Ser mãe é padecer na internet

Opinião|Você conta para seu filho como nascem os bebês?


A mãe de Malú e do Léo conta. E eu também.

Por Rita Lisauskas
Malú, 7, e Léo, 5, brincam de parto normal. Não é lindo? Foto: Gabriela Prado

Malú, 7, e Léo, 5, são filhos de Gabriela Prado, 32. E como toda criança, têm curiosidade em saber um pouco mais sobre a profissão dos pais. Depois do nascimento em casa da caçula, Gabriela, psicóloga que tinha feito um ano de estágio na maternidade do hospital da UFRJ, interessou-se pela atividade de doula, profissional que apoia a gestante física e emocionalmente antes, durante e depois do parto. Hoje Gabriela atende cerca de 25 partos por ano. Dia desses, chegando em casa com seu material de trabalho, foi interpelada pelos dois pequenos. "Eu tinha dado um curso para gestantes e cheguei em casa cheia de coisas. Deixei na sala e eles começaram a perguntar para que servia a banqueta de parto. Quando entenderam, montaram a cena", conta.

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Gabriela fotografou a brincadeira dos filhos e postou em seu Facebook. Deixou a foto "aberta", a pedido das amigas. A imagem viralizou. No momento em que entrevistei Gabriela, a foto já tinha mais de 3 mil compartilhamentos. Claro, houve críticas, gente que viu o ato como "obsceno".

"Acho que toda criança tem curiosidade de saber como nasceu e é meu papel contar a verdade para os meus filhos, sem floreios ou mentiras. Conforme a curiosidade aparece, é natural que a gente vá traduzindo o mundo para eles e contar a verdade aumenta a confiança na relação mãe-filho", explica. "Na cultura cesarista que a gente vive, é natural a maioria das crianças terem nascido de uma cirurgia que acrescenta riscos para mãe e bebê. Não podemos naturalizar isso", completa.
 Aqui em casa Samuel sabe que nasceu do mesmo jeito que Malu e Léo. Dia desses ele me perguntou se doeu. Eu disse que sim, mas a dor passou no exato momento em que ele chegou nos meus braços. Samuca já sabe que essa foi a forma mais segura e respeitosa de colocá-lo no mundo. (Quem diz isso não sou eu, e sim a Organização Mundial da Saúde.) "Meus filhos sabem muito bem que bebês nascem pela vagina e que dói, mas que faz parte da vida. E brincando eles elaboram todas essas informações do jeitinho deles. Fico feliz que nossa foto esteja por aí, mesmo que recebendo críticas. Vamos pensar sobre a educação que damos aos nossos filhos no país das cesáreas?", pergunta Gabriela.

Vamos?

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Malú, 7, e Léo, 5, brincam de parto normal. Não é lindo? Foto: Gabriela Prado

Malú, 7, e Léo, 5, são filhos de Gabriela Prado, 32. E como toda criança, têm curiosidade em saber um pouco mais sobre a profissão dos pais. Depois do nascimento em casa da caçula, Gabriela, psicóloga que tinha feito um ano de estágio na maternidade do hospital da UFRJ, interessou-se pela atividade de doula, profissional que apoia a gestante física e emocionalmente antes, durante e depois do parto. Hoje Gabriela atende cerca de 25 partos por ano. Dia desses, chegando em casa com seu material de trabalho, foi interpelada pelos dois pequenos. "Eu tinha dado um curso para gestantes e cheguei em casa cheia de coisas. Deixei na sala e eles começaram a perguntar para que servia a banqueta de parto. Quando entenderam, montaram a cena", conta.

Gabriela fotografou a brincadeira dos filhos e postou em seu Facebook. Deixou a foto "aberta", a pedido das amigas. A imagem viralizou. No momento em que entrevistei Gabriela, a foto já tinha mais de 3 mil compartilhamentos. Claro, houve críticas, gente que viu o ato como "obsceno".

"Acho que toda criança tem curiosidade de saber como nasceu e é meu papel contar a verdade para os meus filhos, sem floreios ou mentiras. Conforme a curiosidade aparece, é natural que a gente vá traduzindo o mundo para eles e contar a verdade aumenta a confiança na relação mãe-filho", explica. "Na cultura cesarista que a gente vive, é natural a maioria das crianças terem nascido de uma cirurgia que acrescenta riscos para mãe e bebê. Não podemos naturalizar isso", completa.
 Aqui em casa Samuel sabe que nasceu do mesmo jeito que Malu e Léo. Dia desses ele me perguntou se doeu. Eu disse que sim, mas a dor passou no exato momento em que ele chegou nos meus braços. Samuca já sabe que essa foi a forma mais segura e respeitosa de colocá-lo no mundo. (Quem diz isso não sou eu, e sim a Organização Mundial da Saúde.) "Meus filhos sabem muito bem que bebês nascem pela vagina e que dói, mas que faz parte da vida. E brincando eles elaboram todas essas informações do jeitinho deles. Fico feliz que nossa foto esteja por aí, mesmo que recebendo críticas. Vamos pensar sobre a educação que damos aos nossos filhos no país das cesáreas?", pergunta Gabriela.

