Futebol dentro e fora do campo

Opinião|Convocação de Daniel Alves e Coutinho mostra limitações da seleção e a perspectiva sombria para a Copa do Mundo


Lateral e meia não merecem estar na equipe nesta reta final para a Copa. São duas posições carentes, mas eles não resolverão o problema

Por Almir Leite

Daniel Alves e Phillipe Coutinho são bons jogadores? São. Merecem estar na seleção brasileira neste momento? Não.

O lateral-direito ficou longo tempo sem jogar, fez apenas três partidas este ano pelo Barcelona, sem nehnhum brilho, em que pese a assistência em sua reestreia.

O meia não jogava nem em um Barcelona desmontado e cheio de pivetes. Não convencia Xavi de que poderia ser útil. E ainda não estreou no Aston Villa.

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Tite faz apostas arriscadas, e corre risco de morrer abraçado com suas escolhas Foto: Estadão

Mas os dois estão na primeira lista de Tite no ano da Copa do Mundo. Ou seja, estão dentro quando a seleção entra na reta final em direção ao Catar.

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Que Tite é conservador, todo mundo sabe. Também demonstra gratidão, o que não deveria fazer parte dos critérios de um treinador para definir quem convoca. E, claro, confia nos dois.

O problema é que o tempo passa e a fila anda. E, no futebol, passado não garante o presente.

É fato que o Brasil há decadas não produz um grande lateral-direito. Daniel Alves foi o último.  Mas seu tempo já passou. O baile que ele levou de Vinicius Junior em alguns momentos do clássico com o Real Madrid mostra isso.

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Chegou a apelar para tentar conter o melhor jogador brasileiro na atualidade, algo que raramente fez parte de suas duas décadas de carreira.

É esse o problema, as duas décadas de carreira. No futebol atual, nenhum  jogador consegue jogar uma Copa do Mundo como lateral aos 39 anos. Não quero nem pensar no desastre que será Daniel Alves marcando atacantes jovens e rápidos.

Experiência, habilidade e conhecimento dos atalhos do campo, arrisco dizer, serão insuficientes numa Copa.

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Tite faria melhor se tentasse descobrir, e solidificar, dois laterais menos técnicos, mas mais inteiros.

A presença de Coutinho mostra outra deficiência grave da seleção. Tite ainda não encontrou um armador que lhe possibilite dormir tranquilo. O ritmista com que ele sonha desde antes da Copa da Rússia então, esse está muito, mas muito longe.

Ao dizer que espera que a convocação abra "a perspectiva para que ele (Coutinho) possa ter a RETOMADA no melhor nível'', Tite beira o desespero pela falta de opção. Por não encontrar alguém que possa resolver seu problema.

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É justamente isso. Em vez que ficar espremendo laranja que tem pouco caldo, Tite faria  melhor para ele, e consequentemente para a seleção, se procurasse alternativas.

Aliás, já as tem, pois Paquetá, embora com outras características e em outra função, deu conta do recado durante toda a temporada passada. E Everton Ribeiro, com seus altos e baixos, faz mais do que Coutinho.

Problemas à parte, e são reais, Tite precisa olhar para frente. Olhar para trás vai significar mais uma Copa voltando para casa antes do tempo.

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Daniel Alves e Phillipe Coutinho são bons jogadores? São. Merecem estar na seleção brasileira neste momento? Não.

O lateral-direito ficou longo tempo sem jogar, fez apenas três partidas este ano pelo Barcelona, sem nehnhum brilho, em que pese a assistência em sua reestreia.

O meia não jogava nem em um Barcelona desmontado e cheio de pivetes. Não convencia Xavi de que poderia ser útil. E ainda não estreou no Aston Villa.

Tite faz apostas arriscadas, e corre risco de morrer abraçado com suas escolhas Foto: Estadão

Mas os dois estão na primeira lista de Tite no ano da Copa do Mundo. Ou seja, estão dentro quando a seleção entra na reta final em direção ao Catar.

