Com Mbappé, casa da seleção francesa volta a provar seu valor


Centro Técnico Nacional de Clairefontaine, nos arredores de Paris, formou sete jogadores dos 11 titulares que decidirão a Copa do Mundo

Por Andrei Netto, correspondente e Paris

No final do ano de 2012, um certo Zinedine Zidane irrompeu às portas do Centro Técnico Nacional (CTN) de Clairefontaine, nos arredores de Paris, para encontrar um jovem talento do futebol francês. Seu nome era Kylian, tinha 14 anos e já era reputado como uma das futuras possíveis joias da seleção francesa. Cinco anos e meio depois, Kylian Mbappé vestirá a camisa 10, eternizada por Zidane nos 3 a 0 sobre o Brasil na Copa de 1998.

+ Coincidências com time de 98 aumentam confiança da França no bicampeonato

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+ França e Croácia duelaram em semifinal há exatos 20 anos

+ França campeã sobre o Brasil teve importante papel social, diz Karembeu

Quando entrar em campo, o garoto de Bondy, na periferia da capital, provará que, aos 30 anos de existência, o CTN, centro de excelência da Federação Francesa de Futebol (FFF), considerado “a casa do futebol” na França, terá mais uma vez sido essencial no sucesso dos Bleus nas últimas duas décadas. Em 20 anos, nenhuma equipe foi tantas vezes à final de uma Copa do Mundo. Contra a Croácia, a França disputará sua terceira final de Mundial nas seis últimas edições. As duas primeiras foram em 1998 e 2006. 

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Centro Técnico Nacional de Clairefontaine dispõe de um museu em homenagem à seleção francesa Foto: Charles Platiau/Reuters

Para os conhecedores do esporte no país, essa realidade representa a mudança de status da França no futebol, que se firma no cenário mundial como uma potência. Para analistas, essa transformação começou nos anos 1970. À época, a FFF criou uma estratégia com o intuito de deixar para trás os “anos duros” do futebol do país, criando uma nova estrutura dedicada à preparação da seleção e à formação de jovens atletas. Em 1972, o Instituto Nacional de Vichy abriu as portas. Em 1988, foi a vez do Centro Técnico Nacional de Clairefontaine.

O objetivo foi não só criar uma estrutura de alto nível para acolher os Bleus, mas também para receber os maiores destaques das escolinhas de futebol do país, garotos - e agora também garotas - entre 12 e 15 anos, selecionados pelos olheiros da federação.

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O resultado dessa iniciativa foi visto com clareza uma primeira vez em 1998. Na equipe campeã do mundo, nomes como Zidane, Thierry Henry e William Gallas haviam sido lapidados em Clairefontaine. Com o título inédito conquistado no Stade de France, o modelo francês de peneira e aprimoramento de talentos se transformou em um padrão em vários países da Europa. 

Inglaterra, Bélgica e Alemanha não só construíram estruturas especiais para suas seleções, como adotaram a filosofia de mestiçagem que resultou no “black-blanc-beur”, o time de 98 formado por negros, brancos e descendentes de árabes e que por alguns anos se tornou um símbolo de integração bem-sucedida na França - uma ilusão que acabaria desmontada pelas revoltas de periferias em 2005.

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A réplica da taça da Copa do Mundo de 1998, vencida pelos franceses em cima do Brasil, está exposta em Clairefontaine Foto: Charles Platiau/Reuters

Depois dos primeiros anos de sucesso, uma geração simbolizada pelo centroavante Anelka, abalou a reputação de sucesso de Clairefontaine. Seus métodos - a preferência por jovens com grande imposição física - e sua incapacidade de formar cidadãos de fato, e não apenas estrelas do futebol, foram colocados em dúvida.

Em lugar de destruir a estrutura que havia sido montada, entretanto, a FFF seguiu apostando. Uma nova geração de aspirantes a atletas passou a frequentar seus campos de treinamento, entre os quais o jovem Mbappé, que passou pelo centro entre 2011 e 2013. Em 2014, a federação colocou em prática um ambicioso projeto de ampliação da estrutura de Clairefontaine, radicalmente reformada desde então.

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O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado. Ao todo, 900 metros quadrados de salas de reuniões e escritórios foram incorporados à área de 56 hectares, que conta com nove campos de futebol, sete residências e albergues, 198 quartos e 300 leitos. “Trata-se de uma estrutura privilegiada, que permite trabalhar com serenidade para preparar todas as diversas competições esportivas”, orgulha-se o diretor Éric Latronico.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado Foto: Charles Platiau/Reuters

O resultado se vê mais uma vez no campo. Dos 11 titulares da seleção francesa que disputará a final da Copa amanhã, sete são egressos do centro de treinamento de adolescentes: além de Mbappé, Pogbá, Giroud, Varane, Matuidi, Umtiti e Pavard.

