteiras


Por Colégio FAAP

Perder a dimensão da juventude é, para um educador, o pecado para o qual não existe perdão.

Ainda anestesiados pelas muitas horas de prova, nossos jovens gravitam num vasto espectro que vai do pesadelo de uma prova desumana, às incertezas do alcance da média final: da consagração nacional, ao fracasso pessoal.

A não ser a morte (para os que não têm fé), nada é definitivo ou totalmente irremediável. Sucessos e fracassos exigem, sempre, reflexão e obrigam à relativização; nenhum desses eventos deve polarizar uma vida, sobretudo, aquela que se inicia.

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Não contesto a preocupação, o zelo e a competência dos que fizeram as provas. Não discuto a necessidade de se ter um instrumento de avaliação que possa distribuir as insuficientes vagas universitárias por um critério discretamente menos injusto. Sei que a seleção de conteúdos e estratégias de avaliação busca instrumentalização objetiva. Só não posso concordar, em hipótese alguma, com a imagem mercadológica que conferiram ao ENEM e que provoca distorções extremamente nocivas à educação.

Justifico. Além dos processos fraudulentos ou, ao menos, pouco éticos, para elevar a classificação e escolas no ranque nacional dessa prova, muitas escolas montaram uma verdadeira "máquina de moer alunos" para garantir uma boa imagem de mercado das instituições. Assistir ao sacrifício do melhor pedagógico pela busca de uma qualidade educacional discutível, mas de visibilidade comercial, é algo que não conseguimos ver passivamente.

Assim, queridos alunos, sem desmerecer a prova, peço que comparem seu resultado com o esforço despendido, considerem as condições da escola que fizeram o ensino médio e, sobretudo, sem distribuir as próprias responsabilidades, lembrem-se de que as pressões sociais que nasceram, a partir do caráter mercadológico de que a prova se revestiu, não podem determinar o sucesso ou o fracasso de vidas que, apenas, começam.

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Ao longo de décadas na educação, testemunhei alunos mal avaliados vencendo na "prova da vida", apesar dos prognósticos negativos dos "ditadores da caneta vermelha", mas que reagiram aos incentivos daqueles que sabem que qualquer avaliação sempre será relativa.

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

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Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

Perder a dimensão da juventude é, para um educador, o pecado para o qual não existe perdão.

Ainda anestesiados pelas muitas horas de prova, nossos jovens gravitam num vasto espectro que vai do pesadelo de uma prova desumana, às incertezas do alcance da média final: da consagração nacional, ao fracasso pessoal.

A não ser a morte (para os que não têm fé), nada é definitivo ou totalmente irremediável. Sucessos e fracassos exigem, sempre, reflexão e obrigam à relativização; nenhum desses eventos deve polarizar uma vida, sobretudo, aquela que se inicia.

Não contesto a preocupação, o zelo e a competência dos que fizeram as provas. Não discuto a necessidade de se ter um instrumento de avaliação que possa distribuir as insuficientes vagas universitárias por um critério discretamente menos injusto. Sei que a seleção de conteúdos e estratégias de avaliação busca instrumentalização objetiva. Só não posso concordar, em hipótese alguma, com a imagem mercadológica que conferiram ao ENEM e que provoca distorções extremamente nocivas à educação.

Justifico. Além dos processos fraudulentos ou, ao menos, pouco éticos, para elevar a classificação e escolas no ranque nacional dessa prova, muitas escolas montaram uma verdadeira "máquina de moer alunos" para garantir uma boa imagem de mercado das instituições. Assistir ao sacrifício do melhor pedagógico pela busca de uma qualidade educacional discutível, mas de visibilidade comercial, é algo que não conseguimos ver passivamente.

Assim, queridos alunos, sem desmerecer a prova, peço que comparem seu resultado com o esforço despendido, considerem as condições da escola que fizeram o ensino médio e, sobretudo, sem distribuir as próprias responsabilidades, lembrem-se de que as pressões sociais que nasceram, a partir do caráter mercadológico de que a prova se revestiu, não podem determinar o sucesso ou o fracasso de vidas que, apenas, começam.

Ao longo de décadas na educação, testemunhei alunos mal avaliados vencendo na "prova da vida", apesar dos prognósticos negativos dos "ditadores da caneta vermelha", mas que reagiram aos incentivos daqueles que sabem que qualquer avaliação sempre será relativa.

