Presa em protesto, jovem acusa PMs de agressão sexual


A estudante Andreza Delgado, de 20 anos, relata que policiais passaram a mão em seu corpo e a xingaram de 'vagabunda'

Por Isabela Palhares

A estudante de Letras Andreza Delgado, de 20 anos, afirma que foi agredida sexualmente por policias militares após ser detida, na quinta-feira, 3, durante manifestação contra a reorganização escolar de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a jovem, policiais passaram a mão em suas partes íntimas e a xingaram de "vagabunda" e "macaca".

Andreza foi detida com outros três manifestantes durante protesto na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Andreza e outras duas pessoas foram acusadas pelos policiais por lesão corporal, dano qualificado, corrupção de menor, resistência, desacato e desobediência por supostamente terem usado carteiras escolares para depredar uma viatura. O Estado filmou o momento da prisão de Andreza (confira vídeo). Ela foi liberada no dia seguinte, após audiência de custódia. 

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Estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino fizeram protestos em série e bloquearam ao menos sete vias de São Paulo. O grupo de manifestantes foi dispersado por bombas de gás lançadas pela Polícia Militar - uma ordem do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes.

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"Toda a ação foi um abuso, porque foram policiais homens que me prenderam e já começaram a me agredir, me puxando a força e me jogando dentro da viatura. Depois, no carro, eles começaram a me xingar de vagabunda e macaca e diziam que iam me dar uma gilete para depilar meus pelos e cortar meu cabelo", contou Andreza. Ela disse que os xingamentos e a agressão ocorreram na frente dos outros jovens detidos.

As agressões, segundo a jovem, começaram no carro da polícia, mas continuaram no estacionamento do 14.º DP (Pinheiros), para onde os manifestantes foram levados. "Eles diziam que estavam nos qualificando (pelos crimes), mas ficavam fazendo pressão psicológica. Pensei, em alguns momentos, em correr para dentro da delegacia para me proteger", disse. Ela contou que as agressões duraram por cerca de 30 a 40 minutos. 

Andreza afirmou ter registrado a denúncia no 89º DP (Morumbi) e se submetido a exame de corpo de delito. 

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar negou todas as acusações da jovem. No entanto, disse que as "alegações da autora" estão sendo apuradas. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, encaminhou o caso para apuração da ação dos policiais pela Corregedoria da PM e o Ministério Público. 

Neves disse que a Ouvidoria já pediu a investigação de 11 situações em que podem ter ocorrido abusos de policiais durante as manifestações e ocupações de escola. 

Medo. Andreza, que é estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que, depois das agressões, procurou atendimento psicológico e que está com medo de sair sozinha na rua. "Eu estou muito assustada com isso. É uma humilhação muito grande, não me senti humana naquele momento. Estou com medo de policiais, porque eles têm um comportamento muito arbitrário, principalmente com mulheres e pobres", disse. 

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Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

1 | 31

De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
2 | 31

Escola na Vila Jaguará

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
3 | 31

Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
4 | 31

Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
5 | 31

Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
6 | 31

Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
7 | 31

Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
8 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
9 | 31

Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
10 | 31

Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
11 | 31

Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
12 | 31

De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
13 | 31

Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
14 | 31

Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
15 | 31

Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
22 | 31

Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
23 | 31

Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
24 | 31

Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
25 | 31

Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
26 | 31

Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
27 | 31

Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
28 | 31

Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
29 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
30 | 31

PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
31 | 31

Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

A estudante de Letras Andreza Delgado, de 20 anos, afirma que foi agredida sexualmente por policias militares após ser detida, na quinta-feira, 3, durante manifestação contra a reorganização escolar de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a jovem, policiais passaram a mão em suas partes íntimas e a xingaram de "vagabunda" e "macaca".

Andreza foi detida com outros três manifestantes durante protesto na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Andreza e outras duas pessoas foram acusadas pelos policiais por lesão corporal, dano qualificado, corrupção de menor, resistência, desacato e desobediência por supostamente terem usado carteiras escolares para depredar uma viatura. O Estado filmou o momento da prisão de Andreza (confira vídeo). Ela foi liberada no dia seguinte, após audiência de custódia. 

