Retratos e relatos do cotidiano

Algumas frases


Com overdose de vida.

Por Ruth Manus

 

No dia em que completo 27 anos me flagrei pensando como meras combinações de palavras, harmonizadas dentro de uma frase podem mexer tanto conosco. Escrever é mesmo uma responsabilidade sem tamanho.

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Assustada com essa óbvia constatação, comecei a colecionar na cabeça algumas frases que mudaram minha forma de olhar para a vida. Algumas trouxeram alívio e leveza, outras angústia e receio, mas são todas frases que marcaram minha alma como se marca o gado com ferro quente.

Hoje me dei o presente de fugir um pouco da responsabilidade da escrita, delegando-a aos que o fazem com maestria. Hoje reúno aqui algumas frases das quais lembrei, quase todas conhecidas e ventiladas, de escritores quase óbvios, como sinal de que o mundo ainda tem bastante bom gosto...

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O medo da entrega me foi subtraído com "A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.", de Clarice Lispector.

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A compreensão de que não podemos resolver tudo o que nossa alma pede veio com a simplicidade de "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.", de Drummond

A importância do sofrimento para a escrita me foi confirmado por "Com as lágrimas do tempo e a cal da minha vida fiz o cimento da minha poesia.", de Vinícius.

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A certeza de que o medo da censura está todo dia sentadinho no meu ombro enquanto escrevo veio com "Ainda vai levar muito tempo até que uma mulher possa se sentar e escrever um livro sem encontrar um fantasma que precise matar, uma rocha que precise enfrentar.", de Virgínia Woolf.

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O conforto de saber que todas as dores um dia sossegam no peito chegou com "Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado.", de Garcia Márquez.

A extrema importância do "foda-se" foi confirmada por "A vida é importante demais par ser levada a sério.", de Oscar Wilde.

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A eterna sede por poder ser mulher e ser livre na mesma frase e na mesma vida veio com "Que nada nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja nossa própria substância.", de Simone de Beauvoir.

A ironia inevitável da vida me foi confirmada por "Encontre o que você ama e deixe que isso te mate", de Bukowski.

Mas o impressionante frescor diário do amor veio celebrado por "Com ninguém te pareces desde que te amo", de Neruda.

E a confirmação de que a vida intensa e as palavras sinceras fazem todo sentido veio com Fernando Pessoa com a simples e avassaladora "Meu coração é um balde despejado."

E tudo o que peço nesse aniversário é que essa última frase siga fazendo tanto sentido quanto está fazendo hoje. Não preciso de mais.

 

No dia em que completo 27 anos me flagrei pensando como meras combinações de palavras, harmonizadas dentro de uma frase podem mexer tanto conosco. Escrever é mesmo uma responsabilidade sem tamanho.

Assustada com essa óbvia constatação, comecei a colecionar na cabeça algumas frases que mudaram minha forma de olhar para a vida. Algumas trouxeram alívio e leveza, outras angústia e receio, mas são todas frases que marcaram minha alma como se marca o gado com ferro quente.

Hoje me dei o presente de fugir um pouco da responsabilidade da escrita, delegando-a aos que o fazem com maestria. Hoje reúno aqui algumas frases das quais lembrei, quase todas conhecidas e ventiladas, de escritores quase óbvios, como sinal de que o mundo ainda tem bastante bom gosto...

O medo da entrega me foi subtraído com "A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.", de Clarice Lispector.

A compreensão de que não podemos resolver tudo o que nossa alma pede veio com a simplicidade de "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.", de Drummond

A importância do sofrimento para a escrita me foi confirmado por "Com as lágrimas do tempo e a cal da minha vida fiz o cimento da minha poesia.", de Vinícius.

A certeza de que o medo da censura está todo dia sentadinho no meu ombro enquanto escrevo veio com "Ainda vai levar muito tempo até que uma mulher possa se sentar e escrever um livro sem encontrar um fantasma que precise matar, uma rocha que precise enfrentar.", de Virgínia Woolf.

O conforto de saber que todas as dores um dia sossegam no peito chegou com "Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado.", de Garcia Márquez.

A extrema importância do "foda-se" foi confirmada por "A vida é importante demais par ser levada a sério.", de Oscar Wilde.

A eterna sede por poder ser mulher e ser livre na mesma frase e na mesma vida veio com "Que nada nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja nossa própria substância.", de Simone de Beauvoir.

A ironia inevitável da vida me foi confirmada por "Encontre o que você ama e deixe que isso te mate", de Bukowski.

Mas o impressionante frescor diário do amor veio celebrado por "Com ninguém te pareces desde que te amo", de Neruda.

E a confirmação de que a vida intensa e as palavras sinceras fazem todo sentido veio com Fernando Pessoa com a simples e avassaladora "Meu coração é um balde despejado."

E tudo o que peço nesse aniversário é que essa última frase siga fazendo tanto sentido quanto está fazendo hoje. Não preciso de mais.

