A professora conta que, depois de assistirem ao filme, os alunos debateram sobre educação, preconceito, intolerância religiosa, a importância do professor como mediador de conflitos, drogas e violência. "Alguns alunos quiseram também se aprofundar na vida de Anne Frank, citada no filme, e ampliaram as discussões para a questão do Holocausto", conta a professora.
Depois de intensas discussões, o grupo formado por cerca de 60 alunos foi ao laboratório de informática, com a proposta de produzir crônicas a partir de suas observações e experiências de vida. Foram oito meses de trabalho, com muitas reescritas e trocas de redações entre os próprios alunos, até que os textos chegassem à edição final.
"Propor a produção de um livro motivou os alunos para que os textos fossem feitos com prazer, pois a construção de um livro como objetivo final torna o processo mais efetivo. Afinal eles se colocam no papel de pessoas atuantes, com direito à produção, opinião e trabalho colaborativo", explica a professora. A escolha do título e da capa também foi fruto do trabalho coletivo dos estudantes.
Cada estudante recebeu um exemplar da obra. "Foi muito bom ver que eles trocavam autógrafos entre si, mostrando que realmente fizeram parte do livro", finaliza a professora.