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Estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino fizeram protestos em série e bloquearam ao menos sete vias de São Paulo. O grupo de manifestantes foi dispersado por bombas de gás lançadas pela Polícia Militar - uma ordem do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes.

"Toda a ação foi um abuso, porque foram policiais homens que me prenderam e já começaram a me agredir, me puxando a força e me jogando dentro da viatura. Depois, no carro, eles começaram a me xingar de vagabunda e macaca e diziam que iam me dar uma gilete para depilar meus pelos e cortar meu cabelo", contou Andreza. Ela disse que os xingamentos e a agressão ocorreram na frente dos outros jovens detidos.

As agressões, segundo a jovem, começaram no carro da polícia, mas continuaram no estacionamento do 14.º DP (Pinheiros), para onde os manifestantes foram levados. "Eles diziam que estavam nos qualificando (pelos crimes), mas ficavam fazendo pressão psicológica. Pensei, em alguns momentos, em correr para dentro da delegacia para me proteger", disse. Ela contou que as agressões duraram por cerca de 30 a 40 minutos. 

Andreza afirmou ter registrado a denúncia no 89º DP (Morumbi) e se submetido a exame de corpo de delito. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar negou todas as acusações da jovem. No entanto, disse que as "alegações da autora" estão sendo apuradas. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, encaminhou o caso para apuração da ação dos policiais pela Corregedoria da PM e o Ministério Público. 

Neves disse que a Ouvidoria já pediu a investigação de 11 situações em que podem ter ocorrido abusos de policiais durante as manifestações e ocupações de escola. 

Medo. Andreza, que é estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que, depois das agressões, procurou atendimento psicológico e que está com medo de sair sozinha na rua. "Eu estou muito assustada com isso. É uma humilhação muito grande, não me senti humana naquele momento. Estou com medo de policiais, porque eles têm um comportamento muito arbitrário, principalmente com mulheres e pobres", disse. 

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola na Vila Jaguará

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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
6 | 31

Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
10 | 31

Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
11 | 31

Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADãO
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Escola em Pinheiros

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola em José Bonifácio

Foto: ALE VIANNA/ELEVEN
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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/PAGOS
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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
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Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

A estudante de Letras Andreza Delgado, de 20 anos, afirma que foi agredida sexualmente por policias militares após ser detida, na quinta-feira, 3, durante manifestação contra a reorganização escolar de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a jovem, policiais passaram a mão em suas partes íntimas e a xingaram de "vagabunda" e "macaca".

Andreza foi detida com outros três manifestantes durante protesto na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Andreza e outras duas pessoas foram acusadas pelos policiais por lesão corporal, dano qualificado, corrupção de menor, resistência, desacato e desobediência por supostamente terem usado carteiras escolares para depredar uma viatura. O Estado filmou o momento da prisão de Andreza (confira vídeo). Ela foi liberada no dia seguinte, após audiência de custódia. 

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Estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino fizeram protestos em série e bloquearam ao menos sete vias de São Paulo. O grupo de manifestantes foi dispersado por bombas de gás lançadas pela Polícia Militar - uma ordem do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes.

"Toda a ação foi um abuso, porque foram policiais homens que me prenderam e já começaram a me agredir, me puxando a força e me jogando dentro da viatura. Depois, no carro, eles começaram a me xingar de vagabunda e macaca e diziam que iam me dar uma gilete para depilar meus pelos e cortar meu cabelo", contou Andreza. Ela disse que os xingamentos e a agressão ocorreram na frente dos outros jovens detidos.

As agressões, segundo a jovem, começaram no carro da polícia, mas continuaram no estacionamento do 14.º DP (Pinheiros), para onde os manifestantes foram levados. "Eles diziam que estavam nos qualificando (pelos crimes), mas ficavam fazendo pressão psicológica. Pensei, em alguns momentos, em correr para dentro da delegacia para me proteger", disse. Ela contou que as agressões duraram por cerca de 30 a 40 minutos. 

Andreza afirmou ter registrado a denúncia no 89º DP (Morumbi) e se submetido a exame de corpo de delito. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar negou todas as acusações da jovem. No entanto, disse que as "alegações da autora" estão sendo apuradas. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, encaminhou o caso para apuração da ação dos policiais pela Corregedoria da PM e o Ministério Público. 

