Sem chance na NBA, Baby tenta construir futuro na Rússia


O contrato com o Spartak St. Petersburg é de um ano e o jogador diz que ganhará R$ 1 milhão por temporada

Por Glenda Carqueijo

Após uma atuação discreta em três temporadas da NBA (duas no Toronto Raptors e uma no Utah Jazz), o pivô Rafael 'Baby' Araújo, de 26 anos, está pronto para recomeçar. O roteiro não será do jeito que sonhava, mas, como não conseguiu renovar contrato com o Utah Jazz, o brasileiro agarrou a chance de defender o Spartak St. Petersburg, da Rússia. O contrato é de um ano e Baby diz que ganhará R$ 1 milhão pela temporada. Sua estréia no Campeonato Russo será no domingo, diante do Vladivostok.   O jogador chegou a São Petersburgo no início de setembro. E está encantado com a cidade, muito procurada por turistas. "É linda, histórica. Estou gostando de tudo", afirma Baby. Está ainda mais empolgado com a boa fase do basquete russo. Em setembro, o país conquistou o Pré-Olímpico Europeu, derrotando na decisão a forte Espanha, atual campeã mundial, e garantiu vaga na Olimpíada de Pequim.   O título foi tão importante para a Rússia que balançou o ala Andrei Kirilenko, revelado no Spartak St. Petersburg, estrela da seleção russa e do Utah Jazz, que ameaça deixar a NBA e o alto salário (US$ 63 milhões até junho de 2011) porque "o dinheiro não é mais importante do que o prazer em estar em quadra". Kirilenko está sendo sondado pelo CSKA, de Moscou.   É evidente que Baby e Kirilenko têm talento e exposição diferentes na NBA. Mas o pensamento é o mesmo quando o assunto é a vontade de entrar em quadra. O brasileiro admite que estava "cansado" de não ser aproveitado pelo time - sua média de atuação era de 8 minutos por jogo. "Não dava mais para continuar me torturando. Todo dia me perguntava por que não jogava. Não tinha mais o que fazer lá." O pivô não guarda mágoas do Utah. "Saí de cabeça erguida. Dei o meu máximo. Se não fui bom para eles, o que posso fazer? Lá é assim, o que importa é o business (negócio)", diz.   Não foi fácil para Baby chegar à terra do Tio Sam. Tinha 19 anos quando deixou o Brasil com o sonho de melhorar de vida. Não falava inglês nem tinha dinheiro no bolso. Na escola onde estudava, no Arizona, trabalhava no verão, limpando dormitórios de estudantes e fazendo bicos de pintor. Tudo para ganhar US$ 100 por mês. O dinheiro, segundo ele, só dava para comprar "sabonete e Miojo". "A NBA foi um prêmio que conquistei."   Agora, quer aprender com o basquete russo. Nos treinos do Spartak, os jogadores são auxiliados por um tradutor, que fala inglês. Mas ele ainda sente dificuldade nas refeições. "Poucos falam inglês." Tem comido batata, panqueca doce e frango. As iguarias, segundo ele, são encontradas em choperias. "Aqui o povo adora beber e tem muita choperia na cidade." Quando a fome não é saciada, Baby apela para os shakes de proteína. "É para encher a barriga", brinca.   Casado com a norte-americana Cheyenne, mãe de sua filha, Taís, de 3 anos, o pivô não vê a hora de ter a família ao lado - os vistos ainda estão sendo providenciados. Enquanto isso, procura uma escolinha estrangeira para a filha, que conversa em inglês com a mãe e em português com o pai. Também vai se acostumando com o frio. No fim do verão russo, acha normal a temperatura de 10 graus. "No inverno, dizem que chega a menos 30."   Perguntado sobre o desejo de retornar à NBA depois da aventura na Europa, Baby se mostra otimista e não demora a responder. "Para falar a verdade, quero ser feliz. Só vai acontecer coisa boa daqui para a frente."