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Clairefontaine não é apenas a residência da equipe A da França. É também a casa das seleções de jovens, das seleções femininas, da formação, dos estágios de prospecção, dos seminários”, explica Noël Le Graët, presidente da FFF. “É uma ferramenta para o conjunto do futebol francês. Uma referência.”

Castelo é o símbolo do triunfo francês

Um eventual bicampeonato da França, na Rússia, jamais superará na memória dos franceses o histórico 12 de julho de 1998. Naquela tarde ensolarada de verão, em que os Bleus venceram o Brasil por 3 a 0, algo maior que um título relevante aconteceu: ali nasceu a convicção de que a França, enfim, poderia se tornar uma potência do futebol, capaz de destronar até mesmo a Seleção Brasileira, referência em termos de qualidade técnica e em jogo bonito.

Por trás daquela vitória, uma das histórias mais lembradas pelos membros do time campeão é o período passado pelo grupo de Aimé Jacquet em Clairefontaine. Esse momento é tão marcante na memória de todos que os quartos do Castelo de Montjoye, onde os jogadores dormem durante os períodos de treinamento e preparação, foram batizados na última reforma com os nomes dos campeões mundiais de 1998. Há um quarto “Zidane, Zinedine”, outro “Barthez, Fabien”, e assim por diante. Essa lembrança afetiva é carregada por atletas como Lizarazu que, há 20 anos, cunhou o apelido do local: o “Convento”, em referência ao isolamento dos atletas.

Hoje, técnico da seleção, Didier Deschamps é outro homenageado. Na última preparação, ele lembrou por diversas vezes a importância simbólica de preparar a equipe de 2018 nos mesmos campos de treinamento de 1998. “Estar aqui é sempre especial. É um local rico em emoções para mim, que representa muita felicidade”, conta o técnico, que prima pela racionalidade e pela cara sisuda. “Além das minhas emoções como jogador, retornei para receber o diploma de treinador. Isso também é Clairefontaine: é a casa do futebol francês. É a casa da equipe da França.”

Em parte, é na certeza de que essa estrutura de excelência traz benefícios para o time que reside a fé de que a França esteja de fato se tornando uma das maiores potências do futebol mundial. O que falta agora é que os grandes momentos de felicidade coletiva acabem contagiando a população francesa e transformando o sucesso do futebol dentro de campo em uma verdadeira “cultura do futebol”, como acontece em outros países.

Veja as melhores imagens da Copa do Mundo na Rússia

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Foto: Jewel Samad/AFP
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Oitavo dia

Foto: Damir Sagolj / Reuters
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Foto: Anatoly Maltsev / EFE
33 | 39

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Foto: Maxim Shemetov / Reuters
34 | 39

Sexto dia

Foto: Jason Cairnduff/Reuters
35 | 39

Quarto dia

Foto: Carl Recine/Reuters
36 | 39

Primeiro dia

Foto: Christian Hartmann / Reuters
37 | 39

Pré-Copa (de 2026)

Foto: Kena Betancur / AFP
38 | 39

Pré-Copa

Foto: Bernd Wuesteneck / AFP
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Pré-Copa

Foto: Anton Vaganov / Reuters

No final do ano de 2012, um certo Zinedine Zidane irrompeu às portas do Centro Técnico Nacional (CTN) de Clairefontaine, nos arredores de Paris, para encontrar um jovem talento do futebol francês. Seu nome era Kylian, tinha 14 anos e já era reputado como uma das futuras possíveis joias da seleção francesa. Cinco anos e meio depois, Kylian Mbappé vestirá a camisa 10, eternizada por Zidane nos 3 a 0 sobre o Brasil na Copa de 1998.

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Quando entrar em campo, o garoto de Bondy, na periferia da capital, provará que, aos 30 anos de existência, o CTN, centro de excelência da Federação Francesa de Futebol (FFF), considerado “a casa do futebol” na França, terá mais uma vez sido essencial no sucesso dos Bleus nas últimas duas décadas. Em 20 anos, nenhuma equipe foi tantas vezes à final de uma Copa do Mundo. Contra a Croácia, a França disputará sua terceira final de Mundial nas seis últimas edições. As duas primeiras foram em 1998 e 2006. 

