Inep muda, mas críticas ao Provão continuam


Novo presidente quer sistema que avalie a aprendizagem dos alunos, as condições dos prédios, os professores e a instituição

Por Agencia Estado

Foi-se um presidente, mas não a resistência ao Provão. Embora mais comedido que seu antecessor, o novo responsável pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), Luiz Araújo, garante que a reformulação do sistema de avaliação do ensino superior será anunciada em 31 de agosto. Em entrevista ao Estado, o ex-secretário da Educação de Belém faz mistério sobre essa nova fórmula, mas deixa escapar que o que deve mudar é o objetivo maior do Provão. "É preciso avaliar para interferir no processo, para mudar o comportamento, e não para punir", disse. Araújo se recusou a comentar o pedido de afastamento - aceito pelo ministro Cristovam Buarque - de Otaviano Helene, que ficou seis meses no cargo e causou polêmica com sua clara insatisfação com o Provão. Fontes do MEC dizem que Helene, cujo nome foi indicado pelo PT de São Paulo e não pelo ministro, deixou o cargo por discordar da nomeação do diretor do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Newton de Oliveira, do PCdoB, apadrinhado pela Casa Civil. Araújo - também do PT - cuidava desde janeiro da área de estatísticas da educação básica no Inep e é professor de História da Universidade do Estado do Pará. Estado - Qual é sua opinião sobre o Provão? Luiz Araújo - Estamos em um momento de reformulação das avaliações, conversando com a sociedade, com as associações. A proposta é mudar esse instrumento que permite uma fotografia não fiel das instituições de ensino superior. O Provão mostra que há problemas, mas você não consegue entender os motivos. É como uma febre sem que se saiba qual é a doença. O processo de avaliação não pode ser apenas regulatório, apesar de isso ser também uma necessidade. Atualmente, o principal objetivo do Provão é saber se (o MEC) vai manter o curso funcionando ou não. A avaliação precisa interferir no processo, os resultados precisam ser internalizados. Estado - Mas como fazer isso? Provocar mudanças nas instituições a partir do resultado do Provão era também objetivo do governo anterior. Araújo - Não acredito nisso. A intenção anterior era a de montar um sistema de regulamentação. Estado - O sr. pode adiantar resultados dos trabalhos da comissão do MEC que vai propor mudanças no processo de avaliação? Araújo - A imprensa está muito ansiosa para saber isso, mas tudo será divulgado apenas no dia 31 de agosto. Há um consenso de que é preciso ter um sistema de avaliação múltiplo, que avalie a aprendizagem dos alunos, as condições dos prédios, os professores, a instituição. Estado - Otaviano Helene dizia que já neste ano as notas do Provão poderiam ser divulgadas pela pontuação de 0 a 100, em vez dos conceitos de A a E. O sr. pensa da mesma maneira? Araújo - Estamos estudando a melhor forma de corrigir as distorções anteriores. Uma delas é que a nota do Provão permite identificar o melhor entre os piores. Para a sociedade, no entanto, fica parecendo que aquele é um curso de excelência porque tirou uma nota A. Estado - Outra mudança seria o fim da obrigatoriedade para os formandos de realizar o exame. Araújo - Não sou a favor da obrigatoriedade, mas o problema não é esse. O fato de a nota do Provão estar vinculada ao reconhecimento do curso leva a surgirem cursinhos para o exame. Qualquer exame tem de ser feito com cuidado para não interferir no currículo da instituição. O Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) é uma boa experiência. Ele é feito por amostragem, sem que os alunos saibam com antecedência quem terá de fazer a prova. Estado - Apesar de Otaviano Helene ter alegado oficialmente que deixou o cargo por motivos pessoais, comenta-se no MEC que ele saiu por discordar de indicações, dar declarações polêmicas sobre o Provão e não ser um nome escolhido pelo próprio ministro. Araújo - Se os dois envolvidos (ministro e Otaviano) não comentaram essa situação, eu não vou comentar. Mas todos os que estão no MEC são indicações do ministro Cristovam Buarque.

