Sem matrícula em série inicial, escolas podem ter 'fim progressivo'


Em ao menos 6 colégios da capital, que não constam de lista de unidades a serem fechadas, alunos novos não serão aceitos

Por Isabela Palhares e Luiz Fernando Toledo
Na Saboia de Medeiros, alunos foram avisados que não haverá matrícula no 1º ano Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

SÃO PAULO - Além do fechamento de 93 escolas e de ao menos uma etapa de ensino em 754 unidades, a reorganização da rede estadual paulista deve fechar ainda mais colégios nos próximos anos. Em ao menos seis escolas da capital, que não constam da lista divulgada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a desativação acontecerá progressivamente – em 2016 não estão previstas matrículas nos anos iniciais em ao menos um dos ciclos.

Em algumas escolas, os pais já foram comunicados da não abertura de vagas (no 1.º ano do ensino fundamental 1, no 6.º ano do fundamental 2 ou no 1.º ano do ensino médio). A previsão é de que não haverá matrículas nos anos seguintes, até o fechamento completo do ciclo. O fim gradativo da oferta de vagas pode levar à desativação de ao menos duas unidades.

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Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

1 | 31

De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
2 | 31

Escola na Vila Jaguará

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Chácara Santo Antônio

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
6 | 31

Escola em Cidade Tiradentes

Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS
7 | 31

Vandalismo em escola ocupada na Grande São Paulo

Foto: Secretaria de Educação/Divulgação
8 | 31

Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Mobilização após anúncio

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Mobilização nas ruas

Foto: RAFAEL ARBEX/ESTADÃO
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Estudantes nas ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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De volta às ruas

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

Foto: ANDRÉ LUCAS ALMEIDA/FUTURA PRESS
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Escola em Pinheiros

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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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Escola na Vila Mazzei

Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Vila Mazzei

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola na Vila Jaraguá

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Escola em Campinas

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Escola em Guarulhos

Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
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Contra reorganização escolar

Foto: Werther Santana/Estadão
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Protesto de estudantes na 9 de julho

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
31 | 31

Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

Na Escola Estadual Jornalista Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, na zona norte, os pais já foram informados de que não haverá matrículas para o 6.º ano do ensino fundamental 2 e para o 1.º ano do ensino médio – a escola tem apenas os dois ciclos. “Vão esvaziá-la ano a ano até fechar. Eles estão impedindo a matrícula dos alunos e, para o próximo ano, vamos perder oito turmas”, disse Reginaldo de Lima Filho, professor de História da unidade. 

A atendente Aline da Silva Lima, de 27 anos, mora na mesma rua da escola e esperava que no próximo ano o filho Kauê, de 10 anos, pudesse estudar perto de casa no ensino fundamental 2. Hoje, ele está matriculado na Escola Estadual Geraldo Homero Ottoni, uma das que serão fechadas. “Não quiseram nem pegar o nome do meu filho e não me informaram qual escola procurar.” Segundo ela, a secretaria do colégio informou que não fará matrícula para o 6.º ano.

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Andrea Arrivabene, de 35 anos, também foi surpreendida quando descobriu que seu filho, que está no 9.º ano, foi transferido da Lacerda para outra escola. Ela esperava que Adriano, de 15, pudesse concluir o ensino médio na escola em que estuda há quatro anos. “Disseram que o ciclo vai continuar, mas sem o 1.º ano.”

Na Escola Estadual Saboia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, zona sul, os alunos afirmam que foram avisados de que não haverá mais matrículas no 1.º ano do ensino médio a partir de 2016 – a unidade já é de ciclo único. “É fechamento velado. Vai ter menos alunos no 2.º ano e no 3.º. Aí, vão alegar demanda baixa e fechar a escola”, disse a professora de Português Yasmin Elisabete, de 61 anos.

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A Secretaria Estadual de Educação anunciou que 94 escolas da rede serão fechadas e seus alunos transferidos para outras unidades. A reorganização prevê que as escolas tenham apenas ciclos únicos. Desde o anúncio da reestruturação o governo estadual enfrenta muita resistência de pais e alunos.

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Ciclos. Em outras quatro escolas estaduais consultadas pelo Estado, pais e alunos relataram o mesmo informe de fechamento parcial. Na Escola Estadual Francisco Voccio, na Vila Santos, na zona norte, não haverá matrícula no 6.º ano. O mesmo foi avisado nas escolas Carmosina Monteiro Vianna, no Jardim Brasil, na zona norte e Antonio Emílio Penna, na Vila Albertina, também na zona norte. Na Escola Martin Egydio Damy, na Brasilândia, na zona norte, o fechamento parcial foi anunciado para o ensino médio noturno.

