Ser mãe é padecer na internet

Opinião|O meu. Os seus. Os nossos.


Por Rita Lisauskas

Namorar um homem que já tinha filhos e que estava em processo de divórcio nunca foi uma grande preocupação para mim. Tudo bem se ele não era um"o km" e que eu não fosse "a primeira dona". Eu gostava dele. Não importava o que viesse junto e mesmo sabendo que ele tinha sofrido algumas "avarias" emocionais e que já vinha com alguns ítens de série: No caso 2 meninos lindos, de 5 e 2 anos.

A minha relação com os meninos sempre foi muito boa. Eles nunca, nunca, me desrespeitaram. Tiveram lá suas questões ao longo do caminho. Uma vez o mais velho ficou bravo comigo porque eu tinha comprado um carro "igual ao da mãe dele". E ainda por cima, eu "tinha o mesmo celular que o da mamãe". O pai logo explicou que milhares de pessoas tinham aquele carro e outras tantas aquele celular: Aquilo era apenas uma coincidência. Ele entendeu. Hoje, tantos anos depois, somos muito próximos. Ele me procura para contar as coisas de escola, para desabafar ou para fazermos alguma coisa juntos. O menor - que vai fazer 10 anos - sempre foi muito meu amigo desde pequeno. Com ele eu exerci minha maternidade. Dava banho, ajudava com as fraldas, as roupas. Eu me dedicava muito: Passávamos tardes e mais tardes pintando com guache, fazendo desenhos, indo ao cinema. Eles sempre ficaram sozinhos comigo quando o pai estava de plantão. Um dia, acho que ele tinha uns 5 anos, eu avisei que naquele sábado quem estava de plantão era eu. Ele perguntou, num muxoxo: "E quem vai cuidar de mim?"Eu disse: "O seu pai, é claro!!!"

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Quando engravidei torcia secretamente que fosse um homem. E o Samuel veio fazer com que a casa fosse, definitivamente, uma casa cheia de meninos.

Este fim-de-semana estávamos todos juntos. E é muito bom perceber o quanto eles se gostam. O Samuel ainda não entende porque eles não moram com a gente e se revolta quando vão embora. Se vai no carro para levá-los, chega na casa da mãe deles e quer ficar por lá. Samuel sempre se refere a eles como "os irmãos". Se tem de chamá-los para jantar, grita: "Irmãos! Vem aqui, irmãos!!!" Esses dias ficou todo feliz com uma foto da família que tiramos especialmente para um trabalho da escola.

Um dia a madrinha do Samuel veio perguntar para gente o que esperávamos que ela fizesse pelo Samuel se um dia faltássemos. Que escola a gente queria que ele estudasse, o que fazer com o apartamento, para qual caminho direcionar o Samuel. Eu fiquei com um nó na garganta ao imaginar que isso pudesse acontecer e ao mesmo tempo grata por ela ter entendido tão bem o papel de uma madrinha. Meu marido, com os olhos marejados, respondeu sem pestanejar: "Quero que os irmãos estejam sempre juntos."

Namorar um homem que já tinha filhos e que estava em processo de divórcio nunca foi uma grande preocupação para mim. Tudo bem se ele não era um"o km" e que eu não fosse "a primeira dona". Eu gostava dele. Não importava o que viesse junto e mesmo sabendo que ele tinha sofrido algumas "avarias" emocionais e que já vinha com alguns ítens de série: No caso 2 meninos lindos, de 5 e 2 anos.

