Crônicas filosóficas

Ver e escutar


No era das imagens, que é a nossa era, ver é mais importante que escutar.

Por Jair Barboza

Com isso, tudo o que é ligado à visão, como moda, produtos de maquiagem, etc., tornaram-se assuntos cruciais nas conversas cotidianas, haja vista a volumosa quantidade em dinheiro que ganham as "top models", as supermodelos.

Essa cultura influencia a todos, a começar pelas crianças, exemplo triste sendo os Estados Unidos, país tão falsamente puritano, e que por isso se trai nessa falsidade ao, por exemplo, aceitar admirado a febre dos concursos de misses mirins.

Todos queremos ver e ser vistos. De preferência exibindo felicidade, para inveja dos outros que não são felizes como a gente.

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Trata-se de uma hipervalorização do olhar do outro, fazendo com que muitas pessoas vivam mais no exterior, e não no interior de si mesmas. A preocupação com o olhar do outro faz com que não se aproveite e se frua plenamente a própria subjetividade, a própria interioridade, que é a nossa inesgotável fonte de bem-estar, se bem alimentada e cuidada.

A hipervalorização da visão ainda reprime boa parte do poder de audição. Sentido este tão visceral, tão importante para nós e para os animais.

Nos animais podemos observar o que em certo sentido perdemos, a agudeza da audição, que em trezentos e sessenta graus aos nosso redor pode detectar um som, enquanto a visão só pode mirar bem o que está na nossa frente.

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Conta-se que certos índios têm uma audição tão aguda que ouvem peixes bem fundo nos rios, ou aves que cantam a quilômetros etc.

Se o diabo nos desafiasse a escolher um dos sentidos, entre visão e audição, porque o outro perderíamos, a maioria das pessoas escolheria ficar com a visão.

Mas pense-se, se um surdo com visão, e um cego com audição, se perdessem numa densa floresta, com sede e fome, quem teria mais chances de sair com vida? Decerto a leitora sabe a resposta.

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Talvez reconduzir o ouvir para um escutar, e assim restabelecer a nevrálgica importância dessa capacidade reprimida em tempos de excesso de imagens, seja um salutar re-aprendizado.  Inclusive para os relacionamentos humanos, hoje em dia universalmente tão carentes de audição, logo, carentes de recíproca e duradoura compreensão.

 

 

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Com isso, tudo o que é ligado à visão, como moda, produtos de maquiagem, etc., tornaram-se assuntos cruciais nas conversas cotidianas, haja vista a volumosa quantidade em dinheiro que ganham as "top models", as supermodelos.

Essa cultura influencia a todos, a começar pelas crianças, exemplo triste sendo os Estados Unidos, país tão falsamente puritano, e que por isso se trai nessa falsidade ao, por exemplo, aceitar admirado a febre dos concursos de misses mirins.

Todos queremos ver e ser vistos. De preferência exibindo felicidade, para inveja dos outros que não são felizes como a gente.

Trata-se de uma hipervalorização do olhar do outro, fazendo com que muitas pessoas vivam mais no exterior, e não no interior de si mesmas. A preocupação com o olhar do outro faz com que não se aproveite e se frua plenamente a própria subjetividade, a própria interioridade, que é a nossa inesgotável fonte de bem-estar, se bem alimentada e cuidada.

A hipervalorização da visão ainda reprime boa parte do poder de audição. Sentido este tão visceral, tão importante para nós e para os animais.

Nos animais podemos observar o que em certo sentido perdemos, a agudeza da audição, que em trezentos e sessenta graus aos nosso redor pode detectar um som, enquanto a visão só pode mirar bem o que está na nossa frente.

Conta-se que certos índios têm uma audição tão aguda que ouvem peixes bem fundo nos rios, ou aves que cantam a quilômetros etc.

Se o diabo nos desafiasse a escolher um dos sentidos, entre visão e audição, porque o outro perderíamos, a maioria das pessoas escolheria ficar com a visão.

Mas pense-se, se um surdo com visão, e um cego com audição, se perdessem numa densa floresta, com sede e fome, quem teria mais chances de sair com vida? Decerto a leitora sabe a resposta.

Talvez reconduzir o ouvir para um escutar, e assim restabelecer a nevrálgica importância dessa capacidade reprimida em tempos de excesso de imagens, seja um salutar re-aprendizado.  Inclusive para os relacionamentos humanos, hoje em dia universalmente tão carentes de audição, logo, carentes de recíproca e duradoura compreensão.

