Em uma partida de muita marcação e pouca empolgação, o São Paulo ficou no 0 a 0 com o Defensa y Justicia, fora de casa, e vai decidir a classificação no Morumbi, em 11 de maio. O time teve 13 desfalques, entre jogadores machucados, suspensos e poupados por Ceni, mas conseguiu manter a sequência de sete partidas sem derrota e o terceiro jogo seguido sem sofrer gol, algo inédito na temporada.
O técnico Rogério Ceni optou por montar o time com três zagueiros, argumentando que queria atuar 'espelhado' com o adversário, que entrou em campo no 3-5-2. Se os dois sistemas se equivalessem, ele poderia usar a maior técnica de sua equipe para chegar à vitória. E foi assim que ele projetou o São Paulo.
Breno fez a função de líbero, com Lucão do lado direito e Rodrigo do lado esquerdo. No meio, muitos jogadores de marcação e poucos de criação, enquanto Pratto e Chávez lutavam no ataque por alguma bola.
Do outro lado, o Defensa fazia uma marcação forte, mas sem muita pressão, e aos poucos os times foram tendo algumas chances. A primeira delas veio com Wellington Nem, aos 16, que ganhou uma dividida na área e tentou mandar no canto, mas o goleiro Arias, bem posicionado, espalmou.
Pouco depois, novamente Wellington Nem foi protagonista de outra ótima chance. A defesa do Defensa bobeou e Pratto ganhou a jogada. Na base da força, se livrou dos marcadores e tocou para Nem, que estava livre. O jogador teve tempo de escolher o lado, chutou, mas Arias salvou seu time novamente.
O time brasileiro poderia estar ganhando por dois gols de vantagem e tinha sido mais perigoso até então. No banco, Ceni escreveu instruções em um pedaço de papel e passou para Pratto, seu capitão. No bilhete, pedia para Rodrigo Caio sair da zaga e ir para o meio. A intenção era tentar ter mais posse de bola.
Já o Defensa tinha domínio, mas quase não levava perigo. O São Paulo conseguia se defender bem e não deixava o adversário se aproximar da área. A melhor chance dos argentinos veio numa cabeçada de Stefanelli, que Breno salvou antes que ele chegasse ao gol, evitando o perigo.
No segundo tempo, Ceni mudou o esquema tático do time algumas vezes, testando variações já com uma linha de quatro defensores, mas o time quase nada criou, assim como seu adversário. Só que aos 30 minutos, Buffarini, que já tinha amarelo, fez falta dura na entrada da área, foi expulso e deixou o São Paulo com um jogador a menos.
Nesse cenário, Ceni entendeu que o empate já era lucro, colocou o volante Wellington para fechar o time e tentar amarrar o jogo. O Defensa, empurrado pela barulhenta torcida, pressionou, insistiu, mas não conseguiu furar o bloqueio do time brasileiro e agora as duas equipes vão tentar a classificação no jogo de volta.
FICHA TÉCNICA
DEFENSA Y JUSTICIA 0 x 0 SÃO PAULO
DEFENSA Y JUSTICIA: Arias; Silva, Bareiro e Barboza Ullúa; Rivero, Miranda, Jonás Gutiérrez, Castellani (Elizari) e Delgado; Stefanelli (Andy Ríos) e Bouzat (Kaprof). Técnico: Sebastián Beccacece.
SÃO PAULO: Denis; Lucão, Breno (Shaylon, depois Wellington) e Rodrigo Caio; Araruna, Wellington Nem, Jucilei, João Schmidt e Buffarini; Pratto e Chávez (Junior Tavares). Técnico: Rogério Ceni.
Juiz: Jesus Valenzuela (Venezuela).
Cartões amarelos: Castellani, Buffarini e João Schmidt.
Cartão vermelho: Buffarini.
Renda e público: Não divulgados.
Local: La Fortaleza, em Lanús.