Haddad critica decisão do MEC de não divulgar resultados do Enem por escola


No Facebook, ex-ministro da Educação afirma que mudança vai na 'contramão das políticas públicas de acesso à informação'; especialistas se dividem

Por Felipe Cordeiro
Fernando Haddad era o ministro da Educação em 2009, quando o Enem passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País Foto: André Dusek/Estadão

SÃO PAULO - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) criticou na manhã desta sexta-feira, 10, a decisão do Ministério da Educação (MEC) de não divulgar mais os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, o que permitia fazer um ranking de colégios.

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Em sua página no Facebook, Haddad chamou a mudança anunciada nesta quinta-feira, 9, de "intransparência" e afirmou que ela vai na "contramão das políticas públicas de acesso à informação".

"A decisão do MEC de não divulgar os resultados do Enem por escola vai na contramão das políticas públicas de acesso à informação, além de desrespeitar a determinação do Plano Nacional de Educação (PNE) de'incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização (tornando o exame obrigatório para concluintes), ao sistema de avaliação da educação básica'", escreveu o ex-ministro da Educação.

Para Haddad, o PNE vem "se tornando letra morta".

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Ranking: As 10 melhores escolas de São Paulo no Enem

1 | 3

9º lugar - Colégio Albert Sabin

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
2 | 3

5º lugar - Colégio Santa Cruz

Foto: José Patrício/Estadão
3 | 3

1º lugar - Colégio Objetivo Integrado

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Mudanças no Enem. A decisão de não divulgar mais os resultados do Enem por escola foi feita durante o anúncio de um pacote de mudanças no exame, que deixará de ser feito em um fim de semana (sábado e domingo) para ser aplicado em dois domingos consecutivos - a edição de 2017 será nos dias 5 e 12 de novembro.

É a maior transformação na estrutura de aplicação do Enem desde 2009, quando a prova passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País. À época, Haddad era o ministro da Educação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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Segundo especialistas, nos últimos anos o exame perdeu seu caráter original de avaliação, passou a ter múltiplas funções e se consolidou como um grande vestibular. 

Temas de todas as redações do Enem

1 | 21

2017

Foto: EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO
2 | 21

2016

Foto: Fabio Motta/Estadão
3 | 21

2015

Foto: André Dusek/Estadão
4 | 21

2014

Foto: Reuters
5 | 21

2013

Foto: JB Neto/Estadão
6 | 21

2012

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 21

2011

Foto: Jorge Silva/Reuters
8 | 21

2010

Foto: Alberto César Araújo/Estadão
9 | 21

2010

Foto: Divulgação
10 | 21

2009

Foto: Escola Estadual Gabriel Odorico/Divulgação
11 | 21

2008

Foto: Divulgação
12 | 21

2007

Foto: Wilton Júnior/Estadão e Daniel Teixeira/Estadão
13 | 21

2006

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
14 | 21

2005

Foto: Divulgação
15 | 21

2004

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
16 | 21

2003

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 21

2002

Foto: Acervo/Estadão
18 | 21

2001

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
19 | 21

2000

Foto: Marcos de Paula/Estadão
20 | 21

1999

Foto: Carlos Rodrigues/Estadão
21 | 21

1998

Foto: Divulgação

Repercussão. Especialistas se dividiram sobre o fim da divulgação dos resultados por escola. Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação, elogiou a medida.

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Já para o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão responsável pela prova - Reynaldo Fernandes, a transparência é essencial e não cabe ao MEC avaliar como a interpretação do dado será feita. "O governo não pode ter o monopólio da informação", disse.

O professor observou que a colocação no ranking é um dos dados observados na hora de se fazer a avaliação da escola. "É um indicador. Se ele não é suficiente para indicar a qualidade da escola, basta fazer essa ressalva."

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse durante o anúncio das mudanças no Enem que a qualidade do ensino deve ser medida por outros mecanismos. "O MEC e o Inep não têm como missão fazer propaganda falsa", afirmou. 

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Fernando Haddad era o ministro da Educação em 2009, quando o Enem passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País Foto: André Dusek/Estadão

SÃO PAULO - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) criticou na manhã desta sexta-feira, 10, a decisão do Ministério da Educação (MEC) de não divulgar mais os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, o que permitia fazer um ranking de colégios.

Em sua página no Facebook, Haddad chamou a mudança anunciada nesta quinta-feira, 9, de "intransparência" e afirmou que ela vai na "contramão das políticas públicas de acesso à informação".

"A decisão do MEC de não divulgar os resultados do Enem por escola vai na contramão das políticas públicas de acesso à informação, além de desrespeitar a determinação do Plano Nacional de Educação (PNE) de'incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização (tornando o exame obrigatório para concluintes), ao sistema de avaliação da educação básica'", escreveu o ex-ministro da Educação.

Para Haddad, o PNE vem "se tornando letra morta".