A Secretaria Estadual da Educação, em nota, informou que é “parte da rotina das escolas” realizar um estudo de demanda para o início do ano letivo, independentemente da reorganização. “O período de matrículas ainda está aberto, portanto, não há como garantir, neste momento, se haverá ou não turmas para os ciclos de ensino mencionados. Também não há qualquer previsão de fechamento das unidades.” A secretaria não disse por que pais e alunos já foram informados pelas diretorias dessas mudanças e a razão de elas não terem sido divulgadas.

Na Saboia de Medeiros, alunos foram avisados que não haverá matrícula no 1º ano Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

SÃO PAULO - Além do fechamento de 93 escolas e de ao menos uma etapa de ensino em 754 unidades, a reorganização da rede estadual paulista deve fechar ainda mais colégios nos próximos anos. Em ao menos seis escolas da capital, que não constam da lista divulgada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a desativação acontecerá progressivamente – em 2016 não estão previstas matrículas nos anos iniciais em ao menos um dos ciclos.

Em algumas escolas, os pais já foram comunicados da não abertura de vagas (no 1.º ano do ensino fundamental 1, no 6.º ano do fundamental 2 ou no 1.º ano do ensino médio). A previsão é de que não haverá matrículas nos anos seguintes, até o fechamento completo do ciclo. O fim gradativo da oferta de vagas pode levar à desativação de ao menos duas unidades.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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De volta às ruas

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Escola na Vila Jaguará

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Escola na Vila Inah

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Escola na Vila Inah

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Escola em Cidade Tiradentes

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola na Chácara Santo Antônio

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Escola em Campinas

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Contra reorganização escolar

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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

Na Escola Estadual Jornalista Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, na zona norte, os pais já foram informados de que não haverá matrículas para o 6.º ano do ensino fundamental 2 e para o 1.º ano do ensino médio – a escola tem apenas os dois ciclos. “Vão esvaziá-la ano a ano até fechar. Eles estão impedindo a matrícula dos alunos e, para o próximo ano, vamos perder oito turmas”, disse Reginaldo de Lima Filho, professor de História da unidade. 

A atendente Aline da Silva Lima, de 27 anos, mora na mesma rua da escola e esperava que no próximo ano o filho Kauê, de 10 anos, pudesse estudar perto de casa no ensino fundamental 2. Hoje, ele está matriculado na Escola Estadual Geraldo Homero Ottoni, uma das que serão fechadas. “Não quiseram nem pegar o nome do meu filho e não me informaram qual escola procurar.” Segundo ela, a secretaria do colégio informou que não fará matrícula para o 6.º ano.

Andrea Arrivabene, de 35 anos, também foi surpreendida quando descobriu que seu filho, que está no 9.º ano, foi transferido da Lacerda para outra escola. Ela esperava que Adriano, de 15, pudesse concluir o ensino médio na escola em que estuda há quatro anos. “Disseram que o ciclo vai continuar, mas sem o 1.º ano.”

Na Escola Estadual Saboia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, zona sul, os alunos afirmam que foram avisados de que não haverá mais matrículas no 1.º ano do ensino médio a partir de 2016 – a unidade já é de ciclo único. “É fechamento velado. Vai ter menos alunos no 2.º ano e no 3.º. Aí, vão alegar demanda baixa e fechar a escola”, disse a professora de Português Yasmin Elisabete, de 61 anos.

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A Secretaria Estadual de Educação anunciou que 94 escolas da rede serão fechadas e seus alunos transferidos para outras unidades. A reorganização prevê que as escolas tenham apenas ciclos únicos. Desde o anúncio da reestruturação o governo estadual enfrenta muita resistência de pais e alunos.

Ciclos. Em outras quatro escolas estaduais consultadas pelo Estado, pais e alunos relataram o mesmo informe de fechamento parcial. Na Escola Estadual Francisco Voccio, na Vila Santos, na zona norte, não haverá matrícula no 6.º ano. O mesmo foi avisado nas escolas Carmosina Monteiro Vianna, no Jardim Brasil, na zona norte e Antonio Emílio Penna, na Vila Albertina, também na zona norte. Na Escola Martin Egydio Damy, na Brasilândia, na zona norte, o fechamento parcial foi anunciado para o ensino médio noturno.

