Holocausto fala por si em palestra de sobrevivente


Por Oficina do Estudante

Por Raquel Valli

imprensa@oficinadoestudante.com.br

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A holandesa Nanette Blitz Konig, de 88 anos, é uma das poucas sobreviventes do nazi-facismo. É autora de "Eu sobrevivi ao Holocausto: um comovente relato das últimas amigas vivas de Anne Frank". Mora no Brasil e palestra pelo mundo afora, relatando o que viveu. Neste mês de maio, palestrou aos alunos da Oficina do Estudante e à comunidade de Campinas.

A apresentação é contrastante. Nanette reata os fatos de forma clara, objetiva, sem melodramas. Não espere choro ou comoção por parte dela. É como se você estivesse em uma aula de história. E o mais fascinante é justamente isso: que a emoção, de quem assiste, aflora espontaneamente devido aos fatos apresentados, e não a interpretações melosas sobre eles. Não há lamúrias ou mimimis. Os fatos narram por si. E Nanette os deixa contar a história (embora, obviamente, pontue a opinião dela, sem deixar nenhuma dúvida a respeito disso).

Após a explanação, responde perguntas; e, quando questionada por que fala sobre o assunto, afirma sem pestanejar: "tenho obrigação, para que isso nunca mais aconteça. Não basta dizer nunca mais. O preço da liberdade é a eterna vigilância'.

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Horror

Nanette foi levada pelos nazistas ao campo de concentração Bergen-Bels, no começo da década de 1940. Os pais e o irmão mais novo morreram nas mãos dos nazistas. Ela ficou órfã ainda adolescente e chegou a questionar se um dia havia realmente vivido uma infância tão feliz. Temia que as lembranças fossem delírios diante da realidade do campo de concentração. Nessa época, recorria a fotos, que lhe ajudavam a manter-se sã.

Foi colega de classe da escritora germano-holandesa, Anne Frank, autora de "O Diário de Anne Frank". Esteve com a amiga um mês antes de Anne morrer. Encontrou-a cadavérica, em 1945, enrolada em um cobertor.

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Anne termia de frio e estava envolta em um cobertor porque não aguentava mais o cheio de suas roupas, lotadas de piolhos. "Devido à situação que estávamos vivendo, éramos muito unidas", declarou.

A sobrevivente conta ainda que tinha muito medo dos cachorros, que eram treinados pelos nazistas para matar. Lembra-se de quando um guarda quase a matou, apontando-lhe uma arma à cabeça. "Vá em frente, disse eu, só para tirar o prazer dele. Sobrevivi devido à indiferença".

Ao sair de Bergen-Bels, estava com 30 kg. Foi internada em sanatório, onde morou por três anos. Quando questionada se havia pensado em desistir - em meio a tanto sofrimento - disparou: "nunca; a vida é uma só, e eu queria viver".

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A holandesa veio a Campinas participar do projeto "Memórias do Holocausto", que é promovido pela Oficina. A iniciativa já trouxe para o colégio o polonês naturalizado brasileiro, Aleksander Henryk Laks (1926 - 2015), autor das obras "O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz" e "Mengele me condenou a viver".

[gallery ids="389,390,391,392,393,394,395,396,397"]

Atenção bixo!

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Holocausto foi o assassinato em massa promovido por Adolf Hitler (1889 - 1945) sobretudo ao povo judeu. A perseguição foi posta em prática com base na ideologia nazista de que a Alemanha deveria ser composta por seres superiores, os descendentes dos arianos (de acordo com etnólogos, esse grupo étnico tinha pele clara e teria dado origem à civilização europeia).

A fim de eliminar todas as 'impurezas', Hitler mandava os que não considerava inferiores para campos de concentração (onde os prisioneiros realizavam trabalhos escravos) e/ou para os campos de extermínio (onde eram mortos, geralmente em câmaras de gás).

