(Viramundo) Esportes daqui e dali

Alegria sem preço*


O Brasil faz bonito no Pan-Americano de Toronto. As disputas são movimentadas, mas pena que, desta vez, estejam um tanto escondidas na tevê aberta. A Record enviou excelente equipe ao local, porém não abriu espaço generoso na programação como em 2011 e na Olimpíada de Londres. Deve ter seus motivos, tema para a competente Cristina Padiglione abordar com maestria e elegância na coluna "Sem Intervalo".

Por Antero Greco

A delegação nacional voltará do Canadá com a bagagem abarrotada de medalhas de todos os matizes; corre risco de excesso de peso ou de enfrentar problemas na Alfândega por importação de valores. A rapaziada terá de declarar bens na chegada, se não quiser pagar multas salgadas.

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Brincadeira à parte, tanto faz se a rapaziada tem penduradas no pescoço medalhas de ouro, prata ou bronze. Interessam a satisfação da conquista, a lembrança material de momentos inesquecíveis, a experiência esportiva e de vida obtida no período passado fora de casa. Para cada um dos que subiram ao pódio, o Pan servirá como episódio para ser contado sempre. Tenha certeza de que os troféus ficarão expostos em casa em lugar especial, de destaque, como prova de superação, e juventude...

Claro, alguém vai alegar que a exigência técnica do evento continental fica aquém daquela de muitos mundiais de cada modalidade e abaixo de marcas de Olimpíadas. Tem razão. Sempre haverá quem observe a presença de equipes de segunda ou terceira linhas de americanos e canadenses, que vão para o festival para ganhar cancha e estão distantes das proezas dos "titulares". É fato.

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Tampouco falta a ressalva de que a centena de medalhas não deve nos iludir com a falsa ideia de nos termos transformado em potência olímpica. Só ingênuos ou mal-intencionados embarcam nessa onda. O País infelizmente deixa escapar excelente oportunidade para descobrir o esporte como meio de educação, saúde, integração social.

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A escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016 não nos fez avançar em direção a tal avanço. Para inflar o quadro de medalhas, na festa em casa, se despeja muito dinheiro em esportes nos quais há grande chance de sucesso. Bobagem, que servirá para que cartolas e dirigentes apregoem uma realidade forjada e se crie clima de euforia. O Brasil só será nação poliesportiva, quando quadras, piscinas, pistas brotarem como mato em escolas, universidades e centros municipais, estaduais e federais.

Enquanto não chega esse dia, sobressairão os valentes, sonhadores, brigadores e fenômenos de sempre, que irão adiante, em suas modalidades, na base da raça. Tanto faz se têm ou não patrocínio, visibilidade, reconhecimento, badalação. Se sumirão do vídeo, dos jornais, dos portais de internet assim que acabar a cerimônia de encerramento.

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E é essa gente que conta, ao se falar de Pan. O entusiasmo, o riso, as lágrimas de moças e moços ao ouvirem seus nomes nos alto-falantes, ao verem a bandeira hasteada, ao cantarem o Hino Nacional são legítimos. Ninguém tem direito de diminuir-lhes o orgulho, nem desdenhar de seus feitos.

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Quem sabe quanto custa de suor, tensão, esforço físico e mental praticar esporte, competir, perder, ganhar? Como julgar o que é mais gratificante para quem faturou um troféu? Quem garante que meu critério de avaliação de entusiasmo é correto e se aplica às demais pessoas?

Quantos de nós não guardamos medalhas, tacinhas, diplomas por participação em campeonatos escolares, de associações de bairro ou de classe, de clubes, de disputas da "firma", de desafios de várzea? Objetos com valor inestimável, porque de cada um, por carregarem histórias. Que os atletas brasileiros, e de todas as outras nacionalidades, curtam suas lindas vitórias. Merecem.

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Dúvida.A seleção fará amistoso com o time dos EUA em setembro, em Massachusetts. Curioso para saber como será composta a delegação, no setor oficial, de cartolas e etc. Um leitor propôs que se mande a Dona Lúcia, a da cartinha após os 7 a 1 para a Alemanha, para chefiar.

* (Minha crônica publicada no Estadão desta sexta-feira, dia 24/7/2015.)

 

A delegação nacional voltará do Canadá com a bagagem abarrotada de medalhas de todos os matizes; corre risco de excesso de peso ou de enfrentar problemas na Alfândega por importação de valores. A rapaziada terá de declarar bens na chegada, se não quiser pagar multas salgadas.

Brincadeira à parte, tanto faz se a rapaziada tem penduradas no pescoço medalhas de ouro, prata ou bronze. Interessam a satisfação da conquista, a lembrança material de momentos inesquecíveis, a experiência esportiva e de vida obtida no período passado fora de casa. Para cada um dos que subiram ao pódio, o Pan servirá como episódio para ser contado sempre. Tenha certeza de que os troféus ficarão expostos em casa em lugar especial, de destaque, como prova de superação, e juventude...

