No horário em que o Chapecoense deveria estar prestes a disputar o jogo mais importante da sua história, as luzes da Arena Condá diminuíram de intensidade. Imediatamente, os mais de 20 mil torcedores presentes começaram a entoar o hino do clube. Sinalizadores verdes iluminaram o local. O ambiente era aquele que deveria ser: o de final de campeonato.
No gramado, o mascote do clube, o índio guerreiro, tentava acompanhar a alegria da arquibancada, mas dentro da fantasia um homem chorava. Cleiton Dona, 37 anos, vive de interpretar o mascote do time há 5 anos. "Hoje a gente tenta, mas não dá. É preciso de força, mas agora é difícil", disse Cleiton sem tirar a fantasia.
Às 21h15, o minuto de silêncio foi respeitado por todos no estádio. Depois, crianças entraram com o uniforme do time; na sequência, ex - jogadores se juntaram a familiares das vítimas (Fabiano que hoje está no Palmeiras era um dos mais emocionados).
A cerimônia foi rápida, mas intensa. Dois pastores e o padre Igor, famoso torcedor da Chape, falaram rapidamente. Foram palavras de consolo e força - para os torcedores e para a cidade. "O que se vivia era um sentimento fraternal de família", lembrava o padre. O religioso fez com que o estádio inteiro repetisse o pai nosso em coro. Nas arquibancadas, muita gente foi às lágrimas nesse momento.
Comoção em Chapecó
Torcida Chapecoense
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Homenagem torcida
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Jogadores Chapecoense
Foto: AFP Photo/ Douglas Magno ▲Comoção torcida
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Torcida com faixa
Foto: AP Photo/ Andre Penner ▲Homenagem Arena Condá
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Torcedor emocionado
Foto: AFP Photo/ Douglas Magno ▲Homenagem dos torcedores
Foto: AF Photo/ Nelson Almeida ▲Comoção Chapecoense
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Criança comovida
Foto: AFP Photo/ Douglas Magno ▲Balões em homenagem
Foto: AFP Photo/ Nelson Almeida ▲Torcedora da Chapecoense
Foto: AP Photo/Andre Penner ▲Arena Condá
Foto: AFP ▲Arena Condá
Foto: AFP ▲Arena Condá
Foto: Paulo Whitaker/Reuters ▲Cidade de Chapecó
Foto: Paulo Whitaker/Reuters ▲Arena Condá
Foto: Paulo Whitaker/Reuters ▲Arena Condá
Foto: Paulo Whitaker/Reuters ▲Revista
Foto: Paulo Whitaker/Reuters ▲Arena Condá
Foto: Gabriela Bilo/ Estadão ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Gabriela Bilo ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr. ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Reuters/ Paulo Whitaker ▲Torcedora mirim
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedoras da Chapecoense
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/ Estadão ▲Torcedor Mirim
Foto: Gabriela Bilo/ Estadão ▲Torcedor Mirim
Foto: Gabriela Bilo ▲Torcedor mirim
Foto: Gabriela Bilo ▲Torcedor mirim
Foto: Reuters/ Paulo Whitaker ▲Torcedores na Arena Condá
Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr. ▲Torcedores da Chapecoense
Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr. ▲Torcedoras da Chapecoense
Foto: Gabriela Bilo/ Estadão ▲Torcedores da Chapecoense
Foto: Tarla Wolski/ Estadão ▲Torcedores rezam na Arena Condá
Foto: Gabriela Bilo/ Estadão ▲Torcedor mirim
Foto: Gabriela Bilo/ Estadão ▲"Acendam os seus celulares agora. À luz que vocês estão vendo é a luz de Deus no meio de nós", fala o Padre Igor. Minutos antes do horário daquele que seria o primeiro jogo da final da sul-americana, um grupo de ex-jogadores, atletas da base e dirigentes do clube deram a volta olímpica na arena Condá. A torcida emocionada acompanhou como se estivessem ali os campeões.
Um vídeo homenageado todas a vítimas do desastre aéreo foi exibido em um telão. Depois, sincronizada por uma contagem regressiva a torcida entoou o grito de "é campeão", "é campeão". Mesmo após a cerimônia, os torcedores permaneceram no estádio. Ninguém queria ir embora e perder aquele momento. "Eu vou acampar no estádio até os corpos chegarem. Fico aqui o tempo que for preciso", disse Cristiano William filho, 19 anos, membro da torcida jovem da Chapecoense.
"Isso aqui é uma família. Foi como assistir uma celebração em família. Minha vontade é abraçar todo mundo. Aliás, todo mundo aqui está se sentindo abraçado", falou a professora universitária Mariângela Torres, 59 anos. "Nessa hora, era pra gente estar vendo o jogo", completou o torcedor Anibal Ferreira, 48 anos. "Por isso, não quero ir embora desse estádio. Vou ficar aqui como se estivesse assistindo o jogo do meu time", afirmou Ferreira.
Mundo homenageia a Chapecoense
Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/Estadão ▲Arena Condá
Foto: Gabriela Biló/Estadão ▲Arena Condá
Foto: Gabriela Biló/Estadão ▲Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/Estadão ▲Arena Condá
Foto: Nilton Fukuda/Estadão ▲Arena Condá
Foto: Gabriela Biló/Estadão ▲Atanasio Girardot
Foto: Marcio Fernandes/Estadão ▲Atanasio Girardot
Foto: Marcio Fernandes/Estadão ▲Atanasio Girardot
Foto: Marcio Fernandes/Estadão ▲Medellín
Foto: Marcio Fernandes/Estadão ▲Atanasio Girardot
Foto: Marcio Fernandes/Estadão ▲FOX Sports
Foto: Reproduçã/Twitter ▲Homenegam à Chapecoense
Foto: Michel Euler/AP ▲Emirates Stadium
Foto: Stefan Wermuth/Reuters ▲Santiago Bernabéu
Foto: Reprodução/Twitter ▲Espanha
Foto: Jose Jordan/AFP ▲Old Trafford
Foto: Jason Cairnduff/Reuters ▲Anfield
Foto: Paul Ellis/AFP ▲