Neves disse que a Ouvidoria já pediu a investigação de 11 situações em que podem ter ocorrido abusos de policiais durante as manifestações e ocupações de escola. 

Medo. Andreza, que é estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que, depois das agressões, procurou atendimento psicológico e que está com medo de sair sozinha na rua. "Eu estou muito assustada com isso. É uma humilhação muito grande, não me senti humana naquele momento. Estou com medo de policiais, porque eles têm um comportamento muito arbitrário, principalmente com mulheres e pobres", disse. 

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

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Escola na Vila Jaguará

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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

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Escola na Chácara Santo Antônio

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6 | 31

Escola em Cidade Tiradentes

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Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

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Protesto de estudantes na 9 de julho

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Mobilização após anúncio

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Mobilização nas ruas

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Estudantes nas ruas

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De volta às ruas

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola em José Bonifácio

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25 | 31

Escola na Vila Jaraguá

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Escola em Campinas

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27 | 31

Escola em Guarulhos

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28 | 31

Contra reorganização escolar

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Protesto de estudantes na 9 de julho

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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

A estudante de Letras Andreza Delgado, de 20 anos, afirma que foi agredida sexualmente por policias militares após ser detida, na quinta-feira, 3, durante manifestação contra a reorganização escolar de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a jovem, policiais passaram a mão em suas partes íntimas e a xingaram de "vagabunda" e "macaca".

Andreza foi detida com outros três manifestantes durante protesto na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Andreza e outras duas pessoas foram acusadas pelos policiais por lesão corporal, dano qualificado, corrupção de menor, resistência, desacato e desobediência por supostamente terem usado carteiras escolares para depredar uma viatura. O Estado filmou o momento da prisão de Andreza (confira vídeo). Ela foi liberada no dia seguinte, após audiência de custódia. 

Seu navegador não suporta esse video.

Estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino fizeram protestos em série e bloquearam ao menos sete vias de São Paulo. O grupo de manifestantes foi dispersado por bombas de gás lançadas pela Polícia Militar - uma ordem do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes.

"Toda a ação foi um abuso, porque foram policiais homens que me prenderam e já começaram a me agredir, me puxando a força e me jogando dentro da viatura. Depois, no carro, eles começaram a me xingar de vagabunda e macaca e diziam que iam me dar uma gilete para depilar meus pelos e cortar meu cabelo", contou Andreza. Ela disse que os xingamentos e a agressão ocorreram na frente dos outros jovens detidos.

As agressões, segundo a jovem, começaram no carro da polícia, mas continuaram no estacionamento do 14.º DP (Pinheiros), para onde os manifestantes foram levados. "Eles diziam que estavam nos qualificando (pelos crimes), mas ficavam fazendo pressão psicológica. Pensei, em alguns momentos, em correr para dentro da delegacia para me proteger", disse. Ela contou que as agressões duraram por cerca de 30 a 40 minutos. 

Andreza afirmou ter registrado a denúncia no 89º DP (Morumbi) e se submetido a exame de corpo de delito. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar negou todas as acusações da jovem. No entanto, disse que as "alegações da autora" estão sendo apuradas. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, encaminhou o caso para apuração da ação dos policiais pela Corregedoria da PM e o Ministério Público. 

Neves disse que a Ouvidoria já pediu a investigação de 11 situações em que podem ter ocorrido abusos de policiais durante as manifestações e ocupações de escola. 

Medo. Andreza, que é estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que, depois das agressões, procurou atendimento psicológico e que está com medo de sair sozinha na rua. "Eu estou muito assustada com isso. É uma humilhação muito grande, não me senti humana naquele momento. Estou com medo de policiais, porque eles têm um comportamento muito arbitrário, principalmente com mulheres e pobres", disse. 

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

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Escola na Vila Jaguará

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Escola na Vila Inah

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Estudantes nas ruas

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De volta às ruas

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola em José Bonifácio

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Escola em Campinas

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Escola em Guarulhos

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Contra reorganização escolar

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Protesto de estudantes na 9 de julho

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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

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