Claro, alguém vai alegar que a exigência técnica do evento continental fica aquém daquela de muitos mundiais de cada modalidade e abaixo de marcas de Olimpíadas. Tem razão. Sempre haverá quem observe a presença de equipes de segunda ou terceira linhas de americanos e canadenses, que vão para o festival para ganhar cancha e estão distantes das proezas dos "titulares". É fato.

Tampouco falta a ressalva de que a centena de medalhas não deve nos iludir com a falsa ideia de nos termos transformado em potência olímpica. Só ingênuos ou mal-intencionados embarcam nessa onda. O País infelizmente deixa escapar excelente oportunidade para descobrir o esporte como meio de educação, saúde, integração social.

A escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016 não nos fez avançar em direção a tal avanço. Para inflar o quadro de medalhas, na festa em casa, se despeja muito dinheiro em esportes nos quais há grande chance de sucesso. Bobagem, que servirá para que cartolas e dirigentes apregoem uma realidade forjada e se crie clima de euforia. O Brasil só será nação poliesportiva, quando quadras, piscinas, pistas brotarem como mato em escolas, universidades e centros municipais, estaduais e federais.

Enquanto não chega esse dia, sobressairão os valentes, sonhadores, brigadores e fenômenos de sempre, que irão adiante, em suas modalidades, na base da raça. Tanto faz se têm ou não patrocínio, visibilidade, reconhecimento, badalação. Se sumirão do vídeo, dos jornais, dos portais de internet assim que acabar a cerimônia de encerramento.

E é essa gente que conta, ao se falar de Pan. O entusiasmo, o riso, as lágrimas de moças e moços ao ouvirem seus nomes nos alto-falantes, ao verem a bandeira hasteada, ao cantarem o Hino Nacional são legítimos. Ninguém tem direito de diminuir-lhes o orgulho, nem desdenhar de seus feitos.

Quem sabe quanto custa de suor, tensão, esforço físico e mental praticar esporte, competir, perder, ganhar? Como julgar o que é mais gratificante para quem faturou um troféu? Quem garante que meu critério de avaliação de entusiasmo é correto e se aplica às demais pessoas?

Quantos de nós não guardamos medalhas, tacinhas, diplomas por participação em campeonatos escolares, de associações de bairro ou de classe, de clubes, de disputas da "firma", de desafios de várzea? Objetos com valor inestimável, porque de cada um, por carregarem histórias. Que os atletas brasileiros, e de todas as outras nacionalidades, curtam suas lindas vitórias. Merecem.

Dúvida.A seleção fará amistoso com o time dos EUA em setembro, em Massachusetts. Curioso para saber como será composta a delegação, no setor oficial, de cartolas e etc. Um leitor propôs que se mande a Dona Lúcia, a da cartinha após os 7 a 1 para a Alemanha, para chefiar.

* (Minha crônica publicada no Estadão desta sexta-feira, dia 24/7/2015.)

 

A delegação nacional voltará do Canadá com a bagagem abarrotada de medalhas de todos os matizes; corre risco de excesso de peso ou de enfrentar problemas na Alfândega por importação de valores. A rapaziada terá de declarar bens na chegada, se não quiser pagar multas salgadas.

Brincadeira à parte, tanto faz se a rapaziada tem penduradas no pescoço medalhas de ouro, prata ou bronze. Interessam a satisfação da conquista, a lembrança material de momentos inesquecíveis, a experiência esportiva e de vida obtida no período passado fora de casa. Para cada um dos que subiram ao pódio, o Pan servirá como episódio para ser contado sempre. Tenha certeza de que os troféus ficarão expostos em casa em lugar especial, de destaque, como prova de superação, e juventude...

Claro, alguém vai alegar que a exigência técnica do evento continental fica aquém daquela de muitos mundiais de cada modalidade e abaixo de marcas de Olimpíadas. Tem razão. Sempre haverá quem observe a presença de equipes de segunda ou terceira linhas de americanos e canadenses, que vão para o festival para ganhar cancha e estão distantes das proezas dos "titulares". É fato.

Tampouco falta a ressalva de que a centena de medalhas não deve nos iludir com a falsa ideia de nos termos transformado em potência olímpica. Só ingênuos ou mal-intencionados embarcam nessa onda. O País infelizmente deixa escapar excelente oportunidade para descobrir o esporte como meio de educação, saúde, integração social.

A escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016 não nos fez avançar em direção a tal avanço. Para inflar o quadro de medalhas, na festa em casa, se despeja muito dinheiro em esportes nos quais há grande chance de sucesso. Bobagem, que servirá para que cartolas e dirigentes apregoem uma realidade forjada e se crie clima de euforia. O Brasil só será nação poliesportiva, quando quadras, piscinas, pistas brotarem como mato em escolas, universidades e centros municipais, estaduais e federais.

Enquanto não chega esse dia, sobressairão os valentes, sonhadores, brigadores e fenômenos de sempre, que irão adiante, em suas modalidades, na base da raça. Tanto faz se têm ou não patrocínio, visibilidade, reconhecimento, badalação. Se sumirão do vídeo, dos jornais, dos portais de internet assim que acabar a cerimônia de encerramento.