A Secretaria Estadual da Educação, em nota, informou que é “parte da rotina das escolas” realizar um estudo de demanda para o início do ano letivo, independentemente da reorganização. “O período de matrículas ainda está aberto, portanto, não há como garantir, neste momento, se haverá ou não turmas para os ciclos de ensino mencionados. Também não há qualquer previsão de fechamento das unidades.” A secretaria não disse por que pais e alunos já foram informados pelas diretorias dessas mudanças e a razão de elas não terem sido divulgadas.

Na Saboia de Medeiros, alunos foram avisados que não haverá matrícula no 1º ano Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

SÃO PAULO - Além do fechamento de 93 escolas e de ao menos uma etapa de ensino em 754 unidades, a reorganização da rede estadual paulista deve fechar ainda mais colégios nos próximos anos. Em ao menos seis escolas da capital, que não constam da lista divulgada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a desativação acontecerá progressivamente – em 2016 não estão previstas matrículas nos anos iniciais em ao menos um dos ciclos.

Em algumas escolas, os pais já foram comunicados da não abertura de vagas (no 1.º ano do ensino fundamental 1, no 6.º ano do fundamental 2 ou no 1.º ano do ensino médio). A previsão é de que não haverá matrículas nos anos seguintes, até o fechamento completo do ciclo. O fim gradativo da oferta de vagas pode levar à desativação de ao menos duas unidades.

Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas

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Protesto de estudantes na 9 de julho

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola em Pinheiros

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Escola na Vila Mazzei

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Escola em Campinas

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Escola em Guarulhos

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Contra reorganização escolar

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Protesto de estudantes na 9 de julho

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PM e estudantes entram em confronto em protesto na Dr. Arnaldo

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

Na Escola Estadual Jornalista Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, na zona norte, os pais já foram informados de que não haverá matrículas para o 6.º ano do ensino fundamental 2 e para o 1.º ano do ensino médio – a escola tem apenas os dois ciclos. “Vão esvaziá-la ano a ano até fechar. Eles estão impedindo a matrícula dos alunos e, para o próximo ano, vamos perder oito turmas”, disse Reginaldo de Lima Filho, professor de História da unidade. 

A atendente Aline da Silva Lima, de 27 anos, mora na mesma rua da escola e esperava que no próximo ano o filho Kauê, de 10 anos, pudesse estudar perto de casa no ensino fundamental 2. Hoje, ele está matriculado na Escola Estadual Geraldo Homero Ottoni, uma das que serão fechadas. “Não quiseram nem pegar o nome do meu filho e não me informaram qual escola procurar.” Segundo ela, a secretaria do colégio informou que não fará matrícula para o 6.º ano.

Andrea Arrivabene, de 35 anos, também foi surpreendida quando descobriu que seu filho, que está no 9.º ano, foi transferido da Lacerda para outra escola. Ela esperava que Adriano, de 15, pudesse concluir o ensino médio na escola em que estuda há quatro anos. “Disseram que o ciclo vai continuar, mas sem o 1.º ano.”

Na Escola Estadual Saboia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, zona sul, os alunos afirmam que foram avisados de que não haverá mais matrículas no 1.º ano do ensino médio a partir de 2016 – a unidade já é de ciclo único. “É fechamento velado. Vai ter menos alunos no 2.º ano e no 3.º. Aí, vão alegar demanda baixa e fechar a escola”, disse a professora de Português Yasmin Elisabete, de 61 anos.

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A Secretaria Estadual de Educação anunciou que 94 escolas da rede serão fechadas e seus alunos transferidos para outras unidades. A reorganização prevê que as escolas tenham apenas ciclos únicos. Desde o anúncio da reestruturação o governo estadual enfrenta muita resistência de pais e alunos.

Ciclos. Em outras quatro escolas estaduais consultadas pelo Estado, pais e alunos relataram o mesmo informe de fechamento parcial. Na Escola Estadual Francisco Voccio, na Vila Santos, na zona norte, não haverá matrícula no 6.º ano. O mesmo foi avisado nas escolas Carmosina Monteiro Vianna, no Jardim Brasil, na zona norte e Antonio Emílio Penna, na Vila Albertina, também na zona norte. Na Escola Martin Egydio Damy, na Brasilândia, na zona norte, o fechamento parcial foi anunciado para o ensino médio noturno.