Foi-se um presidente, mas não a resistência ao Provão. Embora mais comedido que seu antecessor, o novo responsável pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), Luiz Araújo, garante que a reformulação do sistema de avaliação do ensino superior será anunciada em 31 de agosto. Em entrevista ao Estado, o ex-secretário da Educação de Belém faz mistério sobre essa nova fórmula, mas deixa escapar que o que deve mudar é o objetivo maior do Provão. "É preciso avaliar para interferir no processo, para mudar o comportamento, e não para punir", disse. Araújo se recusou a comentar o pedido de afastamento - aceito pelo ministro Cristovam Buarque - de Otaviano Helene, que ficou seis meses no cargo e causou polêmica com sua clara insatisfação com o Provão. Fontes do MEC dizem que Helene, cujo nome foi indicado pelo PT de São Paulo e não pelo ministro, deixou o cargo por discordar da nomeação do diretor do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Newton de Oliveira, do PCdoB, apadrinhado pela Casa Civil. Araújo - também do PT - cuidava desde janeiro da área de estatísticas da educação básica no Inep e é professor de História da Universidade do Estado do Pará. Estado - Qual é sua opinião sobre o Provão? Luiz Araújo - Estamos em um momento de reformulação das avaliações, conversando com a sociedade, com as associações. A proposta é mudar esse instrumento que permite uma fotografia não fiel das instituições de ensino superior. O Provão mostra que há problemas, mas você não consegue entender os motivos. É como uma febre sem que se saiba qual é a doença. O processo de avaliação não pode ser apenas regulatório, apesar de isso ser também uma necessidade. Atualmente, o principal objetivo do Provão é saber se (o MEC) vai manter o curso funcionando ou não. A avaliação precisa interferir no processo, os resultados precisam ser internalizados. Estado - Mas como fazer isso? Provocar mudanças nas instituições a partir do resultado do Provão era também objetivo do governo anterior. Araújo - Não acredito nisso. A intenção anterior era a de montar um sistema de regulamentação. Estado - O sr. pode adiantar resultados dos trabalhos da comissão do MEC que vai propor mudanças no processo de avaliação? Araújo - A imprensa está muito ansiosa para saber isso, mas tudo será divulgado apenas no dia 31 de agosto. Há um consenso de que é preciso ter um sistema de avaliação múltiplo, que avalie a aprendizagem dos alunos, as condições dos prédios, os professores, a instituição. Estado - Otaviano Helene dizia que já neste ano as notas do Provão poderiam ser divulgadas pela pontuação de 0 a 100, em vez dos conceitos de A a E. O sr. pensa da mesma maneira? Araújo - Estamos estudando a melhor forma de corrigir as distorções anteriores. Uma delas é que a nota do Provão permite identificar o melhor entre os piores. Para a sociedade, no entanto, fica parecendo que aquele é um curso de excelência porque tirou uma nota A. Estado - Outra mudança seria o fim da obrigatoriedade para os formandos de realizar o exame. Araújo - Não sou a favor da obrigatoriedade, mas o problema não é esse. O fato de a nota do Provão estar vinculada ao reconhecimento do curso leva a surgirem cursinhos para o exame. Qualquer exame tem de ser feito com cuidado para não interferir no currículo da instituição. O Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) é uma boa experiência. Ele é feito por amostragem, sem que os alunos saibam com antecedência quem terá de fazer a prova. Estado - Apesar de Otaviano Helene ter alegado oficialmente que deixou o cargo por motivos pessoais, comenta-se no MEC que ele saiu por discordar de indicações, dar declarações polêmicas sobre o Provão e não ser um nome escolhido pelo próprio ministro. Araújo - Se os dois envolvidos (ministro e Otaviano) não comentaram essa situação, eu não vou comentar. Mas todos os que estão no MEC são indicações do ministro Cristovam Buarque.

