Injeção de cores contra o frio


À frente de seu tempo, escandinavos investem em tons e materiais naturais para criar design energético

Por Marcelo Lima

Associar a produção de um designer a seu país de origem é procedimento adotado com naturalidade nessa atividade. Bem mais rara - mas nem sempre inadequada - é a ideia de tomar uma região como referência para caracterizar todo um grupo de profissionais. Caso do design produzido nos países nórdicos, especificamente Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia.Funcional, comprometido com a questão da sustentabilidade, belo e elegante. Parece mesmo existir algo em comum entre os móveis e objetos produzidos hoje na fria Escandinávia. "Partilhamos um mesmo passado e entorno. É natural que existam afinidades", declara Eero Koivisto, arquiteto à frente da Claesson Koivisto Rune, empresa sueca que desenha de tudo: de edifícios a sofás.Impulsionado pelo fascínio ainda gerado pela década dourada do design escandinavo, os anos 50, Koivisto, um dos principais representantes da nova geração de profissionais suecos, sonha com voos mais altos. E sob bem-vinda inspiração de mestres como o dinamarquês Arne Jacobsen - autor das clássicas cadeira Ant (1951) e poltronas The Egg (1957) e Swann (1957) - e do finlandês Alvar Aalto, arquiteto que praticamente reinventou o design do seu país."Como arquitetos, fomos influenciados pela sinuosidade do desenho deles. Como designers, pela paisagem e pelo clima de nossos países, que nos impelem a valorizar materiais naturais e a injetar cor nos interiores, para fazer deles algo mais quente e energético. O branco, para nós, funciona quase como pano de fundo", conta Koivisto, que vislumbra um futuro promissor para o design nórdico para além das fronteiras da Escandinávia, onde as casas, via de regra aquecidas, podem dispor de móveis de desenho mais depurado, de visual mais leve, e nos quais a cor age mais na esfera sensorial, do que propriamente na física."O produto escandinavo está em plena sintonia com a forma como o design é percebido hoje, com as aspirações contemporâneas. Para nós, a ideia da funcionalidade associada à beleza e a consciência ambiental são valores permanentes", pontua. Como exemplo, cita as mesas de centro Amazonas, desenhadas por ele para a Offecct, que acabam de receber o Swan Nordic, o selo ecológico local.VOO SOBRE A FLORESTAApresentadas em jogos de três unidades - em diferentes tons de verde e de altura -, o desenho do conjunto remete à densa cobertura vegetal da floresta, observada pelo designer durante um passeio aéreo: "Sinto-me na obrigação de criar produtos que as pessoas não queiram descartar. Mas, caso isso aconteça, quero me assegurar de que todo o material utilizado na produção seja 100% reciclável."A dinâmica de atuação dos jovens designers, que trabalham em equipe e em estreita cooperação com as empresas, surge como outro trunfo do novo design nórdico. "Acredito que a estrada do sucesso é investir nos jovens", afirma Peter Bonnén, da Muuto (do finlandês muutos, ou mudança), empresa que, com apenas dois anos de atuação, já desperta a atenção do público com uma coleção de 24 peças assinadas por designers iniciantes."Eles vêm de diferentes países. Têm maneiras particulares de expressar suas ideias, mas a herança nórdica está sempre presente. Já vem na bagagem", brinca Bonnén. Seguida à risca, trata-se de uma receita que acaba de ser adotada também pela dinamarquesa Norman Copenhagen, que apresentou em abril, em Milão, a sua New Danish Modern, sua nova coleção de objetos, que vão de pratos a brinquedos.Citando o chavão "a beleza está nos olhos de quem olha", o sueco Stefan Borselius diz que a elegância clássica do móvel escandinavo não deve ser tomada como código de conduta. Autor da poltrona Oppo, para a Bla Station - em suas palavras, "um Alien, propositalmente desprovido de pele" -, ele afirma que nunca foi possível experimentar tanto. Mas, ao mesmo tempo, o medo de parecer diferente prevalece. "Quero encontrar um novo móvel, para novos tempos. É isso que procuro."