E é essa gente que conta, ao se falar de Pan. O entusiasmo, o riso, as lágrimas de moças e moços ao ouvirem seus nomes nos alto-falantes, ao verem a bandeira hasteada, ao cantarem o Hino Nacional são legítimos. Ninguém tem direito de diminuir-lhes o orgulho, nem desdenhar de seus feitos.

Quem sabe quanto custa de suor, tensão, esforço físico e mental praticar esporte, competir, perder, ganhar? Como julgar o que é mais gratificante para quem faturou um troféu? Quem garante que meu critério de avaliação de entusiasmo é correto e se aplica às demais pessoas?

Quantos de nós não guardamos medalhas, tacinhas, diplomas por participação em campeonatos escolares, de associações de bairro ou de classe, de clubes, de disputas da "firma", de desafios de várzea? Objetos com valor inestimável, porque de cada um, por carregarem histórias. Que os atletas brasileiros, e de todas as outras nacionalidades, curtam suas lindas vitórias. Merecem.

Dúvida.A seleção fará amistoso com o time dos EUA em setembro, em Massachusetts. Curioso para saber como será composta a delegação, no setor oficial, de cartolas e etc. Um leitor propôs que se mande a Dona Lúcia, a da cartinha após os 7 a 1 para a Alemanha, para chefiar.

* (Minha crônica publicada no Estadão desta sexta-feira, dia 24/7/2015.)

 

A delegação nacional voltará do Canadá com a bagagem abarrotada de medalhas de todos os matizes; corre risco de excesso de peso ou de enfrentar problemas na Alfândega por importação de valores. A rapaziada terá de declarar bens na chegada, se não quiser pagar multas salgadas.

Brincadeira à parte, tanto faz se a rapaziada tem penduradas no pescoço medalhas de ouro, prata ou bronze. Interessam a satisfação da conquista, a lembrança material de momentos inesquecíveis, a experiência esportiva e de vida obtida no período passado fora de casa. Para cada um dos que subiram ao pódio, o Pan servirá como episódio para ser contado sempre. Tenha certeza de que os troféus ficarão expostos em casa em lugar especial, de destaque, como prova de superação, e juventude...

Claro, alguém vai alegar que a exigência técnica do evento continental fica aquém daquela de muitos mundiais de cada modalidade e abaixo de marcas de Olimpíadas. Tem razão. Sempre haverá quem observe a presença de equipes de segunda ou terceira linhas de americanos e canadenses, que vão para o festival para ganhar cancha e estão distantes das proezas dos "titulares". É fato.

Tampouco falta a ressalva de que a centena de medalhas não deve nos iludir com a falsa ideia de nos termos transformado em potência olímpica. Só ingênuos ou mal-intencionados embarcam nessa onda. O País infelizmente deixa escapar excelente oportunidade para descobrir o esporte como meio de educação, saúde, integração social.

A escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016 não nos fez avançar em direção a tal avanço. Para inflar o quadro de medalhas, na festa em casa, se despeja muito dinheiro em esportes nos quais há grande chance de sucesso. Bobagem, que servirá para que cartolas e dirigentes apregoem uma realidade forjada e se crie clima de euforia. O Brasil só será nação poliesportiva, quando quadras, piscinas, pistas brotarem como mato em escolas, universidades e centros municipais, estaduais e federais.

Enquanto não chega esse dia, sobressairão os valentes, sonhadores, brigadores e fenômenos de sempre, que irão adiante, em suas modalidades, na base da raça. Tanto faz se têm ou não patrocínio, visibilidade, reconhecimento, badalação. Se sumirão do vídeo, dos jornais, dos portais de internet assim que acabar a cerimônia de encerramento.

E é essa gente que conta, ao se falar de Pan. O entusiasmo, o riso, as lágrimas de moças e moços ao ouvirem seus nomes nos alto-falantes, ao verem a bandeira hasteada, ao cantarem o Hino Nacional são legítimos. Ninguém tem direito de diminuir-lhes o orgulho, nem desdenhar de seus feitos.

Quem sabe quanto custa de suor, tensão, esforço físico e mental praticar esporte, competir, perder, ganhar? Como julgar o que é mais gratificante para quem faturou um troféu? Quem garante que meu critério de avaliação de entusiasmo é correto e se aplica às demais pessoas?

Quantos de nós não guardamos medalhas, tacinhas, diplomas por participação em campeonatos escolares, de associações de bairro ou de classe, de clubes, de disputas da "firma", de desafios de várzea? Objetos com valor inestimável, porque de cada um, por carregarem histórias. Que os atletas brasileiros, e de todas as outras nacionalidades, curtam suas lindas vitórias. Merecem.

Dúvida.A seleção fará amistoso com o time dos EUA em setembro, em Massachusetts. Curioso para saber como será composta a delegação, no setor oficial, de cartolas e etc. Um leitor propôs que se mande a Dona Lúcia, a da cartinha após os 7 a 1 para a Alemanha, para chefiar.

* (Minha crônica publicada no Estadão desta sexta-feira, dia 24/7/2015.)

 

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