A Secretaria Estadual da Educação, em nota, informou que é “parte da rotina das escolas” realizar um estudo de demanda para o início do ano letivo, independentemente da reorganização. “O período de matrículas ainda está aberto, portanto, não há como garantir, neste momento, se haverá ou não turmas para os ciclos de ensino mencionados. Também não há qualquer previsão de fechamento das unidades.” A secretaria não disse por que pais e alunos já foram informados pelas diretorias dessas mudanças e a razão de elas não terem sido divulgadas.

Na Saboia de Medeiros, alunos foram avisados que não haverá matrícula no 1º ano Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.

SÃO PAULO - Além do fechamento de 93 escolas e de ao menos uma etapa de ensino em 754 unidades, a reorganização da rede estadual paulista deve fechar ainda mais colégios nos próximos anos. Em ao menos seis escolas da capital, que não constam da lista divulgada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a desativação acontecerá progressivamente – em 2016 não estão previstas matrículas nos anos iniciais em ao menos um dos ciclos.

Em algumas escolas, os pais já foram comunicados da não abertura de vagas (no 1.º ano do ensino fundamental 1, no 6.º ano do fundamental 2 ou no 1.º ano do ensino médio). A previsão é de que não haverá matrículas nos anos seguintes, até o fechamento completo do ciclo. O fim gradativo da oferta de vagas pode levar à desativação de ao menos duas unidades.

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Escola em José Bonifácio

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Escola em Campinas

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Contra reorganização escolar

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Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Ferido em protesto na Avenida Doutor Arnaldo

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Na Escola Estadual Jornalista Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, na zona norte, os pais já foram informados de que não haverá matrículas para o 6.º ano do ensino fundamental 2 e para o 1.º ano do ensino médio – a escola tem apenas os dois ciclos. “Vão esvaziá-la ano a ano até fechar. Eles estão impedindo a matrícula dos alunos e, para o próximo ano, vamos perder oito turmas”, disse Reginaldo de Lima Filho, professor de História da unidade. 

A atendente Aline da Silva Lima, de 27 anos, mora na mesma rua da escola e esperava que no próximo ano o filho Kauê, de 10 anos, pudesse estudar perto de casa no ensino fundamental 2. Hoje, ele está matriculado na Escola Estadual Geraldo Homero Ottoni, uma das que serão fechadas. “Não quiseram nem pegar o nome do meu filho e não me informaram qual escola procurar.” Segundo ela, a secretaria do colégio informou que não fará matrícula para o 6.º ano.

Andrea Arrivabene, de 35 anos, também foi surpreendida quando descobriu que seu filho, que está no 9.º ano, foi transferido da Lacerda para outra escola. Ela esperava que Adriano, de 15, pudesse concluir o ensino médio na escola em que estuda há quatro anos. “Disseram que o ciclo vai continuar, mas sem o 1.º ano.”

Na Escola Estadual Saboia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, zona sul, os alunos afirmam que foram avisados de que não haverá mais matrículas no 1.º ano do ensino médio a partir de 2016 – a unidade já é de ciclo único. “É fechamento velado. Vai ter menos alunos no 2.º ano e no 3.º. Aí, vão alegar demanda baixa e fechar a escola”, disse a professora de Português Yasmin Elisabete, de 61 anos.

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A Secretaria Estadual de Educação anunciou que 94 escolas da rede serão fechadas e seus alunos transferidos para outras unidades. A reorganização prevê que as escolas tenham apenas ciclos únicos. Desde o anúncio da reestruturação o governo estadual enfrenta muita resistência de pais e alunos.

Ciclos. Em outras quatro escolas estaduais consultadas pelo Estado, pais e alunos relataram o mesmo informe de fechamento parcial. Na Escola Estadual Francisco Voccio, na Vila Santos, na zona norte, não haverá matrícula no 6.º ano. O mesmo foi avisado nas escolas Carmosina Monteiro Vianna, no Jardim Brasil, na zona norte e Antonio Emílio Penna, na Vila Albertina, também na zona norte. Na Escola Martin Egydio Damy, na Brasilândia, na zona norte, o fechamento parcial foi anunciado para o ensino médio noturno.

A Secretaria Estadual da Educação, em nota, informou que é “parte da rotina das escolas” realizar um estudo de demanda para o início do ano letivo, independentemente da reorganização. “O período de matrículas ainda está aberto, portanto, não há como garantir, neste momento, se haverá ou não turmas para os ciclos de ensino mencionados. Também não há qualquer previsão de fechamento das unidades.” A secretaria não disse por que pais e alunos já foram informados pelas diretorias dessas mudanças e a razão de elas não terem sido divulgadas.

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