Associar a produção de um designer a seu país de origem é procedimento adotado com naturalidade nessa atividade. Bem mais rara - mas nem sempre inadequada - é a ideia de tomar uma região como referência para caracterizar todo um grupo de profissionais. Caso do design produzido nos países nórdicos, especificamente Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia.Funcional, comprometido com a questão da sustentabilidade, belo e elegante. Parece mesmo existir algo em comum entre os móveis e objetos produzidos hoje na fria Escandinávia. "Partilhamos um mesmo passado e entorno. É natural que existam afinidades", declara Eero Koivisto, arquiteto à frente da Claesson Koivisto Rune, empresa sueca que desenha de tudo: de edifícios a sofás.Impulsionado pelo fascínio ainda gerado pela década dourada do design escandinavo, os anos 50, Koivisto, um dos principais representantes da nova geração de profissionais suecos, sonha com voos mais altos. E sob bem-vinda inspiração de mestres como o dinamarquês Arne Jacobsen - autor das clássicas cadeira Ant (1951) e poltronas The Egg (1957) e Swann (1957) - e do finlandês Alvar Aalto, arquiteto que praticamente reinventou o design do seu país."Como arquitetos, fomos influenciados pela sinuosidade do desenho deles. Como designers, pela paisagem e pelo clima de nossos países, que nos impelem a valorizar materiais naturais e a injetar cor nos interiores, para fazer deles algo mais quente e energético. O branco, para nós, funciona quase como pano de fundo", conta Koivisto, que vislumbra um futuro promissor para o design nórdico para além das fronteiras da Escandinávia, onde as casas, via de regra aquecidas, podem dispor de móveis de desenho mais depurado, de visual mais leve, e nos quais a cor age mais na esfera sensorial, do que propriamente na física."O produto escandinavo está em plena sintonia com a forma como o design é percebido hoje, com as aspirações contemporâneas. Para nós, a ideia da funcionalidade associada à beleza e a consciência ambiental são valores permanentes", pontua. Como exemplo, cita as mesas de centro Amazonas, desenhadas por ele para a Offecct, que acabam de receber o Swan Nordic, o selo ecológico local.VOO SOBRE A FLORESTAApresentadas em jogos de três unidades - em diferentes tons de verde e de altura -, o desenho do conjunto remete à densa cobertura vegetal da floresta, observada pelo designer durante um passeio aéreo: "Sinto-me na obrigação de criar produtos que as pessoas não queiram descartar. Mas, caso isso aconteça, quero me assegurar de que todo o material utilizado na produção seja 100% reciclável."A dinâmica de atuação dos jovens designers, que trabalham em equipe e em estreita cooperação com as empresas, surge como outro trunfo do novo design nórdico. "Acredito que a estrada do sucesso é investir nos jovens", afirma Peter Bonnén, da Muuto (do finlandês muutos, ou mudança), empresa que, com apenas dois anos de atuação, já desperta a atenção do público com uma coleção de 24 peças assinadas por designers iniciantes."Eles vêm de diferentes países. Têm maneiras particulares de expressar suas ideias, mas a herança nórdica está sempre presente. Já vem na bagagem", brinca Bonnén. Seguida à risca, trata-se de uma receita que acaba de ser adotada também pela dinamarquesa Norman Copenhagen, que apresentou em abril, em Milão, a sua New Danish Modern, sua nova coleção de objetos, que vão de pratos a brinquedos.Citando o chavão "a beleza está nos olhos de quem olha", o sueco Stefan Borselius diz que a elegância clássica do móvel escandinavo não deve ser tomada como código de conduta. Autor da poltrona Oppo, para a Bla Station - em suas palavras, "um Alien, propositalmente desprovido de pele" -, ele afirma que nunca foi possível experimentar tanto. Mas, ao mesmo tempo, o medo de parecer diferente prevalece. "Quero encontrar um novo móvel, para novos tempos. É isso que procuro."

