E mudou algo?


Por Antero Greco

No começo do ano, ocorreu algo extraordinário, que se supunha inviável ainda por muito tempo: o todo-poderoso da CBF bateu em retirada, depois de duas décadas de comando absoluto. De uma hora para outra, percebeu que não dava mais para continuar, abandonou os preparativos para o Mundial de 2014, passou o bastão e se mandou para algum canto dos EUA. Lá curte o autoexílio.A sucessão, feita às pressas, não foi negligenciada. O trono ficou para José Maria Marin, que ocupava um dos cargos, em geral simbólicos, de vice-presidente da CBF. O político experimentado percebeu a oportunidade, aceitou o presente e saiu pra cá e pra lá, com Marco Polo Del Nero a tiracolo, alçado à condição de escudeiro e conselheiro-mor. E agora vem essa maçada da PF...A renúncia do ex-mandachuva em princípio provocou impacto positivo semelhante, digamos, à ascensão de antigo operário à presidência de uma república. Houve quem notasse ventos revigorantes, mesmo com velhos personagens da cena esportiva a pegarem os papéis principais. A carência era tanta que o mínimo aceno de transformação soou como reformulação. O futebol pátrio viveria fase de distensão. Santa ingenuidade!Mudou nada. Na prática se acentuou a movimentação em busca de poder. Os que hoje estão no comando trataram de mexer os pauzinhos. Para tanto, alteraram datas para a eleição na CBF, agora marcada para antes da Copa de 14 e não para 2015, como fora acertado anos atrás para garantir o trono do então mandatário. Ou seja, o calendário político, no caso, move-se ao sabor das conveniências do proprietário de momento na CBF. Amanhã, pode ser alterado de novo. Quem segue os bastidores dá como certo pacto entre Marin e Del Nero, em que o primeiro passará as funções presidenciais para o segundo na hora ajustada, em 2014, 2015, sei lá... quando de fato houver o tal pleito. Ao mesmo tempo, estaria a correr por fora Andrés Sanchez, o virtual demissionário diretor de seleções. Apadrinhado do ex da entidade, influente entre os clubes, precisa ser desembarcado dessa nau. Pelo visto, não ficará a pé, pois pode ganhar cargo público na prefeitura de São Paulo, o que o manteria em evidência e não atrapalharia o projeto de alcançar a CBF. Uma confusão dos demônios, não é? Tem mais. Há quem detecte em Ronaldo a alternativa para apaziguar espíritos inquietos e conciliar correntes divergentes. O rapaz despontaria como a cara diferente, a modernidade instalada na cúpula do futebol nacional. Será no duro? O outrora Fenômeno tem pinta de ser mais do mesmo. Impressiona como, em curtíssimo período, trocou a máscara de boleiro por aquela de cartola. A transição foi vapt-vupt! Ele se sente à vontade nessa esfera; absorvido pelo meio, não é peixe fora d'água. Nem leva jeito de que algum dia venha a incomodar o sistema. Nesse rolo, Mano Menezes ficou com o papel de bode expiatório. Pagou mais pelas indicações e simpatias presumidas do que pelos resultados, que no fim das contas é que deveriam pesar na balança. Entrou pelo cano ao ser visto como entrave para um grupo de cartolas e suporte para outro. No fundo, a preocupação dele era só a de arrumar um time decente para o Mundial no nosso quintal.A parte que toca o coração do torcedor é esta última: uma seleção competitiva, capaz de fazer a festa da final no Maracanã. E o nome preferido dos donos do poder é Felipão, que tem lastro para montar uma equipe forte. Assim como na administração, aí também não se espere revolução.