 

 

 

 

 

Com isso, tudo o que é ligado à visão, como moda, produtos de maquiagem, etc., tornaram-se assuntos cruciais nas conversas cotidianas, haja vista a volumosa quantidade em dinheiro que ganham as "top models", as supermodelos.

Essa cultura influencia a todos, a começar pelas crianças, exemplo triste sendo os Estados Unidos, país tão falsamente puritano, e que por isso se trai nessa falsidade ao, por exemplo, aceitar admirado a febre dos concursos de misses mirins.

Todos queremos ver e ser vistos. De preferência exibindo felicidade, para inveja dos outros que não são felizes como a gente.

Trata-se de uma hipervalorização do olhar do outro, fazendo com que muitas pessoas vivam mais no exterior, e não no interior de si mesmas. A preocupação com o olhar do outro faz com que não se aproveite e se frua plenamente a própria subjetividade, a própria interioridade, que é a nossa inesgotável fonte de bem-estar, se bem alimentada e cuidada.

A hipervalorização da visão ainda reprime boa parte do poder de audição. Sentido este tão visceral, tão importante para nós e para os animais.

Nos animais podemos observar o que em certo sentido perdemos, a agudeza da audição, que em trezentos e sessenta graus aos nosso redor pode detectar um som, enquanto a visão só pode mirar bem o que está na nossa frente.

Conta-se que certos índios têm uma audição tão aguda que ouvem peixes bem fundo nos rios, ou aves que cantam a quilômetros etc.

Se o diabo nos desafiasse a escolher um dos sentidos, entre visão e audição, porque o outro perderíamos, a maioria das pessoas escolheria ficar com a visão.

Mas pense-se, se um surdo com visão, e um cego com audição, se perdessem numa densa floresta, com sede e fome, quem teria mais chances de sair com vida? Decerto a leitora sabe a resposta.

Talvez reconduzir o ouvir para um escutar, e assim restabelecer a nevrálgica importância dessa capacidade reprimida em tempos de excesso de imagens, seja um salutar re-aprendizado.  Inclusive para os relacionamentos humanos, hoje em dia universalmente tão carentes de audição, logo, carentes de recíproca e duradoura compreensão.

 

 

 

 

 

Com isso, tudo o que é ligado à visão, como moda, produtos de maquiagem, etc., tornaram-se assuntos cruciais nas conversas cotidianas, haja vista a volumosa quantidade em dinheiro que ganham as "top models", as supermodelos.

Essa cultura influencia a todos, a começar pelas crianças, exemplo triste sendo os Estados Unidos, país tão falsamente puritano, e que por isso se trai nessa falsidade ao, por exemplo, aceitar admirado a febre dos concursos de misses mirins.

Todos queremos ver e ser vistos. De preferência exibindo felicidade, para inveja dos outros que não são felizes como a gente.

Trata-se de uma hipervalorização do olhar do outro, fazendo com que muitas pessoas vivam mais no exterior, e não no interior de si mesmas. A preocupação com o olhar do outro faz com que não se aproveite e se frua plenamente a própria subjetividade, a própria interioridade, que é a nossa inesgotável fonte de bem-estar, se bem alimentada e cuidada.

A hipervalorização da visão ainda reprime boa parte do poder de audição. Sentido este tão visceral, tão importante para nós e para os animais.

Nos animais podemos observar o que em certo sentido perdemos, a agudeza da audição, que em trezentos e sessenta graus aos nosso redor pode detectar um som, enquanto a visão só pode mirar bem o que está na nossa frente.

Conta-se que certos índios têm uma audição tão aguda que ouvem peixes bem fundo nos rios, ou aves que cantam a quilômetros etc.

Se o diabo nos desafiasse a escolher um dos sentidos, entre visão e audição, porque o outro perderíamos, a maioria das pessoas escolheria ficar com a visão.

Mas pense-se, se um surdo com visão, e um cego com audição, se perdessem numa densa floresta, com sede e fome, quem teria mais chances de sair com vida? Decerto a leitora sabe a resposta.

Talvez reconduzir o ouvir para um escutar, e assim restabelecer a nevrálgica importância dessa capacidade reprimida em tempos de excesso de imagens, seja um salutar re-aprendizado.  Inclusive para os relacionamentos humanos, hoje em dia universalmente tão carentes de audição, logo, carentes de recíproca e duradoura compreensão.

 

 

 

 

 

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