Psiquiatria e sociedade

Opinião|Cuidando do coração - nos dois sentidos


Por Daniel Martins de Barros

Uma criança deprimida é de partir o coração. Literalmente. Ela e os pais têm mais riscos de infarto e outros problemas cérebro-vasculares do que as crianças (e seus pais) que não tiveram depressão.

Hoje em dia já não existe dúvida que a depressão e infartos agudos do miocárdio (IAMs) ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) têm uma relação direta. Já se sabia que infartados ficavam deprimidos, e também que os deprimidos tinham mais chance de enfartar, mas é recente a constatação de que ambos problemas têm fatores de risco em comum. O estado inflamatório acima do normal que ocorre em situações como obesidade e tabagismo, por exemplo, aumentam tanto a chance de lesões nas artérias como a alterações cerebrais, elevando o risco de IAMs e depressão, respectivamente.

Os riscos não param por aí, como demonstra uma pesquisa publicada mês passado. Avaliando quase seiscentos adolescentes, os pesquisadores as dividiram em três grupos: os que tiveram depressão na infância, os irmãos de quem teve depressão e um grupo controle saudável. Embora 85% desses adolescentes já não estivessem deprimidos quando foram avaliados, os resultados foram preocupantes. Aqueles que tinham ficado deprimidos quando criança fumavam quase treze vezes mais do que os outros, praticavam metade da atividade física e eram quase quatro vezes mais obesos na adolescência. Ou seja, tinham precocemente muito mais fatores de risco para doenças cardíacas e vasculares.

continua após a publicidade

Além disso, os pais daqueles que tiveram depressão também apresentavam mais chance de ter IAM e AVC: três e quatro vezes mais risco para essas doenças, respectivamente. O que só reforça que há riscos genéticos em comum ligando doenças cérebro-vasculares e depressão.

Esses resultados são importantes não só por serem mais uma evidência de que essas doenças são biologicamente conectadas, mas também por mostrar que a depressão por si só leva a pessoa a desenvolver muito cedo um perfil de comportamentos de risco, aumentando ainda mais sua já grande chance de enfartar.

Para ter uma vida saudável é cada vez mais evidente que precisamos cuidar do coração. Em todos os sentidos.

continua após a publicidade

Uma criança deprimida é de partir o coração. Literalmente. Ela e os pais têm mais riscos de infarto e outros problemas cérebro-vasculares do que as crianças (e seus pais) que não tiveram depressão.

Hoje em dia já não existe dúvida que a depressão e infartos agudos do miocárdio (IAMs) ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) têm uma relação direta. Já se sabia que infartados ficavam deprimidos, e também que os deprimidos tinham mais chance de enfartar, mas é recente a constatação de que ambos problemas têm fatores de risco em comum. O estado inflamatório acima do normal que ocorre em situações como obesidade e tabagismo, por exemplo, aumentam tanto a chance de lesões nas artérias como a alterações cerebrais, elevando o risco de IAMs e depressão, respectivamente.

Os riscos não param por aí, como demonstra uma pesquisa publicada mês passado. Avaliando quase seiscentos adolescentes, os pesquisadores as dividiram em três grupos: os que tiveram depressão na infância, os irmãos de quem teve depressão e um grupo controle saudável. Embora 85% desses adolescentes já não estivessem deprimidos quando foram avaliados, os resultados foram preocupantes. Aqueles que tinham ficado deprimidos quando criança fumavam quase treze vezes mais do que os outros, praticavam metade da atividade física e eram quase quatro vezes mais obesos na adolescência. Ou seja, tinham precocemente muito mais fatores de risco para doenças cardíacas e vasculares.

Além disso, os pais daqueles que tiveram depressão também apresentavam mais chance de ter IAM e AVC: três e quatro vezes mais risco para essas doenças, respectivamente. O que só reforça que há riscos genéticos em comum ligando doenças cérebro-vasculares e depressão.

Esses resultados são importantes não só por serem mais uma evidência de que essas doenças são biologicamente conectadas, mas também por mostrar que a depressão por si só leva a pessoa a desenvolver muito cedo um perfil de comportamentos de risco, aumentando ainda mais sua já grande chance de enfartar.

Para ter uma vida saudável é cada vez mais evidente que precisamos cuidar do coração. Em todos os sentidos.

