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Como a mudança na metodologia do Inep altera o cálculo da evasão*


Roberto Lobo

Por Cristiane Nascimento

Após observar discrepância em alguns dados ao longo da série histórica dos nossos estudos, verificamos junto ao INEP que as informações fornecidas pelo Censo a partir de 2009 sobre o número de ingressantes nas IES embutiam profundas mudanças de metodologia.

Até 2008, os ingressantes eram divididos em Ingressantes por Processo Seletivo e por Outras Formas de Ingresso, esta última podendo ter várias origens: Mudança de Curso na Mesma IES, Transferência de IES, Transferências ex-officio, Matrículas de Cortesia, Estudantes Convênio, Acordos Internacionais, Admissão de Diplomados, Admissão de Alunos Especiais, Rematrículas e Reaberturas de Matrículas.

A partir de 2009, o INEP passou a acompanhar os estudantes pelo CPF, não mais recebendo números agregados das IES, e desconsiderando (dependendo de como as IES fazem a declaração) parte das contagens relativas, por exemplo, às Transferências de Curso dentro da mesma IES, bem como as Rematrículas e Reaberturas de Matrículas como novos ingressantes (que eram assim consideradas até 2009!).

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Para manter a coerência no tempo e poder recompor as curvas históricas de evasão, o Instituto Lobo procurou, embora sem exatidão absoluta, recompor os dados até 2008 fazendo projeções aproximadas baseadas na metodologia utilizada a partir de 2009. Para isso, subtraindo destes anos os ingressantes por Tranferências de Curso na Mesma IES e Rematrículas e Reaberturas de Matrículas. As curvas históricas foram, então, ajustadas por polinômios para se tornarem suaves, compensando alguns erros de coleta e lançamento de dados pelas IES ou pelo INEP. O resultado do cálculo descrito está representado na tabela abaixo:

 

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A partir destes dados é possível calcular a taxa de titulação, ou a taxa de sucesso, que mede o número de formados em um determinado ano dividido pelo número de ingressantes cinco anos antes. Esta taxa tem decaído continuamente nos últimos anos, sendo de 60,93% em 2005 e 52,47% em 2010.

A conclusão a que o trabalho chega é que, até 2008, a Evasão Anual do Ensino Superior Brasileiro se manteve por uma década próxima a 20%, o que é confirmado pelos cálculos atuais, que a situam, mais precisamente, entre 17,14% e 18,69% (variação máxima de cerca de 8% no período).

* Artigo de autoria de Roberto Lobo e Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo, publicado na íntegra no site do Instituto Lobo.

Após observar discrepância em alguns dados ao longo da série histórica dos nossos estudos, verificamos junto ao INEP que as informações fornecidas pelo Censo a partir de 2009 sobre o número de ingressantes nas IES embutiam profundas mudanças de metodologia.

Até 2008, os ingressantes eram divididos em Ingressantes por Processo Seletivo e por Outras Formas de Ingresso, esta última podendo ter várias origens: Mudança de Curso na Mesma IES, Transferência de IES, Transferências ex-officio, Matrículas de Cortesia, Estudantes Convênio, Acordos Internacionais, Admissão de Diplomados, Admissão de Alunos Especiais, Rematrículas e Reaberturas de Matrículas.

A partir de 2009, o INEP passou a acompanhar os estudantes pelo CPF, não mais recebendo números agregados das IES, e desconsiderando (dependendo de como as IES fazem a declaração) parte das contagens relativas, por exemplo, às Transferências de Curso dentro da mesma IES, bem como as Rematrículas e Reaberturas de Matrículas como novos ingressantes (que eram assim consideradas até 2009!).

Para manter a coerência no tempo e poder recompor as curvas históricas de evasão, o Instituto Lobo procurou, embora sem exatidão absoluta, recompor os dados até 2008 fazendo projeções aproximadas baseadas na metodologia utilizada a partir de 2009. Para isso, subtraindo destes anos os ingressantes por Tranferências de Curso na Mesma IES e Rematrículas e Reaberturas de Matrículas. As curvas históricas foram, então, ajustadas por polinômios para se tornarem suaves, compensando alguns erros de coleta e lançamento de dados pelas IES ou pelo INEP. O resultado do cálculo descrito está representado na tabela abaixo:

 

A partir destes dados é possível calcular a taxa de titulação, ou a taxa de sucesso, que mede o número de formados em um determinado ano dividido pelo número de ingressantes cinco anos antes. Esta taxa tem decaído continuamente nos últimos anos, sendo de 60,93% em 2005 e 52,47% em 2010.

A conclusão a que o trabalho chega é que, até 2008, a Evasão Anual do Ensino Superior Brasileiro se manteve por uma década próxima a 20%, o que é confirmado pelos cálculos atuais, que a situam, mais precisamente, entre 17,14% e 18,69% (variação máxima de cerca de 8% no período).