Associar a produção de um designer a seu país de origem é procedimento adotado com naturalidade nessa atividade. Bem mais rara - mas nem sempre inadequada - é a ideia de tomar uma região como referência para caracterizar todo um grupo de profissionais. Caso do design produzido nos países nórdicos, especificamente Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia.Funcional, comprometido com a questão da sustentabilidade, belo e elegante. Parece mesmo existir algo em comum entre os móveis e objetos produzidos hoje na fria Escandinávia. "Partilhamos um mesmo passado e entorno. É natural que existam afinidades", declara Eero Koivisto, arquiteto à frente da Claesson Koivisto Rune, empresa sueca que desenha de tudo: de edifícios a sofás.Impulsionado pelo fascínio ainda gerado pela década dourada do design escandinavo, os anos 50, Koivisto, um dos principais representantes da nova geração de profissionais suecos, sonha com voos mais altos. E sob bem-vinda inspiração de mestres como o dinamarquês Arne Jacobsen - autor das clássicas cadeira Ant (1951) e poltronas The Egg (1957) e Swann (1957) - e do finlandês Alvar Aalto, arquiteto que praticamente reinventou o design do seu país."Como arquitetos, fomos influenciados pela sinuosidade do desenho deles. Como designers, pela paisagem e pelo clima de nossos países, que nos impelem a valorizar materiais naturais e a injetar cor nos interiores, para fazer deles algo mais quente e energético. O branco, para nós, funciona quase como pano de fundo", conta Koivisto, que vislumbra um futuro promissor para o design nórdico para além das fronteiras da Escandinávia, onde as casas, via de regra aquecidas, podem dispor de móveis de desenho mais depurado, de visual mais leve, e nos quais a cor age mais na esfera sensorial, do que propriamente na física."O produto escandinavo está em plena sintonia com a forma como o design é percebido hoje, com as aspirações contemporâneas. Para nós, a ideia da funcionalidade associada à beleza e a consciência ambiental são valores permanentes", pontua. Como exemplo, cita as mesas de centro Amazonas, desenhadas por ele para a Offecct, que acabam de receber o Swan Nordic, o selo ecológico local.VOO SOBRE A FLORESTAApresentadas em jogos de três unidades - em diferentes tons de verde e de altura -, o desenho do conjunto remete à densa cobertura vegetal da floresta, observada pelo designer durante um passeio aéreo: "Sinto-me na obrigação de criar produtos que as pessoas não queiram descartar. Mas, caso isso aconteça, quero me assegurar de que todo o material utilizado na produção seja 100% reciclável."A dinâmica de atuação dos jovens designers, que trabalham em equipe e em estreita cooperação com as empresas, surge como outro trunfo do novo design nórdico. "Acredito que a estrada do sucesso é investir nos jovens", afirma Peter Bonnén, da Muuto (do finlandês muutos, ou mudança), empresa que, com apenas dois anos de atuação, já desperta a atenção do público com uma coleção de 24 peças assinadas por designers iniciantes."Eles vêm de diferentes países. Têm maneiras particulares de expressar suas ideias, mas a herança nórdica está sempre presente. Já vem na bagagem", brinca Bonnén. Seguida à risca, trata-se de uma receita que acaba de ser adotada também pela dinamarquesa Norman Copenhagen, que apresentou em abril, em Milão, a sua New Danish Modern, sua nova coleção de objetos, que vão de pratos a brinquedos.Citando o chavão "a beleza está nos olhos de quem olha", o sueco Stefan Borselius diz que a elegância clássica do móvel escandinavo não deve ser tomada como código de conduta. Autor da poltrona Oppo, para a Bla Station - em suas palavras, "um Alien, propositalmente desprovido de pele" -, ele afirma que nunca foi possível experimentar tanto. Mas, ao mesmo tempo, o medo de parecer diferente prevalece. "Quero encontrar um novo móvel, para novos tempos. É isso que procuro."

