Escola estadual ocupada é alvo de vandalismo em Osasco


Além de depredação, unidade teve aparelhos eletrônicos furtados e documentos destruídos; autoria do ataque é investigada pela polícia

Por Felipe Resk e Luiz Fernando Toledo

SÃO PAULO - A Escola Estadual Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco, na Grande São Paulo, foi alvo de depredação, teve aparelhos eletrônicos furtados e documentos destruídos na noite desta segunda-feira, 30. Também houve um princípio de incêndio na biblioteca do colégio. A unidade de ensino estava ocupada por alunos desde o dia 16 de novembro. A autoria do ataque ainda é investigada.

A Polícia Militar foi acionada para o local por volta das 18 horas, após vizinhos ouvirem barulho de quebra-quebra na escola. Segundo informações da Secretaria Estadual da Educação, os criminosos invadiram o laboratório do colégio e roubaram computadores e tablets. Portas foram arrombadas e cadeiras, mesas e armários ficaram revirados por corredores e salas.

Escola ocupada em Osasco alvo de vandalismo

1 | 11

Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Após o ataque, a escola ficou tomada de lixo, resto de comida e papéis espalhados pelo chão. Materiais de escritório, provas e documentos do colégio também foram destruídos. A unidade de ensino havia sido ocupada por estudantes no dia 16. De acordo com último balanço divulgado pela pasta, 194 escolas do Estado foram alvo de ocupações.

Em uma página no Facebook, alimentada por opositores da reorganização da rede estadual de ensino da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), um grupo afirmou que a escola foi invadida e destruída por "pessoas estranhas". "Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola", diz a publicação. Ainda de acordo com a postagem, um aluno se cortou com pedaços de vidro e outro estudante passou mal com a fumaça.

Veja rotina das escolas ocupadas em SP

1 | 13

Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
3 | 13

Reorganização

Foto: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Secretaria 'desocupou' escolas nunca invadidas

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 13

Futuro incerto

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
9 | 13

Caso a caso

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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A dirigente regional de Ensino de Osasco, Irene Machado, nega que houve conflito entre policiais e alunos. "A PM entrou em contato conosco por volta das 18h40. A escola estava toda trancada e ninguém que estava dentro dela nos atendia. Ficamos esperando a perícia chegar para poder entrar legalmente", afirma.

Irene se diz surpreendida com a destruição na escola, mas afirma que só a investigação da Polícia Civil vai apontar quem são os autores do crime. "Praticamente toda a escola foi alvo de um vandalismo sem comparação com o que eu tenha visto até hoje. Tudo que foi possível ser destruído foi", diz. "Não sabemos quem foi, nem porque nem para que."

"Estranhos". Balanço parcial feito por funcionários do colégio aponta que foram roubados ao menos dez computadores, duas televisões de LED e 15 tablets. "Não sabemos quem fez. Mas foi um ato intencional de destruir a escola. Depredaram, sujaram, jogaram alimentos pelo chão", disse Irene. Segundo a dirigente, a secretaria já solicitou filmagem das câmeras de segurança internas do colégio, mas estas haviam sido viradas durante a ação. 

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A dirigente afirmou que a secretaria tentava negociação com os estudantes da ocupação no domingo. Uma assembleia com pais e professores para decidir sobre a desocupação estava marcada para ocorrer nesta terça-feira, antes de a Polícia Militar ter sido acionada. De acordo com ela, havia informações de que "pessoas estranhas" participavam da ocupação, não só alunos.

O Estado visitou a unidade e constatou que havia marcas de depredação nas dependências do colégio. Em uma sala administrativa foi jogado café em toda a parede.Um computador estava completamente destruído no chão, além de uma televisão. Um scanner teve os vidros quebrados. Havia feijão, arroz e carne espalhados no pátio da escola. Na parede de uma das portas das salas de aula foi feita uma pichação com a sigla "PCC", associada à facção criminosa. 

