''''Cidade Luz'''' lança plano ambiental


Paris promete investir, a partir de 2008, 12 bilhões para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa

Por Andrei Netto e PARIS

Enquanto governos e organismos internacionais discutem a criação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o maior causador do efeito estufa na atmosfera, a prefeitura de Paris começa nesta semana sua luta particular contra o aquecimento global. O réveillon de 2008 marcará também a liberação de recursos para o Plan Climat, o plano diretor ambiental elaborado em 2007 com o auxílio de organizações não-governamentais (ONGs) e da população. Entre as metas estabelecidas, está a redução em 75% das emissões locais de CO2 para a atmosfera em relação a 2004, ao custo de ? 12 bilhões até 2050. O projeto recebeu traços finais em outubro, mas sua implantação dependia de orçamento. A partir de agora, 300 imóveis que compõem o projeto-piloto na capital francesa passarão por reformas que visarão a proporcionar uma redução do consumo individual de energia. Os apartamentos serão preparados com sistemas especiais de iluminação, aquecimento e ventilação, e com fontes próprias de energia para que se tornem neutros em gasto - ou seja, que produzam a eletricidade que necessitam. O objetivo da prefeitura de Paris é implantar - ou exigir que seus proprietários o façam - o modelo ambientalmente correto em 100 mil imóveis da cidade até 2050. O esforço pretende cumprir metas audaciosas com as quais a administração da cidade se comprometeu. Pelo programa, até 2020, a emissão de CO2 na cidade deve cair em 30% em comparação a 2004. Comparativamente, a União Européia - cuja atuação na Conferência do Clima da ONU em Bali, na Indonésia, no início do mês, foi considerado progressista em comparação a outros países desenvolvidos e em desenvolvimento - planeja o corte de 20% em suas emissões de gases-estufa, em relação a 1990, no mesmo período. SÍMBOLO O engajamento de Paris, cuja população é de 1,8 milhão de habitantes, tem alcance restrito, mas é tido como um ato simbólico forte na França e na Europa. A cidade responde por 7% das emissões de gases do efeito estufa do país, enquanto agrega 3,5% da população. Além de servir como laboratório, a cidade se prepara para tornar-se exemplo em administração pública. "Claro que é necessário o esforço de cada um para reduzirmos as emissões de CO2, mas sem vontade política forte as contribuições individuais serão anedóticas", explica Nicole Azzaro, membro do Conselho de Paris e do Partido Verde. A redução, porém, não será possível sem investimento pesado. Cerca de 85% das moradias da cidade têm décadas de existência, o que, na prática, significa gasto maior de energia. Hoje, um imóvel parisiense gasta em média 270 kWh por metro quadrado, e o objetivo é alcançar 15 kWh no mesmo espaço. Nos próximos três anos, 3 mil imóveis terão seu desempenho térmico avaliado pela prefeitura. Em 2008, o Plan Climat custará ? 215 milhões. EXEMPLO Para servir como exemplo, o governo também promete medidas estruturais nas áreas de transportes e compras públicas. A prefeitura vai substituir sua frota por veículos híbridos ou elétricos, menos poluentes, além de estimular a redução do número de automóveis, aprimorando a rede - já superdesenvolvida - de metrôs e trens. Só em transporte público serão investidos ? $ 143 milhões em 2008. O prefeito de Paris, Betrand Delanoë, também pretende negociar com empresas distribuidoras para que adquiram energia de fontes alternativas. A fixação de metas espontâneas de redução das emissões de CO2 são elogiadas por ONGs ambientalistas. Diretor de campanha do Greenpeace, Yannick Jadot, é um dos que saúda o plano como uma inovação internacional bem-vinda. "A impressão é positiva porque a questão ambiental enfim parece estar no centro das políticas públicas", disse Jadot ao Estado. Ele lembra que metas similares, ainda que menos ambiciosas, já foram adotadas pela presidência durante o Grenelle de l''''Environnement, congresso realizado em outubro na França. Mais cético, Stephan Kerckhove, delegado-geral da ONG Agir pelo Ambiente, espera medidas concretas já no próximo ano, que evitariam a perda de credibilidade do projeto. "O plano é caro e precisa de financiamento urgente para que suas metas possam ser alcançadas. É preciso implementá-lo já a partir de 2008."

