+ O amor começa a dar problemas quando passa a ter bunda, coxas, seios e um nome.
+ Há misticismos que não resistem à passagem de uma bunda.
+ Ei, eu conheço aquela bunda de calça vermelha, ali.
+ Lancemos sobre o amor as culpas e maldições que merece. Esfreguemos seu focinho na areia e enchamos de palmadas sua bunda pecaminosa.
+ Até hoje ela não entende e comenta, em linguagem crua: há dois anos seu marido a trocou por uma bunda viúva com três filhos.
+ Gostaria de dizer certas palavras com a boca pura, como as dizia naquele tempo: pitanga, sol, rio, arco-íris, bunda.
+ Homens e mulheres encaram hoje uma relação amorosa como um jogo em que o lance final consiste em erguer ao sol o maravilhoso escalpo do outro participante. A suprema alegria que o amor proporciona atualmente é aquela proclamação pelofacebook: hoje dei um pé na bunda de Fulano, hoje dei um pé na bunda de Sicrana. O único esclarecimento necessário se refere a explicar quem é Fulano e quem é Sicrana. Eles costumam mudar pelo menos de semana a semana.
+ À alma imortal e profunda o amor elogios faz, e ao puro espírito. Mas não tira os olhos da bunda.
+ Há quem não mereça a bunda que tem.
+ Dize-me ao lado de que bunda andas, que te direi quem és.
+ E se, por nossos pecados, a alma for vesga e corcunda, tiver os dentes cariados e uma verruga na bunda?
+ No início há sempre uma bunda. Depois é que surgem os soldados. No final, se o número de mortos comportar uma epopeia, encomenda-se sua narração a um poeta. E, como talvez os pósteros venham a ser pudicos, recomenda-se ao poeta que substitua a bunda por um belo par de olhos e um sorriso celestial.
+ Levar um pé na bunda, amiga, é pior do que morrer de fome ou sede. Se um dia ele voltar, te juro que tomo o sangue dele todo com canudinho.
+ Sua bunda hoje é como uma calçada da fama, tantos foram os pés que o amor lhe deu.