Futebol dentro e fora do campo

Opinião|Neymar e Janderson, vítimas da intolerância


Faltou bom senso tanto na advertência - e no posterior cartão - dado ao jogador do PSG como ao atacante corintiano

Por Almir Leite

Autoritarismo e falta de bom senso. Dois jogadores brasileiros, com status e fases totalmente diferentes na carreira, foram vítima dos mesmos males no último fim de semana.  Neymar, o astro do Paris Saint-Germain, e Janderson, um garoto à procura de seu espaço no Corinthians. Ambos foram advertidos com cartões amarelos, como consequência de suas reações a atitudes estapafúrdias de árbitros que, parece, não gostam muito da arte e da emoção inerente ao futebol.

Janderson descumpriu a regra ao comemorar com os torcedores o gol que fez contra o Santos? Na letra fria da "lei do futebol'', referendada em 2013 por aqui por circular emitida pela CBF, sim. E, como já havia levado cartão amarelo, merecido, por falta dura que fizera, acabou recebendo outro, que resultou no vermelho.

Portanto, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez o que a regra manda. Seguiu a lei. Foi frio. É até que está o problema. É fácil cumprir as regras. Difícil é ter bom senso. Difícil é considerar que tratava-se de um garoto de 20 anos, recém-

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Janderson celebra gol marcado, mas lamenta expulsão: 'Fica a lição'. Foto: Taba Benedicto/Estadão

chegado ao profissional, cheio de sonhos e planos, e que, como ele mesmo disse, se empolgou ao fazer seu primeiro gol em um clássico, diante de 40 pessoas que estavam torcendo por ele, e acabou exagerando.

 

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Tivesse bom senso, Luiz Flávio, com carreira marcada por besteiras com o apito na boca e os cartões na mão, daria uma "dura'' no garoto.  Faria bem, até pelo aspecto didático, educativo, conscientizador.

Mas ele preferiu a comodidade da regra. Mesmo porque, se assim não fizesse, correria o risco de ser punido pelo departamento de arbitragem da federação e/ou pelos julgadores dos árbitros, aqueles senhores dos tribunais esportivos que punem a torto e a direito, quase sempre de acordo com a conveniência.

Luiz Flavio tirou o dele da reta.  Agiu como desmancha-prazer. Era mesmo ilusão querer que se arriscasse a ser punido por livrar a cara de um garoto.

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Punição corre risco de receber Neymar por ter xingado o árbitro Jérome Brisard (muito prazer!) e outros integrantes da arbitragem, numa revolta originada por uma lambreta.

Ou melhor, a revolta foi originada pela desfaçatez do árbitro, que repreendeu Neymar por ele ter tentado dar uma lambreta em um adversário no jogo do PSG. Monsier Brisard pode até alegar que esse tipo de jogada poderia acirrar os ânimos em campo. Está errado. Não cabe a ele tolher o talento. Mas a ele caberia, e não o fez, punir as entradas violentas que deram em Neymar.

Só que ele preferiu tentar inibir o talento. Acabou irritando Neymar, ouviu poucas e boas e aí reagiu com o amarelo. E o atacante depois ainda disse cobras e lagartos para o quarto árbitro. E, como perdeu o controle (mais uma vez, desta com absoluta razão), Neymar pode ser punido.

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No entanto, no fundo no fundo,  quem é punido com atitudes como as que penalizaram Neymar e Janderson é o futebol.

 

 

Autoritarismo e falta de bom senso. Dois jogadores brasileiros, com status e fases totalmente diferentes na carreira, foram vítima dos mesmos males no último fim de semana.  Neymar, o astro do Paris Saint-Germain, e Janderson, um garoto à procura de seu espaço no Corinthians. Ambos foram advertidos com cartões amarelos, como consequência de suas reações a atitudes estapafúrdias de árbitros que, parece, não gostam muito da arte e da emoção inerente ao futebol.

Janderson descumpriu a regra ao comemorar com os torcedores o gol que fez contra o Santos? Na letra fria da "lei do futebol'', referendada em 2013 por aqui por circular emitida pela CBF, sim. E, como já havia levado cartão amarelo, merecido, por falta dura que fizera, acabou recebendo outro, que resultou no vermelho.