Ranking: As 10 melhores escolas de São Paulo no Enem

1 | 3

9º lugar - Colégio Albert Sabin

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
2 | 3

5º lugar - Colégio Santa Cruz

Foto: José Patrício/Estadão
3 | 3

1º lugar - Colégio Objetivo Integrado

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Mudanças no Enem. A decisão de não divulgar mais os resultados do Enem por escola foi feita durante o anúncio de um pacote de mudanças no exame, que deixará de ser feito em um fim de semana (sábado e domingo) para ser aplicado em dois domingos consecutivos - a edição de 2017 será nos dias 5 e 12 de novembro.

É a maior transformação na estrutura de aplicação do Enem desde 2009, quando a prova passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País. À época, Haddad era o ministro da Educação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Segundo especialistas, nos últimos anos o exame perdeu seu caráter original de avaliação, passou a ter múltiplas funções e se consolidou como um grande vestibular. 

Temas de todas as redações do Enem

1 | 21

2017

Foto: EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO
2 | 21

2016

Foto: Fabio Motta/Estadão
3 | 21

2015

Foto: André Dusek/Estadão
4 | 21

2014

Foto: Reuters
5 | 21

2013

Foto: JB Neto/Estadão
6 | 21

2012

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 21

2011

Foto: Jorge Silva/Reuters
8 | 21

2010

Foto: Alberto César Araújo/Estadão
9 | 21

2010

Foto: Divulgação
10 | 21

2009

Foto: Escola Estadual Gabriel Odorico/Divulgação
11 | 21

2008

Foto: Divulgação
12 | 21

2007

Foto: Wilton Júnior/Estadão e Daniel Teixeira/Estadão
13 | 21

2006

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
14 | 21

2005

Foto: Divulgação
15 | 21

2004

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
16 | 21

2003

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 21

2002

Foto: Acervo/Estadão
18 | 21

2001

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
19 | 21

2000

Foto: Marcos de Paula/Estadão
20 | 21

1999

Foto: Carlos Rodrigues/Estadão
21 | 21

1998

Foto: Divulgação

Repercussão. Especialistas se dividiram sobre o fim da divulgação dos resultados por escola. Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação, elogiou a medida.

Já para o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão responsável pela prova - Reynaldo Fernandes, a transparência é essencial e não cabe ao MEC avaliar como a interpretação do dado será feita. "O governo não pode ter o monopólio da informação", disse.

O professor observou que a colocação no ranking é um dos dados observados na hora de se fazer a avaliação da escola. "É um indicador. Se ele não é suficiente para indicar a qualidade da escola, basta fazer essa ressalva."

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse durante o anúncio das mudanças no Enem que a qualidade do ensino deve ser medida por outros mecanismos. "O MEC e o Inep não têm como missão fazer propaganda falsa", afirmou. 

Fernando Haddad era o ministro da Educação em 2009, quando o Enem passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País Foto: André Dusek/Estadão

SÃO PAULO - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) criticou na manhã desta sexta-feira, 10, a decisão do Ministério da Educação (MEC) de não divulgar mais os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, o que permitia fazer um ranking de colégios.

Em sua página no Facebook, Haddad chamou a mudança anunciada nesta quinta-feira, 9, de "intransparência" e afirmou que ela vai na "contramão das políticas públicas de acesso à informação".

"A decisão do MEC de não divulgar os resultados do Enem por escola vai na contramão das políticas públicas de acesso à informação, além de desrespeitar a determinação do Plano Nacional de Educação (PNE) de'incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização (tornando o exame obrigatório para concluintes), ao sistema de avaliação da educação básica'", escreveu o ex-ministro da Educação.

Para Haddad, o PNE vem "se tornando letra morta".

Ranking: As 10 melhores escolas de São Paulo no Enem

1 | 3

9º lugar - Colégio Albert Sabin

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
2 | 3

5º lugar - Colégio Santa Cruz

Foto: José Patrício/Estadão
3 | 3

1º lugar - Colégio Objetivo Integrado

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Mudanças no Enem. A decisão de não divulgar mais os resultados do Enem por escola foi feita durante o anúncio de um pacote de mudanças no exame, que deixará de ser feito em um fim de semana (sábado e domingo) para ser aplicado em dois domingos consecutivos - a edição de 2017 será nos dias 5 e 12 de novembro.

É a maior transformação na estrutura de aplicação do Enem desde 2009, quando a prova passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País. À época, Haddad era o ministro da Educação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Segundo especialistas, nos últimos anos o exame perdeu seu caráter original de avaliação, passou a ter múltiplas funções e se consolidou como um grande vestibular. 