A minha relação com os meninos sempre foi muito boa. Eles nunca, nunca, me desrespeitaram. Tiveram lá suas questões ao longo do caminho. Uma vez o mais velho ficou bravo comigo porque eu tinha comprado um carro "igual ao da mãe dele". E ainda por cima, eu "tinha o mesmo celular que o da mamãe". O pai logo explicou que milhares de pessoas tinham aquele carro e outras tantas aquele celular: Aquilo era apenas uma coincidência. Ele entendeu. Hoje, tantos anos depois, somos muito próximos. Ele me procura para contar as coisas de escola, para desabafar ou para fazermos alguma coisa juntos. O menor - que vai fazer 10 anos - sempre foi muito meu amigo desde pequeno. Com ele eu exerci minha maternidade. Dava banho, ajudava com as fraldas, as roupas. Eu me dedicava muito: Passávamos tardes e mais tardes pintando com guache, fazendo desenhos, indo ao cinema. Eles sempre ficaram sozinhos comigo quando o pai estava de plantão. Um dia, acho que ele tinha uns 5 anos, eu avisei que naquele sábado quem estava de plantão era eu. Ele perguntou, num muxoxo: "E quem vai cuidar de mim?"Eu disse: "O seu pai, é claro!!!"

Quando engravidei torcia secretamente que fosse um homem. E o Samuel veio fazer com que a casa fosse, definitivamente, uma casa cheia de meninos.

Este fim-de-semana estávamos todos juntos. E é muito bom perceber o quanto eles se gostam. O Samuel ainda não entende porque eles não moram com a gente e se revolta quando vão embora. Se vai no carro para levá-los, chega na casa da mãe deles e quer ficar por lá. Samuel sempre se refere a eles como "os irmãos". Se tem de chamá-los para jantar, grita: "Irmãos! Vem aqui, irmãos!!!" Esses dias ficou todo feliz com uma foto da família que tiramos especialmente para um trabalho da escola.

Um dia a madrinha do Samuel veio perguntar para gente o que esperávamos que ela fizesse pelo Samuel se um dia faltássemos. Que escola a gente queria que ele estudasse, o que fazer com o apartamento, para qual caminho direcionar o Samuel. Eu fiquei com um nó na garganta ao imaginar que isso pudesse acontecer e ao mesmo tempo grata por ela ter entendido tão bem o papel de uma madrinha. Meu marido, com os olhos marejados, respondeu sem pestanejar: "Quero que os irmãos estejam sempre juntos."

Namorar um homem que já tinha filhos e que estava em processo de divórcio nunca foi uma grande preocupação para mim. Tudo bem se ele não era um"o km" e que eu não fosse "a primeira dona". Eu gostava dele. Não importava o que viesse junto e mesmo sabendo que ele tinha sofrido algumas "avarias" emocionais e que já vinha com alguns ítens de série: No caso 2 meninos lindos, de 5 e 2 anos.

A minha relação com os meninos sempre foi muito boa. Eles nunca, nunca, me desrespeitaram. Tiveram lá suas questões ao longo do caminho. Uma vez o mais velho ficou bravo comigo porque eu tinha comprado um carro "igual ao da mãe dele". E ainda por cima, eu "tinha o mesmo celular que o da mamãe". O pai logo explicou que milhares de pessoas tinham aquele carro e outras tantas aquele celular: Aquilo era apenas uma coincidência. Ele entendeu. Hoje, tantos anos depois, somos muito próximos. Ele me procura para contar as coisas de escola, para desabafar ou para fazermos alguma coisa juntos. O menor - que vai fazer 10 anos - sempre foi muito meu amigo desde pequeno. Com ele eu exerci minha maternidade. Dava banho, ajudava com as fraldas, as roupas. Eu me dedicava muito: Passávamos tardes e mais tardes pintando com guache, fazendo desenhos, indo ao cinema. Eles sempre ficaram sozinhos comigo quando o pai estava de plantão. Um dia, acho que ele tinha uns 5 anos, eu avisei que naquele sábado quem estava de plantão era eu. Ele perguntou, num muxoxo: "E quem vai cuidar de mim?"Eu disse: "O seu pai, é claro!!!"

Quando engravidei torcia secretamente que fosse um homem. E o Samuel veio fazer com que a casa fosse, definitivamente, uma casa cheia de meninos.