Em 1933, nove milhões de judeus viviam na Europa; 12 anos depois, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial acabou, dois em cada três deles tinham sido mortos pelos nazistas.

Por Raquel Valli

imprensa@oficinadoestudante.com.br

A holandesa Nanette Blitz Konig, de 88 anos, é uma das poucas sobreviventes do nazi-facismo. É autora de "Eu sobrevivi ao Holocausto: um comovente relato das últimas amigas vivas de Anne Frank". Mora no Brasil e palestra pelo mundo afora, relatando o que viveu. Neste mês de maio, palestrou aos alunos da Oficina do Estudante e à comunidade de Campinas.

A apresentação é contrastante. Nanette reata os fatos de forma clara, objetiva, sem melodramas. Não espere choro ou comoção por parte dela. É como se você estivesse em uma aula de história. E o mais fascinante é justamente isso: que a emoção, de quem assiste, aflora espontaneamente devido aos fatos apresentados, e não a interpretações melosas sobre eles. Não há lamúrias ou mimimis. Os fatos narram por si. E Nanette os deixa contar a história (embora, obviamente, pontue a opinião dela, sem deixar nenhuma dúvida a respeito disso).

Após a explanação, responde perguntas; e, quando questionada por que fala sobre o assunto, afirma sem pestanejar: "tenho obrigação, para que isso nunca mais aconteça. Não basta dizer nunca mais. O preço da liberdade é a eterna vigilância'.

Horror

Nanette foi levada pelos nazistas ao campo de concentração Bergen-Bels, no começo da década de 1940. Os pais e o irmão mais novo morreram nas mãos dos nazistas. Ela ficou órfã ainda adolescente e chegou a questionar se um dia havia realmente vivido uma infância tão feliz. Temia que as lembranças fossem delírios diante da realidade do campo de concentração. Nessa época, recorria a fotos, que lhe ajudavam a manter-se sã.

Foi colega de classe da escritora germano-holandesa, Anne Frank, autora de "O Diário de Anne Frank". Esteve com a amiga um mês antes de Anne morrer. Encontrou-a cadavérica, em 1945, enrolada em um cobertor.

Anne termia de frio e estava envolta em um cobertor porque não aguentava mais o cheio de suas roupas, lotadas de piolhos. "Devido à situação que estávamos vivendo, éramos muito unidas", declarou.

A sobrevivente conta ainda que tinha muito medo dos cachorros, que eram treinados pelos nazistas para matar. Lembra-se de quando um guarda quase a matou, apontando-lhe uma arma à cabeça. "Vá em frente, disse eu, só para tirar o prazer dele. Sobrevivi devido à indiferença".

Ao sair de Bergen-Bels, estava com 30 kg. Foi internada em sanatório, onde morou por três anos. Quando questionada se havia pensado em desistir - em meio a tanto sofrimento - disparou: "nunca; a vida é uma só, e eu queria viver".

A holandesa veio a Campinas participar do projeto "Memórias do Holocausto", que é promovido pela Oficina. A iniciativa já trouxe para o colégio o polonês naturalizado brasileiro, Aleksander Henryk Laks (1926 - 2015), autor das obras "O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz" e "Mengele me condenou a viver".

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Holocausto foi o assassinato em massa promovido por Adolf Hitler (1889 - 1945) sobretudo ao povo judeu. A perseguição foi posta em prática com base na ideologia nazista de que a Alemanha deveria ser composta por seres superiores, os descendentes dos arianos (de acordo com etnólogos, esse grupo étnico tinha pele clara e teria dado origem à civilização europeia).

A fim de eliminar todas as 'impurezas', Hitler mandava os que não considerava inferiores para campos de concentração (onde os prisioneiros realizavam trabalhos escravos) e/ou para os campos de extermínio (onde eram mortos, geralmente em câmaras de gás).

Em 1933, nove milhões de judeus viviam na Europa; 12 anos depois, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial acabou, dois em cada três deles tinham sido mortos pelos nazistas.

