Quando a literatura encontra a moda


A segunda edição do Prada Journal, concurso literário promovido pela grife italiana, promete unir o mundo fashion a jovens autores

Por Mariana Payno
Pelo segundo ano consecutivo, a Prada busca inspiração na literatura Foto: Divulgação

Encontrar formas de preservar o que os olhos veem é uma ambição antiga que levou a humanidade da pintura à fotografia, do cinema aos vídeos caseiros dos anos 1980, dos smartphones ao Google Glass – que, aliás, parece ser a concretização ultramoderna de um velho sonho. E no meio de tanta tecnologia em torno da imagem, foi como se as palavras, o registro elementar, acabassem um pouco esquecidas. Não para a Prada, que desde o ano passado resolveu resgatar o romantismo dos versos em uma iniciativa que une moda e literatura: o Prada Journal, um concurso que seleciona novos autores ao mesmo tempo em que impulsiona a linha de eyewear da grife italiana. Com inscrições abertas até o dia 11 de junho, a segunda edição do prêmio, que tem como tema a pergunta “Quais são os sinais de um mundo em mudança?”, vai reunir as impressões de jovens pensadores sobre essa era em que óculos-gadgets têm a pretensão de enxergar a realidade pelos homens. “Queremos abranger tudo que é imaginável e pensável. Cada ideia que, uma vez delineada em forma e conteúdo, pode ser escrita”,descreve a Prada em sua apresentação do projeto. Para isso, a marca fechou uma parceria com a conterrânea editora Giangiacomo Feltrinelli e um time internacional de publicadores para avaliar os textos. “Acho que todo mundo tem uma voz única e uma história para contar e vejo que a moda e a literatura estão tentando fazer a mesma coisa. Cada um de nós vê o mundo de um jeito particular, e quando criamos algo queremos compartilhar com os outros”, diz Leisl Egan, uma das cinco vencedoras do concurso em 2013.

O concurso Prada Journal é o mote da campanha de óculos da grife Foto: Divulgação
continua após a publicidade

A australiana de 34 anos, autora de roteiros para a televisão, levou o prêmio pelo conto Punchline, que narra a história de Moptop, um palhaço decadente que se vê ameaçado pela chegada de um jovem ginasta ao circo. “Percebi que tinha um texto que se encaixava no tema ‘Quais são as realidades que os nossos olhos nos devolvem?’ e reescrevi a história com isso em mente. Acabei chegando a um final que eu tinha imaginado desde o começo.” Em mais um episódio do conflito entre a novidade e a tradição, Moptop se entrega a um derradeiro e comovente número, envolto pela mesma atmosfera de nostalgia que o faria desaparecer antes mesmo de cessarem os aplausos. Além de ser uma sacada de marketing para os novos produtos da Prada – a coleção de 2014 inclui modelos com um design mais limpo do que as armações grossas das últimas estações –, o Prada Journal é uma oportunidade de revelar aos olhos do mundo um lirismo perdido em meio a uma avalanche de informação. “Há tantas vozes na internet que as pessoas podem se perder em um mar de opiniões”, afirma Leisl. Os vencedores – cujo número varia, segundo a Prada, dependendo da qualidade dos textos – embolsam um prêmio de cinco mil euros e têm a obra publicada em um e-book. Assim como o palhaço Moptop reviveu o circo à moda antiga, o concurso da grife italiana devolve aos homens aquilo que os tirou da pré-história: a escrita.

Pelo segundo ano consecutivo, a Prada busca inspiração na literatura Foto: Divulgação

Encontrar formas de preservar o que os olhos veem é uma ambição antiga que levou a humanidade da pintura à fotografia, do cinema aos vídeos caseiros dos anos 1980, dos smartphones ao Google Glass – que, aliás, parece ser a concretização ultramoderna de um velho sonho. E no meio de tanta tecnologia em torno da imagem, foi como se as palavras, o registro elementar, acabassem um pouco esquecidas. Não para a Prada, que desde o ano passado resolveu resgatar o romantismo dos versos em uma iniciativa que une moda e literatura: o Prada Journal, um concurso que seleciona novos autores ao mesmo tempo em que impulsiona a linha de eyewear da grife italiana. Com inscrições abertas até o dia 11 de junho, a segunda edição do prêmio, que tem como tema a pergunta “Quais são os sinais de um mundo em mudança?”, vai reunir as impressões de jovens pensadores sobre essa era em que óculos-gadgets têm a pretensão de enxergar a realidade pelos homens. “Queremos abranger tudo que é imaginável e pensável. Cada ideia que, uma vez delineada em forma e conteúdo, pode ser escrita”,descreve a Prada em sua apresentação do projeto. Para isso, a marca fechou uma parceria com a conterrânea editora Giangiacomo Feltrinelli e um time internacional de publicadores para avaliar os textos. “Acho que todo mundo tem uma voz única e uma história para contar e vejo que a moda e a literatura estão tentando fazer a mesma coisa. Cada um de nós vê o mundo de um jeito particular, e quando criamos algo queremos compartilhar com os outros”, diz Leisl Egan, uma das cinco vencedoras do concurso em 2013.

