A notícia da recuperação do meia-atacante Everton, que na terça-feira treinou com o grupo pela primeira vez desde a lesão muscular sofrida no fim de agosto, empolgou não só a comissão técnica como também a torcida do São Paulo. O retorno do "quadrado mágico" tricolor, formado por ele, Nenê, Rojas e Diego Souza, vem em momento decisivo do Campeonato Brasileiro. No domingo, o time encara o Santos, na Vila Belmiro, com risco de perder até a vice-liderança.
Nem tanto pelos números, que não mudam muito com e sem o quarteto em campo (veja detalhes abaixo), mas pela forma de a equipe de Diego Aguirre jogar, a possibilidade de o uruguaio voltar a escalá-lo após três partidas é, de fato, algo a ser comemorado. Sem Everton na esquerda, o treinador precisou recorrer a improvisações que não funcionaram tão bem, nem sempre por questões táticas – contra o Fluminense, por exemplo, quando testou Reinaldo na função de ponta, a expulsão de Diego Souza logo aos 33 do primeiro tempo "matou" a equipe, que arrancou o empate em 1 a 1 mais na base da raça do que da técnica.
Fato é que a presença de Everton não só qualifica a equipe como torna o sistema ofensivo são-paulino bem mais imprevisível aos adversários. Os contragolpes podem cair tanto por seu lado quanto pela direita, com o equatoriano Rojas. "Abrindo-se" o time, sobra mais espaço para Nenê e Diego Souza trabalharem pelo miolo da marcação.
Números não refletem diferença técnica em campo
Curioso é que o aproveitamento da equipe não muda tanto assim com a presença dos quatros jogadores em campo na comparação com as partidas em que eles não puderam atuar juntos. Veja:
Com o quarteto (9 jogos) 6 vitórias 1 empate 2 derrotas70% de aproveitamento
Sem o quarteto (5 jogos) 3 vitórias 1 empate 1 derrota66,% de aproveitamento
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