Portanto, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez o que a regra manda. Seguiu a lei. Foi frio. É até que está o problema. É fácil cumprir as regras. Difícil é ter bom senso. Difícil é considerar que tratava-se de um garoto de 20 anos, recém-

Janderson celebra gol marcado, mas lamenta expulsão: 'Fica a lição'. Foto: Taba Benedicto/Estadão

chegado ao profissional, cheio de sonhos e planos, e que, como ele mesmo disse, se empolgou ao fazer seu primeiro gol em um clássico, diante de 40 pessoas que estavam torcendo por ele, e acabou exagerando.

 

Tivesse bom senso, Luiz Flávio, com carreira marcada por besteiras com o apito na boca e os cartões na mão, daria uma "dura'' no garoto.  Faria bem, até pelo aspecto didático, educativo, conscientizador.

Mas ele preferiu a comodidade da regra. Mesmo porque, se assim não fizesse, correria o risco de ser punido pelo departamento de arbitragem da federação e/ou pelos julgadores dos árbitros, aqueles senhores dos tribunais esportivos que punem a torto e a direito, quase sempre de acordo com a conveniência.

Luiz Flavio tirou o dele da reta.  Agiu como desmancha-prazer. Era mesmo ilusão querer que se arriscasse a ser punido por livrar a cara de um garoto.

Punição corre risco de receber Neymar por ter xingado o árbitro Jérome Brisard (muito prazer!) e outros integrantes da arbitragem, numa revolta originada por uma lambreta.

Ou melhor, a revolta foi originada pela desfaçatez do árbitro, que repreendeu Neymar por ele ter tentado dar uma lambreta em um adversário no jogo do PSG. Monsier Brisard pode até alegar que esse tipo de jogada poderia acirrar os ânimos em campo. Está errado. Não cabe a ele tolher o talento. Mas a ele caberia, e não o fez, punir as entradas violentas que deram em Neymar.

Só que ele preferiu tentar inibir o talento. Acabou irritando Neymar, ouviu poucas e boas e aí reagiu com o amarelo. E o atacante depois ainda disse cobras e lagartos para o quarto árbitro. E, como perdeu o controle (mais uma vez, desta com absoluta razão), Neymar pode ser punido.

No entanto, no fundo no fundo,  quem é punido com atitudes como as que penalizaram Neymar e Janderson é o futebol.

 

 

Autoritarismo e falta de bom senso. Dois jogadores brasileiros, com status e fases totalmente diferentes na carreira, foram vítima dos mesmos males no último fim de semana.  Neymar, o astro do Paris Saint-Germain, e Janderson, um garoto à procura de seu espaço no Corinthians. Ambos foram advertidos com cartões amarelos, como consequência de suas reações a atitudes estapafúrdias de árbitros que, parece, não gostam muito da arte e da emoção inerente ao futebol.

Janderson descumpriu a regra ao comemorar com os torcedores o gol que fez contra o Santos? Na letra fria da "lei do futebol'', referendada em 2013 por aqui por circular emitida pela CBF, sim. E, como já havia levado cartão amarelo, merecido, por falta dura que fizera, acabou recebendo outro, que resultou no vermelho.

Portanto, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez o que a regra manda. Seguiu a lei. Foi frio. É até que está o problema. É fácil cumprir as regras. Difícil é ter bom senso. Difícil é considerar que tratava-se de um garoto de 20 anos, recém-

Janderson celebra gol marcado, mas lamenta expulsão: 'Fica a lição'. Foto: Taba Benedicto/Estadão

chegado ao profissional, cheio de sonhos e planos, e que, como ele mesmo disse, se empolgou ao fazer seu primeiro gol em um clássico, diante de 40 pessoas que estavam torcendo por ele, e acabou exagerando.

 

Tivesse bom senso, Luiz Flávio, com carreira marcada por besteiras com o apito na boca e os cartões na mão, daria uma "dura'' no garoto.  Faria bem, até pelo aspecto didático, educativo, conscientizador.

Mas ele preferiu a comodidade da regra. Mesmo porque, se assim não fizesse, correria o risco de ser punido pelo departamento de arbitragem da federação e/ou pelos julgadores dos árbitros, aqueles senhores dos tribunais esportivos que punem a torto e a direito, quase sempre de acordo com a conveniência.

