COM ADEUS DE CENI, SÃO PAULO ENCERRA ERA VITORIOSA NA HISTÓRIA


Goleiro marcou época, conquistou títulos e deixa legado no futebol

Por Ciro Campos

Por volta das 19h deste domingo o árbitro vai encerrar o jogo entre São Paulo e Goiás no Serra Dourada e decretar o começo de uma nova fase para o time do Morumbi. A partir dessa transição será preciso a torcida, o elenco e até os adversários se acostumarem a olhar para a equipe e não verem a presença de Rogério Ceni, responsável por representar uma vitoriosa fase do clube.

Aos 42 anos e mais de 1,2 mil jogos pelo São Paulo o goleiro vai se aposentar do futebol. Com uma lesão no pé direito, ele não vai entrar em campo, mas estará no estádio para presenciar a partida de alto valor simbólico para o clube, jogador e torcida.

Pelo São Paulo, Ceni fez mais de130 gols e quase 1.240 jogos Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
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"Se você pensar, 25 anos em uma mesma empresa, em que você se expõe publicamente para ser julgado quarta e domingo, é bastante tempo. É uma carreira toda e chegar aos 42 anos jogando é difícil", disse Ceni em entrevista ao Estado.

O São Paulo vai precisar se adaptar à ausência do goleiro e capitão. O adeus de Ceni faz o clube romper com o último remanescente de duas eras vitoriosas. O jogador já estava no elenco durante o título mundial de 1993 e ajudou a reconduzir a equipe ao topo, com as conquistas do Mundial e Libertadores de 2005, seguidas por três Brasileiros nos anos seguintes.

Os quase 20 títulos obtidos ganharam realce pela carreira paralela como batedor de faltas e pênaltis. Foram 131 gols, recorde no futebol mundial para um goleiro, feito acompanhado pela liderança fora de campo.

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Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, aos 42 anos, põe fim a uma carreira de 25 anos a serviço do seu clube de coração

PACIÊNCIA

Ceni garante terminar a carreira realizado e orgulhoso da trajetória. As primeiras oportunidades para jogar demoraram a aparecer e exigiram paciência. Da chegada à estreia foram três anos de espera. Para se tornar titular, mais quatro.

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"Eu fiquei chateado em 1991, quando estava nos juniores, tinha uma condição de vida limitada e morava debaixo da arquibancada do Morumbi. Foi uma época difícil", contou.

O diretor de futebol do São Paulo na época, Fernando Casal de Rey, contou que no clube a expectativa não recaía sobre Rogério. "Ele era o terceiro goleiro. O grande talento da base no gol era o Alexandre, que chegou a jogar na Libertadores e infelizmente morreu em um acidente de carro em 1992."

Rogério Ceni passou quatro temporadas como reserva de Zetti, até herdar a posição com a ida dele para o Santos, no fim de 1996. Junto com a oportunidade no gol, recebeu do então técnico Muricy Ramalho o espaço para bater faltas, já que o elenco carecia de bons cobradores.

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Anos antes dessa chance, colegas das categorias de base já o admiravam pela determinação. "Desde o início ele sabia onde queria chegar e lutou com todas as forças para isso", relembrou o ex-meia Juninho Paulista. "O Rogério sempre foi um jogador extremamente dedicado", elogiou Doriva, ex-técnico do São Paulo e companheiro de clube.

Segundo o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, o legado de Ceni é ter inovado no futebol brasileiro pela habilidade em jogar com os pés. Até mesmo rivais o reverenciam. "Tenho um respeito muito grande por ele. Foi uma referência para os goleiros", comentou o corintiano Cássio.

Os títulos de Rogério Ceni no São Paulo

1 | 13

Ainda reserva, Ceni participou das conquistas da Libertadores, da Recopa e do Mundial em 1993

Foto: Itamar Miranda/Estadão
2 | 13

Em 1994, Ceni defendeu o 'Expressinho' do São Paulo na campanha vitoriosa na Copa Conmebol

Foto: Wilson Melo/Estadão
3 | 13

Raí retornou da França para em 1998, fazer o São Paulo ser campeão estadual em cima do Corinthians

Foto: Arquivo/São Paulo
4 | 13

Ceni marcou na decisão e ajudou o time a ganhar o Campeonato Paulista de 2000 em cima do Santos

Foto: Arquivo/São Paulo FC
5 | 13

O garoto Kaká entrou no segundo tempo e confirmou para o São Paulo a taça do Rio-São Paulo de 2001