No começo do ano, ocorreu algo extraordinário, que se supunha inviável ainda por muito tempo: o todo-poderoso da CBF bateu em retirada, depois de duas décadas de comando absoluto. De uma hora para outra, percebeu que não dava mais para continuar, abandonou os preparativos para o Mundial de 2014, passou o bastão e se mandou para algum canto dos EUA. Lá curte o autoexílio.A sucessão, feita às pressas, não foi negligenciada. O trono ficou para José Maria Marin, que ocupava um dos cargos, em geral simbólicos, de vice-presidente da CBF. O político experimentado percebeu a oportunidade, aceitou o presente e saiu pra cá e pra lá, com Marco Polo Del Nero a tiracolo, alçado à condição de escudeiro e conselheiro-mor. E agora vem essa maçada da PF...A renúncia do ex-mandachuva em princípio provocou impacto positivo semelhante, digamos, à ascensão de antigo operário à presidência de uma república. Houve quem notasse ventos revigorantes, mesmo com velhos personagens da cena esportiva a pegarem os papéis principais. A carência era tanta que o mínimo aceno de transformação soou como reformulação. O futebol pátrio viveria fase de distensão. Santa ingenuidade!Mudou nada. Na prática se acentuou a movimentação em busca de poder. Os que hoje estão no comando trataram de mexer os pauzinhos. Para tanto, alteraram datas para a eleição na CBF, agora marcada para antes da Copa de 14 e não para 2015, como fora acertado anos atrás para garantir o trono do então mandatário. Ou seja, o calendário político, no caso, move-se ao sabor das conveniências do proprietário de momento na CBF. Amanhã, pode ser alterado de novo. Quem segue os bastidores dá como certo pacto entre Marin e Del Nero, em que o primeiro passará as funções presidenciais para o segundo na hora ajustada, em 2014, 2015, sei lá... quando de fato houver o tal pleito. Ao mesmo tempo, estaria a correr por fora Andrés Sanchez, o virtual demissionário diretor de seleções. Apadrinhado do ex da entidade, influente entre os clubes, precisa ser desembarcado dessa nau. Pelo visto, não ficará a pé, pois pode ganhar cargo público na prefeitura de São Paulo, o que o manteria em evidência e não atrapalharia o projeto de alcançar a CBF. Uma confusão dos demônios, não é? Tem mais. Há quem detecte em Ronaldo a alternativa para apaziguar espíritos inquietos e conciliar correntes divergentes. O rapaz despontaria como a cara diferente, a modernidade instalada na cúpula do futebol nacional. Será no duro? O outrora Fenômeno tem pinta de ser mais do mesmo. Impressiona como, em curtíssimo período, trocou a máscara de boleiro por aquela de cartola. A transição foi vapt-vupt! Ele se sente à vontade nessa esfera; absorvido pelo meio, não é peixe fora d'água. Nem leva jeito de que algum dia venha a incomodar o sistema. Nesse rolo, Mano Menezes ficou com o papel de bode expiatório. Pagou mais pelas indicações e simpatias presumidas do que pelos resultados, que no fim das contas é que deveriam pesar na balança. Entrou pelo cano ao ser visto como entrave para um grupo de cartolas e suporte para outro. No fundo, a preocupação dele era só a de arrumar um time decente para o Mundial no nosso quintal.A parte que toca o coração do torcedor é esta última: uma seleção competitiva, capaz de fazer a festa da final no Maracanã. E o nome preferido dos donos do poder é Felipão, que tem lastro para montar uma equipe forte. Assim como na administração, aí também não se espere revolução.

No começo do ano, ocorreu algo extraordinário, que se supunha inviável ainda por muito tempo: o todo-poderoso da CBF bateu em retirada, depois de duas décadas de comando absoluto. De uma hora para outra, percebeu que não dava mais para continuar, abandonou os preparativos para o Mundial de 2014, passou o bastão e se mandou para algum canto dos EUA. Lá curte o autoexílio.A sucessão, feita às pressas, não foi negligenciada. O trono ficou para José Maria Marin, que ocupava um dos cargos, em geral simbólicos, de vice-presidente da CBF. O político experimentado percebeu a oportunidade, aceitou o presente e saiu pra cá e pra lá, com Marco Polo Del Nero a tiracolo, alçado à condição de escudeiro e conselheiro-mor. E agora vem essa maçada da PF...A renúncia do ex-mandachuva em princípio provocou impacto positivo semelhante, digamos, à ascensão de antigo operário à presidência de uma república. Houve quem notasse ventos revigorantes, mesmo com velhos personagens da cena esportiva a pegarem os papéis principais. A carência era tanta que o mínimo aceno de transformação soou como reformulação. O futebol pátrio viveria fase de distensão. Santa ingenuidade!Mudou nada. Na prática se acentuou a movimentação em busca de poder. Os que hoje estão no comando trataram de mexer os pauzinhos. Para tanto, alteraram datas para a eleição na CBF, agora marcada para antes da Copa de 14 e não para 2015, como fora acertado anos atrás para garantir o trono do então mandatário. Ou seja, o calendário político, no caso, move-se ao sabor das conveniências do proprietário de momento na CBF. Amanhã, pode ser alterado de novo. Quem segue os bastidores dá como certo pacto entre Marin e Del Nero, em que o primeiro passará as funções presidenciais para o segundo na hora ajustada, em 2014, 2015, sei lá... quando de fato houver o tal pleito. Ao mesmo tempo, estaria a correr por fora Andrés Sanchez, o virtual demissionário diretor de seleções. Apadrinhado do ex da entidade, influente entre os clubes, precisa ser desembarcado dessa nau. Pelo visto, não ficará a pé, pois pode ganhar cargo público na prefeitura de São Paulo, o que o manteria em evidência e não atrapalharia o projeto de alcançar a CBF. Uma confusão dos demônios, não é? Tem mais. Há quem detecte em Ronaldo a alternativa para apaziguar espíritos inquietos e conciliar correntes divergentes. O rapaz despontaria como a cara diferente, a modernidade instalada na cúpula do futebol nacional. Será no duro? O outrora Fenômeno tem pinta de ser mais do mesmo. Impressiona como, em curtíssimo período, trocou a máscara de boleiro por aquela de cartola. A transição foi vapt-vupt! Ele se sente à vontade nessa esfera; absorvido pelo meio, não é peixe fora d'água. Nem leva jeito de que algum dia venha a incomodar o sistema. Nesse rolo, Mano Menezes ficou com o papel de bode expiatório. Pagou mais pelas indicações e simpatias presumidas do que pelos resultados, que no fim das contas é que deveriam pesar na balança. Entrou pelo cano ao ser visto como entrave para um grupo de cartolas e suporte para outro. No fundo, a preocupação dele era só a de arrumar um time decente para o Mundial no nosso quintal.A parte que toca o coração do torcedor é esta última: uma seleção competitiva, capaz de fazer a festa da final no Maracanã. E o nome preferido dos donos do poder é Felipão, que tem lastro para montar uma equipe forte. Assim como na administração, aí também não se espere revolução.