O estudante Cainã Francisco, de 17 anos e aluno do 2º ano do ensino médio, confirmou a presença de estranhos. Ele estava na escola no momento em que foi ocupada. "Tinha pessoas que eu nunca vi na vida. Vi alguns punks na porta quando fui embora", relatou ele, que disse não ter deixado a unidade assim que foi tomada. 

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Proprietário de uma loja de variedades próxima à escola, o comerciante Vanderlei Espósito, de 56 anos, relatou ter ouvido o momento em que a depredação teve início, por volta das 16h30. "Vi várias pessoas pulando o muro da escola. Eles colocaram uma lona na frente e não dava para enxergar nada. Diziam que era por causa da chuva", comentou. Um dos que pularam estaria encapuzado, segundo o comerciante. 

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Alunos que tomaram 190 escolas no Estado contra reforma se organizam nos colégios, estabelecendo regras para o protesto e tarefas

Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial (Vila Pestana) de Osasco.

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Após o ataque, os alunos encerraram a ocupação e voltaram para casa. Segundo a dirigente, serão necessários pelo menos dois dias para reorganizar a escola e dar condições mínimas para que as aulas sejam restabelecidas na unidade.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

1 | 31

De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
2 | 31

Escola na Vila Jaguará

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
3 | 31

Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
8 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
9 | 31

Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
10 | 31

Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
11 | 31

Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
13 | 31

Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
22 | 31

Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
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Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
29 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
30 | 31

PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

SÃO PAULO - A Escola Estadual Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco, na Grande São Paulo, foi alvo de depredação, teve aparelhos eletrônicos furtados e documentos destruídos na noite desta segunda-feira, 30. Também houve um princípio de incêndio na biblioteca do colégio. A unidade de ensino estava ocupada por alunos desde o dia 16 de novembro. A autoria do ataque ainda é investigada.

A Polícia Militar foi acionada para o local por volta das 18 horas, após vizinhos ouvirem barulho de quebra-quebra na escola. Segundo informações da Secretaria Estadual da Educação, os criminosos invadiram o laboratório do colégio e roubaram computadores e tablets. Portas foram arrombadas e cadeiras, mesas e armários ficaram revirados por corredores e salas.

Escola ocupada em Osasco alvo de vandalismo

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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação

Após o ataque, a escola ficou tomada de lixo, resto de comida e papéis espalhados pelo chão. Materiais de escritório, provas e documentos do colégio também foram destruídos. A unidade de ensino havia sido ocupada por estudantes no dia 16. De acordo com último balanço divulgado pela pasta, 194 escolas do Estado foram alvo de ocupações.

Em uma página no Facebook, alimentada por opositores da reorganização da rede estadual de ensino da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), um grupo afirmou que a escola foi invadida e destruída por "pessoas estranhas". "Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola", diz a publicação. Ainda de acordo com a postagem, um aluno se cortou com pedaços de vidro e outro estudante passou mal com a fumaça.

Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
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Reorganização

Foto: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Secretaria 'desocupou' escolas nunca invadidas

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Futuro incerto

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
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Caso a caso

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

A dirigente regional de Ensino de Osasco, Irene Machado, nega que houve conflito entre policiais e alunos. "A PM entrou em contato conosco por volta das 18h40. A escola estava toda trancada e ninguém que estava dentro dela nos atendia. Ficamos esperando a perícia chegar para poder entrar legalmente", afirma.

Irene se diz surpreendida com a destruição na escola, mas afirma que só a investigação da Polícia Civil vai apontar quem são os autores do crime. "Praticamente toda a escola foi alvo de um vandalismo sem comparação com o que eu tenha visto até hoje. Tudo que foi possível ser destruído foi", diz. "Não sabemos quem foi, nem porque nem para que."

"Estranhos". Balanço parcial feito por funcionários do colégio aponta que foram roubados ao menos dez computadores, duas televisões de LED e 15 tablets. "Não sabemos quem fez. Mas foi um ato intencional de destruir a escola. Depredaram, sujaram, jogaram alimentos pelo chão", disse Irene. Segundo a dirigente, a secretaria já solicitou filmagem das câmeras de segurança internas do colégio, mas estas haviam sido viradas durante a ação. 