Foto: Paulo Pinto/Estadão
6 | 13

Com Ceni na seleção brasileira, o São Paulo de Júlio Batista derrotou o Ituano e levou o Supercampeonato Paulista de 2002

Foto: Marcos Mendes/Estadão
7 | 13

Em 2005 o São Paulo ganhou com facilidade o Estadual, disputado por pontos corridos

Foto: JF Diorio/Estadão
8 | 13

Artilheiro, destaque e capitão do time, Ceni sobrou na Libertadores de 2005

Foto: Arquivo/São Paulo
9 | 13

Elenco desfila em carro aberto em São Paulo após conquista do Mundial em 2005, sobre o Liverpool

Foto: Divulgação
10 | 13

Em novembro de 2006, São Paulo garantiu o título brasileiro ao empatar no Morumbi com o Atlético-PR

Foto: Divulgação
11 | 13

O Brasileiro de 2007 foi decidido com quatro rodadas de antecedência e, novamente, deu o São Paulo de Rogério Ceni

Foto: Divulgação
12 | 13

Na chuvosa Brasília o São Paulo garantiu o terceiro título brasileiro seguido

Foto: Divulgação
13 | 13

Ceni conduz Lucas no pódio para celebrar o título da Sul-Americana de 2012

Foto: Divulgação

Por volta das 19h deste domingo o árbitro vai encerrar o jogo entre São Paulo e Goiás no Serra Dourada e decretar o começo de uma nova fase para o time do Morumbi. A partir dessa transição será preciso a torcida, o elenco e até os adversários se acostumarem a olhar para a equipe e não verem a presença de Rogério Ceni, responsável por representar uma vitoriosa fase do clube.

Aos 42 anos e mais de 1,2 mil jogos pelo São Paulo o goleiro vai se aposentar do futebol. Com uma lesão no pé direito, ele não vai entrar em campo, mas estará no estádio para presenciar a partida de alto valor simbólico para o clube, jogador e torcida.

Pelo São Paulo, Ceni fez mais de130 gols e quase 1.240 jogos Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

"Se você pensar, 25 anos em uma mesma empresa, em que você se expõe publicamente para ser julgado quarta e domingo, é bastante tempo. É uma carreira toda e chegar aos 42 anos jogando é difícil", disse Ceni em entrevista ao Estado.

O São Paulo vai precisar se adaptar à ausência do goleiro e capitão. O adeus de Ceni faz o clube romper com o último remanescente de duas eras vitoriosas. O jogador já estava no elenco durante o título mundial de 1993 e ajudou a reconduzir a equipe ao topo, com as conquistas do Mundial e Libertadores de 2005, seguidas por três Brasileiros nos anos seguintes.

Os quase 20 títulos obtidos ganharam realce pela carreira paralela como batedor de faltas e pênaltis. Foram 131 gols, recorde no futebol mundial para um goleiro, feito acompanhado pela liderança fora de campo.

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Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, aos 42 anos, põe fim a uma carreira de 25 anos a serviço do seu clube de coração

PACIÊNCIA

Ceni garante terminar a carreira realizado e orgulhoso da trajetória. As primeiras oportunidades para jogar demoraram a aparecer e exigiram paciência. Da chegada à estreia foram três anos de espera. Para se tornar titular, mais quatro.

"Eu fiquei chateado em 1991, quando estava nos juniores, tinha uma condição de vida limitada e morava debaixo da arquibancada do Morumbi. Foi uma época difícil", contou.

O diretor de futebol do São Paulo na época, Fernando Casal de Rey, contou que no clube a expectativa não recaía sobre Rogério. "Ele era o terceiro goleiro. O grande talento da base no gol era o Alexandre, que chegou a jogar na Libertadores e infelizmente morreu em um acidente de carro em 1992."

Rogério Ceni passou quatro temporadas como reserva de Zetti, até herdar a posição com a ida dele para o Santos, no fim de 1996. Junto com a oportunidade no gol, recebeu do então técnico Muricy Ramalho o espaço para bater faltas, já que o elenco carecia de bons cobradores.

Anos antes dessa chance, colegas das categorias de base já o admiravam pela determinação. "Desde o início ele sabia onde queria chegar e lutou com todas as forças para isso", relembrou o ex-meia Juninho Paulista. "O Rogério sempre foi um jogador extremamente dedicado", elogiou Doriva, ex-técnico do São Paulo e companheiro de clube.

