Clubes podem assumir comando da CBF se ficarem unidos


Inclusão de times da Série B na votação pode mudar eleição

Por Almir Leite

Um dos artigos do texto da MP 671 vai permitir que os clubes possam tomar o controle da CBF no futuro. Isso será possível a partir da ampliação do "colégio eleitoral'' da entidade. A partir da próxima eleição, os 20 clubes integrantes da Série B do Campeonato Brasileiro também terão direito a voto. Com isso, subirá para 67 o número de votantes. No ano passado, na eleição que deu a Marco Polo Del Nero o mandato de quatro anos que ele começou a cumprir em abril, votaram apenas os 20 clubes da Série A e os 27 presidentes das federações estaduais. E o dirigente teve 44 dos 47 votos – o Figueirense não compareceu e dois votos foram em branco.O aumento do colégio eleitoral significa na prática que, se os clubes se unirem, poderão eleger o presidente. Isso porque terão 40 votos. É um número superior aos 27 votos das federações, que até a última eleição não precisavam do apoio de seus filiados para definir o vencedor.

Del Nero mudou regras para a eleição presidencial, mas pode ficar na CBF até 2027 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

No entanto, pelo menos no cenário atual, a união dos clubes parece algo distante – apesar de praticamente todos terem caminhados juntos e defendido os mesmos pontos de vista nas negociações para a formatação do texto da Medida Provisória do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes. Isso porque, no âmbito geral, ainda prevalece a defesa dos próprios interesses. "O aumento (do número de votantes) é um avanço, mas não é suficiente, porque os clubes não conversam'', disse o diretor jurídico do Atlético-MG, Lásaro Cândido da Cunha.Para o Bom Senso FC, o movimento dos jogadores, a ampliação do número de votantes é salutar. "Foi uma medida fantástica, muito importante. A gente sempre defendeu que os clubes devem ter o poder de gerir o futebol, e não as federações com suas estruturas arcaicas", afirmou o diretor executivo do Bom Senso, Ricardo Borges Martins. A adoção do sistema eleitoral que permite apenas uma reeleição para a presidência da CBF foi feita pela entidade em 11 de junho. Uma assembleia geral extraordinária alterou o estatuto, a partir de uma proposta elaborada pelo atual presidente, Marco Polo Del Nero.No entanto, essa mudança só passará a valer a partir do próximo mandato, a ser iniciado em 2019 – a eleição poderá ser marcada para o primeiro semestre de 2018. Na prática, isso significa que Del Nero poderá ficar 12 anos no poder. Isso porque ele está cumprindo no momento o mandato de quatro anos para o qual foi eleito, pela regra antiga, e que termina somente em abril de 2019. Ou seja, poderá se candidatar a uma nova eleição por período de quatro anos e depois, com base na alteração do estatuto, à reeleição por igual período.

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Com isso, Marco Polo Del Nero, atualmente com 74 anos, poderá legalmente ficar no comando da confederação até abril de 2027.

Um dos artigos do texto da MP 671 vai permitir que os clubes possam tomar o controle da CBF no futuro. Isso será possível a partir da ampliação do "colégio eleitoral'' da entidade. A partir da próxima eleição, os 20 clubes integrantes da Série B do Campeonato Brasileiro também terão direito a voto. Com isso, subirá para 67 o número de votantes. No ano passado, na eleição que deu a Marco Polo Del Nero o mandato de quatro anos que ele começou a cumprir em abril, votaram apenas os 20 clubes da Série A e os 27 presidentes das federações estaduais. E o dirigente teve 44 dos 47 votos – o Figueirense não compareceu e dois votos foram em branco.O aumento do colégio eleitoral significa na prática que, se os clubes se unirem, poderão eleger o presidente. Isso porque terão 40 votos. É um número superior aos 27 votos das federações, que até a última eleição não precisavam do apoio de seus filiados para definir o vencedor.

Del Nero mudou regras para a eleição presidencial, mas pode ficar na CBF até 2027 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

No entanto, pelo menos no cenário atual, a união dos clubes parece algo distante – apesar de praticamente todos terem caminhados juntos e defendido os mesmos pontos de vista nas negociações para a formatação do texto da Medida Provisória do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes. Isso porque, no âmbito geral, ainda prevalece a defesa dos próprios interesses. "O aumento (do número de votantes) é um avanço, mas não é suficiente, porque os clubes não conversam'', disse o diretor jurídico do Atlético-MG, Lásaro Cândido da Cunha.Para o Bom Senso FC, o movimento dos jogadores, a ampliação do número de votantes é salutar. "Foi uma medida fantástica, muito importante. A gente sempre defendeu que os clubes devem ter o poder de gerir o futebol, e não as federações com suas estruturas arcaicas", afirmou o diretor executivo do Bom Senso, Ricardo Borges Martins. A adoção do sistema eleitoral que permite apenas uma reeleição para a presidência da CBF foi feita pela entidade em 11 de junho. Uma assembleia geral extraordinária alterou o estatuto, a partir de uma proposta elaborada pelo atual presidente, Marco Polo Del Nero.No entanto, essa mudança só passará a valer a partir do próximo mandato, a ser iniciado em 2019 – a eleição poderá ser marcada para o primeiro semestre de 2018. Na prática, isso significa que Del Nero poderá ficar 12 anos no poder. Isso porque ele está cumprindo no momento o mandato de quatro anos para o qual foi eleito, pela regra antiga, e que termina somente em abril de 2019. Ou seja, poderá se candidatar a uma nova eleição por período de quatro anos e depois, com base na alteração do estatuto, à reeleição por igual período.