Que Tite é conservador, todo mundo sabe. Também demonstra gratidão, o que não deveria fazer parte dos critérios de um treinador para definir quem convoca. E, claro, confia nos dois.

O problema é que o tempo passa e a fila anda. E, no futebol, passado não garante o presente.

É fato que o Brasil há decadas não produz um grande lateral-direito. Daniel Alves foi o último.  Mas seu tempo já passou. O baile que ele levou de Vinicius Junior em alguns momentos do clássico com o Real Madrid mostra isso.

Chegou a apelar para tentar conter o melhor jogador brasileiro na atualidade, algo que raramente fez parte de suas duas décadas de carreira.

É esse o problema, as duas décadas de carreira. No futebol atual, nenhum  jogador consegue jogar uma Copa do Mundo como lateral aos 39 anos. Não quero nem pensar no desastre que será Daniel Alves marcando atacantes jovens e rápidos.

Experiência, habilidade e conhecimento dos atalhos do campo, arrisco dizer, serão insuficientes numa Copa.

Tite faria melhor se tentasse descobrir, e solidificar, dois laterais menos técnicos, mas mais inteiros.

A presença de Coutinho mostra outra deficiência grave da seleção. Tite ainda não encontrou um armador que lhe possibilite dormir tranquilo. O ritmista com que ele sonha desde antes da Copa da Rússia então, esse está muito, mas muito longe.

Ao dizer que espera que a convocação abra "a perspectiva para que ele (Coutinho) possa ter a RETOMADA no melhor nível'', Tite beira o desespero pela falta de opção. Por não encontrar alguém que possa resolver seu problema.

É justamente isso. Em vez que ficar espremendo laranja que tem pouco caldo, Tite faria  melhor para ele, e consequentemente para a seleção, se procurasse alternativas.

Aliás, já as tem, pois Paquetá, embora com outras características e em outra função, deu conta do recado durante toda a temporada passada. E Everton Ribeiro, com seus altos e baixos, faz mais do que Coutinho.

Problemas à parte, e são reais, Tite precisa olhar para frente. Olhar para trás vai significar mais uma Copa voltando para casa antes do tempo.

 

Daniel Alves e Phillipe Coutinho são bons jogadores? São. Merecem estar na seleção brasileira neste momento? Não.

O lateral-direito ficou longo tempo sem jogar, fez apenas três partidas este ano pelo Barcelona, sem nehnhum brilho, em que pese a assistência em sua reestreia.

O meia não jogava nem em um Barcelona desmontado e cheio de pivetes. Não convencia Xavi de que poderia ser útil. E ainda não estreou no Aston Villa.

Tite faz apostas arriscadas, e corre risco de morrer abraçado com suas escolhas Foto: Estadão

Mas os dois estão na primeira lista de Tite no ano da Copa do Mundo. Ou seja, estão dentro quando a seleção entra na reta final em direção ao Catar.

Que Tite é conservador, todo mundo sabe. Também demonstra gratidão, o que não deveria fazer parte dos critérios de um treinador para definir quem convoca. E, claro, confia nos dois.

O problema é que o tempo passa e a fila anda. E, no futebol, passado não garante o presente.

É fato que o Brasil há decadas não produz um grande lateral-direito. Daniel Alves foi o último.  Mas seu tempo já passou. O baile que ele levou de Vinicius Junior em alguns momentos do clássico com o Real Madrid mostra isso.

Chegou a apelar para tentar conter o melhor jogador brasileiro na atualidade, algo que raramente fez parte de suas duas décadas de carreira.

É esse o problema, as duas décadas de carreira. No futebol atual, nenhum  jogador consegue jogar uma Copa do Mundo como lateral aos 39 anos. Não quero nem pensar no desastre que será Daniel Alves marcando atacantes jovens e rápidos.

Experiência, habilidade e conhecimento dos atalhos do campo, arrisco dizer, serão insuficientes numa Copa.