Uma criança deprimida é de partir o coração. Literalmente. Ela e os pais têm mais riscos de infarto e outros problemas cérebro-vasculares do que as crianças (e seus pais) que não tiveram depressão.

Hoje em dia já não existe dúvida que a depressão e infartos agudos do miocárdio (IAMs) ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) têm uma relação direta. Já se sabia que infartados ficavam deprimidos, e também que os deprimidos tinham mais chance de enfartar, mas é recente a constatação de que ambos problemas têm fatores de risco em comum. O estado inflamatório acima do normal que ocorre em situações como obesidade e tabagismo, por exemplo, aumentam tanto a chance de lesões nas artérias como a alterações cerebrais, elevando o risco de IAMs e depressão, respectivamente.

Os riscos não param por aí, como demonstra uma pesquisa publicada mês passado. Avaliando quase seiscentos adolescentes, os pesquisadores as dividiram em três grupos: os que tiveram depressão na infância, os irmãos de quem teve depressão e um grupo controle saudável. Embora 85% desses adolescentes já não estivessem deprimidos quando foram avaliados, os resultados foram preocupantes. Aqueles que tinham ficado deprimidos quando criança fumavam quase treze vezes mais do que os outros, praticavam metade da atividade física e eram quase quatro vezes mais obesos na adolescência. Ou seja, tinham precocemente muito mais fatores de risco para doenças cardíacas e vasculares.

Além disso, os pais daqueles que tiveram depressão também apresentavam mais chance de ter IAM e AVC: três e quatro vezes mais risco para essas doenças, respectivamente. O que só reforça que há riscos genéticos em comum ligando doenças cérebro-vasculares e depressão.

Esses resultados são importantes não só por serem mais uma evidência de que essas doenças são biologicamente conectadas, mas também por mostrar que a depressão por si só leva a pessoa a desenvolver muito cedo um perfil de comportamentos de risco, aumentando ainda mais sua já grande chance de enfartar.

Para ter uma vida saudável é cada vez mais evidente que precisamos cuidar do coração. Em todos os sentidos.

Uma criança deprimida é de partir o coração. Literalmente. Ela e os pais têm mais riscos de infarto e outros problemas cérebro-vasculares do que as crianças (e seus pais) que não tiveram depressão.

Hoje em dia já não existe dúvida que a depressão e infartos agudos do miocárdio (IAMs) ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) têm uma relação direta. Já se sabia que infartados ficavam deprimidos, e também que os deprimidos tinham mais chance de enfartar, mas é recente a constatação de que ambos problemas têm fatores de risco em comum. O estado inflamatório acima do normal que ocorre em situações como obesidade e tabagismo, por exemplo, aumentam tanto a chance de lesões nas artérias como a alterações cerebrais, elevando o risco de IAMs e depressão, respectivamente.

Os riscos não param por aí, como demonstra uma pesquisa publicada mês passado. Avaliando quase seiscentos adolescentes, os pesquisadores as dividiram em três grupos: os que tiveram depressão na infância, os irmãos de quem teve depressão e um grupo controle saudável. Embora 85% desses adolescentes já não estivessem deprimidos quando foram avaliados, os resultados foram preocupantes. Aqueles que tinham ficado deprimidos quando criança fumavam quase treze vezes mais do que os outros, praticavam metade da atividade física e eram quase quatro vezes mais obesos na adolescência. Ou seja, tinham precocemente muito mais fatores de risco para doenças cardíacas e vasculares.

Além disso, os pais daqueles que tiveram depressão também apresentavam mais chance de ter IAM e AVC: três e quatro vezes mais risco para essas doenças, respectivamente. O que só reforça que há riscos genéticos em comum ligando doenças cérebro-vasculares e depressão.

Esses resultados são importantes não só por serem mais uma evidência de que essas doenças são biologicamente conectadas, mas também por mostrar que a depressão por si só leva a pessoa a desenvolver muito cedo um perfil de comportamentos de risco, aumentando ainda mais sua já grande chance de enfartar.

Para ter uma vida saudável é cada vez mais evidente que precisamos cuidar do coração. Em todos os sentidos.

Opinião por Daniel Martins de Barros

Professor colaborador do Dep. de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Autor do livro 'Rir é Preciso'

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.