Modelos brancas usam turbantes africanos na semana de moda de Lisboa


A estilista angolana Nadir Tati lançou mão dos acessórios étnicos para apresentar sua coleção inspirada em Angola

Por Gabriela Marçal
Imagem do desfile de Nadir Tati, que aconteceu no último dia 13, em Lisboa Foto: Rui Vasco/ModaLisboa

Em um momento em que o termo apropriação cultural é o foco de muitas polêmicas na indústria da moda, a estilista angolana Nadir Tati tomou uma decisão corajosa ao optar por vestir suas modelos, a maioria delas brancas, com turbantes africanos. Batizada de ‘A voz de Angola’, a coleção de outono inverno da designer foi apresentada no dia 13 na semana de moda de Portugal, a ModaLisboa. Aproximadamente 30% das modelos selecionadas para cruzar a passarela da marca eram negras.

O desfile de Nadir Tati na ModaLisboa

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Nadir Tati

Foto: Rui Vasco/ModaLisboa
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Segundo Nadir, as peças, que trazem muitos drapeados, bordados, transparências, rendas e tecidos africanos, remetem à imagem da mulher angolana contemporânea. "O que eu quero é mostrar o caminho que a mulher africana, angolana, tem percorrido. Trata-se de uma guerreira”, diz ela. “Por isso, antes do desfile, gosto de conversar com as modelos para que elas entendam por que levam um turbante na cabeça, qual é o significado do acessório." 

Nadir acredita que colocar modelos brancas usando turbantes africanos na passarela de uma semana de moda europeia é “extremamente importante”. “Eu vivi muitos anos na Europa, nos Estados Unidos, andei por todo o mundo, e o que eu percebi é que o ser humano é o ser humano em Angola, na Namíbia, no Congo, na Nigéria, no Brasil", afirma. "Por que um russo, um inglês, um francês não podem usar o mesmo turbante?” A estilista já apresentou suas coleções com DNA africano nos Estados Unidos, Alemanha, México, Bélgica, Macau, Espanha, África do Sul, Moçambique, Quênia, Togo e Tanzânia.

Os negros na ModaLisboa A história de Portugal está intimamente ligada à África, pois países como Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique foram colônias portuguesas. Tendo esse contexto histórico, a semana de moda de Lisboa pode ser tornar uma incubadora e vitrine de talentosos estilistas afrodescendentes. 

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Dos 29 estilistas que apresentaram seus trabalhos nesta edição, três eram negros. Menos de meio porcento. Cerca de 10% dos modelos eram negros. Números pequenos, mas de representatividade considerável. Nas horas próximas aos desfiles das estilistas angolanas Nadir Tati e Rose Palhares, e da lisboeta Nair Xavier, o clima no Páteo da Galé, local da ModaLisboa, mudava. Os fotógrafos e jornalistas se ocupavam de registrar os visuais coloridos e muitas vezes com tecidos e estampas africanos exibidos com orgulho pelos negros que ocupavam os corredores da semana de moda. A primeira fila da plateia dos desfiles ganhavam mais autenticidade e alegria com as mulheres exibindo seus cabelos blackpower e turbantes. 

Imagem do desfile de Nadir Tati, que aconteceu no último dia 13, em Lisboa Foto: Rui Vasco/ModaLisboa

Em um momento em que o termo apropriação cultural é o foco de muitas polêmicas na indústria da moda, a estilista angolana Nadir Tati tomou uma decisão corajosa ao optar por vestir suas modelos, a maioria delas brancas, com turbantes africanos. Batizada de ‘A voz de Angola’, a coleção de outono inverno da designer foi apresentada no dia 13 na semana de moda de Portugal, a ModaLisboa. Aproximadamente 30% das modelos selecionadas para cruzar a passarela da marca eram negras.

O desfile de Nadir Tati na ModaLisboa

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Segundo Nadir, as peças, que trazem muitos drapeados, bordados, transparências, rendas e tecidos africanos, remetem à imagem da mulher angolana contemporânea. "O que eu quero é mostrar o caminho que a mulher africana, angolana, tem percorrido. Trata-se de uma guerreira”, diz ela. “Por isso, antes do desfile, gosto de conversar com as modelos para que elas entendam por que levam um turbante na cabeça, qual é o significado do acessório." 

Nadir acredita que colocar modelos brancas usando turbantes africanos na passarela de uma semana de moda europeia é “extremamente importante”. “Eu vivi muitos anos na Europa, nos Estados Unidos, andei por todo o mundo, e o que eu percebi é que o ser humano é o ser humano em Angola, na Namíbia, no Congo, na Nigéria, no Brasil", afirma. "Por que um russo, um inglês, um francês não podem usar o mesmo turbante?” A estilista já apresentou suas coleções com DNA africano nos Estados Unidos, Alemanha, México, Bélgica, Macau, Espanha, África do Sul, Moçambique, Quênia, Togo e Tanzânia.

Os negros na ModaLisboa A história de Portugal está intimamente ligada à África, pois países como Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique foram colônias portuguesas. Tendo esse contexto histórico, a semana de moda de Lisboa pode ser tornar uma incubadora e vitrine de talentosos estilistas afrodescendentes. 

Dos 29 estilistas que apresentaram seus trabalhos nesta edição, três eram negros. Menos de meio porcento. Cerca de 10% dos modelos eram negros. Números pequenos, mas de representatividade considerável. Nas horas próximas aos desfiles das estilistas angolanas Nadir Tati e Rose Palhares, e da lisboeta Nair Xavier, o clima no Páteo da Galé, local da ModaLisboa, mudava. Os fotógrafos e jornalistas se ocupavam de registrar os visuais coloridos e muitas vezes com tecidos e estampas africanos exibidos com orgulho pelos negros que ocupavam os corredores da semana de moda. A primeira fila da plateia dos desfiles ganhavam mais autenticidade e alegria com as mulheres exibindo seus cabelos blackpower e turbantes. 