O concurso Prada Journal é o mote da campanha de óculos da grife Foto: Divulgação

A australiana de 34 anos, autora de roteiros para a televisão, levou o prêmio pelo conto Punchline, que narra a história de Moptop, um palhaço decadente que se vê ameaçado pela chegada de um jovem ginasta ao circo. “Percebi que tinha um texto que se encaixava no tema ‘Quais são as realidades que os nossos olhos nos devolvem?’ e reescrevi a história com isso em mente. Acabei chegando a um final que eu tinha imaginado desde o começo.” Em mais um episódio do conflito entre a novidade e a tradição, Moptop se entrega a um derradeiro e comovente número, envolto pela mesma atmosfera de nostalgia que o faria desaparecer antes mesmo de cessarem os aplausos. Além de ser uma sacada de marketing para os novos produtos da Prada – a coleção de 2014 inclui modelos com um design mais limpo do que as armações grossas das últimas estações –, o Prada Journal é uma oportunidade de revelar aos olhos do mundo um lirismo perdido em meio a uma avalanche de informação. “Há tantas vozes na internet que as pessoas podem se perder em um mar de opiniões”, afirma Leisl. Os vencedores – cujo número varia, segundo a Prada, dependendo da qualidade dos textos – embolsam um prêmio de cinco mil euros e têm a obra publicada em um e-book. Assim como o palhaço Moptop reviveu o circo à moda antiga, o concurso da grife italiana devolve aos homens aquilo que os tirou da pré-história: a escrita.

Pelo segundo ano consecutivo, a Prada busca inspiração na literatura Foto: Divulgação

Encontrar formas de preservar o que os olhos veem é uma ambição antiga que levou a humanidade da pintura à fotografia, do cinema aos vídeos caseiros dos anos 1980, dos smartphones ao Google Glass – que, aliás, parece ser a concretização ultramoderna de um velho sonho. E no meio de tanta tecnologia em torno da imagem, foi como se as palavras, o registro elementar, acabassem um pouco esquecidas. Não para a Prada, que desde o ano passado resolveu resgatar o romantismo dos versos em uma iniciativa que une moda e literatura: o Prada Journal, um concurso que seleciona novos autores ao mesmo tempo em que impulsiona a linha de eyewear da grife italiana. Com inscrições abertas até o dia 11 de junho, a segunda edição do prêmio, que tem como tema a pergunta “Quais são os sinais de um mundo em mudança?”, vai reunir as impressões de jovens pensadores sobre essa era em que óculos-gadgets têm a pretensão de enxergar a realidade pelos homens. “Queremos abranger tudo que é imaginável e pensável. Cada ideia que, uma vez delineada em forma e conteúdo, pode ser escrita”,descreve a Prada em sua apresentação do projeto. Para isso, a marca fechou uma parceria com a conterrânea editora Giangiacomo Feltrinelli e um time internacional de publicadores para avaliar os textos. “Acho que todo mundo tem uma voz única e uma história para contar e vejo que a moda e a literatura estão tentando fazer a mesma coisa. Cada um de nós vê o mundo de um jeito particular, e quando criamos algo queremos compartilhar com os outros”, diz Leisl Egan, uma das cinco vencedoras do concurso em 2013.