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

Perder a dimensão da juventude é, para um educador, o pecado para o qual não existe perdão.

Ainda anestesiados pelas muitas horas de prova, nossos jovens gravitam num vasto espectro que vai do pesadelo de uma prova desumana, às incertezas do alcance da média final: da consagração nacional, ao fracasso pessoal.

A não ser a morte (para os que não têm fé), nada é definitivo ou totalmente irremediável. Sucessos e fracassos exigem, sempre, reflexão e obrigam à relativização; nenhum desses eventos deve polarizar uma vida, sobretudo, aquela que se inicia.

Não contesto a preocupação, o zelo e a competência dos que fizeram as provas. Não discuto a necessidade de se ter um instrumento de avaliação que possa distribuir as insuficientes vagas universitárias por um critério discretamente menos injusto. Sei que a seleção de conteúdos e estratégias de avaliação busca instrumentalização objetiva. Só não posso concordar, em hipótese alguma, com a imagem mercadológica que conferiram ao ENEM e que provoca distorções extremamente nocivas à educação.

Justifico. Além dos processos fraudulentos ou, ao menos, pouco éticos, para elevar a classificação e escolas no ranque nacional dessa prova, muitas escolas montaram uma verdadeira "máquina de moer alunos" para garantir uma boa imagem de mercado das instituições. Assistir ao sacrifício do melhor pedagógico pela busca de uma qualidade educacional discutível, mas de visibilidade comercial, é algo que não conseguimos ver passivamente.

Assim, queridos alunos, sem desmerecer a prova, peço que comparem seu resultado com o esforço despendido, considerem as condições da escola que fizeram o ensino médio e, sobretudo, sem distribuir as próprias responsabilidades, lembrem-se de que as pressões sociais que nasceram, a partir do caráter mercadológico de que a prova se revestiu, não podem determinar o sucesso ou o fracasso de vidas que, apenas, começam.

Ao longo de décadas na educação, testemunhei alunos mal avaliados vencendo na "prova da vida", apesar dos prognósticos negativos dos "ditadores da caneta vermelha", mas que reagiram aos incentivos daqueles que sabem que qualquer avaliação sempre será relativa.

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

Perder a dimensão da juventude é, para um educador, o pecado para o qual não existe perdão.

Ainda anestesiados pelas muitas horas de prova, nossos jovens gravitam num vasto espectro que vai do pesadelo de uma prova desumana, às incertezas do alcance da média final: da consagração nacional, ao fracasso pessoal.

A não ser a morte (para os que não têm fé), nada é definitivo ou totalmente irremediável. Sucessos e fracassos exigem, sempre, reflexão e obrigam à relativização; nenhum desses eventos deve polarizar uma vida, sobretudo, aquela que se inicia.

Não contesto a preocupação, o zelo e a competência dos que fizeram as provas. Não discuto a necessidade de se ter um instrumento de avaliação que possa distribuir as insuficientes vagas universitárias por um critério discretamente menos injusto. Sei que a seleção de conteúdos e estratégias de avaliação busca instrumentalização objetiva. Só não posso concordar, em hipótese alguma, com a imagem mercadológica que conferiram ao ENEM e que provoca distorções extremamente nocivas à educação.

Justifico. Além dos processos fraudulentos ou, ao menos, pouco éticos, para elevar a classificação e escolas no ranque nacional dessa prova, muitas escolas montaram uma verdadeira "máquina de moer alunos" para garantir uma boa imagem de mercado das instituições. Assistir ao sacrifício do melhor pedagógico pela busca de uma qualidade educacional discutível, mas de visibilidade comercial, é algo que não conseguimos ver passivamente.

Assim, queridos alunos, sem desmerecer a prova, peço que comparem seu resultado com o esforço despendido, considerem as condições da escola que fizeram o ensino médio e, sobretudo, sem distribuir as próprias responsabilidades, lembrem-se de que as pressões sociais que nasceram, a partir do caráter mercadológico de que a prova se revestiu, não podem determinar o sucesso ou o fracasso de vidas que, apenas, começam.

Ao longo de décadas na educação, testemunhei alunos mal avaliados vencendo na "prova da vida", apesar dos prognósticos negativos dos "ditadores da caneta vermelha", mas que reagiram aos incentivos daqueles que sabem que qualquer avaliação sempre será relativa.

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

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