Centro Técnico Nacional de Clairefontaine dispõe de um museu em homenagem à seleção francesa Foto: Charles Platiau/Reuters

Para os conhecedores do esporte no país, essa realidade representa a mudança de status da França no futebol, que se firma no cenário mundial como uma potência. Para analistas, essa transformação começou nos anos 1970. À época, a FFF criou uma estratégia com o intuito de deixar para trás os “anos duros” do futebol do país, criando uma nova estrutura dedicada à preparação da seleção e à formação de jovens atletas. Em 1972, o Instituto Nacional de Vichy abriu as portas. Em 1988, foi a vez do Centro Técnico Nacional de Clairefontaine.

O objetivo foi não só criar uma estrutura de alto nível para acolher os Bleus, mas também para receber os maiores destaques das escolinhas de futebol do país, garotos - e agora também garotas - entre 12 e 15 anos, selecionados pelos olheiros da federação.

O resultado dessa iniciativa foi visto com clareza uma primeira vez em 1998. Na equipe campeã do mundo, nomes como Zidane, Thierry Henry e William Gallas haviam sido lapidados em Clairefontaine. Com o título inédito conquistado no Stade de France, o modelo francês de peneira e aprimoramento de talentos se transformou em um padrão em vários países da Europa. 

Inglaterra, Bélgica e Alemanha não só construíram estruturas especiais para suas seleções, como adotaram a filosofia de mestiçagem que resultou no “black-blanc-beur”, o time de 98 formado por negros, brancos e descendentes de árabes e que por alguns anos se tornou um símbolo de integração bem-sucedida na França - uma ilusão que acabaria desmontada pelas revoltas de periferias em 2005.

A réplica da taça da Copa do Mundo de 1998, vencida pelos franceses em cima do Brasil, está exposta em Clairefontaine Foto: Charles Platiau/Reuters

Depois dos primeiros anos de sucesso, uma geração simbolizada pelo centroavante Anelka, abalou a reputação de sucesso de Clairefontaine. Seus métodos - a preferência por jovens com grande imposição física - e sua incapacidade de formar cidadãos de fato, e não apenas estrelas do futebol, foram colocados em dúvida.

Em lugar de destruir a estrutura que havia sido montada, entretanto, a FFF seguiu apostando. Uma nova geração de aspirantes a atletas passou a frequentar seus campos de treinamento, entre os quais o jovem Mbappé, que passou pelo centro entre 2011 e 2013. Em 2014, a federação colocou em prática um ambicioso projeto de ampliação da estrutura de Clairefontaine, radicalmente reformada desde então.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado. Ao todo, 900 metros quadrados de salas de reuniões e escritórios foram incorporados à área de 56 hectares, que conta com nove campos de futebol, sete residências e albergues, 198 quartos e 300 leitos. “Trata-se de uma estrutura privilegiada, que permite trabalhar com serenidade para preparar todas as diversas competições esportivas”, orgulha-se o diretor Éric Latronico.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado Foto: Charles Platiau/Reuters

O resultado se vê mais uma vez no campo. Dos 11 titulares da seleção francesa que disputará a final da Copa amanhã, sete são egressos do centro de treinamento de adolescentes: além de Mbappé, Pogbá, Giroud, Varane, Matuidi, Umtiti e Pavard.

Clairefontaine não é apenas a residência da equipe A da França. É também a casa das seleções de jovens, das seleções femininas, da formação, dos estágios de prospecção, dos seminários”, explica Noël Le Graët, presidente da FFF. “É uma ferramenta para o conjunto do futebol francês. Uma referência.”

Castelo é o símbolo do triunfo francês

Um eventual bicampeonato da França, na Rússia, jamais superará na memória dos franceses o histórico 12 de julho de 1998. Naquela tarde ensolarada de verão, em que os Bleus venceram o Brasil por 3 a 0, algo maior que um título relevante aconteceu: ali nasceu a convicção de que a França, enfim, poderia se tornar uma potência do futebol, capaz de destronar até mesmo a Seleção Brasileira, referência em termos de qualidade técnica e em jogo bonito.

Por trás daquela vitória, uma das histórias mais lembradas pelos membros do time campeão é o período passado pelo grupo de Aimé Jacquet em Clairefontaine. Esse momento é tão marcante na memória de todos que os quartos do Castelo de Montjoye, onde os jogadores dormem durante os períodos de treinamento e preparação, foram batizados na última reforma com os nomes dos campeões mundiais de 1998. Há um quarto “Zidane, Zinedine”, outro “Barthez, Fabien”, e assim por diante. Essa lembrança afetiva é carregada por atletas como Lizarazu que, há 20 anos, cunhou o apelido do local: o “Convento”, em referência ao isolamento dos atletas.