O concurso Prada Journal é o mote da campanha de óculos da grife Foto: Divulgação

A australiana de 34 anos, autora de roteiros para a televisão, levou o prêmio pelo conto Punchline, que narra a história de Moptop, um palhaço decadente que se vê ameaçado pela chegada de um jovem ginasta ao circo. “Percebi que tinha um texto que se encaixava no tema ‘Quais são as realidades que os nossos olhos nos devolvem?’ e reescrevi a história com isso em mente. Acabei chegando a um final que eu tinha imaginado desde o começo.” Em mais um episódio do conflito entre a novidade e a tradição, Moptop se entrega a um derradeiro e comovente número, envolto pela mesma atmosfera de nostalgia que o faria desaparecer antes mesmo de cessarem os aplausos. Além de ser uma sacada de marketing para os novos produtos da Prada – a coleção de 2014 inclui modelos com um design mais limpo do que as armações grossas das últimas estações –, o Prada Journal é uma oportunidade de revelar aos olhos do mundo um lirismo perdido em meio a uma avalanche de informação. “Há tantas vozes na internet que as pessoas podem se perder em um mar de opiniões”, afirma Leisl. Os vencedores – cujo número varia, segundo a Prada, dependendo da qualidade dos textos – embolsam um prêmio de cinco mil euros e têm a obra publicada em um e-book. Assim como o palhaço Moptop reviveu o circo à moda antiga, o concurso da grife italiana devolve aos homens aquilo que os tirou da pré-história: a escrita.

Pelo segundo ano consecutivo, a Prada busca inspiração na literatura Foto: Divulgação

Encontrar formas de preservar o que os olhos veem é uma ambição antiga que levou a humanidade da pintura à fotografia, do cinema aos vídeos caseiros dos anos 1980, dos smartphones ao Google Glass – que, aliás, parece ser a concretização ultramoderna de um velho sonho. E no meio de tanta tecnologia em torno da imagem, foi como se as palavras, o registro elementar, acabassem um pouco esquecidas. Não para a Prada, que desde o ano passado resolveu resgatar o romantismo dos versos em uma iniciativa que une moda e literatura: o Prada Journal, um concurso que seleciona novos autores ao mesmo tempo em que impulsiona a linha de eyewear da grife italiana. Com inscrições abertas até o dia 11 de junho, a segunda edição do prêmio, que tem como tema a pergunta “Quais são os sinais de um mundo em mudança?”, vai reunir as impressões de jovens pensadores sobre essa era em que óculos-gadgets têm a pretensão de enxergar a realidade pelos homens. “Queremos abranger tudo que é imaginável e pensável. Cada ideia que, uma vez delineada em forma e conteúdo, pode ser escrita”,descreve a Prada em sua apresentação do projeto. Para isso, a marca fechou uma parceria com a conterrânea editora Giangiacomo Feltrinelli e um time internacional de publicadores para avaliar os textos. “Acho que todo mundo tem uma voz única e uma história para contar e vejo que a moda e a literatura estão tentando fazer a mesma coisa. Cada um de nós vê o mundo de um jeito particular, e quando criamos algo queremos compartilhar com os outros”, diz Leisl Egan, uma das cinco vencedoras do concurso em 2013.

O concurso Prada Journal é o mote da campanha de óculos da grife Foto: Divulgação

A australiana de 34 anos, autora de roteiros para a televisão, levou o prêmio pelo conto Punchline, que narra a história de Moptop, um palhaço decadente que se vê ameaçado pela chegada de um jovem ginasta ao circo. “Percebi que tinha um texto que se encaixava no tema ‘Quais são as realidades que os nossos olhos nos devolvem?’ e reescrevi a história com isso em mente. Acabei chegando a um final que eu tinha imaginado desde o começo.” Em mais um episódio do conflito entre a novidade e a tradição, Moptop se entrega a um derradeiro e comovente número, envolto pela mesma atmosfera de nostalgia que o faria desaparecer antes mesmo de cessarem os aplausos. Além de ser uma sacada de marketing para os novos produtos da Prada – a coleção de 2014 inclui modelos com um design mais limpo do que as armações grossas das últimas estações –, o Prada Journal é uma oportunidade de revelar aos olhos do mundo um lirismo perdido em meio a uma avalanche de informação. “Há tantas vozes na internet que as pessoas podem se perder em um mar de opiniões”, afirma Leisl. Os vencedores – cujo número varia, segundo a Prada, dependendo da qualidade dos textos – embolsam um prêmio de cinco mil euros e têm a obra publicada em um e-book. Assim como o palhaço Moptop reviveu o circo à moda antiga, o concurso da grife italiana devolve aos homens aquilo que os tirou da pré-história: a escrita.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.