Segundo o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, o legado de Ceni é ter inovado no futebol brasileiro pela habilidade em jogar com os pés. Até mesmo rivais o reverenciam. "Tenho um respeito muito grande por ele. Foi uma referência para os goleiros", comentou o corintiano Cássio.

Os títulos de Rogério Ceni no São Paulo

1 | 13

Ainda reserva, Ceni participou das conquistas da Libertadores, da Recopa e do Mundial em 1993

Foto: Itamar Miranda/Estadão
2 | 13

Em 1994, Ceni defendeu o 'Expressinho' do São Paulo na campanha vitoriosa na Copa Conmebol

Foto: Wilson Melo/Estadão
3 | 13

Raí retornou da França para em 1998, fazer o São Paulo ser campeão estadual em cima do Corinthians

Foto: Arquivo/São Paulo
4 | 13

Ceni marcou na decisão e ajudou o time a ganhar o Campeonato Paulista de 2000 em cima do Santos

Foto: Arquivo/São Paulo FC
5 | 13

O garoto Kaká entrou no segundo tempo e confirmou para o São Paulo a taça do Rio-São Paulo de 2001

Foto: Paulo Pinto/Estadão
6 | 13

Com Ceni na seleção brasileira, o São Paulo de Júlio Batista derrotou o Ituano e levou o Supercampeonato Paulista de 2002

Foto: Marcos Mendes/Estadão
7 | 13

Em 2005 o São Paulo ganhou com facilidade o Estadual, disputado por pontos corridos

Foto: JF Diorio/Estadão
8 | 13

Artilheiro, destaque e capitão do time, Ceni sobrou na Libertadores de 2005

Foto: Arquivo/São Paulo
9 | 13

Elenco desfila em carro aberto em São Paulo após conquista do Mundial em 2005, sobre o Liverpool

Foto: Divulgação
10 | 13

Em novembro de 2006, São Paulo garantiu o título brasileiro ao empatar no Morumbi com o Atlético-PR

Foto: Divulgação
11 | 13

O Brasileiro de 2007 foi decidido com quatro rodadas de antecedência e, novamente, deu o São Paulo de Rogério Ceni

Foto: Divulgação
12 | 13

Na chuvosa Brasília o São Paulo garantiu o terceiro título brasileiro seguido

Foto: Divulgação
13 | 13

Ceni conduz Lucas no pódio para celebrar o título da Sul-Americana de 2012

Foto: Divulgação

Por volta das 19h deste domingo o árbitro vai encerrar o jogo entre São Paulo e Goiás no Serra Dourada e decretar o começo de uma nova fase para o time do Morumbi. A partir dessa transição será preciso a torcida, o elenco e até os adversários se acostumarem a olhar para a equipe e não verem a presença de Rogério Ceni, responsável por representar uma vitoriosa fase do clube.

Aos 42 anos e mais de 1,2 mil jogos pelo São Paulo o goleiro vai se aposentar do futebol. Com uma lesão no pé direito, ele não vai entrar em campo, mas estará no estádio para presenciar a partida de alto valor simbólico para o clube, jogador e torcida.

Pelo São Paulo, Ceni fez mais de130 gols e quase 1.240 jogos Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

"Se você pensar, 25 anos em uma mesma empresa, em que você se expõe publicamente para ser julgado quarta e domingo, é bastante tempo. É uma carreira toda e chegar aos 42 anos jogando é difícil", disse Ceni em entrevista ao Estado.

O São Paulo vai precisar se adaptar à ausência do goleiro e capitão. O adeus de Ceni faz o clube romper com o último remanescente de duas eras vitoriosas. O jogador já estava no elenco durante o título mundial de 1993 e ajudou a reconduzir a equipe ao topo, com as conquistas do Mundial e Libertadores de 2005, seguidas por três Brasileiros nos anos seguintes.

Os quase 20 títulos obtidos ganharam realce pela carreira paralela como batedor de faltas e pênaltis. Foram 131 gols, recorde no futebol mundial para um goleiro, feito acompanhado pela liderança fora de campo.

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Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, aos 42 anos, põe fim a uma carreira de 25 anos a serviço do seu clube de coração

PACIÊNCIA

Ceni garante terminar a carreira realizado e orgulhoso da trajetória. As primeiras oportunidades para jogar demoraram a aparecer e exigiram paciência. Da chegada à estreia foram três anos de espera. Para se tornar titular, mais quatro.

"Eu fiquei chateado em 1991, quando estava nos juniores, tinha uma condição de vida limitada e morava debaixo da arquibancada do Morumbi. Foi uma época difícil", contou.

