"Quem sabe escrever aforismos não deveria dispersar-se em ensaios."
(Karl Kraus)
Existem dois tipos de profissional: o que vive procurando pelo em ovo e o que coloca o ovo em pé.
O jovem sem sentido de hoje é o velho ressentido de amanhã.
O puxa-saco é o combustível do narcisista.
Nem só publicitários comem sushi, os japoneses às vezes comem.
Se o sorriso é a menor distância entre duas pessoas, a flatulência é a maior.
Lágrimas não ajudam a diminuir a conta de água.
Tem horas que dá vontade de mandar o silêncio se calar.
Com essa política ambiental, de selvagem só vai ficar o capitalismo.
Depois que se mata uma floresta não é possível desmatá-la.
Eu não escrevo em português. Prefiro papel.
E ódio gratuito, vai me dizer que agora é pago?
A situação é tão ruim que até os bobos alegres andam deprês.
A internet tem um grande inconveniente. Continua funcionando depois de ser tirada da tomada.
Poeta. Pessoa que tem ojeriza à obra de outro poeta.
Comida gourmet pouca, meu fricassé de faisão com castanhas trufadas primeiro.
As músicas sertanejas são todas ótimas, só é ruim ouvi-las.
Insucesso amoroso é tentar um encontro consigo mesmo no Tinder e não dar match.
Hoje, muitos jovens falam duas ou três línguas. Só não sabem o que dizer com elas.
Poesia é vida, mas endivida.
Os estatutos da ABL precisam mudar: é tudo letra morta.
Escritores e jóqueis têm algo em comum: não sabem viver sem participar de grandes prêmios.
A masturbação é a selfie da sexualidade.
Sexo na Terceira Idade é como 3G: funciona, às vezes.
A vida é um Uber: dá muitas voltas.
O cachorro está se humanizando tanto que logo teremos o pet corrupto.
Estava a indo tudo bem na minha vida até eu nascer.