Com isso, Marco Polo Del Nero, atualmente com 74 anos, poderá legalmente ficar no comando da confederação até abril de 2027.

Um dos artigos do texto da MP 671 vai permitir que os clubes possam tomar o controle da CBF no futuro. Isso será possível a partir da ampliação do "colégio eleitoral'' da entidade. A partir da próxima eleição, os 20 clubes integrantes da Série B do Campeonato Brasileiro também terão direito a voto. Com isso, subirá para 67 o número de votantes. No ano passado, na eleição que deu a Marco Polo Del Nero o mandato de quatro anos que ele começou a cumprir em abril, votaram apenas os 20 clubes da Série A e os 27 presidentes das federações estaduais. E o dirigente teve 44 dos 47 votos – o Figueirense não compareceu e dois votos foram em branco.O aumento do colégio eleitoral significa na prática que, se os clubes se unirem, poderão eleger o presidente. Isso porque terão 40 votos. É um número superior aos 27 votos das federações, que até a última eleição não precisavam do apoio de seus filiados para definir o vencedor.

Del Nero mudou regras para a eleição presidencial, mas pode ficar na CBF até 2027 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

No entanto, pelo menos no cenário atual, a união dos clubes parece algo distante – apesar de praticamente todos terem caminhados juntos e defendido os mesmos pontos de vista nas negociações para a formatação do texto da Medida Provisória do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes. Isso porque, no âmbito geral, ainda prevalece a defesa dos próprios interesses. "O aumento (do número de votantes) é um avanço, mas não é suficiente, porque os clubes não conversam'', disse o diretor jurídico do Atlético-MG, Lásaro Cândido da Cunha.Para o Bom Senso FC, o movimento dos jogadores, a ampliação do número de votantes é salutar. "Foi uma medida fantástica, muito importante. A gente sempre defendeu que os clubes devem ter o poder de gerir o futebol, e não as federações com suas estruturas arcaicas", afirmou o diretor executivo do Bom Senso, Ricardo Borges Martins. A adoção do sistema eleitoral que permite apenas uma reeleição para a presidência da CBF foi feita pela entidade em 11 de junho. Uma assembleia geral extraordinária alterou o estatuto, a partir de uma proposta elaborada pelo atual presidente, Marco Polo Del Nero.No entanto, essa mudança só passará a valer a partir do próximo mandato, a ser iniciado em 2019 – a eleição poderá ser marcada para o primeiro semestre de 2018. Na prática, isso significa que Del Nero poderá ficar 12 anos no poder. Isso porque ele está cumprindo no momento o mandato de quatro anos para o qual foi eleito, pela regra antiga, e que termina somente em abril de 2019. Ou seja, poderá se candidatar a uma nova eleição por período de quatro anos e depois, com base na alteração do estatuto, à reeleição por igual período.

Com isso, Marco Polo Del Nero, atualmente com 74 anos, poderá legalmente ficar no comando da confederação até abril de 2027.

Um dos artigos do texto da MP 671 vai permitir que os clubes possam tomar o controle da CBF no futuro. Isso será possível a partir da ampliação do "colégio eleitoral'' da entidade. A partir da próxima eleição, os 20 clubes integrantes da Série B do Campeonato Brasileiro também terão direito a voto. Com isso, subirá para 67 o número de votantes. No ano passado, na eleição que deu a Marco Polo Del Nero o mandato de quatro anos que ele começou a cumprir em abril, votaram apenas os 20 clubes da Série A e os 27 presidentes das federações estaduais. E o dirigente teve 44 dos 47 votos – o Figueirense não compareceu e dois votos foram em branco.O aumento do colégio eleitoral significa na prática que, se os clubes se unirem, poderão eleger o presidente. Isso porque terão 40 votos. É um número superior aos 27 votos das federações, que até a última eleição não precisavam do apoio de seus filiados para definir o vencedor.

Del Nero mudou regras para a eleição presidencial, mas pode ficar na CBF até 2027 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

No entanto, pelo menos no cenário atual, a união dos clubes parece algo distante – apesar de praticamente todos terem caminhados juntos e defendido os mesmos pontos de vista nas negociações para a formatação do texto da Medida Provisória do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes. Isso porque, no âmbito geral, ainda prevalece a defesa dos próprios interesses. "O aumento (do número de votantes) é um avanço, mas não é suficiente, porque os clubes não conversam'', disse o diretor jurídico do Atlético-MG, Lásaro Cândido da Cunha.Para o Bom Senso FC, o movimento dos jogadores, a ampliação do número de votantes é salutar. "Foi uma medida fantástica, muito importante. A gente sempre defendeu que os clubes devem ter o poder de gerir o futebol, e não as federações com suas estruturas arcaicas", afirmou o diretor executivo do Bom Senso, Ricardo Borges Martins. A adoção do sistema eleitoral que permite apenas uma reeleição para a presidência da CBF foi feita pela entidade em 11 de junho. Uma assembleia geral extraordinária alterou o estatuto, a partir de uma proposta elaborada pelo atual presidente, Marco Polo Del Nero.No entanto, essa mudança só passará a valer a partir do próximo mandato, a ser iniciado em 2019 – a eleição poderá ser marcada para o primeiro semestre de 2018. Na prática, isso significa que Del Nero poderá ficar 12 anos no poder. Isso porque ele está cumprindo no momento o mandato de quatro anos para o qual foi eleito, pela regra antiga, e que termina somente em abril de 2019. Ou seja, poderá se candidatar a uma nova eleição por período de quatro anos e depois, com base na alteração do estatuto, à reeleição por igual período.

Com isso, Marco Polo Del Nero, atualmente com 74 anos, poderá legalmente ficar no comando da confederação até abril de 2027.

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