Vamos?

 

 

Malú, 7, e Léo, 5, brincam de parto normal. Não é lindo? Foto: Gabriela Prado

Malú, 7, e Léo, 5, são filhos de Gabriela Prado, 32. E como toda criança, têm curiosidade em saber um pouco mais sobre a profissão dos pais. Depois do nascimento em casa da caçula, Gabriela, psicóloga que tinha feito um ano de estágio na maternidade do hospital da UFRJ, interessou-se pela atividade de doula, profissional que apoia a gestante física e emocionalmente antes, durante e depois do parto. Hoje Gabriela atende cerca de 25 partos por ano. Dia desses, chegando em casa com seu material de trabalho, foi interpelada pelos dois pequenos. "Eu tinha dado um curso para gestantes e cheguei em casa cheia de coisas. Deixei na sala e eles começaram a perguntar para que servia a banqueta de parto. Quando entenderam, montaram a cena", conta.

Gabriela fotografou a brincadeira dos filhos e postou em seu Facebook. Deixou a foto "aberta", a pedido das amigas. A imagem viralizou. No momento em que entrevistei Gabriela, a foto já tinha mais de 3 mil compartilhamentos. Claro, houve críticas, gente que viu o ato como "obsceno".

"Acho que toda criança tem curiosidade de saber como nasceu e é meu papel contar a verdade para os meus filhos, sem floreios ou mentiras. Conforme a curiosidade aparece, é natural que a gente vá traduzindo o mundo para eles e contar a verdade aumenta a confiança na relação mãe-filho", explica. "Na cultura cesarista que a gente vive, é natural a maioria das crianças terem nascido de uma cirurgia que acrescenta riscos para mãe e bebê. Não podemos naturalizar isso", completa.
 Aqui em casa Samuel sabe que nasceu do mesmo jeito que Malu e Léo. Dia desses ele me perguntou se doeu. Eu disse que sim, mas a dor passou no exato momento em que ele chegou nos meus braços. Samuca já sabe que essa foi a forma mais segura e respeitosa de colocá-lo no mundo. (Quem diz isso não sou eu, e sim a Organização Mundial da Saúde.) "Meus filhos sabem muito bem que bebês nascem pela vagina e que dói, mas que faz parte da vida. E brincando eles elaboram todas essas informações do jeitinho deles. Fico feliz que nossa foto esteja por aí, mesmo que recebendo críticas. Vamos pensar sobre a educação que damos aos nossos filhos no país das cesáreas?", pergunta Gabriela.

Vamos?

 

 

Malú, 7, e Léo, 5, brincam de parto normal. Não é lindo? Foto: Gabriela Prado

Malú, 7, e Léo, 5, são filhos de Gabriela Prado, 32. E como toda criança, têm curiosidade em saber um pouco mais sobre a profissão dos pais. Depois do nascimento em casa da caçula, Gabriela, psicóloga que tinha feito um ano de estágio na maternidade do hospital da UFRJ, interessou-se pela atividade de doula, profissional que apoia a gestante física e emocionalmente antes, durante e depois do parto. Hoje Gabriela atende cerca de 25 partos por ano. Dia desses, chegando em casa com seu material de trabalho, foi interpelada pelos dois pequenos. "Eu tinha dado um curso para gestantes e cheguei em casa cheia de coisas. Deixei na sala e eles começaram a perguntar para que servia a banqueta de parto. Quando entenderam, montaram a cena", conta.

Gabriela fotografou a brincadeira dos filhos e postou em seu Facebook. Deixou a foto "aberta", a pedido das amigas. A imagem viralizou. No momento em que entrevistei Gabriela, a foto já tinha mais de 3 mil compartilhamentos. Claro, houve críticas, gente que viu o ato como "obsceno".

"Acho que toda criança tem curiosidade de saber como nasceu e é meu papel contar a verdade para os meus filhos, sem floreios ou mentiras. Conforme a curiosidade aparece, é natural que a gente vá traduzindo o mundo para eles e contar a verdade aumenta a confiança na relação mãe-filho", explica. "Na cultura cesarista que a gente vive, é natural a maioria das crianças terem nascido de uma cirurgia que acrescenta riscos para mãe e bebê. Não podemos naturalizar isso", completa.
 Aqui em casa Samuel sabe que nasceu do mesmo jeito que Malu e Léo. Dia desses ele me perguntou se doeu. Eu disse que sim, mas a dor passou no exato momento em que ele chegou nos meus braços. Samuca já sabe que essa foi a forma mais segura e respeitosa de colocá-lo no mundo. (Quem diz isso não sou eu, e sim a Organização Mundial da Saúde.) "Meus filhos sabem muito bem que bebês nascem pela vagina e que dói, mas que faz parte da vida. E brincando eles elaboram todas essas informações do jeitinho deles. Fico feliz que nossa foto esteja por aí, mesmo que recebendo críticas. Vamos pensar sobre a educação que damos aos nossos filhos no país das cesáreas?", pergunta Gabriela.

Vamos?

 

 

Opinião por Rita Lisauskas

Jornalista, apresentadora e escritora. Autora do livro 'Mãe sem Manual'

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