Hoje, técnico da seleção, Didier Deschamps é outro homenageado. Na última preparação, ele lembrou por diversas vezes a importância simbólica de preparar a equipe de 2018 nos mesmos campos de treinamento de 1998. “Estar aqui é sempre especial. É um local rico em emoções para mim, que representa muita felicidade”, conta o técnico, que prima pela racionalidade e pela cara sisuda. “Além das minhas emoções como jogador, retornei para receber o diploma de treinador. Isso também é Clairefontaine: é a casa do futebol francês. É a casa da equipe da França.”

Em parte, é na certeza de que essa estrutura de excelência traz benefícios para o time que reside a fé de que a França esteja de fato se tornando uma das maiores potências do futebol mundial. O que falta agora é que os grandes momentos de felicidade coletiva acabem contagiando a população francesa e transformando o sucesso do futebol dentro de campo em uma verdadeira “cultura do futebol”, como acontece em outros países.

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No final do ano de 2012, um certo Zinedine Zidane irrompeu às portas do Centro Técnico Nacional (CTN) de Clairefontaine, nos arredores de Paris, para encontrar um jovem talento do futebol francês. Seu nome era Kylian, tinha 14 anos e já era reputado como uma das futuras possíveis joias da seleção francesa. Cinco anos e meio depois, Kylian Mbappé vestirá a camisa 10, eternizada por Zidane nos 3 a 0 sobre o Brasil na Copa de 1998.

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Centro Técnico Nacional de Clairefontaine dispõe de um museu em homenagem à seleção francesa Foto: Charles Platiau/Reuters

Para os conhecedores do esporte no país, essa realidade representa a mudança de status da França no futebol, que se firma no cenário mundial como uma potência. Para analistas, essa transformação começou nos anos 1970. À época, a FFF criou uma estratégia com o intuito de deixar para trás os “anos duros” do futebol do país, criando uma nova estrutura dedicada à preparação da seleção e à formação de jovens atletas. Em 1972, o Instituto Nacional de Vichy abriu as portas. Em 1988, foi a vez do Centro Técnico Nacional de Clairefontaine.

O objetivo foi não só criar uma estrutura de alto nível para acolher os Bleus, mas também para receber os maiores destaques das escolinhas de futebol do país, garotos - e agora também garotas - entre 12 e 15 anos, selecionados pelos olheiros da federação.

O resultado dessa iniciativa foi visto com clareza uma primeira vez em 1998. Na equipe campeã do mundo, nomes como Zidane, Thierry Henry e William Gallas haviam sido lapidados em Clairefontaine. Com o título inédito conquistado no Stade de France, o modelo francês de peneira e aprimoramento de talentos se transformou em um padrão em vários países da Europa. 

Inglaterra, Bélgica e Alemanha não só construíram estruturas especiais para suas seleções, como adotaram a filosofia de mestiçagem que resultou no “black-blanc-beur”, o time de 98 formado por negros, brancos e descendentes de árabes e que por alguns anos se tornou um símbolo de integração bem-sucedida na França - uma ilusão que acabaria desmontada pelas revoltas de periferias em 2005.

A réplica da taça da Copa do Mundo de 1998, vencida pelos franceses em cima do Brasil, está exposta em Clairefontaine Foto: Charles Platiau/Reuters

Depois dos primeiros anos de sucesso, uma geração simbolizada pelo centroavante Anelka, abalou a reputação de sucesso de Clairefontaine. Seus métodos - a preferência por jovens com grande imposição física - e sua incapacidade de formar cidadãos de fato, e não apenas estrelas do futebol, foram colocados em dúvida.

Em lugar de destruir a estrutura que havia sido montada, entretanto, a FFF seguiu apostando. Uma nova geração de aspirantes a atletas passou a frequentar seus campos de treinamento, entre os quais o jovem Mbappé, que passou pelo centro entre 2011 e 2013. Em 2014, a federação colocou em prática um ambicioso projeto de ampliação da estrutura de Clairefontaine, radicalmente reformada desde então.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado. Ao todo, 900 metros quadrados de salas de reuniões e escritórios foram incorporados à área de 56 hectares, que conta com nove campos de futebol, sete residências e albergues, 198 quartos e 300 leitos. “Trata-se de uma estrutura privilegiada, que permite trabalhar com serenidade para preparar todas as diversas competições esportivas”, orgulha-se o diretor Éric Latronico.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado Foto: Charles Platiau/Reuters

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Clairefontaine não é apenas a residência da equipe A da França. É também a casa das seleções de jovens, das seleções femininas, da formação, dos estágios de prospecção, dos seminários”, explica Noël Le Graët, presidente da FFF. “É uma ferramenta para o conjunto do futebol francês. Uma referência.”