Após uma atuação discreta em três temporadas da NBA (duas no Toronto Raptors e uma no Utah Jazz), o pivô Rafael 'Baby' Araújo, de 26 anos, está pronto para recomeçar. O roteiro não será do jeito que sonhava, mas, como não conseguiu renovar contrato com o Utah Jazz, o brasileiro agarrou a chance de defender o Spartak St. Petersburg, da Rússia. O contrato é de um ano e Baby diz que ganhará R$ 1 milhão pela temporada. Sua estréia no Campeonato Russo será no domingo, diante do Vladivostok.   O jogador chegou a São Petersburgo no início de setembro. E está encantado com a cidade, muito procurada por turistas. "É linda, histórica. Estou gostando de tudo", afirma Baby. Está ainda mais empolgado com a boa fase do basquete russo. Em setembro, o país conquistou o Pré-Olímpico Europeu, derrotando na decisão a forte Espanha, atual campeã mundial, e garantiu vaga na Olimpíada de Pequim.   O título foi tão importante para a Rússia que balançou o ala Andrei Kirilenko, revelado no Spartak St. Petersburg, estrela da seleção russa e do Utah Jazz, que ameaça deixar a NBA e o alto salário (US$ 63 milhões até junho de 2011) porque "o dinheiro não é mais importante do que o prazer em estar em quadra". Kirilenko está sendo sondado pelo CSKA, de Moscou.   É evidente que Baby e Kirilenko têm talento e exposição diferentes na NBA. Mas o pensamento é o mesmo quando o assunto é a vontade de entrar em quadra. O brasileiro admite que estava "cansado" de não ser aproveitado pelo time - sua média de atuação era de 8 minutos por jogo. "Não dava mais para continuar me torturando. Todo dia me perguntava por que não jogava. Não tinha mais o que fazer lá." O pivô não guarda mágoas do Utah. "Saí de cabeça erguida. Dei o meu máximo. Se não fui bom para eles, o que posso fazer? Lá é assim, o que importa é o business (negócio)", diz.   Não foi fácil para Baby chegar à terra do Tio Sam. Tinha 19 anos quando deixou o Brasil com o sonho de melhorar de vida. Não falava inglês nem tinha dinheiro no bolso. Na escola onde estudava, no Arizona, trabalhava no verão, limpando dormitórios de estudantes e fazendo bicos de pintor. Tudo para ganhar US$ 100 por mês. O dinheiro, segundo ele, só dava para comprar "sabonete e Miojo". "A NBA foi um prêmio que conquistei."   Agora, quer aprender com o basquete russo. Nos treinos do Spartak, os jogadores são auxiliados por um tradutor, que fala inglês. Mas ele ainda sente dificuldade nas refeições. "Poucos falam inglês." Tem comido batata, panqueca doce e frango. As iguarias, segundo ele, são encontradas em choperias. "Aqui o povo adora beber e tem muita choperia na cidade." Quando a fome não é saciada, Baby apela para os shakes de proteína. "É para encher a barriga", brinca.   Casado com a norte-americana Cheyenne, mãe de sua filha, Taís, de 3 anos, o pivô não vê a hora de ter a família ao lado - os vistos ainda estão sendo providenciados. Enquanto isso, procura uma escolinha estrangeira para a filha, que conversa em inglês com a mãe e em português com o pai. Também vai se acostumando com o frio. No fim do verão russo, acha normal a temperatura de 10 graus. "No inverno, dizem que chega a menos 30."   Perguntado sobre o desejo de retornar à NBA depois da aventura na Europa, Baby se mostra otimista e não demora a responder. "Para falar a verdade, quero ser feliz. Só vai acontecer coisa boa daqui para a frente."

Após uma atuação discreta em três temporadas da NBA (duas no Toronto Raptors e uma no Utah Jazz), o pivô Rafael 'Baby' Araújo, de 26 anos, está pronto para recomeçar. O roteiro não será do jeito que sonhava, mas, como não conseguiu renovar contrato com o Utah Jazz, o brasileiro agarrou a chance de defender o Spartak St. Petersburg, da Rússia. O contrato é de um ano e Baby diz que ganhará R$ 1 milhão pela temporada. Sua estréia no Campeonato Russo será no domingo, diante do Vladivostok.   O jogador chegou a São Petersburgo no início de setembro. E está encantado com a cidade, muito procurada por turistas. "É linda, histórica. Estou gostando de tudo", afirma Baby. Está ainda mais empolgado com a boa fase do basquete russo. Em setembro, o país conquistou o Pré-Olímpico Europeu, derrotando na decisão a forte Espanha, atual campeã mundial, e garantiu vaga na Olimpíada de Pequim.   O título foi tão importante para a Rússia que balançou o ala Andrei Kirilenko, revelado no Spartak St. Petersburg, estrela da seleção russa e do Utah Jazz, que ameaça deixar a NBA e o alto salário (US$ 63 milhões até junho de 2011) porque "o dinheiro não é mais importante do que o prazer em estar em quadra". Kirilenko está sendo sondado pelo CSKA, de Moscou.   É evidente que Baby e Kirilenko têm talento e exposição diferentes na NBA. Mas o pensamento é o mesmo quando o assunto é a vontade de entrar em quadra. O brasileiro admite que estava "cansado" de não ser aproveitado pelo time - sua média de atuação era de 8 minutos por jogo. "Não dava mais para continuar me torturando. Todo dia me perguntava por que não jogava. Não tinha mais o que fazer lá." O pivô não guarda mágoas do Utah. "Saí de cabeça erguida. Dei o meu máximo. Se não fui bom para eles, o que posso fazer? Lá é assim, o que importa é o business (negócio)", diz.   Não foi fácil para Baby chegar à terra do Tio Sam. Tinha 19 anos quando deixou o Brasil com o sonho de melhorar de vida. Não falava inglês nem tinha dinheiro no bolso. Na escola onde estudava, no Arizona, trabalhava no verão, limpando dormitórios de estudantes e fazendo bicos de pintor. Tudo para ganhar US$ 100 por mês. O dinheiro, segundo ele, só dava para comprar "sabonete e Miojo". "A NBA foi um prêmio que conquistei."   Agora, quer aprender com o basquete russo. Nos treinos do Spartak, os jogadores são auxiliados por um tradutor, que fala inglês. Mas ele ainda sente dificuldade nas refeições. "Poucos falam inglês." Tem comido batata, panqueca doce e frango. As iguarias, segundo ele, são encontradas em choperias. "Aqui o povo adora beber e tem muita choperia na cidade." Quando a fome não é saciada, Baby apela para os shakes de proteína. "É para encher a barriga", brinca.   Casado com a norte-americana Cheyenne, mãe de sua filha, Taís, de 3 anos, o pivô não vê a hora de ter a família ao lado - os vistos ainda estão sendo providenciados. Enquanto isso, procura uma escolinha estrangeira para a filha, que conversa em inglês com a mãe e em português com o pai. Também vai se acostumando com o frio. No fim do verão russo, acha normal a temperatura de 10 graus. "No inverno, dizem que chega a menos 30."   Perguntado sobre o desejo de retornar à NBA depois da aventura na Europa, Baby se mostra otimista e não demora a responder. "Para falar a verdade, quero ser feliz. Só vai acontecer coisa boa daqui para a frente."