Enquanto governos e organismos internacionais discutem a criação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o maior causador do efeito estufa na atmosfera, a prefeitura de Paris começa nesta semana sua luta particular contra o aquecimento global. O réveillon de 2008 marcará também a liberação de recursos para o Plan Climat, o plano diretor ambiental elaborado em 2007 com o auxílio de organizações não-governamentais (ONGs) e da população. Entre as metas estabelecidas, está a redução em 75% das emissões locais de CO2 para a atmosfera em relação a 2004, ao custo de ? 12 bilhões até 2050. O projeto recebeu traços finais em outubro, mas sua implantação dependia de orçamento. A partir de agora, 300 imóveis que compõem o projeto-piloto na capital francesa passarão por reformas que visarão a proporcionar uma redução do consumo individual de energia. Os apartamentos serão preparados com sistemas especiais de iluminação, aquecimento e ventilação, e com fontes próprias de energia para que se tornem neutros em gasto - ou seja, que produzam a eletricidade que necessitam. O objetivo da prefeitura de Paris é implantar - ou exigir que seus proprietários o façam - o modelo ambientalmente correto em 100 mil imóveis da cidade até 2050. O esforço pretende cumprir metas audaciosas com as quais a administração da cidade se comprometeu. Pelo programa, até 2020, a emissão de CO2 na cidade deve cair em 30% em comparação a 2004. Comparativamente, a União Européia - cuja atuação na Conferência do Clima da ONU em Bali, na Indonésia, no início do mês, foi considerado progressista em comparação a outros países desenvolvidos e em desenvolvimento - planeja o corte de 20% em suas emissões de gases-estufa, em relação a 1990, no mesmo período. SÍMBOLO O engajamento de Paris, cuja população é de 1,8 milhão de habitantes, tem alcance restrito, mas é tido como um ato simbólico forte na França e na Europa. A cidade responde por 7% das emissões de gases do efeito estufa do país, enquanto agrega 3,5% da população. Além de servir como laboratório, a cidade se prepara para tornar-se exemplo em administração pública. "Claro que é necessário o esforço de cada um para reduzirmos as emissões de CO2, mas sem vontade política forte as contribuições individuais serão anedóticas", explica Nicole Azzaro, membro do Conselho de Paris e do Partido Verde. A redução, porém, não será possível sem investimento pesado. Cerca de 85% das moradias da cidade têm décadas de existência, o que, na prática, significa gasto maior de energia. Hoje, um imóvel parisiense gasta em média 270 kWh por metro quadrado, e o objetivo é alcançar 15 kWh no mesmo espaço. Nos próximos três anos, 3 mil imóveis terão seu desempenho térmico avaliado pela prefeitura. Em 2008, o Plan Climat custará ? 215 milhões. EXEMPLO Para servir como exemplo, o governo também promete medidas estruturais nas áreas de transportes e compras públicas. A prefeitura vai substituir sua frota por veículos híbridos ou elétricos, menos poluentes, além de estimular a redução do número de automóveis, aprimorando a rede - já superdesenvolvida - de metrôs e trens. Só em transporte público serão investidos ? $ 143 milhões em 2008. O prefeito de Paris, Betrand Delanoë, também pretende negociar com empresas distribuidoras para que adquiram energia de fontes alternativas. A fixação de metas espontâneas de redução das emissões de CO2 são elogiadas por ONGs ambientalistas. Diretor de campanha do Greenpeace, Yannick Jadot, é um dos que saúda o plano como uma inovação internacional bem-vinda. "A impressão é positiva porque a questão ambiental enfim parece estar no centro das políticas públicas", disse Jadot ao Estado. Ele lembra que metas similares, ainda que menos ambiciosas, já foram adotadas pela presidência durante o Grenelle de l''''Environnement, congresso realizado em outubro na França. Mais cético, Stephan Kerckhove, delegado-geral da ONG Agir pelo Ambiente, espera medidas concretas já no próximo ano, que evitariam a perda de credibilidade do projeto. "O plano é caro e precisa de financiamento urgente para que suas metas possam ser alcançadas. É preciso implementá-lo já a partir de 2008."