Por Raquel Valli

imprensa@oficinadoestudante.com.br

A holandesa Nanette Blitz Konig, de 88 anos, é uma das poucas sobreviventes do nazi-facismo. É autora de "Eu sobrevivi ao Holocausto: um comovente relato das últimas amigas vivas de Anne Frank". Mora no Brasil e palestra pelo mundo afora, relatando o que viveu. Neste mês de maio, palestrou aos alunos da Oficina do Estudante e à comunidade de Campinas.

A apresentação é contrastante. Nanette reata os fatos de forma clara, objetiva, sem melodramas. Não espere choro ou comoção por parte dela. É como se você estivesse em uma aula de história. E o mais fascinante é justamente isso: que a emoção, de quem assiste, aflora espontaneamente devido aos fatos apresentados, e não a interpretações melosas sobre eles. Não há lamúrias ou mimimis. Os fatos narram por si. E Nanette os deixa contar a história (embora, obviamente, pontue a opinião dela, sem deixar nenhuma dúvida a respeito disso).

Após a explanação, responde perguntas; e, quando questionada por que fala sobre o assunto, afirma sem pestanejar: "tenho obrigação, para que isso nunca mais aconteça. Não basta dizer nunca mais. O preço da liberdade é a eterna vigilância'.

Horror

Nanette foi levada pelos nazistas ao campo de concentração Bergen-Bels, no começo da década de 1940. Os pais e o irmão mais novo morreram nas mãos dos nazistas. Ela ficou órfã ainda adolescente e chegou a questionar se um dia havia realmente vivido uma infância tão feliz. Temia que as lembranças fossem delírios diante da realidade do campo de concentração. Nessa época, recorria a fotos, que lhe ajudavam a manter-se sã.

Foi colega de classe da escritora germano-holandesa, Anne Frank, autora de "O Diário de Anne Frank". Esteve com a amiga um mês antes de Anne morrer. Encontrou-a cadavérica, em 1945, enrolada em um cobertor.

Anne termia de frio e estava envolta em um cobertor porque não aguentava mais o cheio de suas roupas, lotadas de piolhos. "Devido à situação que estávamos vivendo, éramos muito unidas", declarou.

A sobrevivente conta ainda que tinha muito medo dos cachorros, que eram treinados pelos nazistas para matar. Lembra-se de quando um guarda quase a matou, apontando-lhe uma arma à cabeça. "Vá em frente, disse eu, só para tirar o prazer dele. Sobrevivi devido à indiferença".

Ao sair de Bergen-Bels, estava com 30 kg. Foi internada em sanatório, onde morou por três anos. Quando questionada se havia pensado em desistir - em meio a tanto sofrimento - disparou: "nunca; a vida é uma só, e eu queria viver".

A holandesa veio a Campinas participar do projeto "Memórias do Holocausto", que é promovido pela Oficina. A iniciativa já trouxe para o colégio o polonês naturalizado brasileiro, Aleksander Henryk Laks (1926 - 2015), autor das obras "O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz" e "Mengele me condenou a viver".

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Atenção bixo!

Holocausto foi o assassinato em massa promovido por Adolf Hitler (1889 - 1945) sobretudo ao povo judeu. A perseguição foi posta em prática com base na ideologia nazista de que a Alemanha deveria ser composta por seres superiores, os descendentes dos arianos (de acordo com etnólogos, esse grupo étnico tinha pele clara e teria dado origem à civilização europeia).

A fim de eliminar todas as 'impurezas', Hitler mandava os que não considerava inferiores para campos de concentração (onde os prisioneiros realizavam trabalhos escravos) e/ou para os campos de extermínio (onde eram mortos, geralmente em câmaras de gás).

Em 1933, nove milhões de judeus viviam na Europa; 12 anos depois, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial acabou, dois em cada três deles tinham sido mortos pelos nazistas.