No começo do ano, ocorreu algo extraordinário, que se supunha inviável ainda por muito tempo: o todo-poderoso da CBF bateu em retirada, depois de duas décadas de comando absoluto. De uma hora para outra, percebeu que não dava mais para continuar, abandonou os preparativos para o Mundial de 2014, passou o bastão e se mandou para algum canto dos EUA. Lá curte o autoexílio.A sucessão, feita às pressas, não foi negligenciada. O trono ficou para José Maria Marin, que ocupava um dos cargos, em geral simbólicos, de vice-presidente da CBF. O político experimentado percebeu a oportunidade, aceitou o presente e saiu pra cá e pra lá, com Marco Polo Del Nero a tiracolo, alçado à condição de escudeiro e conselheiro-mor. E agora vem essa maçada da PF...A renúncia do ex-mandachuva em princípio provocou impacto positivo semelhante, digamos, à ascensão de antigo operário à presidência de uma república. Houve quem notasse ventos revigorantes, mesmo com velhos personagens da cena esportiva a pegarem os papéis principais. A carência era tanta que o mínimo aceno de transformação soou como reformulação. O futebol pátrio viveria fase de distensão. Santa ingenuidade!Mudou nada. Na prática se acentuou a movimentação em busca de poder. Os que hoje estão no comando trataram de mexer os pauzinhos. Para tanto, alteraram datas para a eleição na CBF, agora marcada para antes da Copa de 14 e não para 2015, como fora acertado anos atrás para garantir o trono do então mandatário. Ou seja, o calendário político, no caso, move-se ao sabor das conveniências do proprietário de momento na CBF. Amanhã, pode ser alterado de novo. Quem segue os bastidores dá como certo pacto entre Marin e Del Nero, em que o primeiro passará as funções presidenciais para o segundo na hora ajustada, em 2014, 2015, sei lá... quando de fato houver o tal pleito. Ao mesmo tempo, estaria a correr por fora Andrés Sanchez, o virtual demissionário diretor de seleções. Apadrinhado do ex da entidade, influente entre os clubes, precisa ser desembarcado dessa nau. Pelo visto, não ficará a pé, pois pode ganhar cargo público na prefeitura de São Paulo, o que o manteria em evidência e não atrapalharia o projeto de alcançar a CBF. Uma confusão dos demônios, não é? Tem mais. Há quem detecte em Ronaldo a alternativa para apaziguar espíritos inquietos e conciliar correntes divergentes. O rapaz despontaria como a cara diferente, a modernidade instalada na cúpula do futebol nacional. Será no duro? O outrora Fenômeno tem pinta de ser mais do mesmo. Impressiona como, em curtíssimo período, trocou a máscara de boleiro por aquela de cartola. A transição foi vapt-vupt! Ele se sente à vontade nessa esfera; absorvido pelo meio, não é peixe fora d'água. Nem leva jeito de que algum dia venha a incomodar o sistema. Nesse rolo, Mano Menezes ficou com o papel de bode expiatório. Pagou mais pelas indicações e simpatias presumidas do que pelos resultados, que no fim das contas é que deveriam pesar na balança. Entrou pelo cano ao ser visto como entrave para um grupo de cartolas e suporte para outro. No fundo, a preocupação dele era só a de arrumar um time decente para o Mundial no nosso quintal.A parte que toca o coração do torcedor é esta última: uma seleção competitiva, capaz de fazer a festa da final no Maracanã. E o nome preferido dos donos do poder é Felipão, que tem lastro para montar uma equipe forte. Assim como na administração, aí também não se espere revolução.

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