A dirigente afirmou que a secretaria tentava negociação com os estudantes da ocupação no domingo. Uma assembleia com pais e professores para decidir sobre a desocupação estava marcada para ocorrer nesta terça-feira, antes de a Polícia Militar ter sido acionada. De acordo com ela, havia informações de que "pessoas estranhas" participavam da ocupação, não só alunos.

O Estado visitou a unidade e constatou que havia marcas de depredação nas dependências do colégio. Em uma sala administrativa foi jogado café em toda a parede.Um computador estava completamente destruído no chão, além de uma televisão. Um scanner teve os vidros quebrados. Havia feijão, arroz e carne espalhados no pátio da escola. Na parede de uma das portas das salas de aula foi feita uma pichação com a sigla "PCC", associada à facção criminosa. 

O estudante Cainã Francisco, de 17 anos e aluno do 2º ano do ensino médio, confirmou a presença de estranhos. Ele estava na escola no momento em que foi ocupada. "Tinha pessoas que eu nunca vi na vida. Vi alguns punks na porta quando fui embora", relatou ele, que disse não ter deixado a unidade assim que foi tomada. 

Proprietário de uma loja de variedades próxima à escola, o comerciante Vanderlei Espósito, de 56 anos, relatou ter ouvido o momento em que a depredação teve início, por volta das 16h30. "Vi várias pessoas pulando o muro da escola. Eles colocaram uma lona na frente e não dava para enxergar nada. Diziam que era por causa da chuva", comentou. Um dos que pularam estaria encapuzado, segundo o comerciante. 

Seu navegador não suporta esse video.

Alunos que tomaram 190 escolas no Estado contra reforma se organizam nos colégios, estabelecendo regras para o protesto e tarefas

Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial (Vila Pestana) de Osasco.

Após o ataque, os alunos encerraram a ocupação e voltaram para casa. Segundo a dirigente, serão necessários pelo menos dois dias para reorganizar a escola e dar condições mínimas para que as aulas sejam restabelecidas na unidade.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola na Vila Jaguará

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Mobilização nas ruas

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Estudantes nas ruas

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De volta às ruas

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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
28 | 31

Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
29 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

SÃO PAULO - A Escola Estadual Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco, na Grande São Paulo, foi alvo de depredação, teve aparelhos eletrônicos furtados e documentos destruídos na noite desta segunda-feira, 30. Também houve um princípio de incêndio na biblioteca do colégio. A unidade de ensino estava ocupada por alunos desde o dia 16 de novembro. A autoria do ataque ainda é investigada.

A Polícia Militar foi acionada para o local por volta das 18 horas, após vizinhos ouvirem barulho de quebra-quebra na escola. Segundo informações da Secretaria Estadual da Educação, os criminosos invadiram o laboratório do colégio e roubaram computadores e tablets. Portas foram arrombadas e cadeiras, mesas e armários ficaram revirados por corredores e salas.

Escola ocupada em Osasco alvo de vandalismo

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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação

Após o ataque, a escola ficou tomada de lixo, resto de comida e papéis espalhados pelo chão. Materiais de escritório, provas e documentos do colégio também foram destruídos. A unidade de ensino havia sido ocupada por estudantes no dia 16. De acordo com último balanço divulgado pela pasta, 194 escolas do Estado foram alvo de ocupações.

Em uma página no Facebook, alimentada por opositores da reorganização da rede estadual de ensino da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), um grupo afirmou que a escola foi invadida e destruída por "pessoas estranhas". "Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola", diz a publicação. Ainda de acordo com a postagem, um aluno se cortou com pedaços de vidro e outro estudante passou mal com a fumaça.

Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
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Reorganização

Foto: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Secretaria 'desocupou' escolas nunca invadidas

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Futuro incerto

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Caso a caso

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

A dirigente regional de Ensino de Osasco, Irene Machado, nega que houve conflito entre policiais e alunos. "A PM entrou em contato conosco por volta das 18h40. A escola estava toda trancada e ninguém que estava dentro dela nos atendia. Ficamos esperando a perícia chegar para poder entrar legalmente", afirma.

Irene se diz surpreendida com a destruição na escola, mas afirma que só a investigação da Polícia Civil vai apontar quem são os autores do crime. "Praticamente toda a escola foi alvo de um vandalismo sem comparação com o que eu tenha visto até hoje. Tudo que foi possível ser destruído foi", diz. "Não sabemos quem foi, nem porque nem para que."

"Estranhos". Balanço parcial feito por funcionários do colégio aponta que foram roubados ao menos dez computadores, duas televisões de LED e 15 tablets. "Não sabemos quem fez. Mas foi um ato intencional de destruir a escola. Depredaram, sujaram, jogaram alimentos pelo chão", disse Irene. Segundo a dirigente, a secretaria já solicitou filmagem das câmeras de segurança internas do colégio, mas estas haviam sido viradas durante a ação. 

A dirigente afirmou que a secretaria tentava negociação com os estudantes da ocupação no domingo. Uma assembleia com pais e professores para decidir sobre a desocupação estava marcada para ocorrer nesta terça-feira, antes de a Polícia Militar ter sido acionada. De acordo com ela, havia informações de que "pessoas estranhas" participavam da ocupação, não só alunos.

O Estado visitou a unidade e constatou que havia marcas de depredação nas dependências do colégio. Em uma sala administrativa foi jogado café em toda a parede.Um computador estava completamente destruído no chão, além de uma televisão. Um scanner teve os vidros quebrados. Havia feijão, arroz e carne espalhados no pátio da escola. Na parede de uma das portas das salas de aula foi feita uma pichação com a sigla "PCC", associada à facção criminosa. 

O estudante Cainã Francisco, de 17 anos e aluno do 2º ano do ensino médio, confirmou a presença de estranhos. Ele estava na escola no momento em que foi ocupada. "Tinha pessoas que eu nunca vi na vida. Vi alguns punks na porta quando fui embora", relatou ele, que disse não ter deixado a unidade assim que foi tomada. 

Proprietário de uma loja de variedades próxima à escola, o comerciante Vanderlei Espósito, de 56 anos, relatou ter ouvido o momento em que a depredação teve início, por volta das 16h30. "Vi várias pessoas pulando o muro da escola. Eles colocaram uma lona na frente e não dava para enxergar nada. Diziam que era por causa da chuva", comentou. Um dos que pularam estaria encapuzado, segundo o comerciante. 

Seu navegador não suporta esse video.

Alunos que tomaram 190 escolas no Estado contra reforma se organizam nos colégios, estabelecendo regras para o protesto e tarefas

Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial (Vila Pestana) de Osasco.

Após o ataque, os alunos encerraram a ocupação e voltaram para casa. Segundo a dirigente, serão necessários pelo menos dois dias para reorganizar a escola e dar condições mínimas para que as aulas sejam restabelecidas na unidade.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola na Vila Jaguará

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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
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Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

SÃO PAULO - A Escola Estadual Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco, na Grande São Paulo, foi alvo de depredação, teve aparelhos eletrônicos furtados e documentos destruídos na noite desta segunda-feira, 30. Também houve um princípio de incêndio na biblioteca do colégio. A unidade de ensino estava ocupada por alunos desde o dia 16 de novembro. A autoria do ataque ainda é investigada.

A Polícia Militar foi acionada para o local por volta das 18 horas, após vizinhos ouvirem barulho de quebra-quebra na escola. Segundo informações da Secretaria Estadual da Educação, os criminosos invadiram o laboratório do colégio e roubaram computadores e tablets. Portas foram arrombadas e cadeiras, mesas e armários ficaram revirados por corredores e salas.