Imagem do desfile de Nadir Tati, que aconteceu no último dia 13, em Lisboa Foto: Rui Vasco/ModaLisboa

Em um momento em que o termo apropriação cultural é o foco de muitas polêmicas na indústria da moda, a estilista angolana Nadir Tati tomou uma decisão corajosa ao optar por vestir suas modelos, a maioria delas brancas, com turbantes africanos. Batizada de ‘A voz de Angola’, a coleção de outono inverno da designer foi apresentada no dia 13 na semana de moda de Portugal, a ModaLisboa. Aproximadamente 30% das modelos selecionadas para cruzar a passarela da marca eram negras.

O desfile de Nadir Tati na ModaLisboa

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Segundo Nadir, as peças, que trazem muitos drapeados, bordados, transparências, rendas e tecidos africanos, remetem à imagem da mulher angolana contemporânea. "O que eu quero é mostrar o caminho que a mulher africana, angolana, tem percorrido. Trata-se de uma guerreira”, diz ela. “Por isso, antes do desfile, gosto de conversar com as modelos para que elas entendam por que levam um turbante na cabeça, qual é o significado do acessório." 

Nadir acredita que colocar modelos brancas usando turbantes africanos na passarela de uma semana de moda europeia é “extremamente importante”. “Eu vivi muitos anos na Europa, nos Estados Unidos, andei por todo o mundo, e o que eu percebi é que o ser humano é o ser humano em Angola, na Namíbia, no Congo, na Nigéria, no Brasil", afirma. "Por que um russo, um inglês, um francês não podem usar o mesmo turbante?” A estilista já apresentou suas coleções com DNA africano nos Estados Unidos, Alemanha, México, Bélgica, Macau, Espanha, África do Sul, Moçambique, Quênia, Togo e Tanzânia.

Os negros na ModaLisboa A história de Portugal está intimamente ligada à África, pois países como Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique foram colônias portuguesas. Tendo esse contexto histórico, a semana de moda de Lisboa pode ser tornar uma incubadora e vitrine de talentosos estilistas afrodescendentes. 

Dos 29 estilistas que apresentaram seus trabalhos nesta edição, três eram negros. Menos de meio porcento. Cerca de 10% dos modelos eram negros. Números pequenos, mas de representatividade considerável. Nas horas próximas aos desfiles das estilistas angolanas Nadir Tati e Rose Palhares, e da lisboeta Nair Xavier, o clima no Páteo da Galé, local da ModaLisboa, mudava. Os fotógrafos e jornalistas se ocupavam de registrar os visuais coloridos e muitas vezes com tecidos e estampas africanos exibidos com orgulho pelos negros que ocupavam os corredores da semana de moda. A primeira fila da plateia dos desfiles ganhavam mais autenticidade e alegria com as mulheres exibindo seus cabelos blackpower e turbantes. 

Imagem do desfile de Nadir Tati, que aconteceu no último dia 13, em Lisboa Foto: Rui Vasco/ModaLisboa

Em um momento em que o termo apropriação cultural é o foco de muitas polêmicas na indústria da moda, a estilista angolana Nadir Tati tomou uma decisão corajosa ao optar por vestir suas modelos, a maioria delas brancas, com turbantes africanos. Batizada de ‘A voz de Angola’, a coleção de outono inverno da designer foi apresentada no dia 13 na semana de moda de Portugal, a ModaLisboa. Aproximadamente 30% das modelos selecionadas para cruzar a passarela da marca eram negras.

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Segundo Nadir, as peças, que trazem muitos drapeados, bordados, transparências, rendas e tecidos africanos, remetem à imagem da mulher angolana contemporânea. "O que eu quero é mostrar o caminho que a mulher africana, angolana, tem percorrido. Trata-se de uma guerreira”, diz ela. “Por isso, antes do desfile, gosto de conversar com as modelos para que elas entendam por que levam um turbante na cabeça, qual é o significado do acessório." 

Nadir acredita que colocar modelos brancas usando turbantes africanos na passarela de uma semana de moda europeia é “extremamente importante”. “Eu vivi muitos anos na Europa, nos Estados Unidos, andei por todo o mundo, e o que eu percebi é que o ser humano é o ser humano em Angola, na Namíbia, no Congo, na Nigéria, no Brasil", afirma. "Por que um russo, um inglês, um francês não podem usar o mesmo turbante?” A estilista já apresentou suas coleções com DNA africano nos Estados Unidos, Alemanha, México, Bélgica, Macau, Espanha, África do Sul, Moçambique, Quênia, Togo e Tanzânia.

Os negros na ModaLisboa A história de Portugal está intimamente ligada à África, pois países como Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique foram colônias portuguesas. Tendo esse contexto histórico, a semana de moda de Lisboa pode ser tornar uma incubadora e vitrine de talentosos estilistas afrodescendentes. 

Dos 29 estilistas que apresentaram seus trabalhos nesta edição, três eram negros. Menos de meio porcento. Cerca de 10% dos modelos eram negros. Números pequenos, mas de representatividade considerável. Nas horas próximas aos desfiles das estilistas angolanas Nadir Tati e Rose Palhares, e da lisboeta Nair Xavier, o clima no Páteo da Galé, local da ModaLisboa, mudava. Os fotógrafos e jornalistas se ocupavam de registrar os visuais coloridos e muitas vezes com tecidos e estampas africanos exibidos com orgulho pelos negros que ocupavam os corredores da semana de moda. A primeira fila da plateia dos desfiles ganhavam mais autenticidade e alegria com as mulheres exibindo seus cabelos blackpower e turbantes. 

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