Por Raquel Valli

imprensa@oficinadoestudante.com.br

A holandesa Nanette Blitz Konig, de 88 anos, é uma das poucas sobreviventes do nazi-facismo. É autora de "Eu sobrevivi ao Holocausto: um comovente relato das últimas amigas vivas de Anne Frank". Mora no Brasil e palestra pelo mundo afora, relatando o que viveu. Neste mês de maio, palestrou aos alunos da Oficina do Estudante e à comunidade de Campinas.

A apresentação é contrastante. Nanette reata os fatos de forma clara, objetiva, sem melodramas. Não espere choro ou comoção por parte dela. É como se você estivesse em uma aula de história. E o mais fascinante é justamente isso: que a emoção, de quem assiste, aflora espontaneamente devido aos fatos apresentados, e não a interpretações melosas sobre eles. Não há lamúrias ou mimimis. Os fatos narram por si. E Nanette os deixa contar a história (embora, obviamente, pontue a opinião dela, sem deixar nenhuma dúvida a respeito disso).

Após a explanação, responde perguntas; e, quando questionada por que fala sobre o assunto, afirma sem pestanejar: "tenho obrigação, para que isso nunca mais aconteça. Não basta dizer nunca mais. O preço da liberdade é a eterna vigilância'.

Horror

Nanette foi levada pelos nazistas ao campo de concentração Bergen-Bels, no começo da década de 1940. Os pais e o irmão mais novo morreram nas mãos dos nazistas. Ela ficou órfã ainda adolescente e chegou a questionar se um dia havia realmente vivido uma infância tão feliz. Temia que as lembranças fossem delírios diante da realidade do campo de concentração. Nessa época, recorria a fotos, que lhe ajudavam a manter-se sã.

Foi colega de classe da escritora germano-holandesa, Anne Frank, autora de "O Diário de Anne Frank". Esteve com a amiga um mês antes de Anne morrer. Encontrou-a cadavérica, em 1945, enrolada em um cobertor.

Anne termia de frio e estava envolta em um cobertor porque não aguentava mais o cheio de suas roupas, lotadas de piolhos. "Devido à situação que estávamos vivendo, éramos muito unidas", declarou.

A sobrevivente conta ainda que tinha muito medo dos cachorros, que eram treinados pelos nazistas para matar. Lembra-se de quando um guarda quase a matou, apontando-lhe uma arma à cabeça. "Vá em frente, disse eu, só para tirar o prazer dele. Sobrevivi devido à indiferença".

Ao sair de Bergen-Bels, estava com 30 kg. Foi internada em sanatório, onde morou por três anos. Quando questionada se havia pensado em desistir - em meio a tanto sofrimento - disparou: "nunca; a vida é uma só, e eu queria viver".

A holandesa veio a Campinas participar do projeto "Memórias do Holocausto", que é promovido pela Oficina. A iniciativa já trouxe para o colégio o polonês naturalizado brasileiro, Aleksander Henryk Laks (1926 - 2015), autor das obras "O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz" e "Mengele me condenou a viver".

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Atenção bixo!

Holocausto foi o assassinato em massa promovido por Adolf Hitler (1889 - 1945) sobretudo ao povo judeu. A perseguição foi posta em prática com base na ideologia nazista de que a Alemanha deveria ser composta por seres superiores, os descendentes dos arianos (de acordo com etnólogos, esse grupo étnico tinha pele clara e teria dado origem à civilização europeia).

A fim de eliminar todas as 'impurezas', Hitler mandava os que não considerava inferiores para campos de concentração (onde os prisioneiros realizavam trabalhos escravos) e/ou para os campos de extermínio (onde eram mortos, geralmente em câmaras de gás).

Em 1933, nove milhões de judeus viviam na Europa; 12 anos depois, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial acabou, dois em cada três deles tinham sido mortos pelos nazistas.

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