Após uma atuação discreta em três temporadas da NBA (duas no Toronto Raptors e uma no Utah Jazz), o pivô Rafael 'Baby' Araújo, de 26 anos, está pronto para recomeçar. O roteiro não será do jeito que sonhava, mas, como não conseguiu renovar contrato com o Utah Jazz, o brasileiro agarrou a chance de defender o Spartak St. Petersburg, da Rússia. O contrato é de um ano e Baby diz que ganhará R$ 1 milhão pela temporada. Sua estréia no Campeonato Russo será no domingo, diante do Vladivostok.   O jogador chegou a São Petersburgo no início de setembro. E está encantado com a cidade, muito procurada por turistas. "É linda, histórica. Estou gostando de tudo", afirma Baby. Está ainda mais empolgado com a boa fase do basquete russo. Em setembro, o país conquistou o Pré-Olímpico Europeu, derrotando na decisão a forte Espanha, atual campeã mundial, e garantiu vaga na Olimpíada de Pequim.   O título foi tão importante para a Rússia que balançou o ala Andrei Kirilenko, revelado no Spartak St. Petersburg, estrela da seleção russa e do Utah Jazz, que ameaça deixar a NBA e o alto salário (US$ 63 milhões até junho de 2011) porque "o dinheiro não é mais importante do que o prazer em estar em quadra". Kirilenko está sendo sondado pelo CSKA, de Moscou.   É evidente que Baby e Kirilenko têm talento e exposição diferentes na NBA. Mas o pensamento é o mesmo quando o assunto é a vontade de entrar em quadra. O brasileiro admite que estava "cansado" de não ser aproveitado pelo time - sua média de atuação era de 8 minutos por jogo. "Não dava mais para continuar me torturando. Todo dia me perguntava por que não jogava. Não tinha mais o que fazer lá." O pivô não guarda mágoas do Utah. "Saí de cabeça erguida. Dei o meu máximo. Se não fui bom para eles, o que posso fazer? Lá é assim, o que importa é o business (negócio)", diz.   Não foi fácil para Baby chegar à terra do Tio Sam. Tinha 19 anos quando deixou o Brasil com o sonho de melhorar de vida. Não falava inglês nem tinha dinheiro no bolso. Na escola onde estudava, no Arizona, trabalhava no verão, limpando dormitórios de estudantes e fazendo bicos de pintor. Tudo para ganhar US$ 100 por mês. O dinheiro, segundo ele, só dava para comprar "sabonete e Miojo". "A NBA foi um prêmio que conquistei."   Agora, quer aprender com o basquete russo. Nos treinos do Spartak, os jogadores são auxiliados por um tradutor, que fala inglês. Mas ele ainda sente dificuldade nas refeições. "Poucos falam inglês." Tem comido batata, panqueca doce e frango. As iguarias, segundo ele, são encontradas em choperias. "Aqui o povo adora beber e tem muita choperia na cidade." Quando a fome não é saciada, Baby apela para os shakes de proteína. "É para encher a barriga", brinca.   Casado com a norte-americana Cheyenne, mãe de sua filha, Taís, de 3 anos, o pivô não vê a hora de ter a família ao lado - os vistos ainda estão sendo providenciados. Enquanto isso, procura uma escolinha estrangeira para a filha, que conversa em inglês com a mãe e em português com o pai. Também vai se acostumando com o frio. No fim do verão russo, acha normal a temperatura de 10 graus. "No inverno, dizem que chega a menos 30."   Perguntado sobre o desejo de retornar à NBA depois da aventura na Europa, Baby se mostra otimista e não demora a responder. "Para falar a verdade, quero ser feliz. Só vai acontecer coisa boa daqui para a frente."

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