Impressões sobre a vida e seus arredores

Mario Quintana


Notas sobre nosso maior poeta passarinho

Por Raul Drewnick

Os passarinhos da rua, em alegre intimidade, quando viam Quintana se alvoroçavam e o acompanhavam chamando: ei, Mario, ei, Mario, ei.

A traquinagem preferida do menino Mario Quintana era voar.

Mario Quintana, toda manhã, esparramava suas melhores vogais no jardim. Vinham pássaros de longe, para bicá-las.

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Mario Quintana às vezes se aborrecia por não poder ser passarinho em tempo integral.

O espantoso segredo de Mario Quintana não era espantoso nem segredo. Desde o primeiro até o último dos seus bem-aventurados dias, ele foi sempre um menino, a não ser nos momentos em que, ousando uma travessura, se tornava um passarinho.

Quando Mario Quintana demorava para aparecer, os passarinhos iam chamá-lo para o passeio matinal. O poeta, ainda estremunhado, tomava cuidado para não pisar nas estrelas ao redor da cama, abria a janela e dizia, num tom de censura no qual eles nunca acreditaram: ah, vocês, ah, vocês...

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Às vezes, Mario Quintana deixava um poema sobre a mesa e um passarinho vinha completá-lo. Ao ponto-final acrescentava mais dois e punha nessas reticências a pista do caminho que tomava em seguida - sua rota de voo.

Minha amada, qualquer uma delas, gostaria que eu fosse Mario Quintana. E eu acho que elas bem mereceriam que eu fosse.

"Amo a poesia", dizia Mario Quintana, "desde que me conheço por passarinho."

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Se não precisasse ser homem para ser poeta, Mario Quintana preferiria ser só passarinho.

De vez em quando, Mario Quintana embirrava com um bem-te-vi e ia até o quintal ensinar-lhe a nota certa.

Em Porto Alegre, a primavera só começava oficialmente depois do gorjeio do pássaro anunciador e da leitura de um poema de Mario Quintana.

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Mario Quintana às vezes era visto, disfarçado de moleque, furtando alpiste dos passarinhos.

Na tarde em que pegou Mario Quintana sobrevoando uma pitangueira, o guarda disse que só lhe faltava gorjear um pouco melhor.

Na escola do poeta Mario Quintana, uma das matérias tinha o nome de arte de gorjear.

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Os passarinhos da rua, em alegre intimidade, quando viam Quintana se alvoroçavam e o acompanhavam chamando: ei, Mario, ei, Mario, ei.

A traquinagem preferida do menino Mario Quintana era voar.

Mario Quintana, toda manhã, esparramava suas melhores vogais no jardim. Vinham pássaros de longe, para bicá-las.

Mario Quintana às vezes se aborrecia por não poder ser passarinho em tempo integral.

O espantoso segredo de Mario Quintana não era espantoso nem segredo. Desde o primeiro até o último dos seus bem-aventurados dias, ele foi sempre um menino, a não ser nos momentos em que, ousando uma travessura, se tornava um passarinho.

Quando Mario Quintana demorava para aparecer, os passarinhos iam chamá-lo para o passeio matinal. O poeta, ainda estremunhado, tomava cuidado para não pisar nas estrelas ao redor da cama, abria a janela e dizia, num tom de censura no qual eles nunca acreditaram: ah, vocês, ah, vocês...

Às vezes, Mario Quintana deixava um poema sobre a mesa e um passarinho vinha completá-lo. Ao ponto-final acrescentava mais dois e punha nessas reticências a pista do caminho que tomava em seguida - sua rota de voo.

Minha amada, qualquer uma delas, gostaria que eu fosse Mario Quintana. E eu acho que elas bem mereceriam que eu fosse.

"Amo a poesia", dizia Mario Quintana, "desde que me conheço por passarinho."

Se não precisasse ser homem para ser poeta, Mario Quintana preferiria ser só passarinho.

De vez em quando, Mario Quintana embirrava com um bem-te-vi e ia até o quintal ensinar-lhe a nota certa.

Em Porto Alegre, a primavera só começava oficialmente depois do gorjeio do pássaro anunciador e da leitura de um poema de Mario Quintana.

Mario Quintana às vezes era visto, disfarçado de moleque, furtando alpiste dos passarinhos.

Na tarde em que pegou Mario Quintana sobrevoando uma pitangueira, o guarda disse que só lhe faltava gorjear um pouco melhor.