Escola ocupada em Osasco alvo de vandalismo

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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação

Após o ataque, a escola ficou tomada de lixo, resto de comida e papéis espalhados pelo chão. Materiais de escritório, provas e documentos do colégio também foram destruídos. A unidade de ensino havia sido ocupada por estudantes no dia 16. De acordo com último balanço divulgado pela pasta, 194 escolas do Estado foram alvo de ocupações.

Em uma página no Facebook, alimentada por opositores da reorganização da rede estadual de ensino da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), um grupo afirmou que a escola foi invadida e destruída por "pessoas estranhas". "Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola", diz a publicação. Ainda de acordo com a postagem, um aluno se cortou com pedaços de vidro e outro estudante passou mal com a fumaça.

Veja rotina das escolas ocupadas em SP

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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
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Reorganização

Foto: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Secretaria 'desocupou' escolas nunca invadidas

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Futuro incerto

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: ALEX SILVA ESTADAO
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Caso a caso

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP

Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

A dirigente regional de Ensino de Osasco, Irene Machado, nega que houve conflito entre policiais e alunos. "A PM entrou em contato conosco por volta das 18h40. A escola estava toda trancada e ninguém que estava dentro dela nos atendia. Ficamos esperando a perícia chegar para poder entrar legalmente", afirma.

Irene se diz surpreendida com a destruição na escola, mas afirma que só a investigação da Polícia Civil vai apontar quem são os autores do crime. "Praticamente toda a escola foi alvo de um vandalismo sem comparação com o que eu tenha visto até hoje. Tudo que foi possível ser destruído foi", diz. "Não sabemos quem foi, nem porque nem para que."

"Estranhos". Balanço parcial feito por funcionários do colégio aponta que foram roubados ao menos dez computadores, duas televisões de LED e 15 tablets. "Não sabemos quem fez. Mas foi um ato intencional de destruir a escola. Depredaram, sujaram, jogaram alimentos pelo chão", disse Irene. Segundo a dirigente, a secretaria já solicitou filmagem das câmeras de segurança internas do colégio, mas estas haviam sido viradas durante a ação. 

A dirigente afirmou que a secretaria tentava negociação com os estudantes da ocupação no domingo. Uma assembleia com pais e professores para decidir sobre a desocupação estava marcada para ocorrer nesta terça-feira, antes de a Polícia Militar ter sido acionada. De acordo com ela, havia informações de que "pessoas estranhas" participavam da ocupação, não só alunos.

O Estado visitou a unidade e constatou que havia marcas de depredação nas dependências do colégio. Em uma sala administrativa foi jogado café em toda a parede.Um computador estava completamente destruído no chão, além de uma televisão. Um scanner teve os vidros quebrados. Havia feijão, arroz e carne espalhados no pátio da escola. Na parede de uma das portas das salas de aula foi feita uma pichação com a sigla "PCC", associada à facção criminosa. 

O estudante Cainã Francisco, de 17 anos e aluno do 2º ano do ensino médio, confirmou a presença de estranhos. Ele estava na escola no momento em que foi ocupada. "Tinha pessoas que eu nunca vi na vida. Vi alguns punks na porta quando fui embora", relatou ele, que disse não ter deixado a unidade assim que foi tomada. 

Proprietário de uma loja de variedades próxima à escola, o comerciante Vanderlei Espósito, de 56 anos, relatou ter ouvido o momento em que a depredação teve início, por volta das 16h30. "Vi várias pessoas pulando o muro da escola. Eles colocaram uma lona na frente e não dava para enxergar nada. Diziam que era por causa da chuva", comentou. Um dos que pularam estaria encapuzado, segundo o comerciante. 

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Alunos que tomaram 190 escolas no Estado contra reforma se organizam nos colégios, estabelecendo regras para o protesto e tarefas

Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial (Vila Pestana) de Osasco.

Após o ataque, os alunos encerraram a ocupação e voltaram para casa. Segundo a dirigente, serão necessários pelo menos dois dias para reorganizar a escola e dar condições mínimas para que as aulas sejam restabelecidas na unidade.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola na Vila Jaguará

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
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Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

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