* Artigo de autoria de Roberto Lobo e Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo, publicado na íntegra no site do Instituto Lobo.

Após observar discrepância em alguns dados ao longo da série histórica dos nossos estudos, verificamos junto ao INEP que as informações fornecidas pelo Censo a partir de 2009 sobre o número de ingressantes nas IES embutiam profundas mudanças de metodologia.

Até 2008, os ingressantes eram divididos em Ingressantes por Processo Seletivo e por Outras Formas de Ingresso, esta última podendo ter várias origens: Mudança de Curso na Mesma IES, Transferência de IES, Transferências ex-officio, Matrículas de Cortesia, Estudantes Convênio, Acordos Internacionais, Admissão de Diplomados, Admissão de Alunos Especiais, Rematrículas e Reaberturas de Matrículas.

A partir de 2009, o INEP passou a acompanhar os estudantes pelo CPF, não mais recebendo números agregados das IES, e desconsiderando (dependendo de como as IES fazem a declaração) parte das contagens relativas, por exemplo, às Transferências de Curso dentro da mesma IES, bem como as Rematrículas e Reaberturas de Matrículas como novos ingressantes (que eram assim consideradas até 2009!).

Para manter a coerência no tempo e poder recompor as curvas históricas de evasão, o Instituto Lobo procurou, embora sem exatidão absoluta, recompor os dados até 2008 fazendo projeções aproximadas baseadas na metodologia utilizada a partir de 2009. Para isso, subtraindo destes anos os ingressantes por Tranferências de Curso na Mesma IES e Rematrículas e Reaberturas de Matrículas. As curvas históricas foram, então, ajustadas por polinômios para se tornarem suaves, compensando alguns erros de coleta e lançamento de dados pelas IES ou pelo INEP. O resultado do cálculo descrito está representado na tabela abaixo:

 

A partir destes dados é possível calcular a taxa de titulação, ou a taxa de sucesso, que mede o número de formados em um determinado ano dividido pelo número de ingressantes cinco anos antes. Esta taxa tem decaído continuamente nos últimos anos, sendo de 60,93% em 2005 e 52,47% em 2010.

A conclusão a que o trabalho chega é que, até 2008, a Evasão Anual do Ensino Superior Brasileiro se manteve por uma década próxima a 20%, o que é confirmado pelos cálculos atuais, que a situam, mais precisamente, entre 17,14% e 18,69% (variação máxima de cerca de 8% no período).

* Artigo de autoria de Roberto Lobo e Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo, publicado na íntegra no site do Instituto Lobo.

Após observar discrepância em alguns dados ao longo da série histórica dos nossos estudos, verificamos junto ao INEP que as informações fornecidas pelo Censo a partir de 2009 sobre o número de ingressantes nas IES embutiam profundas mudanças de metodologia.

Até 2008, os ingressantes eram divididos em Ingressantes por Processo Seletivo e por Outras Formas de Ingresso, esta última podendo ter várias origens: Mudança de Curso na Mesma IES, Transferência de IES, Transferências ex-officio, Matrículas de Cortesia, Estudantes Convênio, Acordos Internacionais, Admissão de Diplomados, Admissão de Alunos Especiais, Rematrículas e Reaberturas de Matrículas.

A partir de 2009, o INEP passou a acompanhar os estudantes pelo CPF, não mais recebendo números agregados das IES, e desconsiderando (dependendo de como as IES fazem a declaração) parte das contagens relativas, por exemplo, às Transferências de Curso dentro da mesma IES, bem como as Rematrículas e Reaberturas de Matrículas como novos ingressantes (que eram assim consideradas até 2009!).

Para manter a coerência no tempo e poder recompor as curvas históricas de evasão, o Instituto Lobo procurou, embora sem exatidão absoluta, recompor os dados até 2008 fazendo projeções aproximadas baseadas na metodologia utilizada a partir de 2009. Para isso, subtraindo destes anos os ingressantes por Tranferências de Curso na Mesma IES e Rematrículas e Reaberturas de Matrículas. As curvas históricas foram, então, ajustadas por polinômios para se tornarem suaves, compensando alguns erros de coleta e lançamento de dados pelas IES ou pelo INEP. O resultado do cálculo descrito está representado na tabela abaixo:

 

A partir destes dados é possível calcular a taxa de titulação, ou a taxa de sucesso, que mede o número de formados em um determinado ano dividido pelo número de ingressantes cinco anos antes. Esta taxa tem decaído continuamente nos últimos anos, sendo de 60,93% em 2005 e 52,47% em 2010.

A conclusão a que o trabalho chega é que, até 2008, a Evasão Anual do Ensino Superior Brasileiro se manteve por uma década próxima a 20%, o que é confirmado pelos cálculos atuais, que a situam, mais precisamente, entre 17,14% e 18,69% (variação máxima de cerca de 8% no período).

* Artigo de autoria de Roberto Lobo e Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo, publicado na íntegra no site do Instituto Lobo.

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