 

No dia em que completo 27 anos me flagrei pensando como meras combinações de palavras, harmonizadas dentro de uma frase podem mexer tanto conosco. Escrever é mesmo uma responsabilidade sem tamanho.

Assustada com essa óbvia constatação, comecei a colecionar na cabeça algumas frases que mudaram minha forma de olhar para a vida. Algumas trouxeram alívio e leveza, outras angústia e receio, mas são todas frases que marcaram minha alma como se marca o gado com ferro quente.

Hoje me dei o presente de fugir um pouco da responsabilidade da escrita, delegando-a aos que o fazem com maestria. Hoje reúno aqui algumas frases das quais lembrei, quase todas conhecidas e ventiladas, de escritores quase óbvios, como sinal de que o mundo ainda tem bastante bom gosto...

O medo da entrega me foi subtraído com "A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.", de Clarice Lispector.

A compreensão de que não podemos resolver tudo o que nossa alma pede veio com a simplicidade de "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.", de Drummond

A importância do sofrimento para a escrita me foi confirmado por "Com as lágrimas do tempo e a cal da minha vida fiz o cimento da minha poesia.", de Vinícius.

A certeza de que o medo da censura está todo dia sentadinho no meu ombro enquanto escrevo veio com "Ainda vai levar muito tempo até que uma mulher possa se sentar e escrever um livro sem encontrar um fantasma que precise matar, uma rocha que precise enfrentar.", de Virgínia Woolf.

O conforto de saber que todas as dores um dia sossegam no peito chegou com "Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado.", de Garcia Márquez.

A extrema importância do "foda-se" foi confirmada por "A vida é importante demais par ser levada a sério.", de Oscar Wilde.

A eterna sede por poder ser mulher e ser livre na mesma frase e na mesma vida veio com "Que nada nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja nossa própria substância.", de Simone de Beauvoir.

A ironia inevitável da vida me foi confirmada por "Encontre o que você ama e deixe que isso te mate", de Bukowski.

Mas o impressionante frescor diário do amor veio celebrado por "Com ninguém te pareces desde que te amo", de Neruda.

E a confirmação de que a vida intensa e as palavras sinceras fazem todo sentido veio com Fernando Pessoa com a simples e avassaladora "Meu coração é um balde despejado."

E tudo o que peço nesse aniversário é que essa última frase siga fazendo tanto sentido quanto está fazendo hoje. Não preciso de mais.

 

No dia em que completo 27 anos me flagrei pensando como meras combinações de palavras, harmonizadas dentro de uma frase podem mexer tanto conosco. Escrever é mesmo uma responsabilidade sem tamanho.

Assustada com essa óbvia constatação, comecei a colecionar na cabeça algumas frases que mudaram minha forma de olhar para a vida. Algumas trouxeram alívio e leveza, outras angústia e receio, mas são todas frases que marcaram minha alma como se marca o gado com ferro quente.

Hoje me dei o presente de fugir um pouco da responsabilidade da escrita, delegando-a aos que o fazem com maestria. Hoje reúno aqui algumas frases das quais lembrei, quase todas conhecidas e ventiladas, de escritores quase óbvios, como sinal de que o mundo ainda tem bastante bom gosto...

O medo da entrega me foi subtraído com "A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.", de Clarice Lispector.

A compreensão de que não podemos resolver tudo o que nossa alma pede veio com a simplicidade de "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.", de Drummond

A importância do sofrimento para a escrita me foi confirmado por "Com as lágrimas do tempo e a cal da minha vida fiz o cimento da minha poesia.", de Vinícius.

A certeza de que o medo da censura está todo dia sentadinho no meu ombro enquanto escrevo veio com "Ainda vai levar muito tempo até que uma mulher possa se sentar e escrever um livro sem encontrar um fantasma que precise matar, uma rocha que precise enfrentar.", de Virgínia Woolf.

O conforto de saber que todas as dores um dia sossegam no peito chegou com "Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado.", de Garcia Márquez.

A extrema importância do "foda-se" foi confirmada por "A vida é importante demais par ser levada a sério.", de Oscar Wilde.

A eterna sede por poder ser mulher e ser livre na mesma frase e na mesma vida veio com "Que nada nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja nossa própria substância.", de Simone de Beauvoir.

A ironia inevitável da vida me foi confirmada por "Encontre o que você ama e deixe que isso te mate", de Bukowski.

Mas o impressionante frescor diário do amor veio celebrado por "Com ninguém te pareces desde que te amo", de Neruda.

E a confirmação de que a vida intensa e as palavras sinceras fazem todo sentido veio com Fernando Pessoa com a simples e avassaladora "Meu coração é um balde despejado."

E tudo o que peço nesse aniversário é que essa última frase siga fazendo tanto sentido quanto está fazendo hoje. Não preciso de mais.

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