Temas de todas as redações do Enem

1 | 21

2017

Foto: EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO
2 | 21

2016

Foto: Fabio Motta/Estadão
3 | 21

2015

Foto: André Dusek/Estadão
4 | 21

2014

Foto: Reuters
5 | 21

2013

Foto: JB Neto/Estadão
6 | 21

2012

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 21

2011

Foto: Jorge Silva/Reuters
8 | 21

2010

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9 | 21

2010

Foto: Divulgação
10 | 21

2009

Foto: Escola Estadual Gabriel Odorico/Divulgação
11 | 21

2008

Foto: Divulgação
12 | 21

2007

Foto: Wilton Júnior/Estadão e Daniel Teixeira/Estadão
13 | 21

2006

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
14 | 21

2005

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2004

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
16 | 21

2003

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 21

2002

Foto: Acervo/Estadão
18 | 21

2001

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
19 | 21

2000

Foto: Marcos de Paula/Estadão
20 | 21

1999

Foto: Carlos Rodrigues/Estadão
21 | 21

1998

Foto: Divulgação

Repercussão. Especialistas se dividiram sobre o fim da divulgação dos resultados por escola. Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação, elogiou a medida.

Já para o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão responsável pela prova - Reynaldo Fernandes, a transparência é essencial e não cabe ao MEC avaliar como a interpretação do dado será feita. "O governo não pode ter o monopólio da informação", disse.

O professor observou que a colocação no ranking é um dos dados observados na hora de se fazer a avaliação da escola. "É um indicador. Se ele não é suficiente para indicar a qualidade da escola, basta fazer essa ressalva."

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse durante o anúncio das mudanças no Enem que a qualidade do ensino deve ser medida por outros mecanismos. "O MEC e o Inep não têm como missão fazer propaganda falsa", afirmou. 

Fernando Haddad era o ministro da Educação em 2009, quando o Enem passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País Foto: André Dusek/Estadão

SÃO PAULO - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) criticou na manhã desta sexta-feira, 10, a decisão do Ministério da Educação (MEC) de não divulgar mais os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, o que permitia fazer um ranking de colégios.

Em sua página no Facebook, Haddad chamou a mudança anunciada nesta quinta-feira, 9, de "intransparência" e afirmou que ela vai na "contramão das políticas públicas de acesso à informação".

"A decisão do MEC de não divulgar os resultados do Enem por escola vai na contramão das políticas públicas de acesso à informação, além de desrespeitar a determinação do Plano Nacional de Educação (PNE) de'incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização (tornando o exame obrigatório para concluintes), ao sistema de avaliação da educação básica'", escreveu o ex-ministro da Educação.

Para Haddad, o PNE vem "se tornando letra morta".

Ranking: As 10 melhores escolas de São Paulo no Enem

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9º lugar - Colégio Albert Sabin

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
2 | 3

5º lugar - Colégio Santa Cruz

Foto: José Patrício/Estadão
3 | 3

1º lugar - Colégio Objetivo Integrado

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Mudanças no Enem. A decisão de não divulgar mais os resultados do Enem por escola foi feita durante o anúncio de um pacote de mudanças no exame, que deixará de ser feito em um fim de semana (sábado e domingo) para ser aplicado em dois domingos consecutivos - a edição de 2017 será nos dias 5 e 12 de novembro.

É a maior transformação na estrutura de aplicação do Enem desde 2009, quando a prova passou a ser um processo seletivo para universidades públicas do País. À época, Haddad era o ministro da Educação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Segundo especialistas, nos últimos anos o exame perdeu seu caráter original de avaliação, passou a ter múltiplas funções e se consolidou como um grande vestibular. 

Temas de todas as redações do Enem

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2017

Foto: EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO
2 | 21

2016

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3 | 21

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Foto: André Dusek/Estadão
4 | 21

2014

Foto: Reuters
5 | 21

2013

Foto: JB Neto/Estadão
6 | 21

2012

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 21

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Foto: Jorge Silva/Reuters
8 | 21

2010

Foto: Alberto César Araújo/Estadão
9 | 21

2010

Foto: Divulgação
10 | 21

2009

Foto: Escola Estadual Gabriel Odorico/Divulgação
11 | 21

2008

Foto: Divulgação
12 | 21

2007

Foto: Wilton Júnior/Estadão e Daniel Teixeira/Estadão
13 | 21

2006

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
14 | 21

2005

Foto: Divulgação
15 | 21

2004

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
16 | 21

2003

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 21

2002

Foto: Acervo/Estadão
18 | 21

2001

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
19 | 21

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Foto: Marcos de Paula/Estadão
20 | 21

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Foto: Carlos Rodrigues/Estadão
21 | 21

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Foto: Divulgação

Repercussão. Especialistas se dividiram sobre o fim da divulgação dos resultados por escola. Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação, elogiou a medida.

Já para o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão responsável pela prova - Reynaldo Fernandes, a transparência é essencial e não cabe ao MEC avaliar como a interpretação do dado será feita. "O governo não pode ter o monopólio da informação", disse.

O professor observou que a colocação no ranking é um dos dados observados na hora de se fazer a avaliação da escola. "É um indicador. Se ele não é suficiente para indicar a qualidade da escola, basta fazer essa ressalva."

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse durante o anúncio das mudanças no Enem que a qualidade do ensino deve ser medida por outros mecanismos. "O MEC e o Inep não têm como missão fazer propaganda falsa", afirmou. 

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