O diretor de futebol do São Paulo na época, Fernando Casal de Rey, contou que no clube a expectativa não recaía sobre Rogério. "Ele era o terceiro goleiro. O grande talento da base no gol era o Alexandre, que chegou a jogar na Libertadores e infelizmente morreu em um acidente de carro em 1992."

Rogério Ceni passou quatro temporadas como reserva de Zetti, até herdar a posição com a ida dele para o Santos, no fim de 1996. Junto com a oportunidade no gol, recebeu do então técnico Muricy Ramalho o espaço para bater faltas, já que o elenco carecia de bons cobradores.

Anos antes dessa chance, colegas das categorias de base já o admiravam pela determinação. "Desde o início ele sabia onde queria chegar e lutou com todas as forças para isso", relembrou o ex-meia Juninho Paulista. "O Rogério sempre foi um jogador extremamente dedicado", elogiou Doriva, ex-técnico do São Paulo e companheiro de clube.

Segundo o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, o legado de Ceni é ter inovado no futebol brasileiro pela habilidade em jogar com os pés. Até mesmo rivais o reverenciam. "Tenho um respeito muito grande por ele. Foi uma referência para os goleiros", comentou o corintiano Cássio.

Os títulos de Rogério Ceni no São Paulo

1 | 13

Ainda reserva, Ceni participou das conquistas da Libertadores, da Recopa e do Mundial em 1993

Foto: Itamar Miranda/Estadão
2 | 13

Em 1994, Ceni defendeu o 'Expressinho' do São Paulo na campanha vitoriosa na Copa Conmebol

Foto: Wilson Melo/Estadão
3 | 13

Raí retornou da França para em 1998, fazer o São Paulo ser campeão estadual em cima do Corinthians

Foto: Arquivo/São Paulo
4 | 13

Ceni marcou na decisão e ajudou o time a ganhar o Campeonato Paulista de 2000 em cima do Santos

Foto: Arquivo/São Paulo FC
5 | 13

O garoto Kaká entrou no segundo tempo e confirmou para o São Paulo a taça do Rio-São Paulo de 2001

Foto: Paulo Pinto/Estadão
6 | 13

Com Ceni na seleção brasileira, o São Paulo de Júlio Batista derrotou o Ituano e levou o Supercampeonato Paulista de 2002

Foto: Marcos Mendes/Estadão
7 | 13

Em 2005 o São Paulo ganhou com facilidade o Estadual, disputado por pontos corridos

Foto: JF Diorio/Estadão
8 | 13

Artilheiro, destaque e capitão do time, Ceni sobrou na Libertadores de 2005

Foto: Arquivo/São Paulo
9 | 13

Elenco desfila em carro aberto em São Paulo após conquista do Mundial em 2005, sobre o Liverpool

Foto: Divulgação
10 | 13

Em novembro de 2006, São Paulo garantiu o título brasileiro ao empatar no Morumbi com o Atlético-PR

Foto: Divulgação
11 | 13

O Brasileiro de 2007 foi decidido com quatro rodadas de antecedência e, novamente, deu o São Paulo de Rogério Ceni

Foto: Divulgação
12 | 13

Na chuvosa Brasília o São Paulo garantiu o terceiro título brasileiro seguido

Foto: Divulgação
13 | 13

Ceni conduz Lucas no pódio para celebrar o título da Sul-Americana de 2012

Foto: Divulgação

Por volta das 19h deste domingo o árbitro vai encerrar o jogo entre São Paulo e Goiás no Serra Dourada e decretar o começo de uma nova fase para o time do Morumbi. A partir dessa transição será preciso a torcida, o elenco e até os adversários se acostumarem a olhar para a equipe e não verem a presença de Rogério Ceni, responsável por representar uma vitoriosa fase do clube.

Aos 42 anos e mais de 1,2 mil jogos pelo São Paulo o goleiro vai se aposentar do futebol. Com uma lesão no pé direito, ele não vai entrar em campo, mas estará no estádio para presenciar a partida de alto valor simbólico para o clube, jogador e torcida.

Pelo São Paulo, Ceni fez mais de130 gols e quase 1.240 jogos Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

"Se você pensar, 25 anos em uma mesma empresa, em que você se expõe publicamente para ser julgado quarta e domingo, é bastante tempo. É uma carreira toda e chegar aos 42 anos jogando é difícil", disse Ceni em entrevista ao Estado.

