São tantas histórias inspiradoras, tantos casos, meninas e mulheres que estão aí, dia a dia tomando seus lugares nesse mundão. E nós, como mulheres, não "enchemos a bola" das colegas do jeito que deveríamos. Todos os dias vejo mulheres falando muito em sororidade, desde que as mulheres sejam da sua panela. Que pensem exatamente como você. Acredito ser preciso sair um pouco da panela e olharmos para outras mulheres com mais compaixão. Ora, temos "Colcha de retalhos", temos "O sagrado feminino", temos "Mulheres que Correm com Lobos" e ainda, muitas de nós perdem o tempo julgando publicamente, no Facebook,o tipo de parto que a amiga escolheu fazer.
Vamos aproveitar essa Semana Internacional da Mulher para repensar nossa postura frente a outras mulheres. Claro que assistimos cada vez mais demonstrações de parceria entre mulheres. No entanto, ainda, diariamente mulheres chamam umas às outras para competições que, muitas vezes, são extremamente cruéis, sob a desculpa de que "mulheres são invejosas". Muitas vezes essa competição acontece no trabalho e isso pode ser bom. Muitas vezes é no trabalho e pode ser massacrante. Mas, em outras ocasiões, não têm nada ver com trabalho,talento ou fluência no inglês. Às vezes, essa competição é pura e simplesmente pela atenção dos homens, como diz a autora Chimamanda Ngozi Adichie no seu livro "Sejamos todos feministas".
Não dá mais para educar as mulheres para que elas vejam as outras como rivais. Ou que passem a acreditar que as outras mulheres são invejosas. Na maioria das vezes, a inveja é subjetiva e difusa. As pessoas não sentem inveja necessariamente de você inteira. Às vezes é da sua casa, do seu emprego, ou - o mais comum - de umasuposta felicidade que ela acha que você tem. Não somos um mar de invejosas desejando o mal das outras. Isso precisa parar, meninas. Todo mundo tem seus buracos. Seu bad hair day. Sua conta no vermelho. Ou alguma coisa que não dá para definir.E é isso, bola pra frente.