Tite faria melhor se tentasse descobrir, e solidificar, dois laterais menos técnicos, mas mais inteiros.

A presença de Coutinho mostra outra deficiência grave da seleção. Tite ainda não encontrou um armador que lhe possibilite dormir tranquilo. O ritmista com que ele sonha desde antes da Copa da Rússia então, esse está muito, mas muito longe.

Ao dizer que espera que a convocação abra "a perspectiva para que ele (Coutinho) possa ter a RETOMADA no melhor nível'', Tite beira o desespero pela falta de opção. Por não encontrar alguém que possa resolver seu problema.

É justamente isso. Em vez que ficar espremendo laranja que tem pouco caldo, Tite faria  melhor para ele, e consequentemente para a seleção, se procurasse alternativas.

Aliás, já as tem, pois Paquetá, embora com outras características e em outra função, deu conta do recado durante toda a temporada passada. E Everton Ribeiro, com seus altos e baixos, faz mais do que Coutinho.

Problemas à parte, e são reais, Tite precisa olhar para frente. Olhar para trás vai significar mais uma Copa voltando para casa antes do tempo.

 

Daniel Alves e Phillipe Coutinho são bons jogadores? São. Merecem estar na seleção brasileira neste momento? Não.

O lateral-direito ficou longo tempo sem jogar, fez apenas três partidas este ano pelo Barcelona, sem nehnhum brilho, em que pese a assistência em sua reestreia.

O meia não jogava nem em um Barcelona desmontado e cheio de pivetes. Não convencia Xavi de que poderia ser útil. E ainda não estreou no Aston Villa.

Tite faz apostas arriscadas, e corre risco de morrer abraçado com suas escolhas Foto: Estadão

Mas os dois estão na primeira lista de Tite no ano da Copa do Mundo. Ou seja, estão dentro quando a seleção entra na reta final em direção ao Catar.

Que Tite é conservador, todo mundo sabe. Também demonstra gratidão, o que não deveria fazer parte dos critérios de um treinador para definir quem convoca. E, claro, confia nos dois.

O problema é que o tempo passa e a fila anda. E, no futebol, passado não garante o presente.

É fato que o Brasil há decadas não produz um grande lateral-direito. Daniel Alves foi o último.  Mas seu tempo já passou. O baile que ele levou de Vinicius Junior em alguns momentos do clássico com o Real Madrid mostra isso.

Chegou a apelar para tentar conter o melhor jogador brasileiro na atualidade, algo que raramente fez parte de suas duas décadas de carreira.

É esse o problema, as duas décadas de carreira. No futebol atual, nenhum  jogador consegue jogar uma Copa do Mundo como lateral aos 39 anos. Não quero nem pensar no desastre que será Daniel Alves marcando atacantes jovens e rápidos.

Experiência, habilidade e conhecimento dos atalhos do campo, arrisco dizer, serão insuficientes numa Copa.

Tite faria melhor se tentasse descobrir, e solidificar, dois laterais menos técnicos, mas mais inteiros.

A presença de Coutinho mostra outra deficiência grave da seleção. Tite ainda não encontrou um armador que lhe possibilite dormir tranquilo. O ritmista com que ele sonha desde antes da Copa da Rússia então, esse está muito, mas muito longe.

Ao dizer que espera que a convocação abra "a perspectiva para que ele (Coutinho) possa ter a RETOMADA no melhor nível'', Tite beira o desespero pela falta de opção. Por não encontrar alguém que possa resolver seu problema.

É justamente isso. Em vez que ficar espremendo laranja que tem pouco caldo, Tite faria  melhor para ele, e consequentemente para a seleção, se procurasse alternativas.

Aliás, já as tem, pois Paquetá, embora com outras características e em outra função, deu conta do recado durante toda a temporada passada. E Everton Ribeiro, com seus altos e baixos, faz mais do que Coutinho.

Problemas à parte, e são reais, Tite precisa olhar para frente. Olhar para trás vai significar mais uma Copa voltando para casa antes do tempo.

 

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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