Foi-se um presidente, mas não a resistência ao Provão. Embora mais comedido que seu antecessor, o novo responsável pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), Luiz Araújo, garante que a reformulação do sistema de avaliação do ensino superior será anunciada em 31 de agosto. Em entrevista ao Estado, o ex-secretário da Educação de Belém faz mistério sobre essa nova fórmula, mas deixa escapar que o que deve mudar é o objetivo maior do Provão. "É preciso avaliar para interferir no processo, para mudar o comportamento, e não para punir", disse. Araújo se recusou a comentar o pedido de afastamento - aceito pelo ministro Cristovam Buarque - de Otaviano Helene, que ficou seis meses no cargo e causou polêmica com sua clara insatisfação com o Provão. Fontes do MEC dizem que Helene, cujo nome foi indicado pelo PT de São Paulo e não pelo ministro, deixou o cargo por discordar da nomeação do diretor do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Newton de Oliveira, do PCdoB, apadrinhado pela Casa Civil. Araújo - também do PT - cuidava desde janeiro da área de estatísticas da educação básica no Inep e é professor de História da Universidade do Estado do Pará. Estado - Qual é sua opinião sobre o Provão? Luiz Araújo - Estamos em um momento de reformulação das avaliações, conversando com a sociedade, com as associações. A proposta é mudar esse instrumento que permite uma fotografia não fiel das instituições de ensino superior. O Provão mostra que há problemas, mas você não consegue entender os motivos. É como uma febre sem que se saiba qual é a doença. O processo de avaliação não pode ser apenas regulatório, apesar de isso ser também uma necessidade. Atualmente, o principal objetivo do Provão é saber se (o MEC) vai manter o curso funcionando ou não. A avaliação precisa interferir no processo, os resultados precisam ser internalizados. Estado - Mas como fazer isso? Provocar mudanças nas instituições a partir do resultado do Provão era também objetivo do governo anterior. Araújo - Não acredito nisso. A intenção anterior era a de montar um sistema de regulamentação. Estado - O sr. pode adiantar resultados dos trabalhos da comissão do MEC que vai propor mudanças no processo de avaliação? Araújo - A imprensa está muito ansiosa para saber isso, mas tudo será divulgado apenas no dia 31 de agosto. Há um consenso de que é preciso ter um sistema de avaliação múltiplo, que avalie a aprendizagem dos alunos, as condições dos prédios, os professores, a instituição. Estado - Otaviano Helene dizia que já neste ano as notas do Provão poderiam ser divulgadas pela pontuação de 0 a 100, em vez dos conceitos de A a E. O sr. pensa da mesma maneira? Araújo - Estamos estudando a melhor forma de corrigir as distorções anteriores. Uma delas é que a nota do Provão permite identificar o melhor entre os piores. Para a sociedade, no entanto, fica parecendo que aquele é um curso de excelência porque tirou uma nota A. Estado - Outra mudança seria o fim da obrigatoriedade para os formandos de realizar o exame. Araújo - Não sou a favor da obrigatoriedade, mas o problema não é esse. O fato de a nota do Provão estar vinculada ao reconhecimento do curso leva a surgirem cursinhos para o exame. Qualquer exame tem de ser feito com cuidado para não interferir no currículo da instituição. O Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) é uma boa experiência. Ele é feito por amostragem, sem que os alunos saibam com antecedência quem terá de fazer a prova. Estado - Apesar de Otaviano Helene ter alegado oficialmente que deixou o cargo por motivos pessoais, comenta-se no MEC que ele saiu por discordar de indicações, dar declarações polêmicas sobre o Provão e não ser um nome escolhido pelo próprio ministro. Araújo - Se os dois envolvidos (ministro e Otaviano) não comentaram essa situação, eu não vou comentar. Mas todos os que estão no MEC são indicações do ministro Cristovam Buarque.

