Escolas que ensinam crianças e também seus pais


Atrair a família para a sala de aula pode ser uma maneira de melhorar o desempenho dos alunos

Por The Economist

O aprendizado começa cedo na John Perryn, escola de educação infantil e ensino fundamental da rede pública de Londres. Desde o primeiro dia letivo, os pais são convidados a participar de atividades em que aprendem como ajudar na alfabetização dos filhos e até como brincar com eles (contar castelos de areia, por exemplo, ajuda as crianças menores a desenvolver um entendimento sobre os números). 

À medida que as crianças ficam maiores, os workshops se tornam mais formais. Todas as atividades são voluntárias. Mas os pais que participam ganham pontos para a casa da criança — e a casa com mais pontos é premiada com uma ida ao cinema ao fim de cada trimestre.

Esse tipo de abordagem é cada vez mais comum na Inglaterra. Não é de hoje que as escolas frequentadas por crianças de famílias em situação de vulnerabilidade social precisam se preocupar com o que acontece na casa de seus alunos. Mas agora é frequente que essas instituições procurem intervir antes que as coisas cheguem a um ponto crítico.

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As intervenções vão do confisco de consoles de videogame de crianças com mau comportamento a programas destinados a aperfeiçoar as habilidades de leitura e escrita dos pais. A organização não governamental Education Endowment Foundation já realizou pesquisas sobre o envolvimento dos pais na educação dos filhos em 133 escolas.

Parte do motivo desse foco nos pais é que a pobreza não é mais vista como uma boa explicação para o mau desempenho escolar, diz Barnaby Lenon, autor de Much Promise (Tão Promissoras), livro sobre as escolas inglesas. Como proporção significativa das diferenças de aprendizagem entre alunos ricos e pobres tem origem na situação familiar, os educadores ingleses acreditam que a mudança no comportamento dos pais é um instrumento valioso para melhorar a performance das crianças de famílias pobres. 

Isso se aplica à John Perryn, onde metade dos alunos provém de famílias de baixa renda. Aos 3 anos, quando são matriculados na instituição, muitos deles apresentam vocabulário compatível com o de crianças de 1 ano e meio, diz seu diretor Branwen Hywel.

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Há inúmeros indícios de que a participação dos pais faz diferença. Estudo publicado recentemente pela Social Market Foundation mostra que as crianças cujos pais leem para elas, verificam se fazem seus deveres de casa e comparecem a reuniões na escola obtêm resultados melhores em exames realizados aos 11 anos. 

Por outro lado, não há tanta clareza sobre a melhor forma de incentivar a participação dos pais. A Nuffield Foundation avaliou 68 estudos realizados com o objetivo de estimular o envolvimento dos pais. Nenhum deles apresenta, de maneira conclusiva, impactos positivos no desempenho educacional das crianças.

Mas ainda é cedo para descartar esse tipo de esforço, diz Stephen Gorard, um dos autores da análise da Nuffield. As intervenções mais promissoras são as que integram pais, crianças e professores. As menos efetivas limitam-se a recomendar que os pais se envolvam mais com a educação dos filhos. O envolvimento dos pais, para alguns dos quais a vida escolar foi uma experiência traumática, pode ter o benefício adicional de fazer com que a escola pareça a seus filhos um lugar menos ameaçador, diz Gorard.

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De qualquer forma, o grande desafio é “fisgar” os pais. Estudo realizado nos Estados Unidos em 2015 mostra que remunerá-los por comparecerem a atividades de formação na escola, por certificarem-se de que os filhos façam os deveres de casa e até pelas boas notas que as crianças tiram nas provas proporcionam resultados melhores. As escolas inglesas preferem outros métodos. Uma delas, situada na zona leste de Londres, tenta estabelecer relações de confiança ajudando os pais a lidar com questões como vistos e problemas de saúde. Outras usam mensagens de texto ou e-mails para alertá-los sobre a proximidade de provas.

Por ora, as crianças inglesas podem comemorar o fato de suas escolas não estarem indo tão longe quanto as japonesas. Lá, relata Lucy Crehan, da consultoria Education Development Trust, as crianças às vezes vão para as férias escolares com instruções detalhadas sobre a hora em que devem acordar e por quanto tempo devem dedicar-se à realização de exercícios. Na Inglaterra, as férias de verão ainda são um período de descanso.

/ TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER

O aprendizado começa cedo na John Perryn, escola de educação infantil e ensino fundamental da rede pública de Londres. Desde o primeiro dia letivo, os pais são convidados a participar de atividades em que aprendem como ajudar na alfabetização dos filhos e até como brincar com eles (contar castelos de areia, por exemplo, ajuda as crianças menores a desenvolver um entendimento sobre os números). 

À medida que as crianças ficam maiores, os workshops se tornam mais formais. Todas as atividades são voluntárias. Mas os pais que participam ganham pontos para a casa da criança — e a casa com mais pontos é premiada com uma ida ao cinema ao fim de cada trimestre.

Esse tipo de abordagem é cada vez mais comum na Inglaterra. Não é de hoje que as escolas frequentadas por crianças de famílias em situação de vulnerabilidade social precisam se preocupar com o que acontece na casa de seus alunos. Mas agora é frequente que essas instituições procurem intervir antes que as coisas cheguem a um ponto crítico.

As intervenções vão do confisco de consoles de videogame de crianças com mau comportamento a programas destinados a aperfeiçoar as habilidades de leitura e escrita dos pais. A organização não governamental Education Endowment Foundation já realizou pesquisas sobre o envolvimento dos pais na educação dos filhos em 133 escolas.

Parte do motivo desse foco nos pais é que a pobreza não é mais vista como uma boa explicação para o mau desempenho escolar, diz Barnaby Lenon, autor de Much Promise (Tão Promissoras), livro sobre as escolas inglesas. Como proporção significativa das diferenças de aprendizagem entre alunos ricos e pobres tem origem na situação familiar, os educadores ingleses acreditam que a mudança no comportamento dos pais é um instrumento valioso para melhorar a performance das crianças de famílias pobres. 

Isso se aplica à John Perryn, onde metade dos alunos provém de famílias de baixa renda. Aos 3 anos, quando são matriculados na instituição, muitos deles apresentam vocabulário compatível com o de crianças de 1 ano e meio, diz seu diretor Branwen Hywel.

Há inúmeros indícios de que a participação dos pais faz diferença. Estudo publicado recentemente pela Social Market Foundation mostra que as crianças cujos pais leem para elas, verificam se fazem seus deveres de casa e comparecem a reuniões na escola obtêm resultados melhores em exames realizados aos 11 anos. 

Por outro lado, não há tanta clareza sobre a melhor forma de incentivar a participação dos pais. A Nuffield Foundation avaliou 68 estudos realizados com o objetivo de estimular o envolvimento dos pais. Nenhum deles apresenta, de maneira conclusiva, impactos positivos no desempenho educacional das crianças.

Mas ainda é cedo para descartar esse tipo de esforço, diz Stephen Gorard, um dos autores da análise da Nuffield. As intervenções mais promissoras são as que integram pais, crianças e professores. As menos efetivas limitam-se a recomendar que os pais se envolvam mais com a educação dos filhos. O envolvimento dos pais, para alguns dos quais a vida escolar foi uma experiência traumática, pode ter o benefício adicional de fazer com que a escola pareça a seus filhos um lugar menos ameaçador, diz Gorard.

De qualquer forma, o grande desafio é “fisgar” os pais. Estudo realizado nos Estados Unidos em 2015 mostra que remunerá-los por comparecerem a atividades de formação na escola, por certificarem-se de que os filhos façam os deveres de casa e até pelas boas notas que as crianças tiram nas provas proporcionam resultados melhores. As escolas inglesas preferem outros métodos. Uma delas, situada na zona leste de Londres, tenta estabelecer relações de confiança ajudando os pais a lidar com questões como vistos e problemas de saúde. Outras usam mensagens de texto ou e-mails para alertá-los sobre a proximidade de provas.

Por ora, as crianças inglesas podem comemorar o fato de suas escolas não estarem indo tão longe quanto as japonesas. Lá, relata Lucy Crehan, da consultoria Education Development Trust, as crianças às vezes vão para as férias escolares com instruções detalhadas sobre a hora em que devem acordar e por quanto tempo devem dedicar-se à realização de exercícios. Na Inglaterra, as férias de verão ainda são um período de descanso.

/ TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER

O aprendizado começa cedo na John Perryn, escola de educação infantil e ensino fundamental da rede pública de Londres. Desde o primeiro dia letivo, os pais são convidados a participar de atividades em que aprendem como ajudar na alfabetização dos filhos e até como brincar com eles (contar castelos de areia, por exemplo, ajuda as crianças menores a desenvolver um entendimento sobre os números). 

À medida que as crianças ficam maiores, os workshops se tornam mais formais. Todas as atividades são voluntárias. Mas os pais que participam ganham pontos para a casa da criança — e a casa com mais pontos é premiada com uma ida ao cinema ao fim de cada trimestre.

Esse tipo de abordagem é cada vez mais comum na Inglaterra. Não é de hoje que as escolas frequentadas por crianças de famílias em situação de vulnerabilidade social precisam se preocupar com o que acontece na casa de seus alunos. Mas agora é frequente que essas instituições procurem intervir antes que as coisas cheguem a um ponto crítico.

As intervenções vão do confisco de consoles de videogame de crianças com mau comportamento a programas destinados a aperfeiçoar as habilidades de leitura e escrita dos pais. A organização não governamental Education Endowment Foundation já realizou pesquisas sobre o envolvimento dos pais na educação dos filhos em 133 escolas.

Parte do motivo desse foco nos pais é que a pobreza não é mais vista como uma boa explicação para o mau desempenho escolar, diz Barnaby Lenon, autor de Much Promise (Tão Promissoras), livro sobre as escolas inglesas. Como proporção significativa das diferenças de aprendizagem entre alunos ricos e pobres tem origem na situação familiar, os educadores ingleses acreditam que a mudança no comportamento dos pais é um instrumento valioso para melhorar a performance das crianças de famílias pobres. 

Isso se aplica à John Perryn, onde metade dos alunos provém de famílias de baixa renda. Aos 3 anos, quando são matriculados na instituição, muitos deles apresentam vocabulário compatível com o de crianças de 1 ano e meio, diz seu diretor Branwen Hywel.

Há inúmeros indícios de que a participação dos pais faz diferença. Estudo publicado recentemente pela Social Market Foundation mostra que as crianças cujos pais leem para elas, verificam se fazem seus deveres de casa e comparecem a reuniões na escola obtêm resultados melhores em exames realizados aos 11 anos. 

Por outro lado, não há tanta clareza sobre a melhor forma de incentivar a participação dos pais. A Nuffield Foundation avaliou 68 estudos realizados com o objetivo de estimular o envolvimento dos pais. Nenhum deles apresenta, de maneira conclusiva, impactos positivos no desempenho educacional das crianças.

Mas ainda é cedo para descartar esse tipo de esforço, diz Stephen Gorard, um dos autores da análise da Nuffield. As intervenções mais promissoras são as que integram pais, crianças e professores. As menos efetivas limitam-se a recomendar que os pais se envolvam mais com a educação dos filhos. O envolvimento dos pais, para alguns dos quais a vida escolar foi uma experiência traumática, pode ter o benefício adicional de fazer com que a escola pareça a seus filhos um lugar menos ameaçador, diz Gorard.

De qualquer forma, o grande desafio é “fisgar” os pais. Estudo realizado nos Estados Unidos em 2015 mostra que remunerá-los por comparecerem a atividades de formação na escola, por certificarem-se de que os filhos façam os deveres de casa e até pelas boas notas que as crianças tiram nas provas proporcionam resultados melhores. As escolas inglesas preferem outros métodos. Uma delas, situada na zona leste de Londres, tenta estabelecer relações de confiança ajudando os pais a lidar com questões como vistos e problemas de saúde. Outras usam mensagens de texto ou e-mails para alertá-los sobre a proximidade de provas.

Por ora, as crianças inglesas podem comemorar o fato de suas escolas não estarem indo tão longe quanto as japonesas. Lá, relata Lucy Crehan, da consultoria Education Development Trust, as crianças às vezes vão para as férias escolares com instruções detalhadas sobre a hora em que devem acordar e por quanto tempo devem dedicar-se à realização de exercícios. Na Inglaterra, as férias de verão ainda são um período de descanso.

/ TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER

O aprendizado começa cedo na John Perryn, escola de educação infantil e ensino fundamental da rede pública de Londres. Desde o primeiro dia letivo, os pais são convidados a participar de atividades em que aprendem como ajudar na alfabetização dos filhos e até como brincar com eles (contar castelos de areia, por exemplo, ajuda as crianças menores a desenvolver um entendimento sobre os números). 

À medida que as crianças ficam maiores, os workshops se tornam mais formais. Todas as atividades são voluntárias. Mas os pais que participam ganham pontos para a casa da criança — e a casa com mais pontos é premiada com uma ida ao cinema ao fim de cada trimestre.

Esse tipo de abordagem é cada vez mais comum na Inglaterra. Não é de hoje que as escolas frequentadas por crianças de famílias em situação de vulnerabilidade social precisam se preocupar com o que acontece na casa de seus alunos. Mas agora é frequente que essas instituições procurem intervir antes que as coisas cheguem a um ponto crítico.

As intervenções vão do confisco de consoles de videogame de crianças com mau comportamento a programas destinados a aperfeiçoar as habilidades de leitura e escrita dos pais. A organização não governamental Education Endowment Foundation já realizou pesquisas sobre o envolvimento dos pais na educação dos filhos em 133 escolas.

Parte do motivo desse foco nos pais é que a pobreza não é mais vista como uma boa explicação para o mau desempenho escolar, diz Barnaby Lenon, autor de Much Promise (Tão Promissoras), livro sobre as escolas inglesas. Como proporção significativa das diferenças de aprendizagem entre alunos ricos e pobres tem origem na situação familiar, os educadores ingleses acreditam que a mudança no comportamento dos pais é um instrumento valioso para melhorar a performance das crianças de famílias pobres. 

Isso se aplica à John Perryn, onde metade dos alunos provém de famílias de baixa renda. Aos 3 anos, quando são matriculados na instituição, muitos deles apresentam vocabulário compatível com o de crianças de 1 ano e meio, diz seu diretor Branwen Hywel.

Há inúmeros indícios de que a participação dos pais faz diferença. Estudo publicado recentemente pela Social Market Foundation mostra que as crianças cujos pais leem para elas, verificam se fazem seus deveres de casa e comparecem a reuniões na escola obtêm resultados melhores em exames realizados aos 11 anos. 

Por outro lado, não há tanta clareza sobre a melhor forma de incentivar a participação dos pais. A Nuffield Foundation avaliou 68 estudos realizados com o objetivo de estimular o envolvimento dos pais. Nenhum deles apresenta, de maneira conclusiva, impactos positivos no desempenho educacional das crianças.

Mas ainda é cedo para descartar esse tipo de esforço, diz Stephen Gorard, um dos autores da análise da Nuffield. As intervenções mais promissoras são as que integram pais, crianças e professores. As menos efetivas limitam-se a recomendar que os pais se envolvam mais com a educação dos filhos. O envolvimento dos pais, para alguns dos quais a vida escolar foi uma experiência traumática, pode ter o benefício adicional de fazer com que a escola pareça a seus filhos um lugar menos ameaçador, diz Gorard.

De qualquer forma, o grande desafio é “fisgar” os pais. Estudo realizado nos Estados Unidos em 2015 mostra que remunerá-los por comparecerem a atividades de formação na escola, por certificarem-se de que os filhos façam os deveres de casa e até pelas boas notas que as crianças tiram nas provas proporcionam resultados melhores. As escolas inglesas preferem outros métodos. Uma delas, situada na zona leste de Londres, tenta estabelecer relações de confiança ajudando os pais a lidar com questões como vistos e problemas de saúde. Outras usam mensagens de texto ou e-mails para alertá-los sobre a proximidade de provas.

Por ora, as crianças inglesas podem comemorar o fato de suas escolas não estarem indo tão longe quanto as japonesas. Lá, relata Lucy Crehan, da consultoria Education Development Trust, as crianças às vezes vão para as férias escolares com instruções detalhadas sobre a hora em que devem acordar e por quanto tempo devem dedicar-se à realização de exercícios. Na Inglaterra, as férias de verão ainda são um período de descanso.

/ TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER

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