Castelo é o símbolo do triunfo francês

Um eventual bicampeonato da França, na Rússia, jamais superará na memória dos franceses o histórico 12 de julho de 1998. Naquela tarde ensolarada de verão, em que os Bleus venceram o Brasil por 3 a 0, algo maior que um título relevante aconteceu: ali nasceu a convicção de que a França, enfim, poderia se tornar uma potência do futebol, capaz de destronar até mesmo a Seleção Brasileira, referência em termos de qualidade técnica e em jogo bonito.

Por trás daquela vitória, uma das histórias mais lembradas pelos membros do time campeão é o período passado pelo grupo de Aimé Jacquet em Clairefontaine. Esse momento é tão marcante na memória de todos que os quartos do Castelo de Montjoye, onde os jogadores dormem durante os períodos de treinamento e preparação, foram batizados na última reforma com os nomes dos campeões mundiais de 1998. Há um quarto “Zidane, Zinedine”, outro “Barthez, Fabien”, e assim por diante. Essa lembrança afetiva é carregada por atletas como Lizarazu que, há 20 anos, cunhou o apelido do local: o “Convento”, em referência ao isolamento dos atletas.

Hoje, técnico da seleção, Didier Deschamps é outro homenageado. Na última preparação, ele lembrou por diversas vezes a importância simbólica de preparar a equipe de 2018 nos mesmos campos de treinamento de 1998. “Estar aqui é sempre especial. É um local rico em emoções para mim, que representa muita felicidade”, conta o técnico, que prima pela racionalidade e pela cara sisuda. “Além das minhas emoções como jogador, retornei para receber o diploma de treinador. Isso também é Clairefontaine: é a casa do futebol francês. É a casa da equipe da França.”

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No final do ano de 2012, um certo Zinedine Zidane irrompeu às portas do Centro Técnico Nacional (CTN) de Clairefontaine, nos arredores de Paris, para encontrar um jovem talento do futebol francês. Seu nome era Kylian, tinha 14 anos e já era reputado como uma das futuras possíveis joias da seleção francesa. Cinco anos e meio depois, Kylian Mbappé vestirá a camisa 10, eternizada por Zidane nos 3 a 0 sobre o Brasil na Copa de 1998.

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Quando entrar em campo, o garoto de Bondy, na periferia da capital, provará que, aos 30 anos de existência, o CTN, centro de excelência da Federação Francesa de Futebol (FFF), considerado “a casa do futebol” na França, terá mais uma vez sido essencial no sucesso dos Bleus nas últimas duas décadas. Em 20 anos, nenhuma equipe foi tantas vezes à final de uma Copa do Mundo. Contra a Croácia, a França disputará sua terceira final de Mundial nas seis últimas edições. As duas primeiras foram em 1998 e 2006. 

Centro Técnico Nacional de Clairefontaine dispõe de um museu em homenagem à seleção francesa Foto: Charles Platiau/Reuters

Para os conhecedores do esporte no país, essa realidade representa a mudança de status da França no futebol, que se firma no cenário mundial como uma potência. Para analistas, essa transformação começou nos anos 1970. À época, a FFF criou uma estratégia com o intuito de deixar para trás os “anos duros” do futebol do país, criando uma nova estrutura dedicada à preparação da seleção e à formação de jovens atletas. Em 1972, o Instituto Nacional de Vichy abriu as portas. Em 1988, foi a vez do Centro Técnico Nacional de Clairefontaine.

O objetivo foi não só criar uma estrutura de alto nível para acolher os Bleus, mas também para receber os maiores destaques das escolinhas de futebol do país, garotos - e agora também garotas - entre 12 e 15 anos, selecionados pelos olheiros da federação.

O resultado dessa iniciativa foi visto com clareza uma primeira vez em 1998. Na equipe campeã do mundo, nomes como Zidane, Thierry Henry e William Gallas haviam sido lapidados em Clairefontaine. Com o título inédito conquistado no Stade de France, o modelo francês de peneira e aprimoramento de talentos se transformou em um padrão em vários países da Europa. 