Foi-se um presidente, mas não a resistência ao Provão. Embora mais comedido que seu antecessor, o novo responsável pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), Luiz Araújo, garante que a reformulação do sistema de avaliação do ensino superior será anunciada em 31 de agosto. Em entrevista ao Estado, o ex-secretário da Educação de Belém faz mistério sobre essa nova fórmula, mas deixa escapar que o que deve mudar é o objetivo maior do Provão. "É preciso avaliar para interferir no processo, para mudar o comportamento, e não para punir", disse. Araújo se recusou a comentar o pedido de afastamento - aceito pelo ministro Cristovam Buarque - de Otaviano Helene, que ficou seis meses no cargo e causou polêmica com sua clara insatisfação com o Provão. Fontes do MEC dizem que Helene, cujo nome foi indicado pelo PT de São Paulo e não pelo ministro, deixou o cargo por discordar da nomeação do diretor do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Newton de Oliveira, do PCdoB, apadrinhado pela Casa Civil. Araújo - também do PT - cuidava desde janeiro da área de estatísticas da educação básica no Inep e é professor de História da Universidade do Estado do Pará. Estado - Qual é sua opinião sobre o Provão? Luiz Araújo - Estamos em um momento de reformulação das avaliações, conversando com a sociedade, com as associações. A proposta é mudar esse instrumento que permite uma fotografia não fiel das instituições de ensino superior. O Provão mostra que há problemas, mas você não consegue entender os motivos. É como uma febre sem que se saiba qual é a doença. O processo de avaliação não pode ser apenas regulatório, apesar de isso ser também uma necessidade. Atualmente, o principal objetivo do Provão é saber se (o MEC) vai manter o curso funcionando ou não. A avaliação precisa interferir no processo, os resultados precisam ser internalizados. Estado - Mas como fazer isso? Provocar mudanças nas instituições a partir do resultado do Provão era também objetivo do governo anterior. Araújo - Não acredito nisso. A intenção anterior era a de montar um sistema de regulamentação. Estado - O sr. pode adiantar resultados dos trabalhos da comissão do MEC que vai propor mudanças no processo de avaliação? Araújo - A imprensa está muito ansiosa para saber isso, mas tudo será divulgado apenas no dia 31 de agosto. Há um consenso de que é preciso ter um sistema de avaliação múltiplo, que avalie a aprendizagem dos alunos, as condições dos prédios, os professores, a instituição. Estado - Otaviano Helene dizia que já neste ano as notas do Provão poderiam ser divulgadas pela pontuação de 0 a 100, em vez dos conceitos de A a E. O sr. pensa da mesma maneira? Araújo - Estamos estudando a melhor forma de corrigir as distorções anteriores. Uma delas é que a nota do Provão permite identificar o melhor entre os piores. Para a sociedade, no entanto, fica parecendo que aquele é um curso de excelência porque tirou uma nota A. Estado - Outra mudança seria o fim da obrigatoriedade para os formandos de realizar o exame. Araújo - Não sou a favor da obrigatoriedade, mas o problema não é esse. O fato de a nota do Provão estar vinculada ao reconhecimento do curso leva a surgirem cursinhos para o exame. Qualquer exame tem de ser feito com cuidado para não interferir no currículo da instituição. O Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) é uma boa experiência. Ele é feito por amostragem, sem que os alunos saibam com antecedência quem terá de fazer a prova. Estado - Apesar de Otaviano Helene ter alegado oficialmente que deixou o cargo por motivos pessoais, comenta-se no MEC que ele saiu por discordar de indicações, dar declarações polêmicas sobre o Provão e não ser um nome escolhido pelo próprio ministro. Araújo - Se os dois envolvidos (ministro e Otaviano) não comentaram essa situação, eu não vou comentar. Mas todos os que estão no MEC são indicações do ministro Cristovam Buarque.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.