Um dos filmes mais icônicos da década de 1990, "As Patricinhas de Beverly Hills", completa 20 anos neste mês. Lançado nos Estados Unidos no dia 19 de julho de 1995, o longa permanece um sucesso até hoje e é um dos mais assistidos em serviços de streaming como o Netflix. A história gira em torno dos altos e baixos da vida da adolescente rica Cher Horowitz (Alicia Silverstone) e de seus amigos Dionne (Stacey Dash), Tai (Brittany Murphy) e Josh (Paul Rudd). "O visual, as roupas e o brilho do sol tornam o filme memorável", diz a jornalista Jen Chaney, autora do livro 'As If!: The Oral History of Clueless' ('Até parece!: A História Oral de Patricinhas de Beverly Hills', tradução livre, sem edição no Brasil), que será lançado no próximo dia 7. "O roteiro também é muito bem escrito, com frases ótimas. E, embora pareça estar enraizada em um período específico, a história é atemporal", completa a autora.
20 curiosidades sobre "As Patricinhas de Beverly Hills" e fatos que marcaram o ano em que o filme foi lançado
Na opinião dela, as maiores mudanças que ocorreram no mundo desde o lançamento do filme foram o surgimento da internet e os atentados de 11 de setembro. "Mesmo com o uso intenso de celular nas cenas, o longa consegue capturar o último suspiro da forma como nos comunicávamos antes do e-mail e das redes sociais nos transforarem em devoradores de informação 24 horas por dia, sete dias por semana", diz. Para escrever o livro, Jen assistiu ao filme do começo ao fim pelo menos 20 vezes, entrevistou os envolvidos e pesquisou diversos arquivos. Descobriu, por exemplo, que atores conhecidos como Dave Chapelle, Jeremy Renner e Kerri Russel estavam na lista de opções para o elenco do filme, que tinha um orçamento de 12 milhões de dólares, considerado baixo mesmo na época.
Outra curiosidade: Beverly Hills enfrentou dias de chuva durante a maior parte da produção e da filmagem, algo incomum na Califórnia, famosa por seus quase 300 dias de sol por ano. E, se um novo 'As Patricinhas de Beverly Hills' fosse criado no mundo da internet e pós 11 de setembro, como seria? "Acho que a maior diferença seria a inclusão dos smartphones, mas a essência da história, de uma garota tentando bancar o cupido e percebendo que pode se beneficiar ao se tornar uma pessoa melhor, não mudaria. Essa parte sempre será eterna", afirma a jornalista.