Inglaterra, Bélgica e Alemanha não só construíram estruturas especiais para suas seleções, como adotaram a filosofia de mestiçagem que resultou no “black-blanc-beur”, o time de 98 formado por negros, brancos e descendentes de árabes e que por alguns anos se tornou um símbolo de integração bem-sucedida na França - uma ilusão que acabaria desmontada pelas revoltas de periferias em 2005.

A réplica da taça da Copa do Mundo de 1998, vencida pelos franceses em cima do Brasil, está exposta em Clairefontaine Foto: Charles Platiau/Reuters

Depois dos primeiros anos de sucesso, uma geração simbolizada pelo centroavante Anelka, abalou a reputação de sucesso de Clairefontaine. Seus métodos - a preferência por jovens com grande imposição física - e sua incapacidade de formar cidadãos de fato, e não apenas estrelas do futebol, foram colocados em dúvida.

Em lugar de destruir a estrutura que havia sido montada, entretanto, a FFF seguiu apostando. Uma nova geração de aspirantes a atletas passou a frequentar seus campos de treinamento, entre os quais o jovem Mbappé, que passou pelo centro entre 2011 e 2013. Em 2014, a federação colocou em prática um ambicioso projeto de ampliação da estrutura de Clairefontaine, radicalmente reformada desde então.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado. Ao todo, 900 metros quadrados de salas de reuniões e escritórios foram incorporados à área de 56 hectares, que conta com nove campos de futebol, sete residências e albergues, 198 quartos e 300 leitos. “Trata-se de uma estrutura privilegiada, que permite trabalhar com serenidade para preparar todas as diversas competições esportivas”, orgulha-se o diretor Éric Latronico.

O Castelo de Montjoye, residência da seleção da França, foi reformado Foto: Charles Platiau/Reuters

O resultado se vê mais uma vez no campo. Dos 11 titulares da seleção francesa que disputará a final da Copa amanhã, sete são egressos do centro de treinamento de adolescentes: além de Mbappé, Pogbá, Giroud, Varane, Matuidi, Umtiti e Pavard.

Clairefontaine não é apenas a residência da equipe A da França. É também a casa das seleções de jovens, das seleções femininas, da formação, dos estágios de prospecção, dos seminários”, explica Noël Le Graët, presidente da FFF. “É uma ferramenta para o conjunto do futebol francês. Uma referência.”

Castelo é o símbolo do triunfo francês

Um eventual bicampeonato da França, na Rússia, jamais superará na memória dos franceses o histórico 12 de julho de 1998. Naquela tarde ensolarada de verão, em que os Bleus venceram o Brasil por 3 a 0, algo maior que um título relevante aconteceu: ali nasceu a convicção de que a França, enfim, poderia se tornar uma potência do futebol, capaz de destronar até mesmo a Seleção Brasileira, referência em termos de qualidade técnica e em jogo bonito.

Por trás daquela vitória, uma das histórias mais lembradas pelos membros do time campeão é o período passado pelo grupo de Aimé Jacquet em Clairefontaine. Esse momento é tão marcante na memória de todos que os quartos do Castelo de Montjoye, onde os jogadores dormem durante os períodos de treinamento e preparação, foram batizados na última reforma com os nomes dos campeões mundiais de 1998. Há um quarto “Zidane, Zinedine”, outro “Barthez, Fabien”, e assim por diante. Essa lembrança afetiva é carregada por atletas como Lizarazu que, há 20 anos, cunhou o apelido do local: o “Convento”, em referência ao isolamento dos atletas.

Hoje, técnico da seleção, Didier Deschamps é outro homenageado. Na última preparação, ele lembrou por diversas vezes a importância simbólica de preparar a equipe de 2018 nos mesmos campos de treinamento de 1998. “Estar aqui é sempre especial. É um local rico em emoções para mim, que representa muita felicidade”, conta o técnico, que prima pela racionalidade e pela cara sisuda. “Além das minhas emoções como jogador, retornei para receber o diploma de treinador. Isso também é Clairefontaine: é a casa do futebol francês. É a casa da equipe da França.”

Em parte, é na certeza de que essa estrutura de excelência traz benefícios para o time que reside a fé de que a França esteja de fato se tornando uma das maiores potências do futebol mundial. O que falta agora é que os grandes momentos de felicidade coletiva acabem contagiando a população francesa e transformando o sucesso do futebol dentro de campo em uma verdadeira “cultura do futebol”, como acontece em outros países.

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