Retratos e relatos do cotidiano

Não, eu não te amei assim que te vi


Depois.

Por Ruth Manus

Não, eu não te amei assim que te vi.

Não te amei porque

Eu te olhei

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E você tinha dois olhos

Óbvios e cômodos

Bem no meio da cara

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No mesmo ângulo típico

De tanta gente errada.

 

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Não, eu não te amei tão cedo.

Eu te amei depois.

Bem depois.

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Depois de ver que sua cara

Carregava dois olhos

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Cheios de angústias

e histórias

e dúvidas

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e décadas

e mágoas

 

E depois de perceber

Que seus olhos

Também tinham medo

De química orgânica

E de física quântica

Mas que seus olhos,

apesar de tudo,

Ainda acreditavam

Em lâmpadas mágicas

 

Te amei quando vi

que seus olhos,

assim como os meus,

Tinham

Pálpebras que piscavam trêmulas e

Lágrimas que escorriam bêbadas

 

Te amei, enfim,

Porque percebi

que você poderia ser

mais do que um cônjuge lúcido

e mais do que um bálsamo sóbrio

 

Te amei porque

Finalmente percebi

que seria realmente você

a minha fábula sólida,

o meu último alívio

e meu único antídoto

para essa vida caótica.

Não, eu não te amei assim que te vi.

Não te amei porque

Eu te olhei

E você tinha dois olhos

Óbvios e cômodos

Bem no meio da cara

No mesmo ângulo típico

De tanta gente errada.

 

Não, eu não te amei tão cedo.

Eu te amei depois.

Bem depois.

 

Depois de ver que sua cara

Carregava dois olhos

Cheios de angústias

e histórias

e dúvidas

e décadas

e mágoas

 

E depois de perceber

Que seus olhos

Também tinham medo

De química orgânica

E de física quântica

Mas que seus olhos,

apesar de tudo,

Ainda acreditavam

Em lâmpadas mágicas

 

Te amei quando vi

que seus olhos,

assim como os meus,

Tinham

Pálpebras que piscavam trêmulas e

Lágrimas que escorriam bêbadas

 

Te amei, enfim,

Porque percebi

que você poderia ser

mais do que um cônjuge lúcido

e mais do que um bálsamo sóbrio

 

Te amei porque

Finalmente percebi

que seria realmente você

a minha fábula sólida,

o meu último alívio

e meu único antídoto

para essa vida caótica.

Não, eu não te amei assim que te vi.

Não te amei porque

Eu te olhei

E você tinha dois olhos

Óbvios e cômodos

Bem no meio da cara

No mesmo ângulo típico

De tanta gente errada.

 

Não, eu não te amei tão cedo.

Eu te amei depois.

Bem depois.

 

Depois de ver que sua cara

Carregava dois olhos

Cheios de angústias

e histórias

e dúvidas

e décadas

e mágoas

 

E depois de perceber

Que seus olhos

Também tinham medo

De química orgânica

E de física quântica

Mas que seus olhos,

apesar de tudo,

Ainda acreditavam

Em lâmpadas mágicas

 

Te amei quando vi

que seus olhos,

assim como os meus,

Tinham

Pálpebras que piscavam trêmulas e

Lágrimas que escorriam bêbadas

 

Te amei, enfim,

Porque percebi

que você poderia ser

mais do que um cônjuge lúcido

e mais do que um bálsamo sóbrio

 

Te amei porque

Finalmente percebi

que seria realmente você

a minha fábula sólida,

o meu último alívio

e meu único antídoto

para essa vida caótica.

Não, eu não te amei assim que te vi.

Não te amei porque

Eu te olhei

E você tinha dois olhos

Óbvios e cômodos

Bem no meio da cara

No mesmo ângulo típico

De tanta gente errada.

 

Não, eu não te amei tão cedo.

Eu te amei depois.

Bem depois.

 

Depois de ver que sua cara

Carregava dois olhos

Cheios de angústias

e histórias

e dúvidas

e décadas

e mágoas

 

E depois de perceber

Que seus olhos

Também tinham medo

De química orgânica

E de física quântica

Mas que seus olhos,

apesar de tudo,

Ainda acreditavam

Em lâmpadas mágicas

 

Te amei quando vi

que seus olhos,

assim como os meus,

Tinham

Pálpebras que piscavam trêmulas e

Lágrimas que escorriam bêbadas

 

Te amei, enfim,

Porque percebi

que você poderia ser

mais do que um cônjuge lúcido

e mais do que um bálsamo sóbrio

 

Te amei porque

Finalmente percebi

que seria realmente você

a minha fábula sólida,

o meu último alívio

e meu único antídoto

para essa vida caótica.

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