Na escola do poeta Mario Quintana, uma das matérias tinha o nome de arte de gorjear.

 

Os passarinhos da rua, em alegre intimidade, quando viam Quintana se alvoroçavam e o acompanhavam chamando: ei, Mario, ei, Mario, ei.

A traquinagem preferida do menino Mario Quintana era voar.

Mario Quintana, toda manhã, esparramava suas melhores vogais no jardim. Vinham pássaros de longe, para bicá-las.

Mario Quintana às vezes se aborrecia por não poder ser passarinho em tempo integral.

O espantoso segredo de Mario Quintana não era espantoso nem segredo. Desde o primeiro até o último dos seus bem-aventurados dias, ele foi sempre um menino, a não ser nos momentos em que, ousando uma travessura, se tornava um passarinho.

Quando Mario Quintana demorava para aparecer, os passarinhos iam chamá-lo para o passeio matinal. O poeta, ainda estremunhado, tomava cuidado para não pisar nas estrelas ao redor da cama, abria a janela e dizia, num tom de censura no qual eles nunca acreditaram: ah, vocês, ah, vocês...

Às vezes, Mario Quintana deixava um poema sobre a mesa e um passarinho vinha completá-lo. Ao ponto-final acrescentava mais dois e punha nessas reticências a pista do caminho que tomava em seguida - sua rota de voo.

Minha amada, qualquer uma delas, gostaria que eu fosse Mario Quintana. E eu acho que elas bem mereceriam que eu fosse.

"Amo a poesia", dizia Mario Quintana, "desde que me conheço por passarinho."

Se não precisasse ser homem para ser poeta, Mario Quintana preferiria ser só passarinho.

De vez em quando, Mario Quintana embirrava com um bem-te-vi e ia até o quintal ensinar-lhe a nota certa.

Em Porto Alegre, a primavera só começava oficialmente depois do gorjeio do pássaro anunciador e da leitura de um poema de Mario Quintana.

Mario Quintana às vezes era visto, disfarçado de moleque, furtando alpiste dos passarinhos.

Na tarde em que pegou Mario Quintana sobrevoando uma pitangueira, o guarda disse que só lhe faltava gorjear um pouco melhor.

Na escola do poeta Mario Quintana, uma das matérias tinha o nome de arte de gorjear.

 

Os passarinhos da rua, em alegre intimidade, quando viam Quintana se alvoroçavam e o acompanhavam chamando: ei, Mario, ei, Mario, ei.

A traquinagem preferida do menino Mario Quintana era voar.

Mario Quintana, toda manhã, esparramava suas melhores vogais no jardim. Vinham pássaros de longe, para bicá-las.

Mario Quintana às vezes se aborrecia por não poder ser passarinho em tempo integral.

O espantoso segredo de Mario Quintana não era espantoso nem segredo. Desde o primeiro até o último dos seus bem-aventurados dias, ele foi sempre um menino, a não ser nos momentos em que, ousando uma travessura, se tornava um passarinho.

Quando Mario Quintana demorava para aparecer, os passarinhos iam chamá-lo para o passeio matinal. O poeta, ainda estremunhado, tomava cuidado para não pisar nas estrelas ao redor da cama, abria a janela e dizia, num tom de censura no qual eles nunca acreditaram: ah, vocês, ah, vocês...

Às vezes, Mario Quintana deixava um poema sobre a mesa e um passarinho vinha completá-lo. Ao ponto-final acrescentava mais dois e punha nessas reticências a pista do caminho que tomava em seguida - sua rota de voo.

Minha amada, qualquer uma delas, gostaria que eu fosse Mario Quintana. E eu acho que elas bem mereceriam que eu fosse.

"Amo a poesia", dizia Mario Quintana, "desde que me conheço por passarinho."

Se não precisasse ser homem para ser poeta, Mario Quintana preferiria ser só passarinho.

De vez em quando, Mario Quintana embirrava com um bem-te-vi e ia até o quintal ensinar-lhe a nota certa.

Em Porto Alegre, a primavera só começava oficialmente depois do gorjeio do pássaro anunciador e da leitura de um poema de Mario Quintana.

Mario Quintana às vezes era visto, disfarçado de moleque, furtando alpiste dos passarinhos.

Na tarde em que pegou Mario Quintana sobrevoando uma pitangueira, o guarda disse que só lhe faltava gorjear um pouco melhor.

Na escola do poeta Mario Quintana, uma das matérias tinha o nome de arte de gorjear.

 

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