Este fim-de-semana estávamos todos juntos. E é muito bom perceber o quanto eles se gostam. O Samuel ainda não entende porque eles não moram com a gente e se revolta quando vão embora. Se vai no carro para levá-los, chega na casa da mãe deles e quer ficar por lá. Samuel sempre se refere a eles como "os irmãos". Se tem de chamá-los para jantar, grita: "Irmãos! Vem aqui, irmãos!!!" Esses dias ficou todo feliz com uma foto da família que tiramos especialmente para um trabalho da escola.

Um dia a madrinha do Samuel veio perguntar para gente o que esperávamos que ela fizesse pelo Samuel se um dia faltássemos. Que escola a gente queria que ele estudasse, o que fazer com o apartamento, para qual caminho direcionar o Samuel. Eu fiquei com um nó na garganta ao imaginar que isso pudesse acontecer e ao mesmo tempo grata por ela ter entendido tão bem o papel de uma madrinha. Meu marido, com os olhos marejados, respondeu sem pestanejar: "Quero que os irmãos estejam sempre juntos."

Namorar um homem que já tinha filhos e que estava em processo de divórcio nunca foi uma grande preocupação para mim. Tudo bem se ele não era um"o km" e que eu não fosse "a primeira dona". Eu gostava dele. Não importava o que viesse junto e mesmo sabendo que ele tinha sofrido algumas "avarias" emocionais e que já vinha com alguns ítens de série: No caso 2 meninos lindos, de 5 e 2 anos.

A minha relação com os meninos sempre foi muito boa. Eles nunca, nunca, me desrespeitaram. Tiveram lá suas questões ao longo do caminho. Uma vez o mais velho ficou bravo comigo porque eu tinha comprado um carro "igual ao da mãe dele". E ainda por cima, eu "tinha o mesmo celular que o da mamãe". O pai logo explicou que milhares de pessoas tinham aquele carro e outras tantas aquele celular: Aquilo era apenas uma coincidência. Ele entendeu. Hoje, tantos anos depois, somos muito próximos. Ele me procura para contar as coisas de escola, para desabafar ou para fazermos alguma coisa juntos. O menor - que vai fazer 10 anos - sempre foi muito meu amigo desde pequeno. Com ele eu exerci minha maternidade. Dava banho, ajudava com as fraldas, as roupas. Eu me dedicava muito: Passávamos tardes e mais tardes pintando com guache, fazendo desenhos, indo ao cinema. Eles sempre ficaram sozinhos comigo quando o pai estava de plantão. Um dia, acho que ele tinha uns 5 anos, eu avisei que naquele sábado quem estava de plantão era eu. Ele perguntou, num muxoxo: "E quem vai cuidar de mim?"Eu disse: "O seu pai, é claro!!!"

Quando engravidei torcia secretamente que fosse um homem. E o Samuel veio fazer com que a casa fosse, definitivamente, uma casa cheia de meninos.

Este fim-de-semana estávamos todos juntos. E é muito bom perceber o quanto eles se gostam. O Samuel ainda não entende porque eles não moram com a gente e se revolta quando vão embora. Se vai no carro para levá-los, chega na casa da mãe deles e quer ficar por lá. Samuel sempre se refere a eles como "os irmãos". Se tem de chamá-los para jantar, grita: "Irmãos! Vem aqui, irmãos!!!" Esses dias ficou todo feliz com uma foto da família que tiramos especialmente para um trabalho da escola.

Um dia a madrinha do Samuel veio perguntar para gente o que esperávamos que ela fizesse pelo Samuel se um dia faltássemos. Que escola a gente queria que ele estudasse, o que fazer com o apartamento, para qual caminho direcionar o Samuel. Eu fiquei com um nó na garganta ao imaginar que isso pudesse acontecer e ao mesmo tempo grata por ela ter entendido tão bem o papel de uma madrinha. Meu marido, com os olhos marejados, respondeu sem pestanejar: "Quero que os irmãos estejam sempre juntos."

Opinião por Rita Lisauskas

Jornalista, apresentadora e escritora. Autora do livro 'Mãe sem Manual'

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