Enquanto governos e organismos internacionais discutem a criação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o maior causador do efeito estufa na atmosfera, a prefeitura de Paris começa nesta semana sua luta particular contra o aquecimento global. O réveillon de 2008 marcará também a liberação de recursos para o Plan Climat, o plano diretor ambiental elaborado em 2007 com o auxílio de organizações não-governamentais (ONGs) e da população. Entre as metas estabelecidas, está a redução em 75% das emissões locais de CO2 para a atmosfera em relação a 2004, ao custo de ? 12 bilhões até 2050. O projeto recebeu traços finais em outubro, mas sua implantação dependia de orçamento. A partir de agora, 300 imóveis que compõem o projeto-piloto na capital francesa passarão por reformas que visarão a proporcionar uma redução do consumo individual de energia. Os apartamentos serão preparados com sistemas especiais de iluminação, aquecimento e ventilação, e com fontes próprias de energia para que se tornem neutros em gasto - ou seja, que produzam a eletricidade que necessitam. O objetivo da prefeitura de Paris é implantar - ou exigir que seus proprietários o façam - o modelo ambientalmente correto em 100 mil imóveis da cidade até 2050. O esforço pretende cumprir metas audaciosas com as quais a administração da cidade se comprometeu. Pelo programa, até 2020, a emissão de CO2 na cidade deve cair em 30% em comparação a 2004. Comparativamente, a União Européia - cuja atuação na Conferência do Clima da ONU em Bali, na Indonésia, no início do mês, foi considerado progressista em comparação a outros países desenvolvidos e em desenvolvimento - planeja o corte de 20% em suas emissões de gases-estufa, em relação a 1990, no mesmo período. SÍMBOLO O engajamento de Paris, cuja população é de 1,8 milhão de habitantes, tem alcance restrito, mas é tido como um ato simbólico forte na França e na Europa. A cidade responde por 7% das emissões de gases do efeito estufa do país, enquanto agrega 3,5% da população. Além de servir como laboratório, a cidade se prepara para tornar-se exemplo em administração pública. "Claro que é necessário o esforço de cada um para reduzirmos as emissões de CO2, mas sem vontade política forte as contribuições individuais serão anedóticas", explica Nicole Azzaro, membro do Conselho de Paris e do Partido Verde. A redução, porém, não será possível sem investimento pesado. Cerca de 85% das moradias da cidade têm décadas de existência, o que, na prática, significa gasto maior de energia. Hoje, um imóvel parisiense gasta em média 270 kWh por metro quadrado, e o objetivo é alcançar 15 kWh no mesmo espaço. Nos próximos três anos, 3 mil imóveis terão seu desempenho térmico avaliado pela prefeitura. Em 2008, o Plan Climat custará ? 215 milhões. EXEMPLO Para servir como exemplo, o governo também promete medidas estruturais nas áreas de transportes e compras públicas. A prefeitura vai substituir sua frota por veículos híbridos ou elétricos, menos poluentes, além de estimular a redução do número de automóveis, aprimorando a rede - já superdesenvolvida - de metrôs e trens. Só em transporte público serão investidos ? $ 143 milhões em 2008. O prefeito de Paris, Betrand Delanoë, também pretende negociar com empresas distribuidoras para que adquiram energia de fontes alternativas. A fixação de metas espontâneas de redução das emissões de CO2 são elogiadas por ONGs ambientalistas. Diretor de campanha do Greenpeace, Yannick Jadot, é um dos que saúda o plano como uma inovação internacional bem-vinda. "A impressão é positiva porque a questão ambiental enfim parece estar no centro das políticas públicas", disse Jadot ao Estado. Ele lembra que metas similares, ainda que menos ambiciosas, já foram adotadas pela presidência durante o Grenelle de l''''Environnement, congresso realizado em outubro na França. Mais cético, Stephan Kerckhove, delegado-geral da ONG Agir pelo Ambiente, espera medidas concretas já no próximo ano, que evitariam a perda de credibilidade do projeto. "O plano é caro e precisa de financiamento urgente para que suas metas possam ser alcançadas. É preciso implementá-lo já a partir de 2008."