O São Paulo vai precisar se adaptar à ausência do goleiro e capitão. O adeus de Ceni faz o clube romper com o último remanescente de duas eras vitoriosas. O jogador já estava no elenco durante o título mundial de 1993 e ajudou a reconduzir a equipe ao topo, com as conquistas do Mundial e Libertadores de 2005, seguidas por três Brasileiros nos anos seguintes.

Os quase 20 títulos obtidos ganharam realce pela carreira paralela como batedor de faltas e pênaltis. Foram 131 gols, recorde no futebol mundial para um goleiro, feito acompanhado pela liderança fora de campo.

Seu navegador não suporta esse video.

Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, aos 42 anos, põe fim a uma carreira de 25 anos a serviço do seu clube de coração

PACIÊNCIA

Ceni garante terminar a carreira realizado e orgulhoso da trajetória. As primeiras oportunidades para jogar demoraram a aparecer e exigiram paciência. Da chegada à estreia foram três anos de espera. Para se tornar titular, mais quatro.

"Eu fiquei chateado em 1991, quando estava nos juniores, tinha uma condição de vida limitada e morava debaixo da arquibancada do Morumbi. Foi uma época difícil", contou.

O diretor de futebol do São Paulo na época, Fernando Casal de Rey, contou que no clube a expectativa não recaía sobre Rogério. "Ele era o terceiro goleiro. O grande talento da base no gol era o Alexandre, que chegou a jogar na Libertadores e infelizmente morreu em um acidente de carro em 1992."

Rogério Ceni passou quatro temporadas como reserva de Zetti, até herdar a posição com a ida dele para o Santos, no fim de 1996. Junto com a oportunidade no gol, recebeu do então técnico Muricy Ramalho o espaço para bater faltas, já que o elenco carecia de bons cobradores.

Anos antes dessa chance, colegas das categorias de base já o admiravam pela determinação. "Desde o início ele sabia onde queria chegar e lutou com todas as forças para isso", relembrou o ex-meia Juninho Paulista. "O Rogério sempre foi um jogador extremamente dedicado", elogiou Doriva, ex-técnico do São Paulo e companheiro de clube.

Segundo o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, o legado de Ceni é ter inovado no futebol brasileiro pela habilidade em jogar com os pés. Até mesmo rivais o reverenciam. "Tenho um respeito muito grande por ele. Foi uma referência para os goleiros", comentou o corintiano Cássio.

Os títulos de Rogério Ceni no São Paulo

1 | 13

Ainda reserva, Ceni participou das conquistas da Libertadores, da Recopa e do Mundial em 1993

Foto: Itamar Miranda/Estadão
2 | 13

Em 1994, Ceni defendeu o 'Expressinho' do São Paulo na campanha vitoriosa na Copa Conmebol

Foto: Wilson Melo/Estadão
3 | 13

Raí retornou da França para em 1998, fazer o São Paulo ser campeão estadual em cima do Corinthians

Foto: Arquivo/São Paulo
4 | 13

Ceni marcou na decisão e ajudou o time a ganhar o Campeonato Paulista de 2000 em cima do Santos

Foto: Arquivo/São Paulo FC
5 | 13

O garoto Kaká entrou no segundo tempo e confirmou para o São Paulo a taça do Rio-São Paulo de 2001

Foto: Paulo Pinto/Estadão
6 | 13

Com Ceni na seleção brasileira, o São Paulo de Júlio Batista derrotou o Ituano e levou o Supercampeonato Paulista de 2002

Foto: Marcos Mendes/Estadão
7 | 13

Em 2005 o São Paulo ganhou com facilidade o Estadual, disputado por pontos corridos

Foto: JF Diorio/Estadão
8 | 13

Artilheiro, destaque e capitão do time, Ceni sobrou na Libertadores de 2005

Foto: Arquivo/São Paulo
9 | 13

Elenco desfila em carro aberto em São Paulo após conquista do Mundial em 2005, sobre o Liverpool

Foto: Divulgação
10 | 13

Em novembro de 2006, São Paulo garantiu o título brasileiro ao empatar no Morumbi com o Atlético-PR

Foto: Divulgação
11 | 13

O Brasileiro de 2007 foi decidido com quatro rodadas de antecedência e, novamente, deu o São Paulo de Rogério Ceni

Foto: Divulgação
12 | 13

Na chuvosa Brasília o São Paulo garantiu o terceiro título brasileiro seguido

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13 | 13

Ceni conduz Lucas no pódio para celebrar o título da Sul-Americana de 2012

Foto: Divulgação

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