Luiz Flavio tirou o dele da reta.  Agiu como desmancha-prazer. Era mesmo ilusão querer que se arriscasse a ser punido por livrar a cara de um garoto.

Punição corre risco de receber Neymar por ter xingado o árbitro Jérome Brisard (muito prazer!) e outros integrantes da arbitragem, numa revolta originada por uma lambreta.

Ou melhor, a revolta foi originada pela desfaçatez do árbitro, que repreendeu Neymar por ele ter tentado dar uma lambreta em um adversário no jogo do PSG. Monsier Brisard pode até alegar que esse tipo de jogada poderia acirrar os ânimos em campo. Está errado. Não cabe a ele tolher o talento. Mas a ele caberia, e não o fez, punir as entradas violentas que deram em Neymar.

Só que ele preferiu tentar inibir o talento. Acabou irritando Neymar, ouviu poucas e boas e aí reagiu com o amarelo. E o atacante depois ainda disse cobras e lagartos para o quarto árbitro. E, como perdeu o controle (mais uma vez, desta com absoluta razão), Neymar pode ser punido.

No entanto, no fundo no fundo,  quem é punido com atitudes como as que penalizaram Neymar e Janderson é o futebol.

 

 

Autoritarismo e falta de bom senso. Dois jogadores brasileiros, com status e fases totalmente diferentes na carreira, foram vítima dos mesmos males no último fim de semana.  Neymar, o astro do Paris Saint-Germain, e Janderson, um garoto à procura de seu espaço no Corinthians. Ambos foram advertidos com cartões amarelos, como consequência de suas reações a atitudes estapafúrdias de árbitros que, parece, não gostam muito da arte e da emoção inerente ao futebol.

Janderson descumpriu a regra ao comemorar com os torcedores o gol que fez contra o Santos? Na letra fria da "lei do futebol'', referendada em 2013 por aqui por circular emitida pela CBF, sim. E, como já havia levado cartão amarelo, merecido, por falta dura que fizera, acabou recebendo outro, que resultou no vermelho.

Portanto, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez o que a regra manda. Seguiu a lei. Foi frio. É até que está o problema. É fácil cumprir as regras. Difícil é ter bom senso. Difícil é considerar que tratava-se de um garoto de 20 anos, recém-

Janderson celebra gol marcado, mas lamenta expulsão: 'Fica a lição'. Foto: Taba Benedicto/Estadão

chegado ao profissional, cheio de sonhos e planos, e que, como ele mesmo disse, se empolgou ao fazer seu primeiro gol em um clássico, diante de 40 pessoas que estavam torcendo por ele, e acabou exagerando.

 

Tivesse bom senso, Luiz Flávio, com carreira marcada por besteiras com o apito na boca e os cartões na mão, daria uma "dura'' no garoto.  Faria bem, até pelo aspecto didático, educativo, conscientizador.

Mas ele preferiu a comodidade da regra. Mesmo porque, se assim não fizesse, correria o risco de ser punido pelo departamento de arbitragem da federação e/ou pelos julgadores dos árbitros, aqueles senhores dos tribunais esportivos que punem a torto e a direito, quase sempre de acordo com a conveniência.

Luiz Flavio tirou o dele da reta.  Agiu como desmancha-prazer. Era mesmo ilusão querer que se arriscasse a ser punido por livrar a cara de um garoto.

Punição corre risco de receber Neymar por ter xingado o árbitro Jérome Brisard (muito prazer!) e outros integrantes da arbitragem, numa revolta originada por uma lambreta.

Ou melhor, a revolta foi originada pela desfaçatez do árbitro, que repreendeu Neymar por ele ter tentado dar uma lambreta em um adversário no jogo do PSG. Monsier Brisard pode até alegar que esse tipo de jogada poderia acirrar os ânimos em campo. Está errado. Não cabe a ele tolher o talento. Mas a ele caberia, e não o fez, punir as entradas violentas que deram em Neymar.

Só que ele preferiu tentar inibir o talento. Acabou irritando Neymar, ouviu poucas e boas e aí reagiu com o amarelo. E o atacante depois ainda disse cobras e lagartos para o quarto árbitro. E, como perdeu o controle (mais uma vez, desta com absoluta razão), Neymar pode ser punido.

No entanto, no fundo no fundo,  quem é punido com atitudes como as que penalizaram Neymar e Janderson é o futebol.

 

 

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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