Enquanto governos e organismos internacionais discutem a criação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o maior causador do efeito estufa na atmosfera, a prefeitura de Paris começa nesta semana sua luta particular contra o aquecimento global. O réveillon de 2008 marcará também a liberação de recursos para o Plan Climat, o plano diretor ambiental elaborado em 2007 com o auxílio de organizações não-governamentais (ONGs) e da população. Entre as metas estabelecidas, está a redução em 75% das emissões locais de CO2 para a atmosfera em relação a 2004, ao custo de ? 12 bilhões até 2050. O projeto recebeu traços finais em outubro, mas sua implantação dependia de orçamento. A partir de agora, 300 imóveis que compõem o projeto-piloto na capital francesa passarão por reformas que visarão a proporcionar uma redução do consumo individual de energia. Os apartamentos serão preparados com sistemas especiais de iluminação, aquecimento e ventilação, e com fontes próprias de energia para que se tornem neutros em gasto - ou seja, que produzam a eletricidade que necessitam. O objetivo da prefeitura de Paris é implantar - ou exigir que seus proprietários o façam - o modelo ambientalmente correto em 100 mil imóveis da cidade até 2050. O esforço pretende cumprir metas audaciosas com as quais a administração da cidade se comprometeu. Pelo programa, até 2020, a emissão de CO2 na cidade deve cair em 30% em comparação a 2004. Comparativamente, a União Européia - cuja atuação na Conferência do Clima da ONU em Bali, na Indonésia, no início do mês, foi considerado progressista em comparação a outros países desenvolvidos e em desenvolvimento - planeja o corte de 20% em suas emissões de gases-estufa, em relação a 1990, no mesmo período. SÍMBOLO O engajamento de Paris, cuja população é de 1,8 milhão de habitantes, tem alcance restrito, mas é tido como um ato simbólico forte na França e na Europa. A cidade responde por 7% das emissões de gases do efeito estufa do país, enquanto agrega 3,5% da população. Além de servir como laboratório, a cidade se prepara para tornar-se exemplo em administração pública. "Claro que é necessário o esforço de cada um para reduzirmos as emissões de CO2, mas sem vontade política forte as contribuições individuais serão anedóticas", explica Nicole Azzaro, membro do Conselho de Paris e do Partido Verde. A redução, porém, não será possível sem investimento pesado. Cerca de 85% das moradias da cidade têm décadas de existência, o que, na prática, significa gasto maior de energia. Hoje, um imóvel parisiense gasta em média 270 kWh por metro quadrado, e o objetivo é alcançar 15 kWh no mesmo espaço. Nos próximos três anos, 3 mil imóveis terão seu desempenho térmico avaliado pela prefeitura. Em 2008, o Plan Climat custará ? 215 milhões. EXEMPLO Para servir como exemplo, o governo também promete medidas estruturais nas áreas de transportes e compras públicas. A prefeitura vai substituir sua frota por veículos híbridos ou elétricos, menos poluentes, além de estimular a redução do número de automóveis, aprimorando a rede - já superdesenvolvida - de metrôs e trens. Só em transporte público serão investidos ? $ 143 milhões em 2008. O prefeito de Paris, Betrand Delanoë, também pretende negociar com empresas distribuidoras para que adquiram energia de fontes alternativas. A fixação de metas espontâneas de redução das emissões de CO2 são elogiadas por ONGs ambientalistas. Diretor de campanha do Greenpeace, Yannick Jadot, é um dos que saúda o plano como uma inovação internacional bem-vinda. "A impressão é positiva porque a questão ambiental enfim parece estar no centro das políticas públicas", disse Jadot ao Estado. Ele lembra que metas similares, ainda que menos ambiciosas, já foram adotadas pela presidência durante o Grenelle de l''''Environnement, congresso realizado em outubro na França. Mais cético, Stephan Kerckhove, delegado-geral da ONG Agir pelo Ambiente, espera medidas concretas já no próximo ano, que evitariam a perda de credibilidade do projeto. "O plano é caro e precisa de financiamento urgente para que suas metas possam ser alcançadas. É preciso implementá-lo já a partir de 2008."

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