Associar a produção de um designer a seu país de origem é procedimento adotado com naturalidade nessa atividade. Bem mais rara - mas nem sempre inadequada - é a ideia de tomar uma região como referência para caracterizar todo um grupo de profissionais. Caso do design produzido nos países nórdicos, especificamente Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia.Funcional, comprometido com a questão da sustentabilidade, belo e elegante. Parece mesmo existir algo em comum entre os móveis e objetos produzidos hoje na fria Escandinávia. "Partilhamos um mesmo passado e entorno. É natural que existam afinidades", declara Eero Koivisto, arquiteto à frente da Claesson Koivisto Rune, empresa sueca que desenha de tudo: de edifícios a sofás.Impulsionado pelo fascínio ainda gerado pela década dourada do design escandinavo, os anos 50, Koivisto, um dos principais representantes da nova geração de profissionais suecos, sonha com voos mais altos. E sob bem-vinda inspiração de mestres como o dinamarquês Arne Jacobsen - autor das clássicas cadeira Ant (1951) e poltronas The Egg (1957) e Swann (1957) - e do finlandês Alvar Aalto, arquiteto que praticamente reinventou o design do seu país."Como arquitetos, fomos influenciados pela sinuosidade do desenho deles. Como designers, pela paisagem e pelo clima de nossos países, que nos impelem a valorizar materiais naturais e a injetar cor nos interiores, para fazer deles algo mais quente e energético. O branco, para nós, funciona quase como pano de fundo", conta Koivisto, que vislumbra um futuro promissor para o design nórdico para além das fronteiras da Escandinávia, onde as casas, via de regra aquecidas, podem dispor de móveis de desenho mais depurado, de visual mais leve, e nos quais a cor age mais na esfera sensorial, do que propriamente na física."O produto escandinavo está em plena sintonia com a forma como o design é percebido hoje, com as aspirações contemporâneas. Para nós, a ideia da funcionalidade associada à beleza e a consciência ambiental são valores permanentes", pontua. Como exemplo, cita as mesas de centro Amazonas, desenhadas por ele para a Offecct, que acabam de receber o Swan Nordic, o selo ecológico local.VOO SOBRE A FLORESTAApresentadas em jogos de três unidades - em diferentes tons de verde e de altura -, o desenho do conjunto remete à densa cobertura vegetal da floresta, observada pelo designer durante um passeio aéreo: "Sinto-me na obrigação de criar produtos que as pessoas não queiram descartar. Mas, caso isso aconteça, quero me assegurar de que todo o material utilizado na produção seja 100% reciclável."A dinâmica de atuação dos jovens designers, que trabalham em equipe e em estreita cooperação com as empresas, surge como outro trunfo do novo design nórdico. "Acredito que a estrada do sucesso é investir nos jovens", afirma Peter Bonnén, da Muuto (do finlandês muutos, ou mudança), empresa que, com apenas dois anos de atuação, já desperta a atenção do público com uma coleção de 24 peças assinadas por designers iniciantes."Eles vêm de diferentes países. Têm maneiras particulares de expressar suas ideias, mas a herança nórdica está sempre presente. Já vem na bagagem", brinca Bonnén. Seguida à risca, trata-se de uma receita que acaba de ser adotada também pela dinamarquesa Norman Copenhagen, que apresentou em abril, em Milão, a sua New Danish Modern, sua nova coleção de objetos, que vão de pratos a brinquedos.Citando o chavão "a beleza está nos olhos de quem olha", o sueco Stefan Borselius diz que a elegância clássica do móvel escandinavo não deve ser tomada como código de conduta. Autor da poltrona Oppo, para a Bla Station - em suas palavras, "um Alien, propositalmente desprovido de pele" -, ele afirma que nunca foi possível experimentar tanto. Mas, ao mesmo tempo, o medo de parecer diferente prevalece. "Quero encontrar um novo móvel, para novos tempos. É isso que procuro."

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